Terça, 15 Outubro 2024 12:05

Em tempos de barbárie naturalizada, de negacionismo científico e ode à ignorância, educar para emancipar nosso povo é um ato necessário de resistência e coragem!

Nas palavras de István Mészáros, educar para um outro mundo possível é educar para a qualidade humana, para além do capital. 

A Adufmat-Ssind deseja um feliz dia dos e das professoras a todos e todas que ousam sonhar e construir outro mundo, mais do que possível: necessário.

 

 

Segunda, 14 Outubro 2024 15:51

 

Em um momento histórico para a categoria docente organizada no ANDES-SN, teve início na tarde de sexta-feira, 11/10, na Universidade de Brasília, o 15º Conad Extraordinário. Mais de 240 docentes, entre delegadas, delegados, observadoras e observadores, além da diretoria do Sindicato Nacional, participam do evento que tem como pauta única a atualização do projeto de carreira docente do Sindicato Nacional.
 

 

Fruto de deliberação do 42º Congresso do sindicato, realizado em Fortaleza (CE) no início deste ano, o 15º Conad teve como tema “Movimento Docente e Carreira: uma luta histórica do ANDES-SN” e ocorreu entre sexta-feira a domingo (de 11 a 13), no auditório da Associação de Docentes da Universidade de Brasília (Adunb Seção Sindical do ANDES-SN). Cerca de 67 seções sindicais do Sindicato Nacional já confirmaram o credenciamento logo de início.

Maria Luiza Pereira, vice-presidenta da Adunb SSind., saudou as e os presentes e a pauta do 15º Conad Extraordinário. Destacou a importância de debater a carreira docente e seus rumos no lugar onde nasceu Associação de Docentes da UnB. “Sem sindicato forte e sem a organização da categoria docente, com estudantes e técnicos, corremos o risco de ter um outro lugar para fazer ciência e produzir conhecimento, [muito diferente do que defendemos]”, afirmou a dirigente da Adunb SSind.

A greve docente federal e a unidade na luta entre docentes, técnicos, técnicas e estudantes foi ressaltada em diversas falas da mesa de abertura, assim como a importância de manter a mobilização unificada para fazer valer os acordos da greve e em defesa dos serviços públicos, das servidoras e dos servidores. Também foram saudadas as greves em diversas universidades estaduais ao longo de 2024. Todas as mobilizações trouxeram o debate da carreira docente como ponto de pauta.


 

 

Laryssa Braga, coordenadora-geral do Sinasefe, pontuou as ameaças à Educação e reforçou que, apesar de exitosa, a greve da educação federal tem resquícios de luta, pela efetivação dos acordos de greve. Ela lembrou que a conjuntura tem exigido cada vez mais esforços na defesa de uma educação pública, sócio referenciada e gratuita. “Os governos vêm nos negando as condições justas e necessárias para esse enfrentamento. De forma unificada, continuaremos lutando para que a educação seja livre, inclusiva e solidária”, disse.

Tereza Fujii, da coordenação da Fasubra, parabenizou as e os participantes do Conad pela disposição de luta e se reunir para o importante debate da carreira. A dirigente contou que após 118 dias de greve, as técnicas e os técnicos administrativos conseguiram um acordo de reestruturação da carreira, mas seguem em luta para garantir que seja implementado. 

A coordenadora do Sindicato de Técnicos da UnB (Sintfub), Francisca Nascimento De Albuquerque, conclamou a categoria docente a participar das atividades do Fonasefe na próxima semana, em frente ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), para cobrar do governo a efetivação dos acordos de greve. “Apelo para que a gente mantenha a construção cotidiana da nossa unidade, porque sem unidade da classe trabalhadora não iremos concluir essa e nenhuma outra etapa de luta da nossa classe. A vitória só sairá com a luta”, acrescentou.

Também fizeram saudações na mesa de abertura Paulo Cesar Marques, representando a reitoria da UnB, Liliane Machado, diretora da Faculdade de Educação da UnB, Thais Rachel, coordenadora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e Rayson Oliveira Da Silva, diretor da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet).

Iniciando a sua fala, Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN, lembrou que há exatos 59 anos, em 11 de outubro de 1965, a UnB sofria a sua segunda ocupação militar. De acordo com Seferian, os militares invadiram a universidade, convocados pelo então reitor da instituição, Laerte Ramos de Carvalho, para deter a mobilização de docentes e estudantes que haviam se levantado contra a demissão de três professores. Após a represália da gestão, 223, dos 305 docentes que atuavam na UnB naquela época, pediram exoneração.

“Em tempos em que reitoras e reitores determinam a entrada das forças de repressão do Estado para a contenção do movimento estudantil no nosso país, sob vestes de esquerda, é fundamental trazer à ordem do dia, o modo como a ditadura empresarial-militar operou, como seus asseclas lidaram com o movimento docente e com o movimento estudantil, e se solidarizar profundamente com as e os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e com os companheiros e companheiras da Asduerj SSind.”, ressaltou.

 

 

O presidente do ANDES-SN fez referência à forma como a reitoria da Uerj atuou de forma repressiva para criminalizar a luta contra o Ato Administrativo, conhecido como Aeda da fome, que promove mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil, prejudicando um número significativo de estudantes. Em 20 de setembro, o batalhão de choque da polícia militar do Rio de Janeiro entrou na Uerj, com autorização e por solicitação da reitoria, para acabar com a ocupação estudantil.

“Não compete ao professor ou professora criminalizar quem luta. A denúncia daqueles e daquelas que promovem esse tipo de ação deve passar pelos nossos mais comezinhos e menores hábitos, e a memória do que se deu em Brasília, há exatos 59 anos, deve nos inspirar, motivar a construção da nossa sociedade”, acrescentou. 

Seferian lembrou ainda as tragédias que vivem as populações de diversas regiões do país, afetadas pela faceta climática da crise de civilização que enfrentamos. “De norte a sul do país, as queimadas levaram à asfixia, mataram pessoas pela falta de possibilidade de respirar, interditaram ciclo de vida, emperraram o desejo e fazer do futuro, é essa marca que baliza a construção desse espaço político, resultado de deliberação da categoria no 42º Congresso do nosso Sindicato. Falar de carreira não é outra coisa senão falar de futuro, é falar do hoje e falar da existência e progressão da vida”, lembrou.

“Que nós possamos nesse lugar que tão bem nos recebe, costurar das boas sínteses, dos bons acúmulos desde as nossas bases, e do horizonte imprescindível de afirmação das linhas voltadas à nossa carreira. Desse modo, dou por aberto o nosso 15º Conad Extraordinário e espero que a gente tenha magníficos trabalhos de construção solidária entre nós”, concluiu. 

Programação

Os trabalhos tiveram continuidade na sexta-feira com as plenárias de Instalação e Conjuntura. No sábado (12), os grupos mistos se reuniram para debater o Tema II, que tratou da Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e do Plano Geral de Lutas – Carreira Docente. Já no domingo, foi realizada uma plenária dedicada ao mesmo tema, seguida pela plenária final no período da tarde, que encerrou as atividades do evento. Mais informações sobre as deliberações do 15º Conad Extraordinário serão disponibilizadas pelo Andes-SN em breve. 

InformANDES

Em setembro, o InformANDES trouxe como matéria central a temática abordada no 15º Conad Extraordinário. Acesse aqui a publicação e saiba mais sobre o histórico de luta do ANDES-SN em defesa da carreira docente.

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 11 Outubro 2024 16:22

 

 

Os debates sobre etnia, gênero e classe dentro do Andes-Sindicato Nacional ocorrem, de forma sistematizada, desde 2007, com a criação do Grupo de Trabalho Etnia, Gênero e Classe (GTEGC). Nos anos seguintes, a categoria docente entendeu que precisava ampliar o campo de análise e transformou o GT em Grupo de Trabalho Política de Classe para questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS). Este é mais um debate essencial, que atravessa o cotidiano de todas as pessoas e, como não poderia deixar de ser, estápresente no sindicato.  

  

De acordo com o Sindicato Nacional, o GT tem a intenção de refletir, produzir e elaborar sobre - e para - os debates relacionados a gênero, questões étnicorraciais, sexualidade e pautas da população LGBTQIAP+, articulado ações e políticas sindicais que garantam espaços de formação e elaboração de materiais sobre esses temas e outros, como a luta contra o capacitismo, assédio sexual, violências contra mulheres e às populações negra, indígenas e LGBTQIAP+. Em outras palavras, o GT está voltado para a defesa da garantia das políticas de combate às opressões dentro e fora do sindicato, assim como para a construção de uma agenda que dialogue com os movimentos sociais.

 

Em âmbito nacional, uma das ações mais recentes do GT é a campanha “Sou Docente Antirracista!”, lançada em julho, durante o 67º Conselho do Andes (Conad). A intenção da campanha é conscientizar as comunidades das universidades públicas, institutos federais e cefets sobre a necessidade da luta antirracista e combate ao racismo nestas instituições.  

 

GTPCEGDS na Adufmat-Ssind 

 

Com relação ao GTPCEGDS, a Adufmat-Ssind segue a tradição classista, conforme orientação do Andes-SN. “Na nossa compreensão, a leitura classista parte do ponto de vista de que a história das sociedades é a história da luta de classes. O desafio do militante classista é conseguir dar a resposta necessária ao seu tempo histórico, aos conflitos de classe que estão acontecendo naquele contexto. Nesse sentido, se torna uma leitura mecanicista e parcial desconsiderar que os corpos que trabalham, que sofrem exploração, são corpos marcados por marcadores sociais de raça e de gênero, que contribuem para a hierarquização humana, que é um pré-requisito para viabilizar a exploração de classe; quando a gente fala das questões de gênero, machismo, racismo, nós estamos considerando que essas dinâmicas se atrelam à dinâmica de exploração de classe. Existem leituras mecanicistas do marxismo que separam o econômico, a exploração de classe, da raça e gênero, e existem visões identitaristas, que separam raça e gênero de classe, e esse não é o nosso caso”, explica a professora Lélica Lacerda, diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind e integrante do GT.   

 

Ela avalia que, atualmente, em âmbito local, o GT tem se dedicado, em sua maioria, a demandas do movimento de mulheres, especialmente a partir de atos para marcar datas históricas de lutas, como o 08 Março - Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, 25 de Junho - Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, além dos dias contra a exploração da mulher e pela eliminação da violência contra a mulheres, ambos dia 25, de outubro e de novembro, respectivamente. Outros fatos também geraram mobilizações e ações nesse sentido, como o chamado “PL do estuprador”, que pretendia condenar mulheres que realizassem aborto em caso de estupro. “A gente fez atos de rua e atropelou o Lira, acho que foi a primeira e única derrota do Lira até agora, nesse governo, e foi o movimento de mulheres que colocou fim nesse golpe, nessa ação. Nós construímos esse ato também”, destaca. 

 

Outro momento de intensa mobilização que envolveu o GT foi quando o deputado Gilberto Cattani (PL) comparou as mulheres a vacas em 2023. Os coletivos de mulheres se organizaram para protestar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e, desde então, segundo a docente, o deputado ficou intimidado e não deu outras declarações do tipo. As mulheres organizadas reclamam que a comparação do deputado reforça a ideia da mulher como objeto, mercadoria, o que resulta na autorização da exploração de seus corpos - sendo pelo abuso físico, sexual ou mesmo pelo trabalho precarizado -, ou até mesmo na eliminação dos mesmos, pelo feminicídio. Infelizmente, a própria filha de Cattani foi vítima desta lógica em julho deste ano.   

 

Mulheres ocuparam a Assembleia Legislativa de Mato Grosso em julho de 2023 para protestar contra as declarações do deputado Gilberto Cattani (PL), que comparou a gravidez de mulheres a gravidez de vacas.  

 

Assim, a dinâmica do grupo não tem sido por meio de reuniões ordinárias, mas por demanda. “A gente chama reunião em situações em que existem demandas a serem providenciadas. Temos um grupo de mensagens, e as pessoas interessadas em construir essas agendas estão lá; dali a gente propõe as datas de reunião, encaminhamentos, é um grupo tem tido uma vida orgânica, porque nós temos tido muitos ataques às mulheres, isso tem demandado da gente várias tarefas. E a partir dessas demandas temos ações conjuntas com Instituto Federal (IFMT), Universidade do estado (Unemat), de tal forma que nós fundamos um Laboratório de Enfrentamento a Violências contra Mulheres, com professoras dessas instituições, e esse laboratório tem se reunido na terceira sexta-feira de cada mês para deliberar ações de pesquisa, extensão, intervenção, seminários sobre violências contras as mulheres. A gente atua em três eixos: violências contra mulheres, financiamento de políticas públicas para mulheres, e violência política de gênero”, aponta Lacerda.  

 

Ela lembra, ainda, que o 8 de Março, como ato de rua, tem sido uma atividade regular de participação da Adufmat-Ssind desde 2017, como forma de massificação da data. Além disso, o GT já esteve envolvido na realização do primeiro encontro para tratar de violência política de gênero, em dezembro do ano passado. “Como este ano está tendo eleições, e ela foi bastante violenta para as mulheres, muitas mulheres foram alvejadas por tiros, sofreram ameaças, a gente entendeu que não daria para fazer o segundo encontro logo em novembro, porque está muito recente. Então, a gente vai fazer em fevereiro”, comenta.

 

O grupo também está construindo, junto a outras entidades da comunidade acadêmica da UFMT, uma política contra violências raciais e de gênero. A ideia é construir uma minuta, a partir de debates, que queremos fazer ainda este ano,e entregar à Reitoria da universidade, para que seja adotada como política da instituição. 

 

Nos direitos trabalhistas, o debate também tem contribuído. “Para construir a minuta da Progressão Funcional, nós fizemos todo um debate em torno da violência institucional contra mulheres, o que a progressão funcional significa, a violência contra as pessoas com deficiência - mesmo as ocultas, como o autismo, demonstrando que a progressão via meritocracia acaba prejudicando esses segmentos que são minorizados pela sociedade”, ressalta. 

 

A docente observa, no entanto, que a proposta do GT é muito mais abrangente, mas assim como em outros GTs, faltam pessoas para construir a luta. “Nós estamos num estado que conta com mais de 40 povos indígenas, mais de 70 comunidades remanescentes de quilombos, e essa população compõe não só o estado de Mato Grosso - com os problemas de Mato Grosso que a universidade precisa, enquanto uma instituição socialmente referenciada, dialogar e buscar resolver -, mas também, essa população compõe a comunidade acadêmica. E a ideia do GTPCEGDS é lidar não apenas com questões de gênero, como tem acontecido, não é só movimento de mulheres, muito embora dentro do movimento de mulheres nós tenhamos uma leitura interseccional com raça e capacitismo, e temos promovido debates, encontros sobre isso; mas é importante que outros militantes venham para a Adufmat-Ssind para construir esse GT, com outros perfis, professores negros, quilombolas, enfim, da diversidade do perfil que compoe a comunidade acadêmica e o estado. A gente sabe que existe uma tradição dos sindicatos classistas, de uma visão mecanicista, que desconsidera raça e classe como pautas classistas, e isso gera uma resistência de professores negros e que atuam em outras pautas de virem, de se reconhecerem no sindicato, mas esse GT tem por objetivo mudar esse perfil de sindicato mecanicista e reducionista, que acaba servindo só para homens brancos, para a gente poder construir um sindicato efetivamente combativo, que responda as questões concretas do cotidiano de luta; então seria muito importante, fica aqui um convite, a professoras e professores que constroem essas pautas nas suas pesquisas, nas suas leituras, até mesmo em coletivos, que possam fortalecer conosco o GTPCEGDS, porque essas são pautas que nós estamos tentando trazer como essenciais para a luta de classes”, finaliza.        

 

Os Grupos de Trabalho (GTs) da Adufmat-Ssind, assim como os do Andes-SN, são compostos por docentes sindicalizados que voluntariamente atendem à convocação do sindicato nacional e se agregam em torno de uma temática para discutir pautas de interesse dos docentes das IFES ou da sociedade local e nacional, tais como: Carreira, Verbas, Política Educacional (GTPE), Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA), Formação Política Sindical (GTPFS), Ciência e Tecnologia (GTC&T), Fundações, Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA), História do Movimento Docente (GTHMD), Multicampia, Comunicação e Artes (GTCA) e Organização Sindical das Oposições.

 

Para participar do GTC&T ou qualquer outro GT da Adufmat-Ssind basta demonstrar disposição por meio dos contatos da Secretaria da Adufmat-Ssind: e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., ou pelos telefones com aplicativo de mensagens: (65) 99686-8732 ou (65) 99696-9293.

 

 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind 



     

 

Quinta, 10 Outubro 2024 15:12

 

A professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gelta Xavier, foi denunciada por suposta “entrada em sala de aula sem autorização prévia de um docente”. A docente foi ouvida, no último dia 2, em Comissão de sindicância na Faculdade de Veterinária, em uma etapa de investigação de denúncia.

Foto: Luiz Fernando Nabuco / Aduff SSind. 

A atividade de “passagem nas salas”, com panfletagens e conversa com a comunidade universitária, fez parte das ações da greve nacional da Educação, construída pelos três segmentos na UFF. De acordo com Gelta, ex-presidenta da Associação de Docentes da UFF (Aduff Seção Sindical do ANDES-SN), um grupo formado por docentes, técnicas e técnicos já havia passado em outras salas da Faculdade de Veterinária. 

Ao chegar à sala de aula do professor, que se refere a denúncia, pediu licença para entrar. Quando o docente percebeu que o tema era a greve da Educação, pediu, de forma até bastante grosseira, para que se retirassem, o que inclusive a surpreendeu. “Retirei-me”, diz a docente. Esse esclarecimento e outros foram fornecidos à comissão de sindicância e divulgados em matéria da Aduff SSind.

Para Susana Maia, secretária-geral da Aduff SSind, “independente da instauração ou não de um processo administrativo, a própria denúncia de uma ação legítima de greve e o encaminhamento dado pela direção da Faculdade e Reitoria revelam uma postura de criminalização das lutas e do movimento sindical que devemos denunciar no interior das universidades”, afirmou em matéria da Seção Sindical.

Em nota, o ANDES-SN manifestou apoio e solidariedade à professora Gelta Xavier, pela perseguição sofrida devido a sua atuação durante a última greve da educação federal e se colocou à disposição para enfrentar toda e qualquer prática de criminalização docente.

“Afirmamos que a universidade é um espaço em que deve prevalecer a liberdade de expressão e o debate de ideias, sendo inaceitável qualquer tipo de intimidação visando estabelecer a mordaça”, ressaltou a diretoria do Sindicato Nacional. 

Confira a íntegra da nota

Fonte: Andes-SN (com informações da Aduff SSind).

Quinta, 10 Outubro 2024 14:34

 

Dando continuidade à luta em defesa dos serviços públicos e de seus trabalhadores e suas trabalhadoras, o Fórum de Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) realizará uma agenda de atividades em Brasília (DF), nos próximos dias 15 e 16 de outubro (terça e quarta-feira).

Na tarde de terça-feira (15), a partir das 14 horas, está previsto um ato em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), para reivindicar o cumprimento dos acordos firmados com as categorias do funcionalismo federal, a retomada da Mesa Central de Negociação, contra as propostas de reformas administrativas e em defesa dos serviços públicos. A indicação é que, neste dia, também sejam realizados atos nos estados e nos locais de trabalho.

No mesmo dia (15), pela manhã, ocorrerá o seminário “Não à PEC 65/2023. Sim ao BC que o Brasil precisa”. O evento acontecerá a partir das 9 horas, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, organizado pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal Nacional). As inscrições para o seminário podem ser feitas pelo Sympla. Clique aqui.

Já quarta-feira (16), entidades do serviço público federal farão um ato, a partir das 9 horas, em frente ao MGI cobrando o respeito em relação aos aposentados e às aposentadas nas negociações do governo.

Através da Circular 438/2024, diretoria do ANDES-SN convocou a categoria docente a se engajar na construção desse dia de luta. “Tendo vista a realização do CONAD Extraordinário no final de semana anterior ao dia 15/10, solicitamos que, se for possível, as seções sindicais viabilizem a permanência de docentes em Brasília para a participação do ato em frente ao MGI. Do mesmo modo, indicamos que nossas seções sindicais busquem articular ações de mobilização para esse dia com as demais entidades, nos estados e locais de trabalho”, orienta da diretoria do Sindicato Nacional.


Confira a programação da agenda de mobilização:

15/10
9h – Seminário “Não à PEC 65/2023. Sim ao BC que o Brasil precisa”
Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

14h – Ato público contra a Portaria 5127/2024 e pela reabertura da Mesa Central
Em frente ao MGI, bloco K, Esplanada dos Ministérios.

16/10
8h – Ato de aposentados, aposentadas e pensionistas pelo cumprimento do acordo de greve, contra o confisco das aposentadorias e pela anexação da PEC 06.
Em frente ao MGI, bloco K, Esplanada dos Ministérios.

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 10 Outubro 2024 14:27

 

Quais são as causas das guerras que assustam o mundo em pleno século XXI? Como toda essa violência afeta até mesmo os países que não estão diretamente envolvidos? Qual a relação entre guerras internacionais, conflitos civis, crime organizado e ataques aos povos indígenas? Essas e outras reflexões serão feitas durante duas atividades que serão realizadas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na próxima semana, com a presença do professor e pesquisador especialista sobre o tema, Vicente Ferraro. O curso de extensão “Conflitos Civis e Guerras Internacionais: causas, consequências e dinâmicas da violência política”, e a conferência de mesmo título serão gratuitos e abertos a todos os interessados, sendo necessário, apenas, a inscrição prévia por meio do link que será disponibilizado abaixo.

A primeira atividade, o curso, terá duração de cinco dias, carga horária de quatro horas/dia, e ocorrerá de forma presencial, entre 14 e 18/10, sempre das 8h às 11h30, no auditório do Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (Musear/UFMT). A partir dos tópicos “conflitos civis”, “conflitos internacionais” e “violência política no Brasil”, as aulas abordarão os temas: tipos de violência política e as causas das guerras internacionais; as causas dos conflitos étnicos e civis; conflitos contemporâneos: a guerra Rússia-Ucrânia e Israel-Palestina; as consequências da violência política: crimes de guerra, Direitos Humanos e justiça internacional; e a violência política no Brasil: crime organizado e ataques a terras indígenas.

Na quarta-feira, dia 16/10, haverá uma conferência relacionada ao tema do curso, às 19h, no auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC/UFMT), também com a presença do professor Dr. Vicente Ferraro.

Doutor em Ciência Política/USP, mestre pela Higher School of Economics de Moscou e bacharel em Relações Internacionais/PUC-SP, Vicente Ferraro atua nas áreas: Política doméstica/externa da Rússia, Ucrânia e conflitos do Espaço Pós-Soviético; e Processos de integração, conflitos e relações sociopolíticas em regiões de fronteira. Seu trabalho, divulgando resultados da pesquisa doutoral, foi premiado na convenção mundial da Association for the Study of Nationalities (ASN) em 2021. Suas pesquisas mais recentes abordam o impacto de conflitos em Estados, regimes políticos e identidades. Desde 2010 é membro do Laboratório de Estudos da Ásia (LEA-USP), seção Rússia e Eurásia.

As duas atividades, curso e conferência, estão sendo realizadas pelo Departamento de Sociologia e Ciência Política (Socip) da UFMT, em parceria com os Programas de Pós-Graduação de Direito (PPGD), Estudos de Cultura Contemporânea (PPGECCO), Economia (PPG-ECO), Geografia (PPG-GEO), Política Social (PPGPS), Sociologia (PPGS) e a Fundação Uniselva.

Além da gratuidade, a organização fornecerá certificação, tanto para a participação no curso (75% de presença) quanto na conferência. Para fazer a inscrição basta preencher o formulário aqui

 

Fonte: Divulgação

Quarta, 09 Outubro 2024 16:58

 

Neste 7 de outubro, completou um ano desde o ataque do Hamas a Israel. A ação desencadeou uma resposta militar sem precedentes do governo israelense contra a população palestina na Faixa de Gaza, que tem sido massacrada por operações militares. Além das vidas ceifadas, casas, hospitais, universidades, supermercados e lojas foram destruídos, agravando ainda mais a crise humanitária.

Para contextualizar o conflito, o ANDES-SN lançou a série "Palestina Livre" nesta segunda-feira (7) em seu canal no YouTube, como parte da denúncia do genocídio contra o povo palestino. A série, composta por três vídeos, apresenta entrevistas com a professora da Universidade de Brasília (UnB), Muna Muhammad Odeh, palestina residente no Brasil há 32 anos.

A produção explora a história do território palestino, o impacto do imperialismo no Oriente Médio e a violência contínua que afeta a região, destacando as raízes e as consequências do conflito para a população palestina.

De acordo com dados da Al Jazeera, pelo menos 41.909 palestinas e palestinos foram mortos e 97.303 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza, desde outubro de 2023. Em Israel, 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro e mais de 200 pessoas foram feitas prisioneiras.

O ANDES-SN tem uma longa história de apoio à luta palestina, iniciada em 2003, com ações de solidariedade e boicote ao Estado de Israel. Em 2018, aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). No 42º Congresso, em 2023, aprovou a moção "Não é guerra, é genocídio!", e no 67º Conad decidiu lutar pelo rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

Acesse aqui a série "Palestina Livre"

Leia mais sobre a causa palestina aqui na edição de agosto do Informandes

E também aqui a entrevista com a Muna Muhammad Odeh publicada em 2023 no jornal

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 07 Outubro 2024 10:05

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Danilo de Souza*
 

 

            O cobalto é um dos minerais críticos para a transição energética, desempenhando um papel fundamental na produção de baterias de íons de lítio, utilizadas em veículos elétricos (EVs) e sistemas de armazenamento de energia, como smartphones, notebooks e outros eletrônicos portáteis com baterias. Com o avanço da transição para fontes e usos finais em tecnologias de baixo carbono, o cobalto teve uma ressignificação como um dos principais componentes na transformação global do setor energético. A demanda por esse mineral está crescendo rapidamente, impulsionada pela necessidade de eletrificação de setores que anteriormente dependiam de combustíveis fósseis, especialmente o transporte e a geração de energia elétrica.
           De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), as baterias de íons de lítio (já discutimos anteriormente nesta coluna) são amplamente utilizadas devido à sua alta densidade de energia, longevidade e desempenho, características fortemente influenciadas pelo cobalto. Ele é fundamental para melhorar a estabilidade térmica e a capacidade das baterias, o que permite o armazenamento eficiente de grandes quantidades de energia. As baterias que utilizam cobalto como elemento principal, como aquelas com química NMC (níquel, manganês e cobalto), são consideradas essenciais para sustentar a transição energética global.
           Vale lembrar que o aumento da produção de veículos elétricos é um dos maiores responsáveis pelo crescimento da demanda por cobalto. Conforme o mercado de EVs cresce, as expectativas são de que a demanda por cobalto se amplie de forma significativa nas próximas décadas. A IEA destaca que, até 2040, a demanda por cobalto pode ser até 25 vezes maior que os níveis atuais, dependendo do cenário de transição energética adotado. Além disso, o cobalto é essencial não apenas para o setor de transportes, mas também para o armazenamento de energia em larga escala, que se torna cada vez mais necessário à medida que fontes intermitentes de energia, como solar e eólica, se expandem​.
           Os números indicam que, para atender às metas climáticas (o que vem se desenhando como um grande desafio), a demanda por minerais como o cobalto deverá crescer exponencialmente. A transição energética para um futuro de baixa emissão (emissões líquidas zero é cenário que, conforme já discutimos, está bastante distante do que temos atualmente) requer o uso maciço de baterias e tecnologias de armazenamento de energia, que dependem de cobalto, níquel e outros minerais críticos.
           De se destacar que um dos maiores desafios em torno do uso do cobalto é sua produção altamente concentrada. Mais de 60% do cobalto global é extraído na República Democrática do Congo (RDC), o que gera preocupações em termos de segurança de fornecimento, transparência e condições de trabalho. Ademais, o processamento do cobalto é amplamente dominado pela China, que controla mais de 70% da capacidade global de refino do mineral. Essa concentração suscita incertezas, pois crises políticas, sanções econômicas ou barreiras comerciais podem facilmente interromper a cadeia de fornecimento.

A extração de cobalto na RDC está profundamente enraizada em abusos dos direitos humanos, incluindo trabalho infantil, mortes não declaradas, e condições desumanas para os trabalhadores, como exposto no livro Cobalt Red, do pesquisador Siddharth Kara. Trabalhadores artesanais, incluindo crianças, escavam o mineral essencial para baterias de dispositivos eletrônicos portáteis, muitas vezes com as mãos nuas, sem equipamentos de proteção adequados e expostos a toxinas perigosas. O impacto na saúde é devastador, com relatos de abortos espontâneos, doenças respiratórias e até mortes, frequentemente não documentadas. As grandes empresas de tecnologia, embora afirmem adotar práticas responsáveis, são involuntariamente cúmplices desse sistema, já que o cobalto extraído sob tais condições flui para as cadeias de suprimento globais.
           Apesar de esforços como a Global Battery Alliance e a Responsible Minerals Initiative, as condições de mineração permanecem perigosas, com mineradores enfrentando colapsos de túneis, agressões físicas e sexuais, e vivendo em extrema pobreza. Kara destaca que, sem uma ação urgente para melhorar as condições de trabalho e a formalização do setor de mineração artesanal, a exploração e destruição ambiental continuarão a prejudicar o povo congolês.
           O mercado global de cobalto também está sujeito a grandes variações de preço, o que pode afetar o custo de produção de baterias. Nos últimos anos, o preço do cobalto tem mostrado volatilidade significativa, impulsionado principalmente por flutuações na oferta e por incertezas em relação ao controle das reservas no Congo e nas políticas de exportação chinesas. Portanto, é fundamental que países importadores, como Estados Unidos e membros da União Europeia, bem como os países em desenvolvimento do BRICS, invistam em estratégias para mitigar essa dependência, incluindo pesquisas para descobertas de novas reservas e a reciclagem de baterias usadas.
           Atualmente, a taxa de reciclagem do cobalto ainda é baixa em comparação a outros metais como o alumínio e o cobre. No entanto, com a crescente quantidade de baterias de veículos elétricos que atingem o final de sua vida útil, a reciclagem de cobalto deverá se tornar um componente fundamental para atender à demanda futura de forma sustentável. A reciclagem de cobalto no contexto da economia circular e outros minerais essenciais pode reduzir a necessidade de novas explorações em até 10% até 2040, aliviando parte da pressão sobre os recursos naturais e mitigando o impacto ambiental da mineração​​. Além disso, as pesquisas sobre novas tecnologias de baterias estão explorando maneiras de reduzir a quantidade de cobalto necessária sem comprometer o desempenho. Químicas alternativas, como o desenvolvimento de baterias com maior proporção de níquel ou que utilizam outros materiais, estão em fase de desenvolvimento, mas ainda não são viáveis em larga escala.

Outro aspecto importante do cobalto é o impacto ambiental de sua extração e processamento. Sua mineração tem sido associada a uma série de problemas ambientais, incluindo contaminação da água, desmatamento e altos níveis de emissões de carbono devido aos métodos de processamento. À medida que a demanda por cobalto aumenta, cresce também a pressão para que o setor se torne mais sustentável e adote práticas de processamento de baixo carbono. Iniciativas nas operações de mineração para reduzir o consumo de água e minimizar os resíduos devem ser o foco nos próximos anos.
           Nessa perspectiva, o cobalto desempenha um papel central na transição para um sistema energético de baixo carbono. Sua importância no armazenamento de energia e na eletrificação do transporte o coloca como um mineral estratégico para a mitigação das mudanças climáticas. No entanto, a dependência de fontes concentradas de fornecimento, os desafios ambientais e as limitações tecnológicas sugerem que serão necessárias grandes mudanças tanto no fornecimento quanto no consumo de cobalto. A reciclagem e a inovação tecnológica serão fundamentais para garantir que o cobalto continue a contribuir para a transição energética para uma matriz primária e usos finais de baixo carbono no ciclo de vida completo, ao mesmo tempo que a governança e os cuidados com o ambiente devem ser intensificados para reduzir os impactos negativos associados à extração e processamento desse mineral.

OBS: Coluna publicada mensalmente na revista - "O Setor Elétrico".

*Danilo de Souza é professor na FAET/UFMT e pesquisador no NIEPE/FE/UFMT e no Instituto de Energia e Ambiente IEE/USP.

 

Segunda, 07 Outubro 2024 09:57

 

A Adufmat-Ssind informa a suspensão do expediente presencial na sede do sindicato nesta segunda-feira, 07/10, devido a instalação de novos condicionadores de ar. 

Agradecemos a compreensão de todos. 

Retomaremos as atividades presenciais na terça-feira, 08/10.

Neste período, eventuais demandas deverão ser informadas por meio do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelos telefones (65) 99686-8732 ou (65) 99696-9293.

Segunda, 07 Outubro 2024 09:14

 

Nesta segunda-feira, dia 07 de outubro, às 19h, convidamos os/as docentes para a conferência híbrida “A Coluna Prestes Hoje” com a professora Anita Leocádia Prestes, filha de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário. O evento faz parte das comemorações do centenário da Coluna Prestes, um marco importante na história política do Brasil.

Haverá também o lançamento da reedição do livro da professora Anita sobre a Coluna Prestes, uma obra essencial para compreender o movimento tenentista.
 
???? Participe!
???? Presencialmente: UFMT (sala 7 do IGHD)
???? On-line: Assista pelo YouTube da JURA UFMT.
Não perca essa oportunidade de debater e refletir sobre um dos capítulos mais importantes da nossa história!
???? Acesse: YouTube da JURA UFMT no link a seguir! https://www.youtube.com/live/759srXfUhW8
 
Fonte: divulgação