Quarta, 31 Agosto 2016 15:33

 

 

Convocatória de Reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais – 6.9.16

 

 

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais - FONASEFE, convoca as entidades que a compõem, para reunião a ser realizada no dia 6.9.16, ás 9 horas, na sede do ANDES-SN, no endereço SCS – Ed. Cedro II   3 ° andar, fone: (61) 3962-8400  em Brasília/DF.

 

Pauta:

  1. Informes das Entidades – Com quantitativo de participantes.
  2. Avaliação de conjuntura.
  3. Oficio para ser protocolado ao Governo.

 

 

APRESENÇADETODOSÉDESUMAIMPORTÂNCIA

 

 

 

 

Saudações Sindicais

 

 

Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais

 

 

 

 

 

 

   Brasília/DF, 30 de setembro de 2016.

 

 

 

Relatório da Reunião do FONASEFE – Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais – 30.8.16.

 

Sede do ANDES-SN, 9 horas.

 

Entidades presentes: ANDES-SN (Carlos Alberto Gonçalves e Olgaíses Maués) – ASFOC-SN (Apoena Faria/Assessoria) - ASSIBGE-SN (Marlene Moreira, Luiz Fernando Viegas e Luzia Helena Toledo de Freitas)) – CPS/CONLUTAS (Olgaíses Maués e Eduardo Zanata/Assessoria) – C.T.B (João Paulo Ribeiro) -  CUT (Pedro Armengol) – FASUBRA (Fernando Salvador, Eurídice Ferreira, Edson Nascimento de Lima e Wellington Pereira) – FENAJUFE (Elcimara A. de Souza e Gerardo Alves Lima Filho) - FENASPS (Moacir Lopes e Laurizete Gusmão) - SINAIT (Marco Aurelio Gonsalves) – SINAL (Jordan Alisson Pereira) - SINASEFE (Paulo Reis, Weliton Cley, Kátia Cilene Farago e Claudicéia Alves Durans).

 

Entidade Observadora: PSOL (Alexandre Varela – Assessor da Liderança)

Pauta:

 

  1. Informes das Entidades.
  2. Preparação das Atividades de 12 a 14 de setembro em Brasília/DF.
  3. Encaminhamentos.

 

A reunião teve início ás 9h30 e os trabalhos da Mesa Diretora ficaram sob responsabilidade da FASUBRA (Wellington Pereira)  e a relatoria de Marcelo Vargas (CNESF).

 

  1. Informes das Entidades.

ANDES-SN – O ANDES-SN envidando esforços para a participação na jornada de 12 a 14 de setembro em Brasília/DF. A direção convocou os 83 diretores e está apelando para as seções sindicais se empenharem em trazer caravanas. O número previsto de participantes é de 500 pessoas.

 

ASFOC-SN – A ASFOC-SN está se mobilizando e deverá ter um debate dia 9 ou 12 sobre a PEC 241 para aumentar a conscientização sobre os riscos. E que nossa delegação deve chegar entre 50 a 80 pessoas de todos os Estados onde tem FIOCRUZ.

 

ASSIBGE-SN – Está realizando Assembleias em todos os seus Núcleos Sindicais para eleger representantes para a jornada dos dias 12 a 14/09. A ASSIBGE-SN realizou debate em São Paulo no dia 26.8.16 “QUE CONJUNTURA É ESSA” com os debatedores Ricardo Antunes – Sociólogo da UNICAMP e César Lucatelle – Jornalistas Livres – ASSIBGE-SN Cassius Marcelos – Diretor da ASSIBGE-SN com participação de 290 participantes e representantes de vários Estados. Estamos participando dos Atos e Atividades nos Estados. Estamos trabalhando para colocar +- 100 trabalhadores no Ato.

 

FENASPS – Em processo de mobilização junto aos Estados para trazerem caravanas a Brasília na semana de 12 a 14 de setembro. Com apoio dos movimentos populares a previsão poderá chegar a 500 militantes. Até o final da semana teremos projeção de quantos poderão estar acampados.

 

SINASESE – Informe do Sinasefe Nacional, a repeito da caravana a Brasília de 12 a 14 de setembro, desde que esta data foi aprovada pelo Fonasefe iniciamos uma ampla campanha de divulgação no site de nossa entidade e de ligações às bases para massificar o ato do dia 13.09. Há realização de rodadas de assembleias nos estados para discutir a luta contra a PEC 241 e para enviar a caravanas a Brasília. Na próxima semana teremos um número mais preciso de quantos estarão presentes nesta semana de luta. O Sinasefe também tem se mobilizado contra o PL da mordaça no sentido também de chamar atenção contra ajuste fiscal que se materializa no PLP 257 e na PEC 241 e nos cortes a educação.

 

 

  1. Preparação das Atividades de 12 a 14 de setembro em Brasília/DF.

A Comissão Organizadora do Ato se reuniu no dia 29.8.16 para apresentar e definir as tarefas tais como: Tenda, banheiros químicos, água, refeições (café da manhã e almoço), alojamento, documentação para autorização, carro de som e outras providências. Também foi colocado em discussão a aquisição de um Telão de LED. 1) Aparelhagem de som para atividades culturais para os dias 12 e 13 a noite e som para o dia. Caminhada com lanternas no período da noite. Foi sugerido que as entidades participantes façam um aporte financeiro para viabilizar as devidas providências. Os depósitos poderão ser feitos  na conta corrente da CNESF. O valor ficou definido em R$ 4.000,00 (Quatro mil reais). Os dados para depósito seguem abaixo:

 

Conta da CNESF

Banco do Brasil

Agência: 2883-5

Conta Corrente: 437.525-4

Código Identificador: 2014-1

C.N.P.J: ANDES-SN: 00.676.296.0001-65

 

Os pagamentos devem ser feitos até o dia 2.9.16 (sexta-feira) a fim de agilizar o processo de organização. Pedimos a gentileza da entidade depositante de identificar seu depósito para fácil localização.

 

Fazer contato com as demais entidades a respeito dos rateios. Responsáveis: Marlene Moreira – ASSIBGE-SN e Eurídice Ferreira – FASUBRA.

 

As entidades presentes informaram o quantitativo aproximado de participantes para o Ato dos dias 12 a 14 de setembro em Brasília/DF, como segue: ANDES-SN  (500) – ASFOC-SN (50 a 80) - ASSIBGE-SN (100) - FASUBRA (1.500) - FENASPS  (500 +-) - SINAIT (100 - Sem acampamento) - SINASEFE – (200).

Quanto ao esboço do Manifesto do Ato ficou a cargo do companheiro Paulo Reis (SINASEFE) que trará a versão final na próxima reunião do FONASEFE. As contribuições poder ser enviadas pelo grupo de Whatspp criado pelo Fórum.

 

 

Calendário e cronograma:

 

Dia 11.9.16 (Domingo) – Montagem da tenda: Com palco, som, cadeiras, Banheiros químico, cerca entre outras (infra estruturas.)

Tenda para saúde,  tenda alimentação e água, Tenda para logística

,

 

Dia 12.9.16 (Segunda-feira)  Chegada das caravanas – Alimentação a cargo de cada entidade. Orientar chegada após as 12h.

 

- 17h/18 -  Marcha Noturna. Instalação das velas. (Lanternas)

 

 - 17h/20h -  Banho no acampamento e deslocamento para o Centro Olímpico

 

 - 20h - Atividades culturais (Teatro, repentista, Sarau, Mambembe entre outros).

 

 

Dia 13.9.16 (Terça-feira)

 

- 7h - Café da Manhã

 

- 9h  - Concentração na Tenda da Greve

Baner  (6m x 1,5m).

 

10h - Marcha – Saída do acampamento – Catedral – MPOG – Ministério Trabalho, Saúde/Previdência. Avenida das Bandeiras. Justiça, MEC, Planejamento e retornando ao acampamento/almoço.  

Dois carros de som G e P sincronizados.

 

- 13 horas almoço oferecido pela Organização.

 

- 15h Reunião dos Coletivos e Entidades.

 

- 17h/20h -  Banho no acampamento e deslocamento para o Centro Olímpico

 

- 20h - Atividades culturais (Palco Livre com inscrição prévia na coordenação cultural).

 

Sugerimos aos participantes o uso de protetor solar e bonés devido a temperatura elevada nesta época do ano.

 

Trio elétrico no meio da Marcha – mini trio com compartilhamento de som ao primeiro, Carros de apoio com água seguirão em conjunto. Organizar as falas no Trio Elétrico (com microfones sem fio Dinâmica no meia da marcha) e organizar a coordenação política (ANDES-SN, FASUBRA, ASSIBGE-SN, CSP/CONLUTAS).  A organização fará um levantamento das providências até a próxima Reunião do FONASEFE do dia 6.9.16. A noite terá atividade cultural (sarau e músicas)

 

Dia 14.9.16 (Quarta-feira)

 

7h  - Café da Manhã

9h – Plenária dos SPF.

 

  1. Encaminhamentos.

Próxima Reunião do FONASEFE será no dia 6.9.16 ás 9 horas, na sede do ANDES-SN com a seguinte pauta:

 

 

  1. Informes das Entidades – Com quantitativo de participantes
  2. Avaliação de conjuntura
  3. Oficio para ser protocolado ao Governo

Relatório elaborado por Wellington Pereira (FASUBRA) e a relatoria de Marcelo Vargas (CNESF).

 

 

Saudações Sindicais

 

FONASEFE

 

Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais.

Quarta, 31 Agosto 2016 10:03

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Boa tarde

 

Agradeço a oportunidade de estar aqui e de refletir sobre alguns dados da realidade do trabalho docente na Universidade Federal de Mato Grosso.

Agradeço o convite que me foi apresentado pela Magnífica reitora, profa. M. Lúcia Cavali Neder, pessoa pela qual cumprimento todos os presentes, especialmente os professores e professoras da nossa instituição.

E agradeço também a contribuição significativa de minhas estagiárias e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Política Social - PPGPS.

Minha exposição de dados será dividida em duas partes:

- na primeira falarei sobre o resultado de uma pesquisa realizada por minha orientada, Paula Adriana Lima Freitas, no PPGPS, cujo objetivo foi o de conhecer as dificuldades e os conflitos gerados durante a realização do trabalho docente na UFMT. Analisamos também os registros de Sindicâncias Investigativas e dos Processos Administrativos Disciplinares, constantes nos Relatórios de Gestão da nossa universidade, no período de 2010 a 2014, e entrevistamos 12 docentes que viveram situações de constrangimentos e conflito durante o desenvolvimento de suas atividades laborais.

– e na segunda parte apresentarei alguns dados sobre a carga horária de trabalho dos docentes na UFMT. Dados que foram coletados em documentos oficiais da universidade, junto ao site (Projetos de Cursos) e também a partir dos relatórios emitidos pela STI. Esses dados foram organizados especialmente para este Seminário.

Portanto, minha contribuição aqui é a de informá-los sobre aquilo que observamos, coletamos e permaneceremos analisando

 

PRIMEIRA PARTE

 

Para analisar os conflitos existentes entre os docentes, no momento da realização de suas atividades, nos ancoramos, primeiramente, na concepção teórica do que seja o TRABALHO DOCENTE.

 

 

1 CONCEPÇÕES

 

Logo de início, e considerando os dados relativos aos Processos Administrativos e Inquéritos Investigativos, partimos do pressuposto de que a universidade é um espaço permanentemente atravessado por lutas e disputas por hegemonia.

E que ENSINAR consiste em trabalhar com seres humanos, sobre seres humanos, para formar seres humanos.

Portanto, o objeto de nosso trabalho é um objeto humano. E, neste processo em que esse ser humano é formado, nós docentes, também somos formados e transformados.

Portanto, exercer a docência é envolver-se ao mesmo tempo, numa práxis fundamental em que também somos transformados.

Precisamos ter em mente que o trabalho docente é um trabalho cognitivo, baseado em informações, conhecimentos, concepções, e que para seu exercício é demandado TEMPO para: observação, compreensão, interpretação e análise do objeto estudado. E isso não acontece dentro da lógica do mercado.

Os depoimentos dos docentes revelam que há, no cotidiano do exercício profissional, constantes deslocamentos, desorientações, conflitos, desvios, tensões e contradições no comportamento dos nossos docentes.

Verificamos que uma das maiores dificuldades do trabalho docente é a grande diversidade de tarefas que se tem a cumprir, ou seja, sobrecarga de trabalho com: ensino, pesquisa, extensão, orientação, produção numa lógica produtivista, representação e administração. Tudo ao mesmo tempo.

Assim, contrariando as nossas concepções, o docente não é mais um profissional com tempo para pensar. É um simples executor de tarefas.

 

 

2 RESULTADOS DA PESQUISA SOBRE O TRABALHO DOCENTE E OS SEUS CONFLITOS

 

- Constatamos, pelos depoimentos, que os docentes estão convivendo muito mal com as negociações administrativas estabelecidas na Ufmt.

- Eles denunciam privilégios de alguns grupos; denunciam dificuldades com o nível de colaboração dos colegas e da própria instituição nos momentos de dificuldades; insatisfação com as suas próprias realizações, e sofrimento neste espaço tensionado.

- Percebemos que a universidade (como espaço organizacional) está caracterizada pela codificação e burocratização do trabalho docente, sem dar aos docentes condições para atenderem as demandas da burocracia. Ex: relatórios a serem preenchidos com dados que já foram oferecidos nos Planos de Ensino, nos Relatórios de Pesquisa e até mesmo nos processos de progressões e promoções funcionais. Há uma insistente e repetitiva solicitação, por diferentes setores da UFMT, das mesmas informações.

- Constatamos que há, realmente, uma relação de violência instalada. Ora de violência entre os pares, ora de violência administrativa/institucional. E isso, tem sido empecilho para uma convivência humanamente aceitável em um grupo de trabalhadores pós-graduados.

- Os depoimentos nos permitem apontar que há entre os docentes, sentimentos semelhantes ao que Jayet (1994) apresenta como indicadores de sofrimento:

 

1º. Slide – Manifestações docentes sobre os conflitos no trabalho

  • Medo físico - fragilidade do corpo quando exposto a determinadas condições de trabalho;
  • Medo moral - medo do julgamento dos outros e de não suportar a situação de pressão e adversidade na qual realiza a tarefa;
  • Ininteligibilidade das decisões organizacionais, que gera falta da referência da realidade;
  • Sobrecarga do trabalho, gerando a impressão de que não vai dar conta das responsabilidades;
    • Conflitos entre valores individuais e os valores organizacionais;
    • Incertezas sobre o futuro da organização e o seu próprio futuro – gerando desistência da docência e transferências para outras instituições;
    • Perda do sentido do trabalho a partir da não compreensão da lógica das decisões institucionais;
    • Sentimento de injustiça;
    • Falta de reconhecimento retratado na ausência de retribuição financeira;
 
 
 
 
 
 
 
 

Fonte: Jayet (1994, apud Ferreira e Mendes, 2001). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epsic/v6n1/5336.pdf

 

3 EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES E ÀS SINDICÂNCIAS INVESTIGATIVAS NA UFMT, coletamos os dados que estão registrados nos Relatórios de Gestão, no período de 2010 a 2014.

 

As informações constantes nos relatórios não permitiram uma análise sobre o desfecho conclusivo de cada processo, visto que as fichas estão incompletas, mas por elas conseguimos confirmar a hipótese de que a UFMT vive intensos conflitos nas relações de trabalho.

Os relatórios oficiais da gestão apresentam a indicação de dois tipos de processo: Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é o instrumento destinado a apurar a responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições relativas ao cargo em que se encontre investidas; e a Sindicância Investigativa (SI) que é o procedimento preliminar sumário, instaurada com o fim de investigação de irregularidades funcionais, que precede ao processo administrativo disciplinar, sendo imprescindível a observância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

Tivemos dificuldades, em algumas fichas, para verificar se as pessoas envolvidas nos PADs ou nas SIs eram parte do quadro docente ou do quadro técnico. Nem todas as fichas oferecem tal informação.

 

Nos relatórios encontramos PADs e SIs motivados inclusive por ameaças e agressões, levando-nos a concluir que os servidores da UFMT estão submetidos ao estress, o que Grandjean (1998) descreve como “um acontecimento emocional negativo, gerado por sensação de medo, tensão, derrota, raiva, cansaço e falta de iniciativa”.

 

É oportuno destacar que um dos grandes problemas da atualidade nas relações de trabalho é o estresse ocupacional, considerado uma das doenças da modernidade. Geralmente é definido por diversos autores como conjunto de sofrimentos psicológicos associados às experiências do trabalho e como perturbações psíquicas.

           

O relatório de 2011 registra graves ocorrências, inclusive uma tentativa de atropelamento de docente contra um porteiro; agressão de uma enfermeira (servidora) contra pacientes, e maus tratos a pacientes do HU.

 

Fatos que indicam alto grau de estresse, ou seja: uma exaustão emocional, levando à depressão e à instabilidade emocional, a pessoa com tal exaustão apresenta um desgaste físico e emocional, levando-a um comportamento agressivo e de irritabilidade. Knapik (2005, p. 206).

 

Em 2012 foram abertos 70 (setenta) PADs e 12 (doze) sindicâncias investigativas, e conforme o Relatório de Prestação de Contas, grande parte das demandas foram julgadas. As motivações destes procedimentos não foram apresentadas nos relatórios.

 

Em 2013 tivemos sindicância aprovada para verificar: agressões físicas entre servidores; jornada excessiva de trabalho com mais de 80 horas e desacato a servidor público. Em relação aos registros de 2013 aparecem atos violentos entre servidores públicos e novamente um caso de agressão física envolvendo alunos, como apareceu no ano de 2011.

 

Em relação aos procedimentos ocorridos no ano de 2014 encontramos dois processos de discente denunciando assédio moral por parte de docente, cujas ações ainda se encontram em andamento. Este processo está revestido de sigilo, o que impossibilita maiores informações.

Há também processos de desacato, crime contra a dignidade sexual, ameaça verbal de morte, que é crime previsto no art. 147 do Código Penal.

        

Vejamos o gráfico:

 

2º. slide: Quantidade de processos administrativos disciplinares e sindicâncias

 

 

Legenda: PAD = Processo Administrativo Disciplinar e SI = Sindicância Investigativa

 

           A representação gráfica demonstra que no ano de 2010 foram abertos 142 (cento e quarenta e dois) PADs, juntamente com as SI, e assim sucessivamente, em 2011 o número foi de 182 (cento e oitenta e dois); em 2012 teve um índice de 82 (oitenta e dois); em 2013 teve um equivalente de 98 (noventa e oito). E finalizando em 2014 houve a abertura de 67 (sessenta e sete) procedimentos.  Reunindo todos os números tem-se um total de 574 (quinhentos e setenta e quatro) processos PAD + SI.

 

 

SEGUNDA PARTE

 

Dados semelhantes aos que aqui apresentamos foram reunidos durante o período de greve docente na UFMT, no ano de 2014. Agora foram atualizados para serem apresentados neste seminário.

Com todo respeito ao Relatório da Auditoria Interna e aos apontamentos da CGU, apresentamos, com mesma metodologia de pesquisa, resultados diferentes em alguns aspectos. Vejamos:

 

ANÁLISE ATUAL – PIAS

 

QUANTIDADE DE TURMAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO E DE PROFESSORES POR CAMPI*:

Câmpus

Turmas/Cursos

Nº Professores

Cuiabá

61

1158

Várzea Grande

5

46

Araguaia

16

201

Sinop

11

254

Rondonópolis

22

337

Total

115

1996

*A quantidade de turmas/cursos foi retirada do site da UFMT e a quantidade de professores foi fornecida pela STI

 

3º. Slide - CH/SEMESTRAL EM ENSINO – UFMT/CUIABÁ

 

– O Campus Cuiabá está constituído por 47 cursos (com 61 turmas) e os PCs totalizam uma carga horária de 178.963 horas/semestre em ensino (fora atividades complementares):

178.963 /100 dias letivos = 1.789, 63h/dia

1.789h x 5 dias = 8.948,15h/semanais

8.948 / 1.158 docentes = 7,73 (fora preparação)

7,73h x 1.5 = 11,59

11,59 + 7,73 = 19,32 (apenas na graduação)

 

– O Campus Araguaia está constituído por 03 Institutos com 16 cursos (16 turmas) e uma carga horária de 52.624 horas/semestre:

52.624 / 100 = 526,24h/dia

526,24h/dia x 5 dias = 2.631,20h/semana

2.631,20 / 201 = 13,09

13,09 x 1,5 = 19,64

19,64 + 13,09 = 32,73

 

– O Campus Rondonópolis está constituído por 03 Institutos com 19 cursos (com 22 turmas) e uma carga horária de 55.544 horas/semestre:

55.544 / 100 = 555h/dia

555,44h/dia x 5 dias = 2777,20 h/semana

2.777,20 h/semana / 337 docentes = 8,24

8,24 x 1,5 (preparação) = 12,36

12,36 + 8,24 = 20,60

 

– Campus Sinop está constituído por 03 Institutos com 11 cursos (11 turmas) e uma carga horária de 41.000 horas/semestre:

41.000 / 100 dias letivos = 410h/dia

410h x 5 dias = 2.050h/semana

2.050 / 254 docentes = 8,07

8,07 x 1,5 (preparação) = 12,11

12,11 + 8,07 = 20,18 horas de ensino na graduação/semana

 

– Campus Várzea Grande está constituído por 01 Instituto com 05 cursos (5 turmas) e uma carga horária de 7.472 horas/semestre:

7.472 / 100 dias letivos – 74,72h/dia

74,72h/dia x5 dias = 373,6h/semanais

373,6h /46 docentes = 8,12

8,12 x 1,5 = 12,18

12,18 + 8,12 = 20,30

 

 

4º. Slide - CH/SEMESTRAL EM ENSINO – UFMT/TODOS OS CÂMPUS

TOTAL CH/Semestre na UFMT = 335.603 horas/semestre, distribuída entre 1.996 docentes, resulta numa média de 21 horas e 02 minutos/semanais para cada docente, em atividades de ensino, apenas nos cursos de graduação (de todos os Câmpus).

 

CH COM ATIVIDADES DE ENSINO

HORA AULA + PREPARAÇÃO/ POR CÂMPUS

Câmpus

Carga horária semanal

Cuiabá

19,32

Várzea Grande

20,30

Araguaia

32,73

Sinop

20,18

Rondonópolis

20,60

UFMT (geral)

21,02

 

 

ANÁLISE DE 870 PIAS

 

Analisamos PIAS de 07 Faculdades e Institutos (FAMEV, FE, FENF, FM, ICET, ICHS, IL) totalizando 435 PIAS de 2015/1 e 435 de 2015/2, num total de 870 PIAS.

 

5º. Slide – PIAS e CH (FAMEV, FE, FENF, FM, ICET, ICHS, IL)

EM 2015/1

Quantidade de PIAS

Carga Horária

157

0 encargos

21

de 0,01 a 20h*

69

de 20,01 a 40h

72

de 40,01 a 50h

48

de 50,01 a 60h

40

de 60,01 a 70h

11

de 70,01 a 80h

07

de 80,01 a 90h

05

de 90,01 a 100h

02

de 110,01 a 120h

03

de 130,01 a 140h

435

 

*Neste grupo existem apenas 7 docentes com contrato de 20 horas, portanto há registro de 14 docentes contratados por 40 horas e trabalhando 20.

 

Obs. Neste semestre (de 435) apenas 194 PIAS foram aprovados; 235 não foram avaliados; e 06 foram reprovados.

PIAS com mais de 40 horas = 185 (42,52%)

PIAS com mais de 50 horas = 116 (26,66%)

 

Quantos estão com carga horária na pós-graduação? 56 docentes

Quantos estão com pesquisa? 151

Quantos com + 10 horas na pesquisa? 23 (6 pessoas com 20 horas – o que contraria a Resolução/Consepe 158)

 

EM 2015/2 TEMOS A SEGUINTE SITUAÇÃO:

 

6º. Slide – PIAS e CH (FAMEV, FE, FENF, FM, ICET, ICHS, IL)

 

EM 2015/2

Quantidade de PIAS

Carga Horária

144

0 encargos

27

de 0,01 a 20h*

72

de 20,01 a 40h

85

de 40,01 a 50h

48

de 50,01 a 60h

29

de 60,01 a 70h

16

de 70,01 a 80h

05

de 80,01 a 90h

04

de 90,01 a 100h

03

de 100,01 a 110h

02

de 110,01 a 120h

435

 

* Neste grupo existe apenas 7 docentes com contrato de 20 horas, portanto há 14 docentes contratado por 40 horas e trabalhando 20h.

 

Obs.

- 192 PIAS dentre os 435 estão com mais de 40 horas/semanais de atividades = (44,13%).

- 107 PIAS apresentam mais de 50 horas/semanais de atividades = (24,59%).

 

Quantos estão com carga horária na pós? 67 docentes

Quantos docentes estão com pesquisa? 160

Quantos com + de 10 horas em pesquisa? 24 (um PIA com 40 horas);

Obs. O STI contabiliza a quantidade de horas, mesmo quando a docente não coloca a CH no PIA.

 

7º. Slide - EXEMPLO DE PIA COM SOBRECARGA DE TRABALHO OU ZERADO:

DOCENTE – 40H DE

08h – encargo com laboratório

02h – colegiado departamento

30h – projeto pesquisa (em 4 projetos)

10h – projeto de extensão

16h – orientação (VIC, Monitoria, Pós-graduação, Graduação = 8 alunos)

54,5h – sala de aula e preparação (4 disciplinas sem dobra de horário)

Total = 120,5 horas na STI e (94,5 no PIA preenchido pelo professor).

Obs. Não tem disciplina na pós-graduação.

 

DOCENTE – 40H DE COM PIA ZERADO

Temos 2 PIAS zerados que foram aprovados apenas pelo Colegiado de Departamento – 2015/1 e 2015/2 com a informação de que a docente estava afastada por Portaria do Gabinete.

Não consta no PIA nenhuma atividade, mas sabemos que a referida docente exerceu no referido período, atividades administrativas.

 

8º. Slides – PIAS COM GRAVES PROBLEMAS PARA OS GESTORES/AS

Entre os PIAS de docentes (contratados com 40 horas) encontramos:

- PIA com 4,21h/semana

- PIA com 5,88h/semana

- PIA com 16h/semana

 

EM UMA DAS UNIDADES ANALISADAS ENCONTRAMOS:

- Dos 56 PIAs de uma Faculdade, tem-se 36 zerados.

- Dos113 PIAS de outra Faculdade, tem-se 62 zerados.

 

 

9º. Slides – CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

1 - Considerando os PCs e o número de docentes em todos os Câmpus, concluímos que todos fazem mais de 8 horas de ensino (hora em sala de aula), conforme determina a legislação (LDB); e não menos que 19,32 horas quando somadas as horas de preparação;

2 – Considerando os 870 PIAs encontramos 44,16% deles com CH superior a 40h;

3 - Considerando os 435 PIAs de 2015/2 temos 160 docentes com atividades de pesquisa, com CH total de 1.464,17 horas, que divididas por 160 docentes resulta em 9,15h para cada pesquisador; (igual ao permitido pela Resolução 158)

4 - Considerando os 435 PIAs de 2015/2 temos 210 docentes com atividades administrativas, com CH total de 2.259 horas, que divididas por 210 docentes resulta em 10,75 h para cada docente; (A CH de administração supera em 1,6 horas à CH de Pesquisa, mas representa apenas 50% da CH de ensino (19,32h no Câmpus Cuiabá);

5 - Considerando os 435 PIAs de 2015/2 temos 38 docentes com atividades de extensão, com CH total 280,65, que dividas por 38 docentes resulta em 7,38 horas para cada docente (o que é muito semelhante à CH de ensino sem preparação);

6 – Não analisamos, até o momento, a carga horária de ensino na pós-graduação.

 

Portanto, se existe alguma incompatibilidade (para menor) entre o contrato de trabalho do docente, com as horas efetivamente trabalhadas, ela não é regra, é exceção.

 

 

 

10º. Slide

“A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que, se a década passada foi a vez das lesões por esforços repetitivos – a LER, essa será a década do ESTRESSE, DA DEPRESSÃO, DO PÂNICO, DA TORTURA PSICOLÓGICA E DE OUTROS DANOS PSÍQUICOS relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas às políticas neoliberais”.

 

Quarta, 31 Agosto 2016 00:07

 

Às margens do rio Juruena, relatos de histórias centenárias. Um senhor de estatura baixa, cabelos grisalhos e voz macia, fala, num português com sotaque marcado, o que ele e sua família viveram ali. Doenças que dizimaram milhares de índios até então isolados, a intervenção da igreja, violentas disputas pelo território... a história dos povos originários do Brasil diante dos olhos.

 

Num misto de orgulho e tristeza, as palavras de Rafael Tsakdk Rikbaktsa, de 64 anos, evidenciam diversos momentos de luta pela vida, por respeito, e por dignidade. Ainda sob influência do chamado período de expansão, iniciado pelo governo Getúlio Vargas na década de 1940, ele conseguiu se salvar do processo de extermínio de populações inteiras que ocupavam o interior do território nacional. Em nome do “progresso”, projetos de ferrovias, rodovias, e a distribuição de terras para produção de monocultura e exploração da madeira atropelaram tudo e todos que estavam no caminho. Foi nesse contexto que Tsakdk e outros “parentes”, como se chamam os indígenas de diferentes etnias, estabeleceram os primeiros contatos com o "homem branco" na região de Brasnorte, noroeste do estado de Mato Grosso.       

 

 

Quando perdeu os pais, vítimas das doenças disseminadas por aqueles que avançavam sobre suas terras, Tsakdk era uma criança. Ele e os irmãos, também pequenos, esperaram durante dias, às margens do mesmo rio em que agora conta a sua história, que algum resgate viesse. O padre missionário João Evangelista, que já havia estabelecido contato com os habitantes da região, os levou para o Utiariti, colégio interno onde foram obrigados a “esquecer” o passado. Com a desativação do internato no final da década de 1960, voltou para o local de origem e fundou, junto ao seu povo, Rikbaktsa, a aldeia da Curva. Os irmãos ficaram pelo caminho. Um morreu após sofrer queimaduras em um incidente; a outra fugiu do internato. Essa, quase 50 anos depois, o índio ainda tem a esperança de reencontrar.

 

Rikbaktsa significa “povo guerreiro”. Conhecidos também como “canoeiros”, pela intenção ligação com os rios que banham a região em que vivem, ou “orelhas de pau”, a bravura desse povo se destaca entre as demais características. As guerras, nem sempre armadas, garantiram aos Rikbaktsa a sobrevivência e manutenção da cultura, a conquista pela demarcação de três territórios (Erikbaktsa, Escondido e Japuíra), e outras vitórias com relação às investidas para a construção de rodovias e hidrovias no território já demarcado. O espírito guerreiro do povo, afirmam, garantiu aos Rikbaktsa a conquista de respeito.

 

Mas agora, o respeito historicamente conquistado terá de ser reafirmado. Representantes do governo federal já estiveram na região para informar sobre a construção de mais duas hidrelétricas no Rio Juruena, com impactos que incluem o alagamento de boa parte do território, disseminação de doenças, contaminação do solo, modificações irreparáveis da fauna e flora local, comprometimento da produtividade da terra, dentre outros. Tudo isso está escrito na Avaliação Ambiental Integrada elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entregue aos Rikbaktsa e aos moradores do distrito de Fontanillas, que também será atingido.    

 

Por esse motivo, os dias 20 e 21/08 foram de intenso debate na aldeia da Curva, na Terra Indígena Erikbaktsa, que abriga quase 20 aldeias em Brasnorte. O encontro reuniu o povo Rikbaktsa dos três territórios demarcados, moradores de Fontanillas, representantes dos índios Manoki Myky, estudiosos e militantes da causa indígena.

 

 

“O governo chega aqui, quer falar bonito, não é isso ou aquilo, mas a realidade é o rio seco”, reclama o cacique da aldeia da Curva, Jaime Zeihamy, sinalizando que as intervenções no Juruena já causam alterações no rio, e que outras só vão agravar a situação. Nunca, de acordo com os indígenas, o rio recuou tanto da margem como esse ano.  

 

Em março, movidos por incertezas e pelas especulações dos últimos dez anos, a população que será atingida elaborou uma carta exigindo informações sobre o processo. “Queremos conhecer os rostos daqueles que querem tirar de nós as nossas vidas, o nosso lugar, pois sabemos que nada pagará o nosso prejuízo, a perda de nossa história, a dispersão dos nossos costumes e a riqueza natural do nosso lugar, do nosso chão”, dizia o documento. Na ocasião, a necessidade era saber se realmente havia algum projeto nesse sentido. Cinco meses depois, munidos de informações oficiais e discussões mais aprofundadas, a postura é incisiva: o povo Rikbaktsa e os moradores de Fontanillas não querem a construção de mais hidrelétricas no Rio Juruena.    

 

“Branco não está preocupado. Se a usina for construída, nós vamos perder tudo”, disse uma das moradoras mais antigas da aldeia, Gertrudes Ateata. Ela utilizou a tragédia de Mariana como exemplo do que a ambição pode causar.

 

 

As 529 páginas de linguagem técnica confundem, mas não enganam. O engenheiro eletricista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Dorival Gonçalves, foi convidado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) para dar apoio técnico aos Rikbaktsa. Sua primeira constatação foi de que tanto os índios quanto os moradores de Fontanillas estão muito bem informados sobre o que pode acontecer com a construção das hidrelétricas. “São 102 hidrelétricas propostas para a Bacia do Tapajós, do qual o Juruena faz parte. Seis delas seriam diretamente no Juruena. Se construídas, afogariam o rio em mais de 600 km, provocando um novo comportamento em todo o seu curso, e transformando-o em um monte de caixas d’águas”, explicou o engenheiro.

 

 

 

Para além dos impactos negativos provocados pela estrutura e alagamentos de uma obra, há uma questão ainda mais comprometedora: os projetos visam a construção de sequencias de hidrelétricas ao longo do rio, à exemplo dos rios Aripuanã, Uruguai, Jamanxim, Tocantins e Araguaia, cujos gráficos seguem abaixo.  

 

  

  

 

 

 

 

 

Mapa para ilustrar o que seria o Complexo Juruena após a construção de todos os projetos de hidrelétricas. O desenho foi elaborado pelo professor Dorival Gonçalves durante a reunião com os Rikbaktsa, realizada em 21/08/16.

 

Mesmo que os interessados aleguem que alguns tipos de hidrelétricas trazem prejuízos reduzidos, como é o caso dos reservatórios a fio d’água, a sequência de usinas modifica toda a extensão das bacias. A mudança de velocidade das águas, por exemplo, provoca uma cadeia de reações a partir da dinâmica que cada tipo de peixe exige para reprodução da espécie.

 

“Esse deve ser um tema recorrente de debate nas escolas, na comunidade. Pode gerar um programa para estudar esse problema direto”, sugeriu Gonçalves.

 

Já existem duas hidrelétricas no rio Juruena, e a proposta é de que outras quatro sejam construídas. Todos os 27 municípios e os 20 povos indígenas que vivem na extensão do rio poderão sofrer as consequências desses projetos ao longo do tempo.

 

As crianças Rikbaktsas brincam e pescam no rio do amanhecer ao entardecer. Os peixes, a terra que oferece centenas de frutos e ervas que alimentam e curam, a água saudável para consumo e banho, além das histórias guardadas às margens do Rio Juruena são a vida daquele povo.

 

Para os anciãos da aldeia da Curva, é chegado o momento dos jovens demonstrarem que trazem consigo o potencial guerreiro de seu povo, enfrentando com bravura essa nova batalha. A missão de proteger o território sagrado, que garante o sustento e a manutenção da cultura, e que foi conquistado à duras penas pelos ancestrais, tem agora uma nova etapa. As palavras de Paulo Skiripi ilustram bem o sentimento: “branco quer acabar com tudo por ganância. Mas nós defendemos essa terra com artesanato, pintura, arco, flecha e facão. Agora é a vez dos jovens”, garante.  

 

 

 

 

 

 

GALERIA DE IMAGENS

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 30 Agosto 2016 17:52

 

 

 

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso associados à Seção Sindical do ANDES (Adufmat-Ssind) deliberaram, em assembleia geral realizada nessa terça-feira, 30/08, sobre reformas na sede do sindicato, retomada de Grupos de Trabalho (GT’s), comissão para organização do 36º Congresso do ANDES, que será em janeiro de 2017, em Cuiabá, e outros dois pontos de pauta incluídos no início da assembleia: autorização para realização de convênios na regional do Araguaia, e a convocação da CSP Conlutas e do Sindicato Nacional para a Jornada de Lutas, os dias 12 e 15/09.

 

O arquiteto que idealizou a sede do sindicato em Cuiabá em formato de oca, José Portocarrero, participou da assembleia para falar sobre a proposta de reforma da sede, que tem o objetivo de melhorar o auditório e trocar a palha que cobre o prédio. “Nós faremos uma janela como uma espécie de anel em volta do auditório, com cerca de 40 cm de altura, para aumentar a ventilação e iluminação do local”, disse o professor. Além disso, a obra visa resolver alguns pontos de infiltração e acúmulo de água na lateral do imóvel.

 

Ao final da exposição, os docentes aprovaram a proposta de reforma, mediante a incorporação de algumas considerações feitas durante a assembleia, bem como o orçamento apresentado pela diretoria, no total de R$ 74.940,00. No entanto, solicitaram ao arquiteto a disponibilização do croqui. A troca de toda a cobertura da sede já disposta no valor citado acima.

 

Na discussão sobre a retomada dos GT’s, os docentes ponderaram sobre a função dos grupos, e convergiram sobre a ideia de que eles devem contribuir para a luta e organização da categoria em âmbito nacional e regional. Assim, concordaram que é interessante incluir no estatuto da Adufmat-Ssind, que está em processo de reforma, alguns critérios e regras para garantir o funcionamento, de maneira que não os engesse. O professor Maelison Neves, membro da comissão de reforma do estatuto, ficou responsável por recolher sugestões da categoria nesse sentido. Elas serão apresentadas e debatidas em assembleia quando as alterações sugeridas pela comissão forem colocadas em discussão.

 

Na assembleia dessa terça-feira, foram retomados os seguintes GT’s: Carreira (GTCarreira), com as professoras Lennie Bertoque e Vanessa Furtado; Ciência e Tecnologia (GTCT), com os professores José Domingues e José Portocarrero; e Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA), com os professores Célia Borges, Irenilda Santos, Maelison Neves e José Domingues.

 

Sobre a organização do 36º Congresso do ANDES, do qual a Adufma-Ssind será a anfitriã, ficou decidido que farão parte da comissão, junto os representantes do Sindicato Nacional já indicados, Francisco Jacob e Luzinete Vanzeler (pela VPR Pantanal), os docentes: Roberto Boaventura, Alair Silveira, Vanessa Furtado, Maelison Neves, Paulo Wescley, Marluce Silva, Célia Borges, Robson Lopes, Lennie Bertoque, Irenilda Santos e Reginaldo Araújo. A plenária decidiu que outros interessados poderão ser incorporados ao grupo.

 

Os docentes também aprovaram, durante a assembleia, a realização de seis convênios entre empresas e a Adufmat-Ssind na região do Araguaia, para que os associados obtenham descontos em diversos serviços, como academia e postos de combustível.

 

Por fim, os docentes falaram sobre a participação na jornada de lutas convocada pela CSP Conlutas e ANDES - Sindicato Nacional, entre os dias 12 e 15/09. Uma nova assembleia geral será realizada na próxima semana para debater essa questão específica, mas a abertura de diálogo entre docentes, discentes e técnicos para articular as atividades deve ter início imediato.

 

Informes

 

A diretoria do sindicato, na figura do presidente Reginaldo Araújo, informou sobre a participação de alguns docentes membros do GTPFS e da diretoria da Adufmat-Ssind no III Encontro Nacional do Curso de Formação Política e Sindical do ANDES, realizado em Belém entre os dias 26 e 28/08. O tema do encontro foi “História dos movimentos sociais: exploração, opressão e revolução”, e os debates giraram e torno dos movimentos sindical, LGBT, feminista e etnicorraciais.      

 

O professor da UFMT Araguaia, Robson Lopes, falou sobre o processo de consulta para escolha de pró-reitor, realizado no campus pela primeira vez. A votação será no dia 05/09, e a comissão optou pelo voto universal, diferentemente dos outros campi da universidade, que geralmente utilizam o voto paritário.

 

O professor Maelison Neves avaliou o ato realizado no dia 16/08, durante o Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Serviços Públicos e dos Direitos Sociais. “Foi uma mobilização que, embora tenha reunido frentes que se divergem em determinados pontos, marcou de forma positiva a posição dos trabalhadores contra os diversos ataques aos direitos sociais e trabalhistas que estão colocados”, afirmou o docente.    

 

A professora Lennie Bertoque informou que deixará a representação da Adufmat-Ssind no Araguaia porque está assumindo a diretoria do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da instituição daquele campus.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

  

             

      

Segunda, 29 Agosto 2016 15:44

 

 

Circular nº 270/16

Brasília (DF), 26 de agosto de 2016

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

 

 

Companheiros(as),

 

 

           Convocamos reunião do Setor dos docentes das IFES conforme o que se segue:

 

Data: 16 e 17 de setembro de 2016 (sexta e sábado)

 

Horário: 16/9- 9h às 17h

                17/9- 9h às 14h

Local: Sede do ANDES-SN (SCS, Quadra 2, Bloco c, Ed. Cedro II, 3º Andar – Brasília/DF)

Pauta:

1) Informes Nacionais;

2) Informes das seções sindicais;

3) Avaliação da Conjuntura;

4) Encaminhamentos;

5) Outros assuntos.

 

 

            Tendo em vista os seguintes encaminhamentos aprovados na última reunião do setor das IFES:

 

1.     Fazer um levantamento das cidades e Estados em que foram apresentados os PLs “Escola sem partido e Ideologia de gênero nas escolas” e incentivar as seções sindicais a participarem de comitês/fóruns locais etc, de resistência em unidade com outros movimentos sociais, sindicatos etc/ Adotar o Escola sem mordaça / Compartilhar material/propostas e práticas de resistência.

2.     Que as seções sindicais façam levantamento acerca dos procedimentos adotados pelas respectivas IFES dos efeitos retroativos e financeiros das promoções e progressões, bem como do reposicionamento na carreira quando da mudança de instituição.

 

3.     Realizar levantamento acerca da implementação, por parte das IFE, de formas de controle de atividades de ensino, pesquisa e extensão que cerceiam a liberdade e autonomia docente, tais como controle eletrônico do ponto.

 

Solicitamos que as seções sindicais enviem retorno acerca destes levantamentos para o endereço eletrônico da secretaria do ANDES-SN (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.), até o dia 12 de setembro.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

Prof. Giovanni Frizzo

2º Secretário

 

 

 

Segunda, 29 Agosto 2016 15:05

 

 

Circular nº 265/16

Brasília, 25 de agosto de 2016

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

Companheiros (as)

 

Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Quest}F5es Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS conforme o que se segue:

 

Data: 24 e 25 de setembro (sábado e domingo)

Horário: Início: 9h do dia 24 (sábado)

                Término: 15h do dia 25 (domingo)

Local: Sede da Secretaria Regional Nordeste III do ANDES-SN (Av. Presidente Vargas, 60, Sobreloja 01/Barra Center - Salvador – BA; fones (71) 3264-2955 e 3264-3063)

Tendo em vista as resoluções congressuais a coordenação do GT construiu a seguinte proposta de pauta e cronograma:

 

Dia 24

1 - Apresentação da Coordenação do GT e da proposta de trabalho para 2016-2018

2 - Por uma Escola crítica e diversa: combater a lei da mordaça e a intolerância nos espaços formativos

3 - Comissão da Verdade da Escravidão no Brasil: Um debate étnico-racial

4 - Por uma outra história das Mulheres: racismo, classe e feminismo negro

 

Dia 25

5 - Organização do Encontro das Mulheres do ANDES-SN: eixos centrais; local do evento; período do evento; Programação

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof. Giovanni Frizzo

2º Secretário

 

Segunda, 29 Agosto 2016 14:59

 

SETORIAL EDUCAÇÃO

 

PRESENTES: Olgaises -  ANDES –ADUFBA; Helena – UFRJ – Executiva ANEL; Vani – executiva ANEL; Garrido – coordenador sindicato Lauro de Feitas; Araujo – SINASEFE nacional; Neida – oposição CPERS; Nelson – sindicato dos municipários de Santa Bárbara do Sul; Orlando – oposição do CPERS; Carlos Augusto – federal fluminense – seção sindical ANDES; Sirlene – SINTEPES ; Altemir – oposição CPERS; Andrea – SINDIREDE; Priscila – oposição sindicato municipários de Maringá; Fabiano – sindicato São José do Rio Preto; Claudia – SIMPERE – sindicato Recife; Alberto – ADUNES; Miguel – oposição APEOESP; João Zafalão – oposição APEOESP; Fabiano Sindicato Municipal São José do Rio Preto; Gracinete – ADUFS/BA; Vamberto – ADUNEB; Ivan – oposição APP/PR.

 

Pauta

Informes – especial ENE – lutas – situação dos estados

CNTE – Congresso Janeiro de 2017

 

ENE – primeira reunião nacional pós congresso – balanço político, organizativo e financeiro. Já saiu o relatório da reunião e foi repassado nas listas das entidades.

 

Financeiro – não se auto sustentou – ficou com 33 mil reais de dívidas – dividir em 5 entidades. Se enviou o relatório com todo o detalhamento. Foi positivo em relação ao passado que ficou uma dívida de 80mil reais e só foi pago pelo ANDES.

 

Organizativo – apesar do aviso na ante véspera de que não teria o espaço que se tinha pensado pelo SINASEFE, foi garantido pela equipe uma alternativa que não comprometeu. Foi correta a decisão de alugar tendas, pois agilizou e até ficou em conta. Crítica com as distâncias e mudanças de última hora do local dos grupos e programação com antecedência dos painéis para ver quem participaria

 

Político – muito positivo. Cerca de 2 mil participantes. A conjuntura foi um elemento limitador. Algumas decisões e encaminhamentos deram conta das ações futuras das entidades e dos estados. Dia 11 já foi um dia importante com iniciativas, ao menos nas seções do ANDES. O ANDES fez o cartaz do dia também.

Já tem o relatório do ENE do jeito que foi compilado, está no blog do encontro e está se buscando viabilizar a impressão deste.

 

Tem a continuidade com a proposta dos seminários, conforme deliberação do Encontro e debater os temas para avançar na elaboração. A próxima reunião nacional em setembro possivelmente deve discutir estes seminários.

A busca permanente por ampliar a presença permanente na coordenação nacional é algo que segue, em particular a presença da educação básica.

 

INFORMES REGIONAIS

Andrea -  A lei da mordaça esta como projeto na Câmara de Vereadores em comissões. Tem perseguição aos ativistas políticos com mudança de escolas de forma arbitrária. Diretores mais progressivos estão sendo exonerados e processados. Muitos transferidos das unidades escolares. É aplicação da Lei da Mordaça na prática. Prof. Cleiton sendo processado e corre o risco de ser exonerado por acusação de incitar manifestações, usar camisetas do candomblé e fazer citações políticas dentro da escola. Está sendo feito uma campanha política e defesa jurídica.

 

Araújo – SINASEFE – Coletivo Pão e Rosas – Criado comitê estadual na Paraíba do ENE. Seminário estadual antes do ENE formulou um documento. A luta contra a escola sem partido ampliou com entidades ligadas a CNTE/CUT além do âmbito do ENE. Dia 11 teve atividades sobre o tema.  Escola sem mordaça tem que ser uma bandeira da central.

 

Garrido – Na rede estadual não tem nada acontecendo. Dirigido pelo PCdoB. No município Lauro de Freitas já foi aprovada a lei da mordaça. Tirar a eleição de diretores e colocaram indicações políticas. Ainda não está sendo implementada. Deve ter força para implantar depois das eleições. O tema provável para o congresso será a escola sem partido. Dia 16 teve assembleia da categoria e aprovou um polo permanente em defesa da escola pública.

 

Olgaises – Andes entrou numa frente puxada pelo SINASEF, Frente escola sem mordaça. Alguns movimentos feitos pela frente. Na próxima semana estará em Brasília passando nos gabinetes. Existem dois projetos 867 na Câmera e o 196 no Senado. Se aprovado passaria a integrar a LDB. Estão acontecendo muitas atividades sobre o tema. Existe um projeto municipal de escola livre do Vereador Babá e um federal do Jean Willis que é necessário discutir.

 

Alexandre – Andes – greve do Ceará com 105 dias. São 3 universidades. Greve contra o governador Camilo Santana do PT. Houve uma primeira reunião muito tempo depois e um termo de compromisso não cumprido. Nas greves em vários estados nenhum teve vitória com reposição inflacionária. Na USP foi 3% e nas demais nada.

 

Gracinete – Comitê estadual na Bahia. Bem organizado. Última reunião em agosto além do balanço do ENE tirou de fazer comitês locais. Feira de Santana já tem o local com reuniões importantes e atuação unitária. Discussão da escola sem mordaça ao redor do calendário do dia 11.

 

Joaninha – Ir na CNTE, fazer um bloco de oposição, construir resoluções como bloco e tirar uma comissão. Tirar mais material e fortalecer o que já existe. O ENE foi importante para a esquerda educacional do país. Fortaleceu a concepção da escola pública com toda a ideia história que sempre defendemos. A lei da mordaça é uma linha internacional. Ver os exonerados no México. É uma questão estratégica para eles. Tínhamos que ter uma campanha de formação e argumentação para dar apoio. Tirar uma comissão para pensar e organizar a campanha.

 

Vamberto – Comitê estadual realizou várias atividades em municípios da região. Na UNEB houve vídeo conferência com boa participação sobre o tema da escola sem partido. Isso tem atraído atenção e interesse dos educadores. Nova reunião do comitê dia 24 de setembro na cidade de Itabuna e está bem avançado no nível de discutir regimento e auto financiamento do comitê. Luta nas estaduais da Bahia com atividades várias.

 

Helena – No RJ a greve de quase um semestre na rede estadual contra vários ataques. Foi uma greve muito política contra o governo. As universidades estaduais também participaram. Na UERJ teve apenas 5 dias de aula este ano. As ocupações de escola foi o ponto alto com muita presença de mulheres negras e com mais de 100 escolas ocupadas. Sobre a escola sem partido uma grande resposta são as ocupações em todo o país.

 

Zafalão – O ENE foi bem importante. Conseguimos sintetizar um pouco as demandas. Agora é o desafio de tocar nos estados como parte do processo nacional. As ocupações e o movimento sindical da educação é conflituosa pela postura da burocracia. O projeto em SP foi barrado. Houve uma iniciativa de ter comitê, mas a APEOESP explodiu e não tem. Tinha que conversar para ver algo por fora das entidades burocráticas. Vai ter um ato gigante da educação municipal no dia 26 de agosto e deve ter um ato unificado com a rede estadual. No Estado tem uma categoria derrotada, mas que está sendo contaminada pela dinâmica da rede municipal. Vai ter um processo de luta em São Paulo. Sobre a escola sem partido deveríamos fazer uma campanha nacional. Sobre a CNTE fazer algo parecido com o que foi feito no último congresso e fazer paralelo uma plenária alternativa.

 

Neida – prejuízo grande de participação do RS no ENE pela greve e o esforço de deslocamento até Brasília. Tem colocado a necessidade de uma organização da central na atuação da educação básica. Sem isso não tem como organizar atuação nacional do ensino básico sem isso. Os ouros setores que participam da setorial tem esta organização, mas o ensino básico não tem nada. Vamos discutir no RS o que fazer para o congresso da CNTE. Se não tiver organização por dentro da nossa central não faz sentido ir. Ter o cuidado de deliberar aqui para que se possa ver possibilidades em cada estado.

 

Orlando – No RS dificuldade de participação nacional. Houve um bom encontro estadual com 400 pessoas. Houve uma greve com mais de 50 dias e sem nenhuma medida. As ocupações das mais de 140 escolas.  Os resultados foram contraditórios e sem vitória tanto das ocupações como da greve. Faltou uma campanha nacional já que foi em vários estados o mesmo cenário, como Ceará e Rio de Janeiro. Em Passo Fundo tem um comitê. Tem um projeto na assembléia legislativa.

 

Fabiano – projeto da escola sem partido é uma resposta para conter a juventude e também as lutas dos trabalhadores que deve ter como reação aos ataques aos direitos. Ajustes sendo aplicados nos estados e municípios. Em Rio Preto mudança do estágio probatório. Abertura de 12 processos administrativos aos diretores sindicais que fizeram luta de enfrentamento a prefeitura. O movimento derrubou a presidente do FUNDEB.

 

Claudia – Em Recife no início do ano retiraram os livros nas escolas sobre a questão de gênero. Houve uma grande mobilização. A escola sem partido ainda não entrou, por hora está congelado. Teve uma greve que foi considerada ilegal. Manteve a greve e teve reajuste de 4% dividido em duas vezes. Agora na pauta do dia 11 participação e com mais peso a mobilização do dia 16 com paralisação.  Aplicação da política de metas, da meritocracia está sendo feito de forma muito violenta, sendo a primeira vez que isso está sendo feito lá.

 

Priscila – O grupo político hegemônico tem muita força e governa a cidade há muito tempo. Greve de 4 dias dos servidores. Reajuste parcelado de 11.08%. Foram descontados os dias da greve e não foi possibilitado a reposição. Na rede estadual as escolas sofrem com a falta de repasse das verbas. Gestando-se um pacote de ataques na rede estadual e municipais.

 

Carlão – No Rio de Janeiro o dia 11 reuniu movimento estudantil, as seções sindicais do ANDES, o SEPE, e o colégio Pedro II, teve um ato com panfletagem denunciando a questão da verba para Olimpíadas e a falta dela na educação. No dia 05 de setembro vai ter o lançamento da escola sem mordaça com o SEPE Niterói.  No plano municipal de educação de Niterói foi aprovado a medida de proibição da educação de gênero na rede.

 

Sirlene – Alkmin anunciou o fechamento como a venda de metade dos terrenos das escolas agrícolas, começando por 5 e depois chegando a sua totalidade de 10. Greve conseguiu plano de carreira. Este ano foi aplicado a meritocracia. Paralisação dia 23 de agosto. Eleição do sindicato que estava sob judice saiu o resultado. A juíza reconhece os problemas que houve mas dá posse a situação pois diz que é parte da normalidade das eleições.

 

ENCAMINHAMENTOS

  1.      O tema central que une todo o setor é a campanha contra a escola sem partido. Ver cartilha do ANDES que está disponível online. Ver outros materiais já acumulados em cada estado e município para divulgar e socializar. Centralizar e divulgar locais e datas onde o projeto está sendo encaminhado e será levado a votação para que se possa atuar no sentido de derrotar a votação. O SINASEFE já tem uma primeira sistematização e irá passar. Formar uma comissão do setorial. Incluir na resolução política geral da reunião desta Coordenação Nacional. 
  2.      Sobre a participação no congresso da CNTE em janeiro de 2017 seguir pensando em políticas para o congresso. Formar uma comissão que pode reunir na próxima reunião da secretaria nacional da central.
  3.      Fortalecimento dos comitês locais e Estaduais da Educação.

 

Segunda, 29 Agosto 2016 11:01

 

 

Circular nº 267/16

Brasília, 25 de agosto de 2016

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

 

Companheiro(a)s,

 

Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Política Educacional – GTPE do ANDES-SN conforme o que se segue:

Data: 9, 10 e 11 de setembro de 2016 (sexta, sábado e domingo)

 

Horário: início às 14h do dia 9 e término às 13h do dia 11

Local: Sede do ANDES-SN (SCS, Quadra 2, Bloco c, Ed. Cedro II, 3º Andar – Brasília/DF)

Pauta:

1. Informes da diretoria

2. Informes das seções sindicais

3. Definição da Temática, local e período para a realização do V Seminário Estado e Educação

4. Apresentação, debate e elaboração de material referente à Retribuição de Saberes e Competências (RSC)

5. O que ocorrer

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof. Giovanni Frizzo

2º Secretário

Segunda, 29 Agosto 2016 10:35

 

 

 

 

Circular nº 269/16

Brasília (DF), 26 de agosto de 2016

 

 

 

Àsseçõessindicais, secretariasregionais e aosDiretores do ANDES-SN

 

 

 

Companheiros,

 

 

Encaminhamos, anexa, NOTA DE SOLIDARIEDADE DA DIRETORIA DO ANDES-SN AOS DOCENTES DA UESB.

 

Semmaispara o momento, renovamosnossascordiaissaudaçõessindicais e universitárias.

 

 

 

 

 

 

Prof. Giovanni Frizzo

2º Secretário


 

NOTA DE SOLIDARIEDADE DA DIRETORIA DO ANDES-SN AOS DOCENTES DA UESB

 

A diretoria do ANDES-SN vem a público manifestar sua total e irrestrita solidariedade aos companheiros e companheiras docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), bem como os demais manifestantes e trabalhadores que foram barbaramente reprimidos por seguranças do governador do Estado da Bahia, durante uma manifestação pacífica no ato de inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na cidade de Vitória da Conquista, no dia 22 de agosto de 2016.

O ANDES-SN tem combatido de forma firme e vigorosa todas as formas de criminalização dos movimentos sociais. É inaceitável que uma reivindicação de docentes, técnico-administrativos e estudantes por melhores condições de trabalho e em defesa da Universidades estaduais baianas seja tratada com tamanha brutalidade por parte de qualquer governo. Essa demonstração de desrespeito e violência do Governo da Bahia, que, em vez de dialogar, prefere agredir fisicamente e moralmente os docentes, é absolutamente inaceitável em um Estado democrático e de direito e deve ser denunciada e repudiada com todo vigor junto à sociedade brasileira.

Os projetos de Lei que atacam a liberdade e autonomia da prática docente (Escola sem Partido), a Lei antiterrorismo e os PLP 257 e a PEC 241, que objetivamimplementar um violento arrocho salarial, além da retirada dos direitos dos servidores públicos, são a expressão da contra reforma do Estado e de um conservadorismo abominável que, de várias formas e em várias frentes, procura sucatear os serviços públicos em prol dos interesses privados e criminalizar todos aqueles e aquelas que lutam e denunciam os ataques às liberdades e aos direitos sociais. Contra os ataques dessa natureza não devehavertrégua. Só a luta e a denúncia podem mudar esse quadro.

Os docentes da UESB não devem se intimidar ante mais este ato de criminalização de suas reivindicações, mas sim intensificar as lutas em curso. Além disso, a coragem e determinação dos docentes da UESB, mais um exemplo da vitalidade dos docentes que se encontram na base do ANDES-SN, renovam nossas forças em defesa do projeto de uma educação pública, gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada. Estamos juntos, solidários e fortes na luta. Sigamos em frente sem temer o futuro.

Lutar não é crime!

 

Brasília, 25 de agosto de 2016.

 

 

Eblin Farage

Presidente do ANDES-SN

Segunda, 29 Agosto 2016 09:53

 

 

São decorridos 45 anos, quando, em 31 de maio de 1971, nos reuníamos pela primeira vez, representando os fundadores, para instalar o Conselho Diretor da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso, no cerrado verdejante de Coxipó da Ponte. Memorável hora inaugural de modelagem da sua existência. Vivíamos a novidade institucional com a UnB, criada sob a forma jurídica de fundação, boa-nova diante das antigas universidades autárquicas. A UFMT, pioneira no Estado, tinha algo mais: o presidente da fundação mantenedora, eleito pelos seus pares, assumia automaticamente o cargo de reitor. O professor Newton Sucupira, presidente do Conselho Federal de Educação (hoje, CNE) celebrava o feito por ter sido o redator do modelo experimental. Entretanto, a sublimação da autonomia incomodou a vizinhança para forçar modificação ajustada às normas gerais da lei da Reforma Universitária, documento debatido, desde 1966, pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, na presidência de Pedro Calmon. Naquela sessão, átrio de ingresso na grande conquista, fora eleito o conselheiro Gabriel Novis Neves, o presidente e reitor, confirmando designação ministerial provisória. Célere, o reitor avança na consecução de recursos, constrói e proclama os rumos de aspirações da Unisselva. O cargo de vice-presidente, o vice-reitor, por eleição, coube ao conselheiro autor deste texto, que redigiu e relatou no Conselho Diretor os projetos do primeiro Estatuto e da estrutura organizacional da universidade, com aprovação. E seguiu na implantação da área acadêmica. Na atividade-meio, em função correspondente, estava Attílio Ourives.

 

O Conselho Diretor é o colegiado superior que estabelece diretrizes e planos para o desenvolvimento da Universidade, controla e delibera sobre os seus bens, a ocupação do solo do campus com plano diretor, o orçamento, e julga a prestação de contas do presidente-reitor. Nos últimos anos, o órgão de Planejamento do Governo Federal tem-lhe tolhido a competência, avassalando outros colegiados com infringência da Constituição Federal em seu artigo 207, conferidor da autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. Restringe a universidade em mera unidade no gigantesco computador brasiliense.

 

A oração do Natal de 1971 foi a de agradecimento e de trabalho, pois, poucos dias depois, em 4 de janeiro de 1972, o Conselho Diretor consolidava a estrutura inicial da UFMT, simplificando o quanto possível o organograma. De logo, foi promovida a reestruturação das Unidades componentes em Departamentos, reunidos em Centros Universitários, que mereceu o apoio de modelo compatível com meios e recursos, em reunião do CRUB, nesse ano em Brasília.

 

No Primeiro Ciclo de Estudos, estudantes de todas as áreas conviviam no campus em congraçamento, cursando língua portuguesa e matemática, introdução à metodologia científica e disciplinas propedêuticas de cada curso. Esplendia a desejada universalidade. A disciplina Educação Física, obrigatória na vida escolar em todos os níveis, era oferecida na universidade, a proporcionar constante festa esportiva universitária com atenção à saúde. Mais tarde, o entendimento político extinguiu esses ideais, para resultar em devastador despreparo físico, com prejuízo à vida e ao esporte.

 

O Conselho Universitário é o senado acadêmico, pensa e formula o projeto universalista atendo à Constituição Federal que preceitua o ‘pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas’ (artigo 206, III), escoimando sectarismo; segue diretrizes do Plano Nacional, preocupa-se com a área de abrangência geográfica e com o continente latino-americano. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aperfeiçoa e ajusta a evolução humanística, científica, técnica e cultural nas estruturas curriculares do ensino; fomenta a pesquisa de campo antevendo patentes, e a institucional; faz promover a extensão para a comunidade através de cursos e serviços, que podem proporcionar arrecadação financeira, dentro da prerrogativa de instituição fundacional. Somam-se, ainda, as Congregações das Faculdades ou Institutos, e os colegiados dos Departamentos.

 

Neste século XXI, diante de um mundo tenso até com menino-bomba, e de uma sociedade entregue ao espetáculo virtual, a universidade obriga-se, sem prejuízo do salutar debate acadêmico, à harmonização permanente. José Saramago, Nobel de Literatura (1998), adverte: ‘vivemos uma quadra estranha da humanidade, quando as pessoas conquistam o espaço sideral, mas não conseguem chegar, solidárias, à porta do vizinho’. Educação, uma das principais prioridades, deve contar com recursos dos cofres nem sempre protegidos da União, sabendo-se que universidade não é negócio, tampouco repartição pública – é casa do pensamento democrático. Como pública é sustentada pelo contribuinte e a ele deve respostas, bem como à clientela estudantil. Fortalecer os colegiados superiores, em cadeia com os demais colegiados, é o caminho ontológico de mudança de mentalidade no exercício do compromisso cidadão.

 

Benedito Pedro Dorileo é advogado.

Foi reitor da UFMT