Quinta, 02 Maio 2024 17:14

 

A greve de docentes federais da base do ANDES-SN entrou no seu 15º dia com a adesão de 39 instituições federais. Outras 11 já têm deflagrações de greve aprovadas em assembleias, previstas para ocorrer nos próximos dias. Confira aqui a lista atualizada pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional.

Para dar sequência ao diálogo com a sociedade sobre as pautas da paralisação, bem como intensificar a mobilização e pressão junto ao governo federal, uma série de atividades estão acontecendo em todo o país. Nesta quarta-feira (1), que marca o Dia Mundial do Trabalhador e da Trabalhadora, docentes vão às ruas, fortalecer os atos convocados pelas entidades sindicais, para cobrar abertura de negociação efetiva e valorização da categoria e da Educação pública.

Atividades do CNG

Na capital federal, essa terça-feira (30) começou com recepção a parlamentares e autoridades governamentais no Aeroporto de Brasília, nas primeiras horas da manhã, para cobrar que pressionem o governo a receber representantes das entidades da Educação Federal. Representantes do CNG do ANDES-SN e do Sinasefe levaram faixas e cartazes, e também fizeram falas, para dialogar com as pessoas que passavam pelo local sobre as pautas da greve e a importância da mobilização.

“O dinheiro do Brasil não é para isenção de grande empresa, não é para isenção de exportação do agronegócio. O dinheiro do Brasil tem que ser para aquilo que melhora o país, para a Educação Pública, que faz ciência e tecnologia, que é o que desenvolve o Brasil, que forma todas as professoras, os professores e todos os profissionais do nosso país”, afirmou a docente Gabriela Caramuru, da Associação Docente da Universidade Federal do Paraná (Apufpr – Seção Sindical do ANDES-SN).

O presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, também presente no ato, ressaltou a importância da luta empreendida por docentes, técnicas e técnicos administrativos em defesa da Educação pública. “Essa é a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação para construir um outro futuro para o Brasil, em que todo servidor seja respeitado e que a Educação pública seja valorizada, em que possamos ter soberania, desenvolvimento científico, tecnológico, construção de uma Educação crítica, longe de toda a forma de opressão, exploração, destruição da humanidade e da natureza. É para isso que estamos aqui em luta, para pressionar o governo federal para, enfim, nos trazer uma resposta efetiva à campanha salarial de 2024 e a necessidade de investimentos públicos nos nossos aparelhos de Educação”, explicou Seferian.

Na sequência, as e os docentes seguiram para a Esplanada dos Ministérios para uma vigília em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos (MGI). Representantes dos CNGs do ANDES-SN, do Sinasefe e da Fasubra pressionaram pro uma reunião interministerial, para discutir as pautas da Educação Federal. 

Ainda nessa terça-feira, às 19 horas, acontece uma live sobre Orçamento das Instituições Federais de Ensino - Universidades, Institutos, Cefets e Colégio Pedro II, transmitida pelas redes do Sinasefe.

Confira a agenda do CNG para os próximos dias

01/05
- 10 horas - 108 Norte - Brasília - Ato do dia da trabalhadora e do trabalhador 
02/05 
- 09 horas - Em frente ao MEC - Aulão em defesa da Educação Pública
- 10 horas - Em frente ao MEC - Reunião com o MEC sobre as intervenções nas Universidades Federais
- 11 horas - Em frente ao MEC - Reunião com o MEC sobre o orçamento das escolas e dos colégios de aplicação
- 14 horas - No ANDES-SN - Reuniões internas das comissões do CNG 
03/05
- 07 horas - Em frente ao Palácio do Alvorada – Café com Lula 
- 09:30 horas - No ANDES-SN - Reunião do CNG (todo o dia)

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 02 Maio 2024 15:45

 

Atenção, a Adufmat-Ssind convida todos os docentes sindicalizados para reunião sobre os 28,86% na próxima segunda-feira, 06/05, às 14h30. A reunião será apenas presencial e ocorrerá simultaneamente na sede e subsedes do sindicato. 

Quinta, 02 Maio 2024 09:59

*Atualizada às 7h50 do dia 03/05 para alteração do horário da reunião no Sintuf, a pedido da Diretoria

 

Os docentes da base da Adufmat-Ssind estão convidados a participarem de duas atividades que o sindicato realizará nesta sexta-feira, 03/05. A primeira reunião, que seria às 8h, na sede do Sindicato dos Técnicos Administrativos (Sintuf-MT), sobre o Programa de Enfrentamento à Violência de Gênero na UFMT, foi reagendada para as 11h.

 

O tema, de interesse de todos, terá a participação da diretora secretária da Adufmat-Ssind, Clarianna Silva, membro do Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS).   

 

A segunda reunião, organizada para o mesmo dia, terá início às 10h, na sede da Adufmat-Ssind. Dessa vez, o debate será acerca dos contratos com a Unimed, junto a comissão formada para este fim.

 

Professores interessados em contribuir com esses dois temas serão bem vindos nas reuniões.

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 02 Maio 2024 09:31

 

Circular nº 168/2024

 

Brasília (DF), 30 de abril de 2024.

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN

  

Assunto: Convoca reunião conjunta do GTPCEGDS, GTPE e GTPFS.

 

Companheira(o)s,

 

As coordenações do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) e do Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) convocam reunião conjunta, considerando as seguintes resoluções aprovadas no 42° Congresso do ANDES-SN:

 

1. Que o GTPCEGDS e o GTPFS façam reunião conjunta pautando o tema dos abolicionismos penais e da luta pelo desencarceramento, como espaço de fortalecimento da luta antirracista e de combate ao projeto de segurança pública pautado no genocídio da juventude negra e no punitivismo penal.

 

2. Que o GTPCEGDS, GTPE e GTPFS façam reunião conjunta pautando a luta das mulheres ciganas, indígenas, negras e mulheres com deficiência nas Universidades, IFs e CEFETs, reafirmando seu protagonismo nas lutas.

 

3. Que o GTPE em conjunto com o GTPCEGDS siga acompanhando e acumulando o debate sobre a garantia do direito à educação para as pessoas com deficiências com vias a combater o capacitismo.

 

            A reunião acontecerá com a seguinte proposta de data e programação:

 

Data: 7 e 8 de junho de 2024 (sexta-feira e sábado);

Horário: Início: sexta, às 16h.  Término: sábado, às 12h30;

Local: Sede do ANDES-SN (Auditório Marielle Franco, 2º andar)

 

PROGRAMAÇÃO

 

07.06.2024 (sexta-feira)

 

16h – Acolhimento e abertura dos trabalhos;

16h20 – A necessidade de política sindical para a luta antipunitivista e pelo desencarceramento em massa, basta de genocídio do povo negro e pobre! 

18h – lanche;

18h30 – A construção e ações para a garantia do direito à educação para as pessoas com deficiências: basta de capacitismo nas Universidades, IFs e CEFETs! 

 

08.06.2024 (sábado)

 

09h – Diversas, mas não dispersas! A luta das mulheres ciganas, indígenas, negras e com deficiência nas Universidades, IFs e CEFETs.

 

Ressaltamos a necessidade da confirmação da participação do(a)s representantes, por meio do preenchimento do formulário cujo link foi enviados às seções até o dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira).

 

As seções sindicais que quiserem socializar os seus informes devem enviá-los até, às 18h, dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira), exclusivamente por formulário por meio de link igualmente enviado, para serem publicados junto ao relatório da reunião.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Francieli Rebelatto

Secretária-Geral

 

Terça, 30 Abril 2024 15:29

 

Circular nº 166/2024

 

Brasília (DF), 30 de abril de 2024.

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN

 

 

Assunto: Convoca reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN

 

 

Companheira(o)s,

  

A coordenação do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) convoca reunião, conforme detalhes a seguir:

 

Data: 8 e 9 de junho de 2024 (sábado e domingo);

Horário: Início: Sábado, às 14h30.  Término: Domingo, às 17h;

Local: Sede do ANDES-SN (Auditório Marielle Franco, 2º andar).

 

Pauta:

 

1.                  Exposição sobre alienação parental;

 

2.                  Atualização da cartilha de combate ao racismo;

 

3.                  Deliberações do 42º Congresso do ANDES-SN;

 

4.                  Campanha de combate ao racismo;

 

5.                  Protocolo de combate ao assédio;

 

6.                  XIII COPENE.               

 

Ressaltamos a necessidade da confirmação da participação da(o)s representantes, por meio do preenchimento do formulário enviado às Seções Sindicais, até o dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira).

 

As seções sindicais que quiserem socializar os seus informes devem enviá-los até, às 18h, dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira), exclusivamente por formulário enviado, para serem publicados junto ao relatório da reunião.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Francieli Rebelatto

Secretária-Geral

Terça, 30 Abril 2024 15:09

Validação está disponível na plataforma SouGov

 

Esta terça-feira, 30/04, é a data final para a atualização obrigatória de dados cadastrais e funcionais de todos os servidores públicos. Segundo a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) da instituição, a ação deve ser realizada por meio da plataforma SouGov.BR.

Ainda de acordo com a Progep, a validação é obrigatória para servidores ativos e aposentados ou pensionistas, contratados, como professores substitutos e residentes, médicos e multidisciplinares.

Os dados que devem ser atualizados são: nome, número do Registro Geral, número do Cadastro de Pessoa Física, gênero, data e local de nascimento, telefone, endereço residencial, raça/cor, situação do funcional, entre outros. A instituição disponibilizou um tutorial do passo a passo da atualização (clique aqui).

Mais informações no site da UFMT (clique aqui). 

 

Fonte: UFMT (com edição de Adufmat-Ssind)

Terça, 30 Abril 2024 09:22

 

 

A Greve Docente Federal fortalece a Greve da Educação Federal!

Por ampla maioria, as e os docentes rejeitaram a proposta do governo federal e dizem, mais uma vez, NÃO AO REAJUSTE ZERO em 2024.

Quanto ao reajuste dos benefícios, o ANDES-SN avalia que o compromisso feito pelo governo, de reajustar os auxílios (alimentação, saúde suplementar e creche), é fruto da luta e deve ser garantido a todo(a)s o(a)s servidore(a)s públicos federais de qualquer categoria a partir de maio, independentemente da assinatura do termo de compromisso, bastando a disposição do governo de efetivá-lo por meio de Portaria. Além disso, esse aumento no valor dos benefícios é absolutamente insuficiente diante do conjunto de reivindicações da categoria e exclui a maioria do(a)s aposentados, aposentadas e pensionistas. 

Em ofício conjunto protolocado nesta sexta-feira (26) junto ao MGI, ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra Sindical, cobram que sejam convocadas, em caráter de urgência, novas reuniões, já para a próxima semana (29/4 a 3/5), das mesas de negociação específicas e temporárias (PCCTAE, EBTT e MS) com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI).

A Greve Docente Federal e fortalece a Greve da Educação Federal. O Quadro de Greve atualizado indica 30 instituições* já em greve e outras 12 com deflagração de greve prevista a partir deste sábado (27). Novas deflagrações são aguardadas para a próxima semana, pelos indicativos de greve aprovados.

Só a luta muda a vida!

*O IFRS é contabilizado duas vezes em nossa metodologia, devido à representação compartilhada entre Aprofurg Ssind e Sindoif SSind

 

Instituições em Greve

Universidades Federais

Seção Sindical

1

Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

APROFURG

2

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro- Brasileira (UNILAB)

ADUFC

3

Universidade Federal do Ceará (UFC)

ADUFC

4

Universidade Federal do Cariri (UFCA)

ADUFC

5

Universidade de Brasília (UnB)

ADUNB

6

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

APESJF

7

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

ADUFOP

8

Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

ADUFPEL

9

Universidade Federal de Viçosa (UFV)

ASPUV

10

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

ADUFES

11

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

APRUMA

12

Universidade Federal do Pará (UFPA)

ADUFPA

13

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

APUFPR

14

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

SINDIUFSB

15

Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

SINDUNIFESSPA

16

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

SINDUTF-PR

17

Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

ADUNIR

18

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

APUBH*

19

Universidade Federal de Roraima (UFRR)

SESDUF-RR

20

Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

ADUFSJ

21

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

ADUFEPE

22

Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

ADUFCAT

23

Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

APUB

24

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

SEDUSFM

Institutos Federais

 

25

Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Pouso Alegre, Campus Poços de Caldas e Campus Passos

 

SINDFSULDEMINAS

26

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande

APROFURG

27

Instituto Federal do Piauí (IFPI)

SINDFPI

 

28

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste- MG (IF Sudeste-MG) Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé

 

APESJF

29

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-

Riograndense (IFSul) Campus Visconde da Graça

ADUFPEL

30

Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - 7 Campi

SINDOIF

Centros Federais de Educação (CEFETs)

31

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

SINDCEFET-MG

 

Instituições com deflagração de greve indicada (indicativo)

Universidades Federais

Seção Sindical

Data

1

Universidade Federal de Tocantins (UFT)

SESDUFT

27-abr.

2

Universidade Federal Fluminense (UFF)

ADUFF

29-abr.

3

Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

ADUFAL

29-abr.

4

Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

SINDUFAPE

29-abr.

5

Universidade Federal de Lavras (UFLA)

ADUFLA

29-abr.

6

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

ADUFERPE

29-abr.

7

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

ADUFRA

1-mai.

8

Universidade Federal de Campina Grande - Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras)

ADUC

1-mai.

9

Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

ADUFTM

1-mai.

10

Universidade Federal do Sergipe (UFS)

ADUFS

5-mai.

11

Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

ADUFU

20-mai.

Institutos Federais

 

 

 

 

Centros Federais de Educação (CEFETs)

12

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ)

ADCEFET-RJ

2-mai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 30 Abril 2024 09:18

 

Segundo a ONU, mais de 35 mil palestinos já foram mortos por Israel desde outubro de 2023, sendo a maioria crianças e mulheres

Mais de 800 estudantes e docentes já foram detidos e detidas nos Estados Unidos, em protestos em solidariedade ao povo palestino. Os atos, protagonizados principalmente por estudantes, repudiam o genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza e cobram o fim das relações das universidades com empresas e institutos que apoiam o apartheid contra palestinos e palestinas, o genocídio e a ocupação militar da Palestina. 

Os protestos têm sido reprimidos pelas forças policiais, com a prisão de várias pessoas, o que também contribuiu para ampliar a adesão aos atos. As manifestações tiveram início na Universidade de Columbia, na cidade de Nova Iorque, onde estudantes organizaram um acampamento no gramado em um dos campi da instituição. A polícia foi chamada pela reitoria e deteve mais de 100 estudantes. Essa foi a primeira vez em mais de 50 anos que detenções em massa ocorreram na universidade. 

A indignação se espalhou, resultando em um movimento nacional nem diversas universidades do país. A violenta resposta policial às manifestações fez aumentar o apoio das comunidades universitárias ao protesto. “Divulgar! Desinvestir! Não vamos parar, não vamos descansar!”, lia-se em um dos cartazes de manifestantes na Universidade de Harvard.

“Saudamos esta crescente mobilização estudantil e universitária nos EUA, que denuncia a política colonialista do Estado de Israel e a prática de genocídio que, como aprovado no nosso último congresso, luta por fazer dos campi universitários ‘territórios livres do apartheid, não estabelecendo relações acadêmicas com instituições vinculadas ao Estado de Israel e rompendo com as já existentes’”, afirma em nota a diretoria do Sindicato Nacional. 

Para a entidade, o caminho da luta pelo cessar-fogo e pela autodeterminação do povo palestino precisa ser reforçado e ampliado. As ações dos e das estudantes nas universidades dos EUA são um exemplo a ser seguido para denunciar a prática de genocídio e o apartheid cometidos pelo Estado de Israel, sob o governo reacionário de Benjamin Netanyahu. 

“Redobramos a exigência do imediato cessar-fogo e o ingresso de ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza. Reafirmamos a defesa do povo palestino, da luta pela sua autodeterminação e reconhecimento internacional, e reiteramos NÃO É GUERRA, É GENOCÍDIO!”, conclui a nota.

Acesse o documento aqui.

 

Fonte: Andes-SN (com informação do Mídia Ninja e BBC)

Segunda, 29 Abril 2024 10:30

 

Docentes das instituições federais de ensino disseram não e rejeitaram em suas assembleias de base a proposta apresentada pelo governo na reunião da sexta-feira, 19 de abril. Por ampla maioria, as Seções Sindicais do ANDES-SN decidiram pela manutenção da greve. A rodada de assembleias aconteceu entre 22 e 25 de abril e debateu os pontos apresentados pelo Ministério da Inovação e da Gestão em Serviços Públicos (MGI).

Em comunicado expedido pelo Comando Nacional de Greve, foi destacado que a proposta do governo de reajustar os auxílios (alimentação, saúde suplementar e creche) foi conquista da luta e deve ser garantida para todo(a)s o(a)s servidore(a)s públicos federais de qualquer categoria a partir de maio, independentemente da assinatura do termo de compromisso, bastando a disposição do governo de efetivá-la por meio de Portaria.

O comunicado lembra ainda que o prazo dado pelo MGI para aceite ou rejeição da proposta, não permitiu que todas as entidades das servidoras e servidores conseguissem fazer a discussão nas bases, como aconteceu com a Fenasps, Sindifisco e também o próprio ANDES-SN.   

A decisão também foi informada ao MGI em ofício conjunto assinado pelas entidades da educação federal. ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe cobraram reunião para a próxima semana, para conclusão da negociação salarial e das pautas de reestruturação da carreira.

As entidades da educação indicaram até 3 de maio para que a nova rodada negocial aconteça. Com isso, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN avançou na construção de uma nova proposta, encaminhada para debate e deliberação em assembleias gerais de base, entre 29 de abril e 2 de maio:

ORÇAMENTO:

Promover luta unitária com outros setores de trabalhadore(a)s e estudantes pela recomposição de investimentos às universidades, institutos federais e Cefets, tomando por parâmetro os investimentos de verbas de uso discricionário de 2016, com as devidas correções inflacionárias, garantindo investimentos em estrutura, permanência estudantil, bolsas de pesquisa e extensão e outras condições indispensáveis à qualidade do trabalho.

CARREIRA:

- Tomada a compreensão de que a majoração dos steps, pura e tão somente, gera mais distorções do que soluções à carreira, haja vista que incide em desenho de carreira desestruturada que merece reorganização estrutural; e avaliando que a questão de carreira comporta reflexões e acúmulos de maior fôlego, projetando uma agenda de debates mais extensa sobre a matéria;

- Encaminhamento: Insistir em uma resposta quanto a reorganização da carreira a partir dos 7 pontos costurados com o SINASEFE e estabelecer uma agenda mais alongada sobre o tema;

- Proporcionar uso dos impactos orçamentários pela majoração em 0,5% dos steps na recomposição remuneratória da base da carreira, minorando distorções entre o piso e base da mesma.

RECOMPOSIÇÃO:

- Manter a defesa do índice de 22,71% como horizonte de recomposição;

- Reafirmação da necessidade de apresentação de um índice de recomposição em 2024;

- Acatar o índice apresentado para 2025 (9% em janeiro);

- Abrir margem de recombinação dos índices, garantindo em 2024, 2025 e 2026 o índice total de 22,71% de recomposição.

APOSENTADORIA:

- Apenas acatar propostas que contemplem a integralidade do(a)s servidore(a)s, sobretudo aposentado(a)s, já negligenciado(a)s na majoração dos benefícios.  

REVOGAÇO:

- Revogação integral e pagamento de perdas retroativas de afetado(a)s pela IN 66/2022;

- Revogação integral da Portaria 983/2020, do MEC;

- Exigir resposta a toda agenda de revogaços na MNNP.

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 26 Abril 2024 10:39

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Aldi Nestor de Souza*

 

      Eu costumo desafiar os meus alunos pedindo a eles que me deem um exemplo de um posto de trabalho para o qual se exige, do trabalhador, que este saiba matemática. Ou seja, um posto de trabalho que tenha como pré requisito e como parte integrante do ofício, o saber e o manuseio com os conteúdos de  matemática. Claro que tenho a precaução de avisar-lhes que não valem os exemplos do pequeníssimo e óbvio grupo de postos de trabalhos que inclui professores de matemática, de física, etc., pesquisadores nessas áreas e afins. Também explico que me refiro a matemática básica, aquela sistematizada e ensinada nos ensinos fundamental e médio nas escolas.


    O desafio acima certa e facilmente se estende a outras áreas do conhecimento e uma forma de comprovar isso são os corriqueiros questionamentos, por parte de estudantes, de todas as áreas, que costumam perguntar “ onde vou usar isso na minha vida ou no trabalho, professor?”  ou que afirmam, ao chegar no mercado de trabalho, que grande parte do que aprenderam na escola e/ou na faculdade não é usado na empresa.

   Qualquer adolescente, ao sair do ensino médio, já se deparou com parte substancial do que a humanidade produziu, em termos de conhecimento, ao longo de milênios. Sai com noções de ciências, matemática, geografia, química, física, etc., Enfim, sai com uma bagagem intelectual que, 100 anos atrás, só cabia à “meia dúzia” de gente. No Brasil, por exemplo, 100 anos atrás, quase 70 por cento da população não sabia ler nem escrever. Há ainda milhões de estudantes que ingressam nas faculdades, fazem cursos superiores, até mestrado, doutorado e especializam-se, portanto, ainda mais, em certas áreas.

  Concomitante a esse avanço na área da educação, com a universalização da escola básica, corre em sentido contrário a qualificação referente e exigida pelos postos de trabalho. Sim, com o avanço da tecnologia e da automação, os postos de trabalho tendem a ser cada vez mais simples e a exigir cada vez menos habilidade e conhecimento dos trabalhadores. Um trabalhador, por exemplo, do qual, no passado, se exigia que soubesse as quatro operações básicas da matemática, não se exige mais e tal conhecimento, para fins do trabalho, é confiado às máquinas.  O trabalhador, nesse caso, apenas aperta botões.

   Os trabalhadores hoje em dia podem mudar, sem grandes dificuldades de adaptação e aprendizagem, de um posto de trabalho para outro totalmente distinto, tanto dentro da mesma empresa, quanto em empresas diferentes. Um vendedor vira supervisor, vira gerente, que vira recepcionista de hotel, que vira frentista de posto de gasolina, que vira auxiliar de escritório, que vira atendente de telemarketing, que vira programador de computação, que vira motorista por aplicativo, que vira auxiliar de serviços gerais, que vira representante comercial, que vira garçon, que vira dono de uma barraquinha de cachorro de quente. Na indústria de ponta, por exemplo, é abundante o número de postos de trabalho que consistem simplesmente de apertar um botão.

   Para encarar essa escalada de simplicidade dos postos de trabalho, as empresas costumam se defender e disfarçar esse descalabro atacando ideologicamente os trabalhadores e  dizendo que, com o avanço da tecnologia e as mudanças no mercado de trabalho, o que se exige hoje em dia dos trabalhadores é que eles sejam “flexíveis”, “versáteis”, que  tenham disposição para “inovar e experimentar o novo”, que “aceitem desafios”, que “vistam a camisa da empresa,” que “não sejam acomodados” e que queiram “aprender constantemente e pro resto da vida”
.

   A avalanche de trabalhadores bem formados para um mercado de trabalho que não exige qualificação correspondente é tão visível que não para de ser notícia nas páginas dos jornais.  Matéria do Portal G1, na internet, de 06 de dezembro de 2019, apontou que “ o Brasil tem 18,3 milhões de pessoas que terminaram a faculdade para 14,5 milhões de ocupações com exigência de curso de Ensino Superior”.  Só aí são quase quatro milhões de pessoas bem formadas que são sujeitas a aceitar postos de trabalho que não exigem a qualificação correspondente.

   Na mesma direção e talvez como reflexo da notícia acima, pesquisa divulgada pelo Portal R7, em 23/12/2021, apontou que 51% dos motoristas por aplicativo da empresa Uber tem curso superior.   Como diz Mariano Enguita, no livro A Face Oculta da Escola: “Jovens que saem da escola com uma formação cada vez mais elevada veem-se obrigados a ocupar empregos escassamente desafiantes, se não simplesmente embrutecedores.”

   Curiosamente, e apesar de todos esses dados, há um poderoso discurso ideológico forçando as pessoas a pensarem exatamente o contrário. Isto é, de que falta mão de obra qualificada, que a escola e as universidades devem fazer reformas e se adequarem ao mercado de trabalho, que faltam profissionais capacitados para certas áreas. Ou seja, é o conhecido e velho modus operandi de culpar os trabalhadores, de pressioná-los e fazê-los reféns das empresas.

   E é um grande equívoco a escola querer regredir e se adaptar, sem nenhuma discussão ou questionamento, ao mercado de trabalho. Sim porque com a constatação de que os postos de trabalho, e não os trabalhadores, é que são desqualificados, é um erro brutal querer condenar os trabalhadores, do ponto de vista da formação, ao nível dos postos de trabalho existentes. Além disso, para trabalhos embrutecedores, que pouca capacidade cognitiva exigem, por que a escola, que avançou, deve regredir? Não é um sinal de derrota da escola, como foi notícia nos jornais, ensinar a fazer brigadeiro como sendo um “ Projeto de Vida” e de “ Empreendedorismo” para os estudantes? Não é um risco para os trabalhadores ver as escolas tirarem parte substancial do conteúdo básico universal e colocar, no lugar deles, penduricalhos para atender a sanha inconsequente do mercado de trabalho?

   É importante esclarecer que não existem reclamações atestando que os trabalhadores não conseguem ou têm dificuldades de executar as tarefas para as quais foram contratados. Não há notícias sobre isso. Por outro lado, chovem notícias de reclamações, por parte dos trabalhadores, que sofrem diariamente com assédio no ambiente de trabalho, pressão adoecedora para se cumprir metas, salários baixíssimos, ausência de direitos trabalhistas, jornadas de trabalho sem fim. Enfim, um diagnóstico que se tem do mercado de trabalho é que ele é um ambiente hostil, composto de trabalhos simples, que não exigem qualificação.

   Não seria o caso, aliás, não está passando da hora, para o bem da humanidade, de se discutir o modo de produção e distribuição de riqueza no qual estamos metidos? Discutir, por exemplo, qual o futuro que a classe trabalhadora espera para si diante de trabalhos cada vez mais estúpidos, embrutecedores e ambientes de trabalho hostis e adoecedores?  Não seria o momento de a escola e a universidade cumprirem a tarefa de questionar em vez de simplesmente resignar-se e adaptar-se?

   O desafio do início desse texto, que apresento a meus alunos, é a entrada que sempre uso para, nas aulas de matemática, discutir a sociedade e, fundamentalmente, discutir o trabalho. Eles costumam coçar a cabeça, buscar desesperadamente um exemplo e nunca acham. Afirmo, então, que muito mais difícil do que aprender as contas de matemática, que aliás qualquer computador é capaz de fazer, é entender os desdobramentos do desafio apresentado, o que ele esconde e como matemática e seus conteúdos são fundamentais para entender essa sociedade e suas as contradições.

 

*Aldi Nestor de Souza
Professor do Departamento de Matemática da UFMT, campus Cuiabá
Membro do GTPFS-Grupo de Trabalho em Política e Formação Sindical da ADUFMAT Ssind
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