O policial rodoviário federal José Medeiros (Podemos-MT) não é mais senador por Mato Grosso. Ele teve o mandato cassado na noite da última terça-feira (31) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. Ele teria se envolvido em fraude na elaboração da ata de registro de candidatura da chapa em que se elegeu suplente do então senador Pedro Taques em 2010. Na mesma decisão, foi determinada a posse do empresário Paulo Fiúza como senador, que assume o mandato imediatamente e termina em 2 de fevereiro de 2019.
José Medeiros tentou evitar o julgamento alegando que 1 de seus advogados teria importante reunião em Brasília. O pedido foi negado e durante a audiência realizada na noite de terça, os juízes foram unânimes ao cassar o mandato de Medeiros. Mas tiveram entendimentos divergentes em relação a quem deveria assumir.
Dentre os 7 magistrados, 5 entenderam que a vaga pertence Fiúza, apontado como 1º suplente na chapa que elegeu o atual governador Pedro Taques (PSDB), em 2010.
Os outros 2, dente eles o relator do processo, o juiz eleitoral Ulisses Rabaneda, entendeu que toda a chapa deveria ser cassada, inclusive o próprio Fiuza, dando posse assim ao 3º colocado nas eleições ao Senado daquele ano, o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), entendimento este que acabou sendo rejeitado pela maioria.
Antes do voto dos juízes do TRE-MT, o advogado Marcelo Segura, que defende o empresário, apresentou vídeo de debate, realizado em TV de Sinop, onde Pedro Taques (PSDB), então candidato ao Senado, pedia voto e frisava que seu 1º suplente era justamente Fiuza, dando ênfase ao fato de ele ser da cidade do norte do estado.
Fonte: DIAP