Terça, 01 Junho 2021 18:49

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Terça, 01 Junho 2021 18:46

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Terça, 01 Junho 2021 18:43

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Terça, 01 Junho 2021 18:42

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Terça, 01 Junho 2021 18:41

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Terça, 01 Junho 2021 18:39

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Terça, 01 Junho 2021 18:30

 

 

 

Não bastasse uma pandemia que já matou mais de 463 mil pessoas diante da política negacionista e genocida do governo Bolsonaro, os brasileiros (as) estão sob uma nova ameaça: um tarifaço nas contas de energia elétrica e o risco de apagão.

 

Na última sexta-feira (28), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que a conta de luz ficará mais cara a partir de junho, quando entra em vigor a bandeira tarifária vermelha de patamar 2. Com isso, haverá um aumento de R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos.

 

 

Mas não é só isso. Com a combinação de um forte período de estiagem, concentrada na região Centro-Sul, com a falta de planejamento e investimentos por parte do governo, o risco de um racionamento de energia e apagões voltam a assombrar o país.

 

O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu, também na sexta-feira, um comunicado de “emergência hídrica” em cinco estados do país: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Segundo o órgão do governo, essa situação deve se prolongar de junho a setembro. Na região, a situação é classificada como “severa” em razão da falta de chuvas no último período.

 

Má gestão

 

Mas, diferente do que o governo Bolsonaro tenta fazer parecer, de que o tarifaço e os riscos de racionamento e apagão seriam consequências unicamente da falta de chuvas, na realidade, a responsabilidade é a má gestão do governo.

 

Especialistas já alertam há algum tempo a iminente crise hídrica com a falta de chuvas (algo que era previsto) e defendem que a crise poderia ser minimizada com investimentos em infraestrutura energética, em fontes alternativas, sustentáveis e renováveis, como a eólica, solar e o bicombustível. Mas, ao contrário, dependente de hidrelétricas, quando o governo se vê diante de períodos de estiagem acaba por acionar usinas térmicas, cuja produção é mais cara e poluente.

 

Agora, com a falta de chuvas e sem opções para geração de energia, especialistas apontam o risco de racionamento. Em entrevista à BBC, a economista chefe da CM Capital Markets Carla Argenta destacou que a depender do regime de chuvas no próximo mês, um racionamento não está descartado. “O quadro pode demandar políticas governamentais específicas para contornar a situação”, disse.

 

Boa parte da população ainda tem na memória, quando durante o governo FHC, o país sofreu uma série de apagões e um período de racionamento de energia.

 

Inclusive, também na última sexta-feira, vários estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram atingidos por um apagão que durou 20 minutos. O problema teria sido numa linha de transmissão que leva energia da usina de Belo Monte, no Pará, para outros estados.

 

Analistas apontam ainda que essa crise terá efeito cascata no aumento da inflação, principalmente, no preços de alimentos, além da própria conta de luz.

 

Privatização da Eletrobras

 

Ainda mais alarmante é que na iminência de uma grave crise energética no país, governo Bolsonaro e o Congresso pretendem avançar com a privatização da Eletrobras, uma temeridade já que se trata da estatal responsável por 1/3 de toda a produção energética do país, responsável por todo um sistema de geração, transmissão e distribuição.

 

 

Cerca de seis meses depois do apagão que deixou o Amapá às escuras por mais de 20 dias, fruto da má gestão da empresa privada responsável pela energia no estado, Bolsonaro quer estender a mesma situação para todo o país com a privatização da Eletrobras, através da Medida Provisória 1.031. O texto foi aprovado na Câmara e agora tramita no Senado.

 

Leia: Câmara aprova MP que autoriza privatização da Eletrobras e texto segue para votação no Senado

 

Durante audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos do Senado, nesta segunda-feira (31), para discutir esta MP, o engenheiro elétrico e integrante da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel), Ikaro Chaves, afirmou: “o racionamento é uma possibilidade cada vez maior, mas uma elevação substancial da tarifa é uma certeza”, com estimativas superiores a 10%.

 

 

Fonte: CSP-Conlutas (com informações da Agência Senado, BBC e UOL)

 

Terça, 01 Junho 2021 17:38

 

"Na luta de classestodas as armas são boas: pedras, noite e poemas", escreveu Leminski. E foi inspirada nesta mensagem que a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) organizou a primeira edição do Festival "Contra Atacar", que premiará artistas locais na categoria Música e Poema, entre junho e julho de 2021. 

Sob o tema "Contra Atacar", os participantes deverão desenvolver músicas ou poemas, encaminhando até o dia 15/06/21 as peças e os documentos exigidos no edital (disponível abaixo para download) para o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O prêmio para quem vencer na categoria Música será o patrocínio da produção de um clipe single (áudio + videoclipe) no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Para quem vencer na categoria Poema, o prêmio corresponderá ao patrocínio da produção de um webclipe no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais).

Também serão pagos cachês no valor de R$ 200,00 para as músicas e poemas classificados em 2º, 3º e 4º lugares, e de R$ 400,00 para a música e o poema vencedores. 

O anúncio dos vencedores será no dia 02/07, durante o Festival Contra Atacar, que terá a participação de todos os participantes selecionados, e transmissão feita nos canais oficiais da Adufmat-Ssind no Youtube e Facebook, a partir das 19h30. 

Confira no edital (disponível no arquivo anexo abaixo) todas as informações, cronograma e regras para participar do Festival Contra Atacar. 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 01 Junho 2021 17:09

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

O mundo, o planeta terra, como obra de um Criador Supremo, como acredita a grande maioria da população, através dos mais variados credos e sistemas religiosos, como o espaço em que vivemos temporariamente, enquanto durar nossa existência/permanência terrestre deve ter como farol a iluminar-nos, como paradigma a reger nossas relações globais (Deus/Divindade, ser humano, natureza) sempre e tão somente o BEM COMUM, garantindo a todas gerações, presentes e futuras, o direito a um meio ambiente saudável, que possibilite uma boa qualidade de vida e respeite a dignidade de todas as pessoas (ECOLOGIA INTEGRAL) e não apenas alguns privilegiados, como acontece atualmente.

Parece que a humanidade, representada tanto pela população em geral quanto por seus  governantes, seus empresários, suas as lideranças religiosas, educacionais e das organizações da sociedade civil, em todos os níveis, em todos os países, com raríssimas exceções, estão em uma corrida louca, desvairada, em sua sanha destruidora da natureza, no firme propósito de tornar impossível todas as formas de vida no planeta terra, incluindo o próprio ser humano.

Costumamos diferenciar o ser humano em relação aos demais animais atribuindo-lhe (ao ser humano) a dimensão de ter sido dotado, pelo Criador, por aspectos fundamentais como racionalidade, inteligência, capacidade criativa e inovadora, inventividade e, claro, uma alma, um espirito, dotado de uma dimensão transcendental.

É através desses atributos exclusivos do ser humano que o mesmo se relaciona de um lado com a mãe natureza e todas as formas de vida nela contidas e, também, com o divino, o sagrado e, ao mesmo tempo, mesmo sendo finito em termos de vivência individual terrena, mesmo assim, tem a capacidade de entender que, em termos coletivos e também individuais, temos um passado, vivemos em um presente e temos um futuro comum (construído por nossas ações ou omissões em cada momento, no dia-a-dia), como é o titulo do Relatório da Comissão Brunntland em 20 de Março de 1987, (constituído pela ONU em 1983) para analisar a questão do meio ambiente e do desenvolvimento no mundo, relatório este que, pela primeira vez destacou a questão do desenvolvimento sustentável, além dos alertas quanto aos rumos que a destruição ambiental estava indicando o caminho de um desastre, uma catástrofe anunciada.

Há quase 50 anos, em 1972, por decisão da Assembleia da ONU, ao final da primeira Conferência mundial sobre meio ambiente, realizada em Estocolmo (Suécia), foi aprovada a criação do DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, a ser comemorado no dia 05 de Junho de cada ano, com o objetivo de despertar a consciência internacional quanto `a gravidade dos problemas ecológicos que o mundo estava enfrentando, com alta probabilidade de serem severamente agravados, como de fato tem acontecido neste meio século, com sérias consequências, se nada fosse feito (como de fato não esta sendo feito) ou se tudo continuasse no mesmo ritmo como vinha acontecendo desde meados do século passado.

O primeiro DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE foi “comemorando”, oficialmente pela ONU na cidade de Spokane, nos Estados Unidos, em 05 de junho de 1974 e, desde então, essas “celebrações” tem procurando alertar governantes, entidades empresariais e da sociedade civil organizada, ONGs, Igrejas, entidades educacionais e outras mais, quanto `a gravidade dos diversas problemas ambientais/ecológicos, criados pela ação irracional e irresponsável do ser humano, em todos os países, inclusive no Brasil.

A cada ano a ONU destaca um problema considerado grave e em torno do qual tenta mobilizar a opinião pública mundial e, para tanto, produz diretamente ou com seu apoio diversas estudos e pesquisas, incluindo universidades, centros de pesquisas, cientistas em inúmeros países, que produzem estudos que tem lançado luzes sobre não apenas a realidade factual de e a cada momento, mas, principalmente construindo/desenhando cenários, onde são projetados diferentes futuros, dependendo do curso, efetividade e eficácia das ações ou omissões que sejam tomadas pelos países e população em relação `a marcha da destruição da natureza, dos ecossistemas.

Diversos problemas ambientais/ecológicos já foram objeto de destaque durante as “comemorações” e alertas por ocasião do DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, como em 1974, cujo tema foi “Apenas um planeta terra”, tentando chamar a atenção da finitude dos recursos naturais existentes no mundo e a importância de zelar e não destruirmos irracionalmente os mesmos, principalmente a biodiversidade, os solos, as águas e as florestas, provocando cada vez mais poluição.

Podemos realizar uma análise da evolução das decisões tomadas pela ONU em diversas ocasiões, em suas Assembleias Gerais anuais, em relação às questões do meio ambiente/ecologia, seja através das “comemorações” do DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, desde 1974; seja também através de inúmeros estudos e pesquisas realizadas, diretamente quanto sob seu patrocínio, de acordos internacionais celebrados com o apoio e adesão da quase totalidade dos países, das convenções mundiais como do clima, das florestas, dos mares, dos direitos humanos, enfim, uma enorme gama de conhecimento científico colocada à disposição e a serviço da tomada das decisões de governos nacionais, regionais ou locais e também para as empresas, organizações não governamentais e pessoas, para incluir o meio ambiente, a ecologia integral como uma variável fundamental no processo de desenvolvimento econômico, social, politico, cultural e tecnológico.

Além da primeira conferência mundial sobre o meio ambiente realizada em 1972; podemos mencionar os trabalhos realizados pela já citada Comissão Brundtland entre 1983 e 1987, com a produção de seu relatório em 1987 intitulado NOSSO FUTURO COMUM, quando, pela primeira vez foi dedicada um capítulo especial sobre o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, onde constam dois alertas que estão repercutindo até hoje quando dizia (isto em 1987) que “anualmente (naquela época) seis milhões de ha de terras produtivas se transformam em desertos inúteis” (ou seja, áreas e ecossistemas degradados) e mais, que também anualmente “mais de 11 milhões de ha de florestas nativas são destruídas”.

Em 2022, estaremos “comemorando” meio século, 50 anos da realização da primeira conferência mundial do meio ambiente; com toda certeza e os dados estatísticos assim tem demonstrado, a sanha destruidora da humanidade não se arrefeceu, pelo contrário tem aumentado, apesar de tantos alertas de estudiosos, cientistas e resoluções aprovadas pela ONU, com adesão de todos os países.

Parece que esta sanha destruidora pode ser resumida na expressão do Ministro do Meio Ambiente , na mal fadada reunião ministerial, sob o comando do Presidente da República, em abril de 2020, quando se referiu ao afrouxamento das normas infraconstitucionais e legais, de fiscalização ambiental, que poderia ser feito, enquanto o Congresso e a opinião pública estivessem “distraídas/distraído” pela noticiário da pandemia, possibilitando que “a boiada possa passar”, vale dizer, permitir a destruição de ecossistemas, mineração, garimpo, desmatamento, grilagem de terras indígenas, terras públicas, reservas legais, extração e exportação ilegal de madeira sob a omissão, conivência governamentais e a impunidade em relação aos crimes ambientais, para que possam continuar livremente em nosso país, como também acontece em alguns outros mundo afora, na contramão das preocupações e recomendações da ONU, organismos internacionais e nacionais, como OCEDE/Fórum Econômico Mundial, Bancos Mundial, Inter Americano de Desenvolvimento e outros mais.

Assim, neste meio século de degradação ambiental, de destruição da biodiversidade, de poluição do ar, dos solos e das águas ao redor do mundo, do aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, podemos estimar que aqueles dois alertas quanto à desertificação e desmatamento tomaram proporções gigantescas.

Sem sombra de dúvida em cinco décadas a desertificação já deve ter atingido 3,74 milhões de km2 ou 374 milhões de ha de áreas degradadas e nada menos do que 5,5 milhões de km2 ou 550 milhões de ha  de desmatamento de florestas nativas, daí a decisão da Assembleia Geral da ONU em estabelecer a partir do dia MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE de 2021, como inicio da DÉCADA DA RESTAURAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS DEGRADADOS, pela insanidade humana e modelos econômicos irracionais ao destruir o planeta e provocar mudanças climáticas que já estão gerando exclusão, migrações em massa, desastres naturais provocados pela ação humana, pobreza, fome, miséria, sofrimento e mortes.

Dois outros momentos importantes nesta tentativa de fazer soar o alerta da ECOLOGIA INTEGRAL, cada vez mais forte, aconteceram no Brasil com a realização da ECO-92 e da RIO mais 20 (em 2012), quando foram aprofundados os debates, estudos e alertas de que precisamos, com urgência, redefinir nossas relações com a natureza, afinal, progresso e crescimento econômico, a busca do lucro ou inclusive a alimentação uma população que continua crescendo, ainda de forma acelerada, anualmente, não podem servir de justificativa para a destruição  e a degradação do meio ambiente, deixando para as futuras gerações apenas um passivo ambiental impagável, tornando a qualidade de vida cada dia mais precária, mesmo para aqueles que estão no ápice da pirâmide social, politica e econômica, nos diversas países, inclusive no Brasil.

Assim, estamos chegando a este DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE de 2021, e, para comemorar este dia tão importante e continuar sua caminhada em defesa e melhor cuidado com o planeta terra, a ONU/UNEP/FAO, estão “lançando” neste sábado 05 de Junho, oficialmente no Paquistão, a DÉCADA DA RESTAURAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS DEGRADADOS, a vigorar de 2021 até 2030, coincidindo com o término da AGENDA 2030, dos OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, iniciados em 2015.

Todos os ecossistemas mundiais, como os oceanos, as florestas, as áreas costeiras, as geleiras, as savanas, as regiões polares, as áreas alagadas ou alagáveis, as cadeias de montanhas e não apenas a Pan Amazônia , o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, os pampas e a Mata Atlântica no Brasil, estão em processo acelerado de degradação permanente e trazem sérios riscos para o equilíbrio do clima, afetando drasticamente o regime de chuvas, contribuindo para o aquecimento global, aumentam os riscos de desastres naturais provocados pelo ser humano e suas atividades, com sérias consequências econômicas, sociais, ambientais, geopolíticas e culturais.

Segundo dados da própria ONU, corroborados por diversas instituições de estudos e de pesquisas, entre 1990 e 2017 o mundo perdeu 178 milhões de ha de florestas, cabendo ao Brasil a triste marca de ter desmatado, neste período, nada menos do que 92,3 milhões de ha ou 51,9% do desmatamento mundial.

Muita gente pode imaginar que todo este desmatamento foi para produzir alimentos e teria uma “função” nobre, ou seja, para saciar a fome de milhões de bocas famintas, principalmente mais de 690 milhões de pessoas que passam fome, literalmente, todos os dias ao redor do mundo.


Ledo engano, os níveis de degradação dos solos, representados pela erosão e desertificação; a poluição do ar através da emissão de bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, a poluição dos cursos d’água através do uso indiscriminado de agrotóxicos, de mercúrio em atividades de mineração e o próprio desperdício de mais de 30% de todo o alimento produzido no mundo, de mais de 40% de toda água tratada e de outros rejeitos lançados in natura em córregos, rios e oceanos, impõem-nos um sério desafio quando analisamos os custos x benefícios desses modelos de produção econômica.


Estamos pagando um alto custo, exagerado, social, politica, econômica e ambientalmente, para mantermos modelos econômicos e tecnológicos para que uma parte ínfima da população realmente usufrua dos “frutos” deste processo de desenvolvimento, que não respeite a Casa Comum, conforme diz o Papa Francisco constantemente.

A DÉCADA DA RESTAURAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS, não é uma tarefa exclusiva da ONU, mas sim, de todos os países, e em cada país, a primeira e principal responsabilidade recai sobre os organismos governamentais, em todos os níveis, a quem cabe estabelecer os limites das relações de produção e de consumo (que conforme o Objetivo 12 dos ODS devem ser sustentáveis) e, também, é claro, sem pretender substituir as ações que são de responsabilidade dos poderes públicos; por parte de todas as demais entidades e organizações das sociedades, incluindo a população como um todo, considerando, inclusive as ações e omissões individuais, de cada pessoa em seu local de residência, sua vizinhança, seu trabalho. sua cidade, bairro, seu lugar de cultuar a divindade (igrejas, paróquias, templos, salões).


A ONU, no encaminhamento deste desafios, aponta algumas alternativas incluindo a questão da poluição dos cursos d’água (córregos, rios, lagoas, lagos, baías, zonas costeiras, mares e oceanos), recuperação de nascentes, que devem ser realizadas ações de despoluição, restaurando esses ecossistemas; mas também um trabalho preventivo para evitar que a poluição desses cursos d’água continuem provocando degradação e poluição novamente.


A outra linha de ação é quanto `as florestas, onde as ações devem ser para reduzir o desmatamento e, também as queimadas; restaurar as áreas desmatadas e degradadas através do reflorestamento, inclusive fomentando a arborização urbana e as florestas urbanas. O Paquistão, por exemplo está se comprometendo a reflorestar extensas áreas plantando nada menos do que 10 bilhões de árvores em uma década, isto representa 6,25 milhões de ha.


Para não me alongar, gostaria também de mencionar dois exemplos brasileiros. O primeiro é representado pelo MST (Movimento dos trabalhadores sem terra) que pretende plantar 100 milhões de árvores em dez anos e o mais recente exemplo que tomei conhecimento é o compromisso/desafio apresentado pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempestade, desafio este abraçado pela PASTORAL DA ECOLOGIA INTEGRAL daquela Arquidiocese, plantar UM MILHÃO de árvores, em cinco anos na cidade do Rio de Janeiro, tendo como pontos de referencia a ação das pastorais ecológicas ao nível paroquial e dos vicariatos.


Existem milhares, dezenas de milhares  ou milhões de pessoas que voluntariamente estão assumindo este desafio de salvar o planeta, contribuindo para que governantes e também por entidades não governamentais e empresariais assumam seus papéis, suas funções e seus compromissos para mudar os paradigmas do chamado desenvolvimento econômico e social, que não pode ser tão irracional e destruidor dos recursos naturais, como está acontecendo e que colocam em risco todas as formas de vida no planeta, inclusive o ser humano.


Assim é que, ao longo dos últimos seis anos temos celebrado e assim devemos continuar celebrando durante todos os anos no dia 24 de MAIO , o aniversário da ENCÍCLICA LAUDATO SI, a chamada ENCÍCLICA VERDE, do Papa Francisco, onde o mesmo sempre tem destacado as questões da ECOLOGIA INTEGRAL, DOS PECADOS AMBIENTAIS/ECOLÓGICOS, da necessidade de uma CONVERSÃO ECOLÓGICA.


A exortação apostólica ao final do Sínodo dos Bispos, no documento MINHA QUERIDA AMAZÔNIA, em conjunto com diversas pronunciamentos e iniciativas do Papa Francisco oferecem um novo paradigma para as nossas relações com a natureza, de respeito, preservação e proteção da biodiversidade e também novos tipos de relações econômicas, sociais e políticas, essas três últimas consubstanciadas na chamada ECONOMIA DE FRANCISCO, isto é que configura a ECOLOGIA INTEGRAL como o novo paradigma do desenvolvimento.


Este novo paradigma é representado pela economia verde, a economia sustentável, a economia da partilha, a economia circular, a economia solidária, o cooperativismo em substituição aos modelos atuais da economia coletivista de estado, opressora, de um lado e de outro a economia capitalista selvagem, ambas desumanas, que geram fome, pobreza, exclusão, violência e morte, que se assentam na concentração de todas as atividades nas mãos de um Estado totalitário ou de capitalistas insensíveis e ávidos por lucros rápidos e a qualquer preço, tanto dos meios de produção quanto da renda, da riqueza produzida por todos, da terra;  no consumismo, no desperdício, na produção exagerada de rejeitos, de aumento constante de resíduos sólidos, lixo, que acabam degradando todos os cursos d’agua, inclusive córregos, rios e os oceanos, que provocam degradação dos ecossistemas, do meio ambiente em todos os aspectos e que provocam mudanças climáticas, sempre destacadas nos acordos e convenções do clima, como o ACORDO DE PARIS em vigor , que a cada dia afeta mais gente, gera bilhões de toneladas de poluição, que matam conforme dados recentes da ONU mais de 6,6 milhões de pessoas a cada ano no mundo e também a fome que causa a morte de 9,14 milhões de mortes anualmente, ambas as causas muito mais letais do que tem sido as mortes pela COVID, que em pouco mais de um ano, até este inicio de Junho já causou a morte de 3,55 milhões de pessoas e que tanto sofrimento e medo nos tem causado.


Sem subestimar a gravidade da pandemia pelo coronavírus (COVID-19), devemos destacar que somente a poluição e a fome, duas mazelas tipicamente relacionados com a degradação ambiental matam a cada ano 15,74 milhões de pessoas ou 4,4  vezes mais que a COVID-19 e que pouco alarde, preocupação ou ações mais efetivas tenham sido tomadas quando comparadas com o terror que a pandemia da COVID vem causando  no mundo,

Em termos éticos, sociais, políticos, humanos e transcendentais não existe diferença se uma pessoa morre por problemas respiratórios causados por poluição do ar, de fome, de covid-19 ou de qualquer outra causa evitável ou não evitável, razão pela qual os governantes e gestores públicos não podem se omitir em relação `a degradação dos ecossistemas e suas danosas consequências, incluindo a destruição da biodiversidade e de todas as formas de vida no planeta.


Por tudo isso, precisamos despertar nossas consciências, nossa cidadania, nos capacidade de indignação, percebermos a gravidade e a urgência dos problemas ambientais, ecológicos,  cerrar fileiras, , atentarmos para nossas responsabilidades pessoais e coletivas, atuando de uma forma mais proativa e com espírito público, como podemos fazer através das PASTORAIS DE ECOLOGIA INTEGRAL, que devem ser fomentadas e constituídas em todas as paróquias, dioceses e Arquidioceses e também através de ação de outras Igrejas, que a cada dia demonstram como a  Igreja ou as Igrejas podem e devem agir neste contexto ou outras formas que podemos buscar para salvar o Planeta Terra, nossa MÃE NATUREZA, enquanto é tempo.


Precisamos pensar globalmente e agirmos localmente, só assim nosso esforço e a nossa luta não terá sido em vão. Combater a degradação ambiental e restaurar os ecossistemas, como pretende a ONU, exige de cada pessoa muita coragem, ação e espirito de luta individual e coletivamente.


Só assim iremos deixar um meio ambiente, realmente, saudável para as futuras gerações e não um rastro de desmatamento, queimadas, erosão dos solos, uso abusivo e criminosos de agrotóxicos, poluição do ar, das águas e alteração no regime das chuvas, contribuindo para crises hídricas, que já estão sendo percebidas em diversas países, inclusive no Brasil, com sérias consequências no Sistema produtivo e no abastecimento de água e de energia elétrica, como previsto para os próximos meses em varias regiões de nosso país, enfim, um rastro de destruição e morte.


Minha amiga, meu amigo, pare e reflita, de uma maneira crítica, criadora e responsável, um pouco mais sobre todas essas questões e veja o que lhe cabe fazer, não apenas individualmente, mas principalmente de forma coletiva, afinal, somos todos passageiros de uma mesma nave espacial, chamada TERRA e nossos destinos estão umbilicalmente interligados. Ou agimos coletivamente de forma responsável e urgente ou estaremos todos condenados `a morte, ambientalmente falando!

*Juacy da Silva, sociólogo, mestre em sociologia, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy

 

Terça, 01 Junho 2021 17:04

 

Nessa quarta-feira, 02/06, a Almerinda bate um papo com o professor da UFMT, Maelison Neves, sobre a Reforma Administrativa. A PEC 32 já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e deve ser apreciada no plenário em breve.

O que será que Almê está preparando sobre esse tema quentíssimo???? Saiba tudo durante o evento, que terá apenas meia hora de duração e será transmitido ao vivo, às 19h, nas páginas oficiais da Adufmat-Ssind no Facebook e Youtube.

Link para o Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=sosYPriCOnA 

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