Em reunião com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF’s), no dia 20/07, a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/MPOG) manteve a proposta de reajuste salarial de 21,3%, parcelado em quatro anos. Mas, apesar da falta de avanço no índice de reposição do poder de compra dos SPF’s, a força da mobilização das categorias do funcionalismo pressionou o governo a apresentar resposta a outros itens da pauta, como a revisão dos benefícios, de acordo com a inflação acumulada no período, incluindo o ano de 2015.
Para os auxílios alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs correção de 22,8%; o primeiro passaria a ser de R$ 458 e o último proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101 e o máximo R$ 205. Já o auxílio creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores praticados em cada estado.
Segundo Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, um dos pontos de discussão na mesa foi o fato do governo apresentar uma proposta que inclui a inflação do ano de 2015 para os benefícios, mas não aplicar a mesma lógica para reajuste dos salários. “A proposta que ele mantém na mesa, de 21,3%, dividido em quatro anos, não repõe nem a inflação do período”, criticou. O presidente do ANDES-SN contou que a única novidade em relação à reposição das perdas salariais foi a sinalização por parte do governo da possibilidade do acordo conter uma cláusula de renegociação em 2017, caso a inflação atinja um determinado patamar, o qual não foi definido ainda.
“A reunião demorou porque as entidades pediram vários esclarecimentos em relação a essas contradições e reafirmaram que o governo tem que rever essa proposta, pois, numa negociação salarial, o mínimo a ser apresentado é a inflação do período. Todas as entidades reafirmaram a posição de que não aceitam o reajuste parcelado em quatro anos, porque isso significa corroborar, previamente, com o confisco dos salários e a perda do poder aquisitivo dos servidores”, disse.
De acordo com Rizzo, um dos momentos de maior tensão na negociação foi quando o secretário da SRT/MPOG, Sérgio Mendonça, afirmou que o acordo era um pacote, vinculando os reajustes nos benefícios à aceitação do parcelamento da reposição salarial. Os servidores cobraram também resposta aos outros itens da pauta unificada de reivindicações, como a negociação coletiva, liberação de dirigentes para atividade sindical, entre outros.
“Isso é o jogo da negociação. Agora, se nós não chegarmos a um acordo, a responsabilidade de, eventualmente, não ter reajuste para os servidores é integralmente do governo e não dos servidores, porque é o governo que tem o poder de propor reajustes e também de enviar os projetos de lei para o Congresso”, afirmou Rizzo.
Durante esta semana, ocorreram algumas reuniões setoriais entre as diferentes categorias do funcionalismo e o MPOG para tratar das pautas específicas. O Fórum deve voltar a se reunir com o Ministério do Planejamento na próxima semana para apresentar uma resposta.
Fonte: ANDES-SN
Servidores federais e municipais em greve fizeram barulho durante a inauguração do Hospital São Benedito em Cuiabá nessa terça-feira, 21/07. O evento teve a participação do prefeito Mauro Mendes, do governador Pedro Taques e do ministro da Saúde, Arthur Chioro, dentre outras autoridades.
Com palavras de ordens, faixas, jograis e um carro de som, manifestantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Sindicato dos Médicos (Sindmed) falaram sobre suas reivindicações, evidenciando a posição contrária às políticas de terceirização e privatização do governo federal.
Entre as frases cantadas, ouviu-se: “é ou não é piada de salão? Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra Educação!” e “para barrar a precarização, quero saúde, previdência e educação”.
https://adufmat.org.br/portal/index.php/comunicacao/2023-11-11-14-06-07/28-86/itemlist/user/42-adufmat?start=230#sigProId8a61cdf49f
Durante todo o ato, prefeito, governador e ministro permaneceram dentro do Hospital.
A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, presente na inauguração, não fez nenhum movimento com relação ao ato dos servidores da instituição que comanda.
Os professores da UFMT estão em greve há quase 60 dias, não havendo nenhuma previsão para a retomada das atividades. Em reunião realizada ontem (20) entre Fórum dos Servidores Públicos Federais e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o governo voltou a defender a proposta inicial de 21,3% de reposição salarial, parcelada em 4 anos, veementemente recusada pelas categorias. Os trabalhadores do INSS estão em greve desde o dia 07/07 e servidores do IFMT desde o dia 13/07.
Na próxima sexta-feira, 24/07, representantes de outras categorias de servidores federais em Mato Grosso devem se reunir para conversar sobre a formação de um Comando Local de Greve dos Servidores Públicos Federais.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat
Jornalista DRT 1676//MT
(65) 8129-6139
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) concluíram, nessa segunda-feira, 20/07, o debate acerca da pauta interna de reivindicações da greve que caminha para o segundo mês. O documento reúne mais de 30 pontos e deve ser entregue à administração da universidade nos próximos dias.
A quarta e última assembleia geral com pauta exclusiva sobre as reivindicações internas tratou de alguns pontos pendentes e da inclusão de outros. Um dos incluídos, e aprovado, foi a garantia de espaço para representante da Adufmat-Ssind ministrar palestra nos próximos cursos de docência no ensino superior, oferecidos pela UFMT aos professores em estágio probatório.
Também foram debatidas, nessa segunda-feira, questões referentes às publicações científicas em revistas eletrônicas e vagas disponibilizadas por aposentadorias.
Os professores falaram, ainda, sobre as próximas atividades da greve, lembrando a seguinte agenda:
21/07 às 8h – Ato em frente ao Hospital São Benedito, onde o ministro da Saúde e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff, participarão da inauguração do prédio. A concentração será em frente a Escola Estadual Presidente Médici.
22/07 - Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
24/07 – Reunião com representantes locais das entidades que compõem o Fórum Nacional dos SPF’s.
24/07 - Viagem a Sinop para construção da pauta local.
28/07 às 9h – Debate: Análise de conjuntura e o mundo do trabalho.
30/07 às 9h – Debate: O Sindicalismo e seus desafios.
31/07 às 8h30 – Assembleia geral para escolha de delegados para o CONAD e avaliação da greve.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat
Os professores filiados à Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind) aprovaram, em assembleia geral realizada nessa sexta-feira, 17 /07, adesão a novos convênios e apoio ao evento de comemoração dos 20 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A partir de agora, a Adufmat-Ssind conta com mais 12 empresas conveniadas, além das 22 aprovadas anteriormente. Os filiados terão descontos em academias, lojas de calçados e roupas, salão de beleza, entre outros. Mais informações no site do Sindicato (clique aqui para visualizar) ou por meio do telefone 4104-0656, com Adriana.
O presidente do Sindicato, Reginaldo Araújo, esclarece que nenhum dos convênios traz custos para a Adufmat-Ssind.
Por unanimidade, os professores também aprovaram apoio ao evento de comemoração dos 20 anos do MST no estado. Eles avaliaram que o Sindicato deve ser solidário, porque a luta pela Reforma Agrária é de todos os trabalhadores. No entanto, ponderaram que a crítica racional também é importante para fortalecer o Movimento.
A Adufmat-Ssind contribuirá com passagens para os palestrantes do evento, além da participação de docentes em um painel e a construção de um mural de fotografias.
No início da assembleia, o Comando Local de Greve fez alguns informes sobre a greve docente, que está perto de completar 50 dias. Abaixo, a programação dos próximos dias:
21/07 – Ato em frente ao Hospital São Benedito, onde o ministro da Saúde e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff, participarão da inauguração do prédio. A idéia é que os servidores se concentrem ali antes da partida para a Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
22/07 - Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
24/07 – Reunião com representantes locais das entidades que compõem o Fórum Nacional dos SPF’s.
24/07 - Viagem a Sinop para construção da pauta local (anteriormente prevista para 21/07, mas alterada a pedido dos professores de Sinop).
28/07 às 9h – Debate: Análise de conjuntura e o mundo do trabalho.
30/07 às 9h – Debate: O Sindicalismo e seus desafios.
31/07 às 8h30 - Assembleia para escolha de delegados para o CONAD e avaliação da greve.
Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram, nessa quinta-feira, 16/07, assembleia geral para continuar o debate sobre a pauta interna da greve. Essa foi a terceira vez que os professores se reuniram para discutir exclusivamente o que querem negociar com a administração.
Vinte e oito itens elencados para direcionar a construção da pauta já foram amplamente debatidos. Na próxima assembleia, os professores devem analisar a inclusão de outros 4 pontos: garantir espaço para palestra de representante da Adufmat nos próximos cursos de Docência no Ensino Superior para professores em estágio probatório, democratização das instâncias decisórias da UFMT, manutenção das vagas geradas por aposentadoria nos departamentos e critérios para iniciação científica.
Nessa quinta, foram aprovadas algumas questões pendentes de assembleias anteriores, como atraso na entrada dos estudantes via Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), utilização do teatro universitário pela comunidade acadêmica e publicações na Editora da UFMT. Um dos destaques aprovados foi inclusão de limite máximo para matrícula de estudantes após a primeira chamada do SISU, estabelecido em até 25% do andamento das disciplinas.
Os professores observaram que o debate político de cada item é essencial, mesmo que a pauta local tenha caráter mais imediatista se comparada à pauta nacional. Nesse sentido, algumas manifestações ponderaram que seleção nacional de estudantes via ENEM é desequilibrada, visto que a qualidade de ensino nos estados é desproporcional.
O debate sobre a pauta interna deverá ser concluído na próxima segunda-feira, 20/07, às 14h. Para o dia 31/07 já está marcada nova assembleia, às 8h30, para avaliação da greve.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat
Representantes dos comandos locais de greve da Adufmat (UFMT), Sinasefe (IFMT) e Sindsprev (INSS) se reuniram nessa terça-feira, 14/07, para conversar sobre a necessidade de construção do Comando Regional de Servidores Públicos Federais (SPF’s).
O encontro surgiu de maneira espontânea, mas foi o primeiro passo para efetivar uma deliberação de assembleia dos docentes da UFMT, que atende orientação do Fórum Nacional dos SPF’s, no sentido de unificar o movimento dos servidores federais também em âmbito estadual.
Desse primeiro contato, os trabalhadores encaminharam algumas atividades:
21/07 – Ato em frente ao Hospital São Benedito, onde o ministro da Saúde e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff, participarão da inauguração do prédio. A ideia é que os servidores se concentrem ali antes da partida para a Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
24/07 – Reunião com representantes locais das entidades que compõem o Fórum Nacional dos SPF’s.
28/07, às 9h – Debate: Análise de conjuntura e o mundo do trabalho.
30/07, às 9h – Debate: O Sindicalismo e seus desafios.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve
Os professores da UFMT - Cuiabá continuaram o debate sobre a pauta interna da greve em assembleia geral realizada nessa quinta-feira, 09/07. Dos 28 pontos previamente listados para direcionar o debate, retirados da pauta da greve de 2012, os docentes já encaminharam 25.
A discussão dessa quinta-feira girou em torno dos temas: progressão funcional, valorização e melhoria de condições para o trabalho docente, disponibilização de obras elencadas no Plano de Ensino de cada departamento e melhoria no atendimento da Coordenação de Assistência a Saúde do Servidor (CASS).
Presumindo que a discussão sobre a pauta interna seja encerrada na próxima assembleia, marcada para quinta-feira, 16/07, às 8h30, os professores solicitam aos colegas dos Campus do Araguaia e Sinop que encaminhem suas demandas o mais rápido possível, para que sejam incorporadas a pauta local e, posteriormente, protocolizada junto a reitoria.
Luana Soutos
A luta por melhorias no ensino superior em 2015 tem tido a importante contribuição de estudantes de todo o país. Universidades federais como a Fluminense, a do Rio de Janeiro e a da Bahia também registram greve estudantil, além da docente e dos técnicos. Há mobilização de apoio em várias outras universidades. A relação histórica entre movimento estudantil e trabalhadores, embora tenha sofrido algumas mudanças nos últimos anos, não se rompeu.
Em Mato Grosso, estudantes da Universidade Federal no Campus do Araguaia, localizado nos municípios de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, deliberaram greve poucos dias depois dos professores. Eles reclamam autonomia para o Campus e maior investimento na seleção e qualificação dos professores. “A grande maioria do nosso quadro docente é só graduada”, afirma o vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Matusalém do Carmo de Oliveira, estudante do 7º semestre de Engenharia Civil.
Organizados em 2 ônibus, cerca de 60 estudantes do Araguaia foram até Brasília no último dia 07, para participar do Ato em Defesa da Educação. Nos cartazes, indícios de que a pauta estudantil não é muito diferente da pauta dos trabalhadores. No fim, professores, estudantes e técnicos reivindicam respeito e atenção à educação pública, fundamental na formação de cidadãos e profissionais de qualquer área. “A luta é, essencialmente, contra os cortes de recursos para a educação, que reduziu em cerca de 40% o número de bolsas monitoria e as aulas de campo na universidade”, lembra Matusalém.
No ato, frases do tipo “assim não dá, sem assistência não tem como estudar!”; “o jeito é reduzir a maioridade penal mesmo, já que estamos sem Educação”; “é lutando que se faz um novo Brasil” e até mesmo o simbólico “quem sabe faz a hora”, de Geraldo Vandré, foram estampadas nos cartazes feitos pelos discentes.
A infraestrutura é ponto chave da greve no Campus do Araguaia, mas também é pautada pelos estudantes de todas as universidades em que a Reestruturação Universitária (Reuni) foi implementada. De acordo com Matusalém, com a adoção do programa, em pouco tempo o número de cursos na UFMT – Araguaia saltou de 5 para 16. Com isso, aumentou muito o número de estudantes, mas a estrutura continuou a mesma e já não suporta a demanda.
O estudante conta que, recentemente, o pró-reitor do Campus teve de retirar o ar condicionado da sua própria sala e cedê-lo para um professor conseguir realizar as atividades com os estudantes.
Acadêmica do terceiro semestre de Biologia e mobilizadora dos estudantes, Luciana Zacardi, utiliza outro caso para exemplificar o problema: “nós temos um projeto lindo, o MuHNA [Museu de História Natural do Araguaia]. Ele já foi aprovado, mas não pode ser efetivado por falta de espaço. Para o curso de Biologia é um projeto extremamente importante. Nós poderíamos estagiar e realizar atividades de extensão, aproximar a sociedade da universidade, atrair mais pessoas para a universidade”, comenta.
Resumidamente, os discentes enumeram como eixos principais a descentralização administrativa da universidade (mais autonomia), contratação de professores, agilidade no acesso a materiais, como livros e investimento na infraestrutura, em especial, de laboratórios.
Para o estudante do sétimo semestre de Ciências da Computação, Wirlei Cândido de Lima, há uma movimentação política interessante na universidade. “A última eleição para o DCE mostrou que os estudantes têm sede de mudança e estão bastante envolvidos”, afirmou. Ele explica que a deflagração da greve surgiu de maneira espontânea, por decisão dos próprios estudantes, e espera que os colegas desenvolvam cada vez mais consciência e se organizem para reivindicar seus direitos.
https://adufmat.org.br/portal/index.php/comunicacao/2023-11-11-14-06-07/28-86/itemlist/user/42-adufmat?start=230#sigProId149ac01a26
A terceira gestão do DCE local, fundado há pouco mais de 2 anos, ainda não assumiu oficialmente o posto, mas os estudantes garantem que é possível prosseguir com a greve estudantil, mesmo que os professores decidam suspender a greve docente. “Nós queremos que o nosso Campus seja notado; nós queremos mais recursos, mais investimento”, afirma Luciana, que é membro da gestão eleita do DCE.
Os estudantes seguem realizando atividades de greve duas vezes por semana, com debates sobre temas políticos e “polêmicos”, como a própria a greve, eventos culturais, roda de dança circular, zumba e exibição de filmes, seguido de debates.
No Campus de Cuiabá também há mobilização. Houve deflagração de greve estudantil nos cursos de Engenharia Florestal, Comunicação Social e Educação Física. Estudantes do Instituto de Ciências Sociais e Humanas (ICHS) ocuparam o prédio durante duas semanas reivindicando, principalmente, a manutenção de espaços, como cantinas e fotocopiadoras, além da democratização das decisões tomadas nas instancias deliberativas da UFMT. O Diretório Central dos Estudantes tem participado de reuniões com os Comandos Locais de Greve dos docentes e técnicos, e realizado atividades de greve na universidade.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve