Quarta, 16 Maio 2018 09:12

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Tenho lido algumas colocações de professores referente à postura que vem sendo adotada pela adufmat  não apenas dessa como também de outras administrações.

Como professor aposentado encontro quase sempre as terças feiras pela manhã com outros colegas que lá vão e sempre discutimos o papel que a adufmat vem tendo como associação dos professores.

Se a adufmat existe é porque a sua essência é o professor que lhe paga mensalmente para sua manutenção devendo ser o professor a sua principal atenção mas o que vemos ao longo dos anos é  o professor que dá existência a essa adufmat não ter vez.

A adufmat enxerga o professor como um número apenas para arrecadar e atender atividade sindical.

O professor é um ser humano que deve chegar em sua associação e ser abraçado recebido com carinho ter um ambiente aconchegante e espaço para encontrar seus colegas e poder conversar jogar conversa fora xadrez dama bilhar e outros que lhe tragam satisfação e lazer.

No entanto tanto o que vemos é  s essência que é o professor ser deixado em último plano sem a mínima atenção do social.

É preciso uma mudança radical na forma administrar a adufmat.

É preciso transformar essa adufmat sindicalista em uma voltada com o objetivo de atender o professor e seus interesse devendo fornecer um leque de opções em termos de qualidade de vida e lazer aos associados o que em nenhuma administração foi feito.

Não e preciso ir muito longe pois dentro ufmt temos o sintuf como exemplo fazendo mais pelo social com são João natal carnaval e inclusive segundo me disseram com salão de festa.

Participei do comissão para aquisição de chácara para os associados mas na assembleia choveu adversários à  ideia. Disseram que a luta iria ser grande e que era necessário guardar dinheiro para greve mesmo tendo o Reginaldo nessa assembléia dito que havia em caixa R$ 150.000 reservado para a greve e R$ 350.000 para comprar a chácara e nesse ato um professor pediu a palavra e disse que diária uma parte da sua terra para isso desde que houvesse compromisso de edificar no local.

Tudo isso ficou parado e não se teve mais notícia desfazendo a comissão escolhida para isso.

Pergunto o que foi feito com esse dinheiro. Em que foi aplicado.

Em vez de atender o professor já até colocaram em pauta dar dinheiro nosso para o MST.

Para não alongar fica aqui o meu protesto e que possa servir de reflexão aos demais


Grande abraço
Prof. Marco Aurélio de Carvalho

Quarta, 16 Maio 2018 09:07

 

A Diretoria do ANDES-SN manifesta sua solidariedade à(o)s estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso que estão em greve contra o aumento do valor do Restaurante Universitário, pauta que sintetiza um descontentamento da comunidade acadêmica com a privatização via terceirização e cortes de verbas na Universidade. A Diretoria do ANDES-SN apoia a iniciativa do(a)s docentes que aprovaram greve em solidariedade à(o)s discentes e conclama a todo(a)s os professores e as professoras a participarem da assembleia de deflagração da greve.


O movimento desencadeado pelo(a)s estudantes de diversos campi da UFMT questiona as mudanças nos critérios de acesso ao direito de refeição no RU, antes universal ao preço de R$1,00, agora escalonado chegando a custar até R$ 11,00. Uma medida que caminha na contramão da política de permanência que deve ser prioritária, especialmente em uma conjuntura de desemprego e perdas salarias da classe trabalhadora.


A alegação da reitoria da UFMT, como em diversas outras universidades, é o corte do orçamento que vem se reduzindo desde 2015, ao mesmo tempo em que aumentou a demanda com a abertura de cursos pelo Programa REUNI.


As medidas adotadas desde o governo anterior, como a extinção de cargos, corte no orçamento, aprovação da terceirização irrestrita e a contrarreforma trabalhista, têm atingido diretamente as universidades e, via de regra, as reitorias têm adotado acriticamente as medidas, sem discussão com a comunidade. Na UFMT após terceirizar o(a)s trabalhadore(a)s do RU, a reitoria decidiu aumentar o valor da refeição, causando duplo prejuízo à instituição pública: os salários antes pagos diretamente à(o)s trabalhadore(a)s, passa a ser pago à uma empresa privada que estabelece relações precárias de trabalho, por outro lado o aumento escalonado no valor da refeição acaba com a universalização do direito ao RU levando à exclusão de estudantes.


A saída não deve ser a privatização e a exclusão do(a)s filhos e filhas do(a)s trabalhadore(a)s da Universidade. A luta contra os cortes nas Universidades deve ser conjunta, de toda a comunidade acadêmica, e não deve servir de pretexto para a privatização e exclusão do(a)s trabalhadore(a)s. O ANDES-SN está na luta contra os cortes no orçamento das IES e IFE, e solidário à luta do(a)s estudantes que resistem bravamente na UFMT. Em defesa da Universalização dos direitos à Universidade Pública, Gratuita e socialmente referenciada!

 

 

Toda solidariedade à luta estudantil! Todo apoio ao movimento docente que se soma a esta luta!

 


Brasília, 15 de maio de 2018
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Terça, 15 Maio 2018 18:17

 

Em assembleia geral realizada nessa terça-feira, 15/05, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram não deflagrar greve e suspender a discussão sobre indicativo, apresentada em assembleias anteriores. Também não foi aprovada a permanência em estado de greve, que representa a construção do movimento paredista com a possibilidade de deflagração em horizonte próximo.

 

Apesar de reconhecer as péssimas condições em que se encontram as instituições públicas de ensino superior, a categoria entendeu que ainda não é o momento de apontar para uma greve local. No entanto, a discussão sobre a construção de uma greve nacional será levada ao ANDES Sindicato Nacional na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino nos próximos dias.

 

Também foi aprovada, na assembleia dessa terça-feira, uma moção de apoio aos estudantes mobilizados na UFMT e solidariedade à estudante do curso de Direito, citada em uma notificação de reintegração de posse.

 

De acordo com a diretora da Adufmat-Seção Sindical do ANDES, Alair Silveira, essas deliberações não significam o recuo do Movimento Docente. “Nós vamos investir num calendário de discussão sobre o que é o orçamento da universidade, e os absurdos que estão colocados, como os contratos com empresas terceirizadas que têm hoje custos muito superiores, se comparados ao que tínhamos há alguns anos. Ou seja, estão privatizando a universidade por meio desses contratos, e a ideia é que os professores entendam isso”, afirmou a diretora.

 

Atualmente, 68% do orçamento da universidade é revertido para empresas terceirizadas por meio de serviços de alimentação, segurança e limpeza.   

 

A decisão dessa assembleia não altera o quadro da universidade: o calendário da graduação continua suspenso, assim como a greve dos estudantes segue unificada e forte. Ainda não há perspectiva de normalização das aulas.  

   

Mais de 344 docentes participaram da assembleia, realizada simultaneamente, por vídeo conferência, nos campi de Cuiabá e Várzea Grande, Sinop e Araguaia. Os números registrados nas votações foram: 47 favoráveis à deflagração de greve, 288 contrários e 9 abstenções; 141 favoráveis ao estado de greve, e 165 contrários; 181 favoráveis à suspensão do indicativo de greve e 100 contrários à suspensão.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind    

Terça, 15 Maio 2018 11:33

 

A Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, em inglês) divulgou um documento secreto de 1974 no qual o ditador Ernesto Geisel (1974-1979) deu sua aprovação para uma política de "execução sumária” de "subversivos” durante a ditadura empresarial-militar brasileira. No documento, Geisel incumbe o general João Baptista Figueiredo, que chefiava o Serviço Nacional de Informações (SNI), de analisar e autorizar pessoalmente qualquer execução. Depois, Figueiredo viria a ser seu sucessor na Presidência.

Intitulado "Decisão do presidente brasileiro Ernesto Geisel de dar continuidade à execução sumária de subversivos perigosos sob certas condições”, o documento foi assinado pelo então chefe da CIA, William Colby, e enviado originalmente para Henry Kissinger, então secretário de Estado do governo estadunidense de Richard Nixon.

O documento americano, de 11 de abril de 1974, descreve uma reunião entre Geisel, Figueiredo e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino que havia ocorrido no dia 30 de março daquele ano. Milton Tavares foi o chefe de Centro de Informações do Exército (CIE) no governo de Emílio Médici (1969-1974), o antecessor de Geisel.

O informe faz parte de um lote de documentos liberados pelo Departamento de Estado em 2015 e foi tornado público no Brasil por Matias Spektor, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "É o documento secreto mais perturbador que já li em vinte anos de pesquisa”, disse.

Leia o documento em inglês aqui

Avaliação

Milton Pinheiro, docente da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e um dos coordenadores da Comissão da Verdade do ANDES-SN, afirma que os pesquisadores do tema já sabiam da anuência e conivência da cúpula da ditadura com os crimes, mas que esse é o primeiro documento que pode comprovar, de fato, isso.

“Ainda que os meios de comunicação tenham agido para desinformar os brasileiros sobre os crimes da ditadura empresarial-militar, quem pesquisa o tema já tinha a ideia de que a cúpula do regime tinha conhecimento e inclusive ordenava a tortura e execução de militantes opositores à ditadura. Isso, no entanto, nunca tinha sido público. Foi necessário que a CIA liberasse os documentos para confirmar a anuência dos líderes da ditadura com os crimes cometidos”, comenta.

“Lamento que a consciência pública brasileira só tenha tomado conhecimento disso por meio de um órgão, a CIA, que ajudou a ditadura empresarial-militar do Brasil, inclusive ajudou a cometer esses crimes”, completa o docente. Para Milton Pinheiro, a luta por memória, justiça e reparação deve seguir no país. “É necessário ir mais a fundo nesse tema. Onde estão as covas dos militantes assassinados? Quem foram os responsáveis? E mudar a Lei da Anistia para punir os torturadores e assassinos da ditadura empresarial-militar brasileira”, conclui.

As vítimas

Oitenta e nove pessoas morreram ou desapareceram no Brasil por motivos políticos, a partir de 1º de abril de 1974 (dois dias após a reunião documentada pela CIA) e até o fim da ditadura, segundo levantamento do portal G1 com base nos registros da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

De acordo com o levantamento do G1, além dos 89 casos confirmados, há outras 11 pessoas que podem ter morrido ou desaparecido a partir de 1º de abril de 1974 – a data não foi esclarecida pela CNV. Além disso, pode haver mortes e desaparecimentos durante a esse período da ditadura que não foram registrados.

Entre as vítimas desse período estão o jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 25 de outubro de 1975, após se apresentar voluntariamente ao Centro de Operações de Defesa Interna, um órgão militar da ditadura; e o metalúrgico Manoel Fiel Filho, que foi torturado até a morte, em 17 de janeiro de 1976, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do II Exército, em São Paulo.

Com informações de EBC, Departamento de Estado dos EUA, DW Brasil e G1. Foto: Getty Images

Leia também

Seminário da Comissão da Verdade do ANDES-SN debate a ditadura 

Caderno 27 do ANDES-SN “Luta Por Justiça e Resgate da Memória” 

Documentos e circulares da Comissão da Verdade do ANDES-SN 

 

Fonte: ANDES-SN

 

Terça, 15 Maio 2018 11:30

 

Os docentes em regime da Dedicação Exclusiva (DE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tiveram uma surpresa no holerite do mês de maio ao perceberem que o adicional noturno, pago aos professores que ministram aula após às 22 horas, foi cortado dos  salários.

 

A Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp-Seção Sindical do ANDES-SN) entrou em contato com a reitoria da instituição questionando a medida. A gestão, por sua vez, respondeu que o corte foi realizado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), com base no despacho publicado em 2007 pelo órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal (Sipec/Mpog). Pela resolução, os docentes em regime de DE não teriam o direito de receber o adicional noturno, pois já receberiam um acréscimo pecuniário.

 

Segundo Daniel Feldmann, presidente da Adunifesp SSind., a medida é ilegal e arbitrária. A Lei 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais prevê, no artigo 75, que o professor receberá o adicional desde que preste serviço em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte.

 

“Enviamos um ofício à gestão da universidade para que nos informe a dimensão do problema e aguardamos essa resposta até para publicarmos uma nota repercutindo o caso do corte e podermos tomar uma providência jurídica e política, de preferência em conjunto com outras seções, que estão em situações semelhantes, como é o caso dos docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A Associação dos Docentes da Ufes (Adufes SSind.) já se manifestou sobre o caso e o sindicato está pleiteando na Justiça o pagamento do adicional noturno para os docentes em regime de DE”, conta Daniel Feldmann.

 

Para Feldmann, essa é mais uma medida do governo federal para transferir para os servidores públicos a conta da crise. “É um grande impacto no salário dos servidores, em média 200 reais. O governo busca de todas as formas economizar cortando os direitos dos trabalhadores, e colocando os servidores como grandes vilões da situação fiscal do país”, criticou o docente.

 

Fonte: ANDES-SN (imagem: divulgação/Unifesp)

 

 
Terça, 15 Maio 2018 10:19

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O colegiado do Departamento de Geografia e o Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geografia, História e Documentação do Campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso vem tornar público, através deste manifesto, seu apoio à luta pela manutenção do atual valor cobrado pelas refeições no Restaurante Universitário - RU. Os docentes desses colegiados consideram que é imprescindível que a mobilização contra atitudes arbitrárias tomadas pela administração superior da UFMT siga firme, forte e constante. Questionamos nesse sentido, não apenas o valor, mas também a opção feita pela administração em terceirizar a gestão do RU, quando ainda existem diversas possibilidades de autogestão, capazes de diminuir os custos de manutenção desse serviço, vital para a política de permanência estudantil. Reconhecemos que as propostas em curso, não são apenas pontuais ao RU, mas sim, trata-se de um processo de precarização orçamentária, contudo consideramos que a forma como tem sido conduzida as ações da administração superior, não está pautada em princípios democráticos, haja vista, que a decisão inicial seria de alteração na política de preços já com início em 01 de maio de 2018, inviabilizando assim o amplo debate que contemplasse todas as categorias envolvidas na construção de uma universidade socialmente referendada. Dessa maneira, entendemos que essa alteração afronta conquistas históricas, com base nas lutas das classes envolvidas na construção de uma Universidade que objetive ser acessível por toda a população, independentemente de sua condição socioespacial. A alteração da atual política institucional de acesso ao RU trará consigo consequências gravíssimas para permanência de importante contingente de estudantes de condições socioeconômicas menos favorecidas na UFMT. Sucessivamente, as classes sociais menos favorecidas estão sendo convocadas a arcar com as decisões políticas do Governo Federal, que passam então a ser referendadas pela administração da UFMT quando propõe uma revisão de valor dessa intensidade, sabendo claramente que os mais prejudicados serão os mais pobres. Nesse momento histórico, marcado por insegurança jurídica, rupturas institucionais e democráticas absolutamente graves, não nos parece minimamente razoável, que decisões dessa ordem sejam tomadas sem que se considere as consequências aqui mencionadas e outras que estão por vir, pois hoje trata-se do RU, e se assim permitirmos, amanhã não se sabe mais. 

Sem mais.

 


Cuiabá, 10 de maio de 2018.
Colegiado do Departamento de Geografia.
Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Geografia.

Segunda, 14 Maio 2018 17:20

 

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Professores, estudantes, servidores privatizam a universidade quando deliberam pelas greves e ocupações; decidem que estão acima da sociedade civil e que podem instrumentalizar a universidade para defenderem seus interesses privados. Não percebem que a universidade não lhes pertence, mas sim à sociedade civil. Se autointitulam senhores das universidades, que podem se utilizar de meios públicos para defenderem seus interesses pessoais e privados. E ainda que a intenção seja medir forças com os governantes, os governantes simplesmente ignoram professores, estudantes e servidores, que sem força política, sem apoio social ou popular, se autoimplode antes que se precise desperdiçar gás lacrimogêneo com os mesmos. Os únicos incomodados são as famílias dos estudantes, a sociedade civil que depende de atividades acadêmicas, a maioria dos professores e estudantes que não querem esse movimento, mas são forçados a aderir, ou pelo menos não se contrapor, para não sofrerem ameaças.


É triste ver como as pessoas pouco pensam e se arvoram o direito de deliberar sobre tudo para todos. Só eles sabem o que é o certo e o justo, e quem não concorda com eles é “antidemocrático”. Crítica rasa e superficial, incapaz de aceitar as diferenças de pensamento. Como não conseguem convencer ninguém, senão os já convencidos, querem impor aos demais suas idiossincrasias, e assim, evitando qualquer debate ou conversação, decretam tiranicamente que só entra nos prédios ocupados para discursar quem referenda suas posições, e vão deixando sua mensagem pequena, sua atuação política medíocre, que quer apenas prejudicar o governo e prejudica fundamentalmente a sociedade civil: o governo nem vê, nem sente as ocupações. Já a sociedade fica profundamente incomodada.


Naturalmente, podem-se supor boas intenções por trás das lutas dos estudantes, professores e servidores, o que não acredito, mas a forma é injusta, tirânica, autoritária, e o errado está antes na forma do que no conteúdo. Hitler também quis salvar o mundo, e deu no que deu. Ainda que possam achar que estão defendo o interesse de uma coletividade, dos excluídos, dos pobres, enfim, dos que mais precisam, o fato é que não respeitam os direitos individuais de todos, ricos ou pobres, excluídos ou incluídos, dos que mais precisam e dos que menos precisam, até deles próprios. Agir com violência e força ainda que supostamente em nome de uma vontade coletiva, não visa à constituição do bem comum, mas a imposição de uma visão sobre as demais.


Avessos aos debates, a política no meio acadêmico se caracteriza pelo uso da força e da violência, querendo chamar a atenção da sociedade pelo prejuízo que lhe causa, e obrigando a maioria a se submeter a uma minoria ativa que monopoliza as instâncias deliberativas. Ao invés da forma pacífica e democrática do debate de ideais e convencimento, sem paciência, tolerância, respeito, está-se sempre a deliberar por uma nova greve ou ocupação – única forma de prática política que conhecem. Em assembleias pouco representativas, meia dúzia de gatos pingados delibera sobre todos, sem colocarem em referendo suas deliberações. Forçam a todos às suas decisões reacionárias.


A Universidade é um bem público e, como tal, não pode simplesmente ser "ocupada".  Ocorre uma privatização do bem público – quando alguns estudantes “administrando” esse espaço comum, onde todo cidadão pode frequentar normalmente, torna-o privado, permitindo apenas a aqueles que eles determinam sua livre frequentação. Rigorosamente, a universidade está vazia de estudantes e professores, servindo apenas alguns poucos estudantes atuantes diante de tantos omissos, estudantes, mas principalmente professores. A universidade não pertence nem aos professores, nem aos funcionários, nem aos estudantes, mas à sociedade civil, e nenhuma dessas categorias pode deliberar unilateralmente sobre ela, sem consultar a própria sociedade civil, da qual esses entes são pequenos setores sociais, aliás, privilegiados diante dos demais.


 
Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Segunda, 14 Maio 2018 16:54

 

 

Os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) demonstraram mais uma vez a força do movimento contra as mudanças na política de alimentação e em defesa da universidade pública nessa segunda-feira, 14/05. Com votação significativa, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) suspendeu o calendário de todos os cursos de graduação em todos os campi da instituição, com data retroativa a 20/04. Os cursos de pós-graduação e extensão seguem normalmente.  

 

As atividades da graduação na UFMT estão paradas por conta das greves estudantis, deflagradas em diferentes momentos, a partir da rejeição à proposta apresentada pela Reitoria. Além do aumento da refeição no Restaurante Universitário (RU), a ideia da administração continha a quebra do caráter universal da política de alimentação, o que é considerado inaceitável tanto para os estudantes quanto para os docentes e técnicos.

 

O movimento paredista teve início nos campi do Araguaia e Sinop no dia 20/04, seguido de Rondonópolis, Várzea Grande e, por último, no dia 08/05, Cuiabá, onde alguns cursos já haviam aderido à greve. As decisões tomadas coletivamente em assembleias realizadas pelos Diretório Centrais dos Estudantes (DCE) de cada campi se sobrepõem a eventuais decisões isoladas, já que os DCE’s são formados por representantes de todos os cursos, por meio dos Centros Acadêmicos.        

 

Na reunião do Consepe dessa segunda-feira, a Reitoria admitiu equívocos na condução do processo, e demonstrou preocupação com relação a intervenções externas no processo de negociação. “Na última semana presenciei duas situações drásticas: a PM [Polícia Militar] no campus a pedido de um professor contrário à ocupação, e um aluno, contrário à deliberação de assembleia do seu curso, solicitando na Justiça a reintegração de posse em todo o campus, responsabilizando uma colega de curso - que nesse momento preside o Centro Acadêmico -, e que encaminhou via e-mail a decisão de uma assembleia, assinando o documento. Muito triste presenciarmos isso em nossa instituição”, disse a reitora Myrian Serra, no início da reunião.

 

No sábado, 12/05, a Reitoria publicou uma nota no site reivindicando a autonomia da universidade (leia aqui) e a reitora, pessoalmente, se comprometeu a procurar o juiz que concedeu a reintegração de posse para tentar intermediar o caso.    

 

Para o presidente da Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN, Reginaldo Araújo, a Reitoria deve retirar formalmente a proposta de aumento e estratificação dos estudantes. “Nesse momento, é preciso reconhecer que essa proposta não cabe e retirá-la de pauta de uma vez por todas. Se a reitora fizesse isso, seria mais fácil retomar a rotina e discutir outras formas de reduzir o valor da refeição, utilizando a cozinha da UFMT, por exemplo”, afirmou o docente.

 

A comunidade acadêmica defende, entre outras coisas, a revisão do contrato com a empresa Novo Sabor, que fornece o serviço.

 

Nessa terça-feira, 15/05, a partir das 13h30, os docentes da universidade discutem a possibilidade de deflagração de greve da categoria em apoio aos estudantes e contra os cortes de recursos do ensino superior, que se intensificaram em 2014, reduzindo o orçamento a praticamente um terço do que a instituição recebia há quatro anos. Com a implementação da Emenda Constitucional 95/16, que congela os recursos por 20 anos, a tendência é que a situação fique ainda mais grave, o que justificaria uma greve nacional da categoria.  

 

CONFIRA A GALERIA DE IMAGENS ABAIXO.

 

Saiba mais sobre a greve estudantil na UFMT:

 

No dia seguinte ninguém teve aula

 

Aprovado indicativo de greve docente na UFMT

 

Conselho recomenda a docentes da UFMT que não punam estudantes em greve

 

Primeira assembleia interativa da Adufmat-Ssind aponta indicativo de greve docente

 

Estudantes vencem a primeira batalha, mas a luta contra o aumento do RU continua

 

Estudantes, técnicos e docentes da UFMT se colocam contrários às alterações na política de alimentação propostas pela Reitoria

 

Estudantes fecham campi da UFMT em Sinop e no Araguaia em defesa da política de alimentação universal no Restaurante Universitário

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

Segunda, 14 Maio 2018 15:37

 

A Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social convida os professores aposentados a participarem da reunião ampliada do GT Aposentadoria e Seguridade Social (GTSSA) na próxima quarta-feira, dia 16/05/2018, com início às 14h, no Auditório da ADUFMAT-Ssind, para discutir a seguinte pauta:
 
  - Informes;
 
  - Circular nº 05/2018/SGP-CAP- Coord./SGP;
 
  - Plano de Atividades do referido GT para o primeiro e segundo semestres do corrente ano. 
 
Importante o comparecimento de todos, pois a reunião contará com a presença do advogado da ADUFMAT-Ssind, Dr. Formiga, para dirimir dúvidas a respeito da Circular Nº 05/2018, que aponta proventos de docentes em suposto desacordo com a Lei 8.112/90.
 
Compareçam!

 
Diretoria de Ass. Aposentadoria e Seguridade Social.  

 
 

Segunda, 14 Maio 2018 14:44

 

Circular nº 127/18

Brasília(DF), 4 de maio  de 2018

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN

 

           Companheiro(a)s,

 

            Convocamos reunião do Setor dos Docentes das IFES do ANDES-SN conforme o que segue:

 

Data: 26 e 27 de maio de 2018 (sábado e domingo)

Início: 9h do dia 26/5

Término: 14h do dia 27/5

Local: Sede do ANDES-SN (Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Edifício Cedro II, bloco C, 5º Brasília-DF)

 

Pauta:

1) Informes;

2) Avaliação da conjuntura;

3) Encaminhamentos;

4) Outros assuntos.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Prof. Giovanni Felipe Ernst Frizzo

2º Secretário