Quarta, 15 Julho 2015 07:09

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Quarta, 15 Julho 2015 07:04

Representantes dos comandos locais de greve da Adufmat (UFMT), Sinasefe (IFMT) e Sindsprev (INSS) se reuniram nessa terça-feira, 14/07, para conversar sobre a necessidade de construção do Comando Regional de Servidores Públicos Federais (SPF’s). 

O encontro surgiu de maneira espontânea, mas foi o primeiro passo para efetivar uma deliberação de assembleia dos docentes da UFMT, que atende orientação do Fórum Nacional dos SPF’s, no sentido de unificar o movimento dos servidores federais também em âmbito estadual. 

Desse primeiro contato, os trabalhadores encaminharam algumas atividades: 

21/07 – Ato em frente ao Hospital São Benedito, onde o ministro da Saúde e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff, participarão da inauguração do prédio. A ideia é que os servidores se concentrem ali antes da partida para a Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília. 

24/07 – Reunião com representantes locais das entidades que compõem o Fórum Nacional dos SPF’s. 

28/07, às 9h – Debate: Análise de conjuntura e o mundo do trabalho. 

30/07, às 9h – Debate: O Sindicalismo e seus desafios. 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve

Sexta, 10 Julho 2015 14:03

Os professores da UFMT - Cuiabá continuaram o debate sobre a pauta interna da greve em assembleia geral realizada nessa quinta-feira, 09/07. Dos 28 pontos previamente listados para direcionar o debate, retirados da pauta da greve de 2012, os docentes já encaminharam 25. 

A discussão dessa quinta-feira girou em torno dos temas: progressão funcional, valorização e melhoria de condições para o trabalho docente, disponibilização de obras elencadas no Plano de Ensino de cada departamento e melhoria no atendimento da Coordenação de Assistência a Saúde do Servidor (CASS). 

Presumindo que a discussão sobre a pauta interna seja encerrada na próxima assembleia, marcada para quinta-feira, 16/07, às 8h30, os professores solicitam aos colegas dos Campus do Araguaia e Sinop que encaminhem suas demandas o mais rápido possível, para que sejam incorporadas a pauta local e, posteriormente, protocolizada junto a reitoria. 

Luana Soutos

Sexta, 10 Julho 2015 13:54

 

A luta por melhorias no ensino superior em 2015 tem tido a importante contribuição de estudantes de todo o país. Universidades federais como a Fluminense, a do Rio de Janeiro e a da Bahia também registram greve estudantil, além da docente e dos técnicos. Há mobilização de apoio em várias outras universidades. A relação histórica entre movimento estudantil e trabalhadores, embora tenha sofrido algumas mudanças nos últimos anos, não se rompeu. 

Em Mato Grosso, estudantes da Universidade Federal no Campus do Araguaia, localizado nos municípios de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, deliberaram greve poucos dias depois dos professores. Eles reclamam autonomia para o Campus e maior investimento na seleção e qualificação dos professores. “A grande maioria do nosso quadro docente é só graduada”, afirma o vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Matusalém do Carmo de Oliveira, estudante do 7º semestre de Engenharia Civil. 

Organizados em 2 ônibus, cerca de 60 estudantes do Araguaia foram até Brasília no último dia 07, para participar do Ato em Defesa da Educação. Nos cartazes, indícios de que a pauta estudantil não é muito diferente da pauta dos trabalhadores. No fim, professores, estudantes e técnicos reivindicam respeito e atenção à educação pública, fundamental na formação de cidadãos e profissionais de qualquer área. “A luta é, essencialmente, contra os cortes de recursos para a educação, que reduziu em cerca de 40% o número de bolsas monitoria e as aulas de campo na universidade”, lembra Matusalém. 

No ato, frases do tipo “assim não dá, sem assistência não tem como estudar!”; “o jeito é reduzir a maioridade penal mesmo, já que estamos sem Educação”; “é lutando que se faz um novo Brasil” e até mesmo o simbólico “quem sabe faz a hora”, de Geraldo Vandré, foram estampadas nos cartazes feitos pelos discentes. 

A infraestrutura é ponto chave da greve no Campus do Araguaia, mas também é pautada pelos estudantes de todas as universidades em que a Reestruturação Universitária (Reuni) foi implementada. De acordo com Matusalém, com a adoção do programa, em pouco tempo o número de cursos na UFMT – Araguaia saltou de 5 para 16. Com isso, aumentou muito o número de estudantes, mas a estrutura continuou a mesma e já não suporta a demanda.

O estudante conta que, recentemente, o pró-reitor do Campus teve de retirar o ar condicionado da sua própria sala e cedê-lo para um professor conseguir realizar as atividades com os estudantes.    

Acadêmica do terceiro semestre de Biologia e mobilizadora dos estudantes, Luciana Zacardi, utiliza outro caso para exemplificar o problema: “nós temos um projeto lindo, o MuHNA [Museu de História Natural do Araguaia]. Ele já foi aprovado, mas não pode ser efetivado por falta de espaço. Para o curso de Biologia é um projeto extremamente importante. Nós poderíamos estagiar e realizar atividades de extensão, aproximar a sociedade da universidade, atrair mais pessoas para a universidade”, comenta. 

Resumidamente, os discentes enumeram como eixos principais a descentralização administrativa da universidade (mais autonomia), contratação de professores, agilidade no acesso a materiais, como livros e investimento na infraestrutura, em especial, de laboratórios. 

Para o estudante do sétimo semestre de Ciências da Computação, Wirlei Cândido de Lima, há uma movimentação política interessante na universidade. “A última eleição para o DCE mostrou que os estudantes têm sede de mudança e estão bastante envolvidos”, afirmou. Ele explica que a deflagração da greve surgiu de maneira espontânea, por decisão dos próprios estudantes, e espera que os colegas desenvolvam cada vez mais consciência e se organizem para reivindicar seus direitos. 

A terceira gestão do DCE local, fundado há pouco mais de 2 anos, ainda não assumiu oficialmente o posto, mas os estudantes garantem que é possível prosseguir com a greve estudantil, mesmo que os professores decidam suspender a greve docente. “Nós queremos que o nosso Campus seja notado; nós queremos mais recursos, mais investimento”, afirma Luciana, que é membro da gestão eleita do DCE. 

Os estudantes seguem realizando atividades de greve duas vezes por semana, com debates sobre temas políticos e “polêmicos”, como a própria a greve, eventos culturais, roda de dança circular, zumba e exibição de filmes, seguido de debates. 

No Campus de Cuiabá também há mobilização. Houve deflagração de greve estudantil nos cursos de Engenharia Florestal, Comunicação Social e Educação Física. Estudantes do Instituto de Ciências Sociais e Humanas (ICHS) ocuparam o prédio durante duas semanas reivindicando, principalmente, a manutenção de espaços, como cantinas e fotocopiadoras, além da democratização das decisões tomadas nas instancias deliberativas da UFMT. O Diretório Central dos Estudantes tem participado de reuniões com os Comandos Locais de Greve dos docentes e técnicos, e realizado atividades de greve na universidade.    

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve 

Quarta, 08 Julho 2015 19:43


Na manhã dessa quarta-feira, 08/07, membros do Comando Local de Greve (CLG) docente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entregaram mais de 200 quites com cartilhas informativas sobre greve, assédio moral, precarização, entre outros, para professores em estágio probatório. Além do material, os professores Roberto Boaventura e Reginaldo Araújo falaram na abertura do “Curso Docência no Ensino Superior”, organizado pela universidade.
 

“Os integrantes da mesa de honra são todos sindicalizados, incluindo a reitora da universidade [ausente na ocasião], porque entendem a importância do Sindicato”, disse Boaventura, ao informar os novos docentes sobre a greve, que já alcançou 40 dias. Ele falou sobre a ofensiva dos últimos governos na retirada de direitos dos servidores públicos e como os sindicatos têm resistido. 

Em sua fala, o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat – Ssind), Reginaldo Araújo, reforçou o convite para sindicalização dos professores e afirmou que a carreira docente só será valorizada com a união de todos. 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve

Quarta, 08 Julho 2015 19:25

 

Professores e estudantes da UFMT participam de ato em Brasília 

Entidades fortalecem suas greves e chamam servidores federais para greve geral 

Onze professores e cerca de 60 estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) participaram, nessa terça-feira (07/07), do Ato em Defesa da Educação, em Brasília. Convocado pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF’s), o ato reuniu cerca de 5 mil pessoas de vários estados, entre estudantes, docentes e técnicos. 

Os acadêmicos da UFMT, Campus do Araguaia, se organizaram em dois ônibus e atravessaram a noite viajando para apoiar o movimento que reivindica, desde 28 de maio, recomposição salarial de 27% para todos os servidores federais e mais investimentos para a educação pública. Os estudantes também demonstraram, por meio de cartazes e palavras de ordem, que têm suas próprias pautas. Mais recursos para o Campus é uma delas. 

Os professores da instituição partiram de Cuiabá e do Araguaia, representando os Comandos Locais de Greve. Junto ao Fórum dos SPF’s, defenderam a proposta de greve geral dos servidores públicos federais. Outras entidades de trabalhadores federais que não são da Educação, compareceram ao ato, em solidariedade, e afirmaram sua posição a favor da greve geral. 

A manifestação parou parte do trânsito da esplanada ministerial enquanto os servidores caminhavam do Museu Nacional até o Ministério da Educação (MEC). 

No início da tarde, os trabalhadores se reuniram em vigília na frente do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), onde o Fórum se reuniria pela segunda vez com o governo desde o início da greve. A reunião, marcada para às 14h, foi adiada para às 16h, devido a presença de entidades que não fazem parte do Fórum e que, portanto, não têm as mesmas reivindicações. Mas o Fórum só foi recebido pelo secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do MPOG, Sérgio Mendonça, por volta das 17h.

 Apesar das entidades que compõem o Fórum terem recusado, ainda na primeira reunião, a proposta apresentada pelo governo (21, 3% parcelado em 4 anos), Sérgio Mendonça perguntou aos representantes se ela fora aceita por suas bases e reafirmou que essa ainda é a posição do Executivo. Ao contrário disso, nas duas últimas semanas foi amplamente divulgado que trabalhadores de todo o país foram unânimes na recusa. O próprio Ato em Defesa da Educação trouxe, na abertura, um boneco da presidente e uma faixa com os dizeres “Dilma, 21,3% é palhaçada!”, além de inúmeros cartazes e camisetas demonstrando a insatisfação total com a proposta. 

Diante da negativa do Fórum e da inflexibilidade do governo, nova reunião foi agendada para o dia 21/07. 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve
Quarta, 08 Julho 2015 19:20


O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) se reuniu com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT-Mpog) na tarde desta terça-feira (7) em Brasília. A SRT-Mpog não apresentou nova proposta e insistiu no reajuste parcelado em quatro anos que não cobre a inflação.

Sérgio Mendonça, Secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Mpog, iniciou a reunião questionando qual era a resposta dos servidores à proposta de reajuste apresentada no último encontro, de 21,3% parcelados em quatro anos, 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. A resposta foi unânime: as assembleias das categorias rechaçaram o reajuste proposto e também qualquer possibilidade de parcelamento.

Em resposta, o SRT-Mpog pediu que os servidores fossem criativos, e que tentassem trabalhar em cima da proposta colocada. Os servidores reafirmaram a luta pelo reajuste de 27,3% em 2016, sem parcelamento, e que também querem debater com o governo os oito demais itens da pauta de reivindicações, como benefícios e a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O Fórum dos SPF sugeriu que uma nova reunião fosse marcada para a próxima semana, na qual o governo apresentaria melhorias na proposta. Sérgio Mendonça, no entanto, rejeitou a data e afirmou que como apenas a presidente Dilma Rousseff pode decidir sobre o tema, e como ela está viajando e não teria tempo hábil de estudar o tema, uma reunião na próxima semana não seria possível. Foi acordado, então, que uma nova reunião ocorrerá até o dia 21 de julho.

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, avaliou a reunião e criticou a intransigência do governo em negociar. “Minha avaliação é de que o governo estava com uma postura inflexível, colocando dificuldades para melhorar a proposta. Temos que continuar a greve dos SPF, que já está crescendo, para pressionar o governo. Sem isso, não teremos proposta melhor. Não podemos aceitar um reajuste abaixo da inflação e queremos negociar o restante da pauta de reivindicações”, disse o docente.

Confira aqui o Manifesto do Comando Nacional de Greve e Mobilização do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF.

Fonte: ANDES-SN

Terça, 07 Julho 2015 06:53

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Segunda, 06 Julho 2015 20:45
FLÁVIA FOREQUE AGUIRRE TALENTO
DE BRASÍLIA
06/07/2015 | 02h00
 
Após longa batalha com os congressistas para aprovar medidas de ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff começa a enfrentar um novo combate. Servidores de diferentes categorias já iniciam greves e protestos por aumento salarial e mudanças na carreira.
 
A aprovação, no Senado, do reajuste para servidores do Judiciário, na semana passada, deu fôlego para as reivindicações, embora o governo já tenha informado que vetará a medida.
 
"Traz certo otimismo [a aprovação], porque você enxerga que existe boa vontade. O Legislativo está atento a isso", diz Daro Piffer, presidente do sindicato dos funcionários do Banco Central.
 
O funcionalismo público pede um reajuste de 27,3% em 2016. Diz que o percentual foi definido a partir das perdas salariais com a inflação de anos recentes. O último aumento foi de 15,8%, diluído em três anos. A última parcela foi paga em 2015.
 
Para o governo, o pleito é "inviável". O Ministério do Planejamento sugeriu um aumento escalonado de 21,3%, nos próximos quatro anos.
 
Neste ano, a folha de pagamento do Executivo civil, entre ativos e aposentados, é da ordem de R$ 150 bilhões.
 
"Na medida em que o governo aposta na intransigência, com uma proposta que chega a ser quase ofensiva, temos que apostar na força da greve", diz Rogério Marzola, coordenador do sindicato dos técnico-administrativos nas universidades federais.
 
A paralisação já afeta 60 das 63 instituições no país. A expectativa é que o movimento seja seguido por funcionários dos institutos federais, além de servidores da Anvisa e INSS, entre outros.
 
Os servidores da Justiça Federal também estão em greve desde 10 de junho, segundo o Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União), que estima entre 80 mil e 90 mil trabalhadores parados.
 
Apesar da aprovação do reajuste no Senado, a categoria decidiu manter a greve. Promete só voltar a trabalhar se Dilma sancionar a medida.
 
Advogados e procuradores federais da Advocacia-Geral da União pressionam o Congresso pela aprovação de duas Propostas de Emenda à Constituição: uma que equipara o salário da categoria ao de magistrados e outra que dá autonomia ao órgão.
 
Com a resistência do governo, eles passaram a pedir exoneração dos cargos de confiança que ocupam. Com isso, os departamentos jurídicos dos ministérios estão ficando sem coordenadores. Ministros já enviaram ofícios à AGU manifestando preocupação com a situação.
 
Na Receita Federal, auditores prometem cruzar os braços semanalmente a partir de agora –e com isso, reduzir o ritmo de autos de infração e análise de declarações de imposto de renda.
 
MARTE
 
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, diz acreditar que governo e servidores podem entrar em acordo até agosto, prazo para o projeto de lei orçamentária ser enviado ao Congresso.
 
"O servidor público não não está vivendo em Marte. Infelizmente, estamos passando por uma conjuntura muito desfavorável, de aumento de desemprego, queda dos salários no setor privado, e o servidor público tem estabilidade no emprego."
 
Fonte: Folha de S. Paulo
Sexta, 03 Julho 2015 19:41

 

Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se reuniram nessa sexta-feira, 03/07, em Assembleia Geral, para continuar o debate sobre a pauta interna da greve. As discussões, que tiveram início na última semana, acabaram gerando grande debate, impossibilitando o fechamento dos pontos de maneira mais objetiva. Para os professores, isso reflete o número de problemas enfrentados pela comunidade acadêmica.

Entre os pontos debatidos, a Editora da Universidade foi um dos mais polemizados. Os docentes reclamaram da demora das publicações que, por vezes, acabam perdendo seu objetivo em determinado contexto. Os professores pontuaram que essa é uma grande contradição, já que a própria universidade exige produtividade do corpo docente. 

Os professores avançaram em 15 itens, de um total de 28 apontados pelo Comando Local de Greve para nortear a elaboração da pauta. Os temas incluem a terceirização da universidade, concurso público para técnicos e docentes, ingresso e permanência de estudantes, aumento de bolsas para pós-graduação, entre outros. 

A próxima assembleia para dar continuidade ao debate será no dia 09/07, às 8h30.       

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve