Sexta, 20 Abril 2018 19:46

 

Essa sexta-feira, 20/04, foi de mobilização nos campi Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Sinop e no Araguaia. Os estudantes fecharam as entradas e permaneceram organizados nas unidades durante todo o dia, reivindicando que não haja alterações na política de alimentação do Restaurante Universitário. Em nota, a instituição divulgou uma agenda de audiências para discutir a questão na próxima semana (leia aqui).       

 

As manifestações do Movimento Estudantil demarcam a rejeição às propostas de aumento apresentadas pela Reitoria da universidade que, essencialmente, divide os estudantes usuários do restaurante em três grupos, de acordo com a renda familiar: os isentos, os parcialmente isentos e os que pagariam a refeição de forma integral.

 

Num primeiro momento, a administração da UFMT apontou para o repasse quase total do valor da refeição aos estudantes pagantes, cerca de R$ 9,00, que junto ao café da manhã ultrapassaria R$ 20,00 diários. Após a reação dos estudantes, uma nova proposta foi ventilada, reajustando o valor de cada prato para algo em torno de R$ 5,00. Mesmo assim, o reajuste é considerado impensável para o Movimento Estudantil. Atualmente os estudantes pagam R$ 0, 25 pelo café da manhã e R$ 1,00 pelas demais refeições.

 

No Araguaia, os discentes chamaram a atenção para o percentual do aumento. “Quatrocentos por cento é muito maior do que o da inflação. A instituição trabalha sobre os pilares do ensino, pesquisa e extensão, mas nós precisamos da permanência para realizar essas atividades. Se nós não tivermos a permanência, a universidade não vai existir”, afirmou o vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, Lucas Leonel.     

 

 

Os estudantes realizaram uma pesquisa no campus e verificaram que a grande maioria dos alunos não tem renda suficiente para custear refeições diárias acima de dez reais, considerando café da manhã, almoço e janta.  

 

O pró-reitor do campus, professor Paulo Jorge da Silva, afirmou que a demanda dos estudantes é legítima, e que até poderá levar o documento apresentado pelo Movimento à Reitoria. No entanto, evitou qualquer outro tipo de comprometimento, alegando que a decisão será tomada nos espaços institucionais, os conselhos da universidade.  

 

Em Sinop os estudantes pretendem realizar outras manifestações nos próximos dias. “Como a reitoria está fazendo com que os alunos não tenham voz, nós convocamos assembleia geral para debater sobre o RU e, como atingimos quórum mínimo, deliberamos a paralisação geral dos estudantes até quinta-feira, e vamos continuar trancando a guarita. Porém, alguns professores estão dificultando a atuação dos acadêmicos na mobilização. Como o calendário está seguindo normalmente, já estamos com provas acumuladas para a próxima semana. Mesmo assim, iremos continuar até nos ouvirem”, afirmou a estudante do curso de Farmácia, Larissa Mendes.

 

 

Até o início da tarde de sexta-feira, a administração local não havia entrado em contato com o Movimento, de acordo com os representantes estudantis.

 

Em Cuiabá não houve manifestação, mas o DCE realizou uma reunião com a base para definir a agenda de mobilizações da próxima semana.

 

Para a diretoria da Adufmat-Seção Sindical do ANDES, que representa a categoria docente, o rompimento com a principal política de permanência estudantil demonstra que a universidade está tomando posições que colocam em risco o caráter gratuito da instituição. “Dividir os estudantes, apontando aqueles que podem ou não pagar pela refeição dá margem à lógica de que parte dos estudantes também pode pagar mensalidades para estudar. Nós já sabemos que essa é uma orientação do Banco Mundial. Da mesma forma, inserir disciplinas de empreendedorismo em todos os cursos, como a instituição tem sinalizado que pretende fazer, ameaça o formato de instituição pública, gratuita e de qualidade que, para nós, é tão valioso”, afirmou o presidente do sindicato, Reginaldo Araújo.

 

 

Sobre a defesa do RU, leia também:

 

Estudantes da UFMT seguem mobilizados pela manutenção do Restaurante Universitário a R$ 1 e realizam intervenção em encontro de pró-reitores

 

Quinta-feira é marcada por protestos na UFMT contra aumento no Restaurante Universitário

 

Aumento do valor da alimentação no Restaurante Universitário obedece a lógica do Banco Mundial, afirma Adufmat-Ssind

 

 

Outros veículos de comunicação locais acompanharam as manifestações dessa sexta-feira. Clique nos links abaixo para ler:

 

Matéria exibida no SBT

 

Matéria publicada no site Olhar Direto

 

Matéria publicada no G1

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

*Imagens disponibilizadas pelo Movimento Estudantil e Focaia Agência de Jornalismo da UFMT/Araguaia

Sexta, 20 Abril 2018 15:21

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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 Por Roberto de Barros Freire

 

O que há de comum entre Michel Temer, Aécio Neves e Lula, além, é claro, de serem investigados pela justiça brasileira, sendo um deles já condenado? Usam os mesmos argumentos para se defenderem das acusações que lhe são imputadas. Os três acusam o ministério público de perseguição política contra suas candidaturas. Dizem que há uma conspiração contra eles e suas pretensões políticas. Que há um complô na justiça para afastá-los da vida pública, que tramam ardilosamente contra a verdade, que só eles conhecem.


Aliás, tal argumento é o que mais se encontra entre nossos presidiários. Se perguntarem aos presos, quase todos se dizem inocentes, que foram condenados injustamente, que são homens honestos e bons, mas que foram privados de suas liberdades por equívocos da polícia, da procuradoria ou mesmo da justiça. É o argumento típico de bandidos, que por mais que se encontrem indícios e provas de suas culpas, alegam sua inocência. Acreditam que uma mentira repetida diversas vezes, talvez se torne algum dia uma verdade.


Devemos dar a presunção da inocência aos políticos? Só se fossem pessoas comuns, sem cargos ou poder político. Para os políticos, é fundamental que se diga, não basta serem honestos, é preciso também parecer honesto, e na dúvida sobre seus atos ou ditos, devem ser imediatamente afastados de seus cargos e postos, colocados em ostracismo, até que se prove sua inocência. O benefício da dúvida é prerrogativa do povo, e se o povo tem alguma suspeita sobre seus políticos, os mesmos precisam se retirar da arena pública até que provem que as suspeitas estão erradas. É o que acontece na maior parte do mundo civilizado: na ocorrência de uma acusação, o político imediatamente sai do cargo que ocupa, do partido político a que pertence, e vai para a justiça comum provar sua inocência. Se comprovada sua inocência, recebe o direito de voltar à esfera política e ocupar cargo de poder.


Enfim, PMDB, PSDB e PT são mais semelhantes em suas práticas e discursos do que querem nos fazer crer que tenham grandes diferenças seus defensores. Para mim, tudo de ruim que um partido fala do outro é absolutamente verdadeiro, o que é falso o que cada um alega sobre suas qualidades.
 
Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Sexta, 20 Abril 2018 15:19

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. em Jornalismo pela USP/Professor da UFMT

Na linda canção “Pranto do Poeta”, Cartola registra uma certeza sua diante da morte: em “Mangueira// Quando morre um poeta// Todos choram”, embora, paradoxalmente, seja “um pranto sem lenço// Que alegra a gente”.

No dia 16/04/18, não a Mangueira, mas o Império Serrano e o Brasil inteiro viveram a experiência da morte, aos 96 anos, de Ivone Lara, uma compositora/poeta, que aos 13 anos de idade, brindou-nos com “Tiê”, uma canção feita a um passarinho que havia ganhado como presente de aniversário:

“...Passarinho estimado// Que me deu inspiração// Dos meus tempos de criança...”

E a inspiração daquele juvenil momento perdurou até pouco antes de sua morte. Ivone Lara teria deixado aproximadamente quarenta canções feitas nos últimos quatro anos.

Mas, independentemente dessas novidades, até por conta de sua saúde, bem debilitada nos últimos anos, o que já havia composto era suficiente para que ela fosse reverenciada por todos os que apreciam uma canção liricamente bem feita. Reverência que lhe rendeu o respeitoso tratamento de Dona, a dama do samba.

Dentre seus apreciadores, estão os principais nomes da MPB. Maria Bethânia e Gal Costa talvez tenham sido as admiradoras mais importantes para sua carreira. Ambas gravaram a antológica e delicada canção “Sonho Meu”, composta por Ivone Lara, em parceria com Délcio Carvalho:

“Sonho meu// Vai buscar quem mora longe... Sinto o canto da noite// Na boca do vento// Fazer a dança das flores// No meu pensamento// Traz a pureza de um samba// Sentidos, marcado das mágoas de amor// Um samba que mexe o corpo da gente// E o vento vadio embalando a flor// Sonho meu”.

“Sonho Meu” veio a público no final dos anos 70. Por isso, ainda que não houvesse confirmação alguma, ficava bem difícil não imaginar que aquele poema musicado não fizesse referência a exilados políticos. Vale lembrar que o país vivia seus piores anos do regime militar; logo, o exílio fizera muita gente querida viver distante da terra onde os sabiás cantavam nas palmeiras ou nas laranjeiras.

Seja como for, na esteira de Clementina de Jesus e Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone Lara completou uma singular tríade de mulheres negras, que viveram e venceram preconceitos, mas sem nunca servirem, deliberadamente, de bandeira ideológica a nenhuma militância de grupos.

Questionada sobre os preconceitos de que era vítima, Ivone Lara, com um lindo sorriso negro, respondeu que não ligava para isso; que, sempre firme, seguia adiante sua vida, compondo e cantando.

E por falar em sorriso negro, este foi o título de uma de suas canções – lírica e politicamente – mais lindas. Com base estrutural consolidada em um forte conjunto anafórico, tudo ali é feito com muita delicadeza poética. Às vezes, a sutileza da arte pode ser uma bandeira, mas sem que seja identificada como tal:

“Um sorriso negro, um abraço negro// Traz... felicidade// Negro sem emprego, fica sem sossego// Negro é a raiz da liberdade// Negro é uma cor de respeito// Negro é a inspiração// Negro é silêncio, é luto// Negro é... a solidão//  Negro que já foi escravo// Negro é a voz da verdade// Negro é destino, é amor// Negro também é saudade...”

E saudade é o que nos deixa Dona Ivone Lara. Todavia, sua falta física entre nós será sempre diminuída toda vez que, em algum lugar desse imenso e miscigenado país, em algum show ou roda de samba, no lugar do pranto, alguém, respeitosamente, cantar qualquer uma de suas inúmeras canções, todas, poeticamente, emocionantes.

Quarta, 18 Abril 2018 17:55

 

Na manhã de 7 de abril, os sírios da cidade de Douma, subúrbio de Damasco, na Síria, sofreram intenso ataque com armas químicas disparadas pelo regime de Assad. Segundo organizações de direitos humanos que agem no país em guerra, a ação terminou com mais de 500 vítimas e ao menos 40 mortos. Mas os números são incertos.

 

Uma semana após o ataque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o apoio do Reino Unido e da França, atacou a capital síria com mais de 100 mísseis, a partir do Mediterrâneo, do Golfo Pérsico e do Mar Vermelho. O governo norte-americano avaliou positivamente o resultado do ataque, e o Pentágono afirmou que com os danos eles “demorarão anos para se recuperar, infligimos a eles um dano severo a seu arsenal químico”.  A ofensiva bélica, no entanto, pouco atinge o governo de Assad. Em coletiva à imprensa, o Departamento de Defesa estadunidense também declarou que não têm como objetivo depor o presidente sírio, “nossa missão na Síria se limita à luta contra o EI [Estado Islâmico]”, assumiram.

 

Para este novo ataque, os EUA utilizaram o dobro do equipamento de ação do ano passado, após ataque químico que deixou 86 mortos. À ocasião, a base aérea atacada voltou a atividade dois dias logo após o bombardeio norte-americano.

 

A ação imperialista causou tensão internacional. Ainda antes da ação anunciada por Trump, o embaixador russo na Organização das Nações Unidas, Vassily Nebenzia, ao falar sobre o ataque a Douma, afirmou “não descartar uma guerra”. Agora, Assad anuncia que tem como objetivo “esmagar o terrorismo no país”, o que certamente deve resultar em mais mortos de civis.

 

Em artigo [Ataques de Trump não afetam o arsenal de armas químicas do regime sírio], o membro do Setorial Internacional da CSP-Conlutas, Fabio Bosco, resgata ações semelhantes nas relações internacionais, que acabam colocando em risco os civis que ainda tentam sobreviver e resistem em sua terra ou os que estão impossibilitados de buscar refúgio. “Em 2013, (…) o presidente Barack Obama fez um acordo intermediado pelo governo russo para a retirada de todas as armas químicas do regime sírio em troca de evitar uma retaliação militar. Em 2014 o então secretário de estado John Kerry anunciou que a retirada de todas as armas químicas fora concluída. Nada mais ilusório. Em 2017 o presidente Donald Trump lançou mísseis sobre a base aérea de Khairat na Síria, de onde partira o avião o que lançou armas químicas sobre a população síria em Idlib. Antes de atacar ele avisou o governo russo de forma a permitir que Assad esvaziasse a base aérea, e a reconstruísse rapidamente após o ataque.”

 

Pelo fim do genocídio – As organizações locais exigem cessar fogo imediato na cidade de Douma para a entrada de entidades responsáveis que possam investigar o uso proibido de armas químicas e mais este crime contra civis. Além disso, há reivindicação por segurança aos grupos humanitários de assistência aos civis.

 

A CSP-Conlutas defende como campanha permanente o apoio à luta do povo sírio pela derrubada de Bashar al Assad, bem como pela segurança desse povo que resiste e tenta sobreviver em meio à guerra, sem acesso a uma vida digna, assim como dos que buscam refúgio dentro ou fora da Síria. Contudo, somos contra esse ataque imperialista à Síria.

 

Ataque químico em região de Idlib deixou mais de 80 mortos em 2017 | Foto O Globo

A Central também tem participado de atividades – uma manifestação na Avenida Paulista e uma audiência pública na Assembleia Legislativa de SP, convocada pelo deputado Carlos Gianazzi (PSOL), de solidariedade à população trabalhadora de Ghouta, sob sítio e bombardeio intenso por parte do regime sírio e seus aliados russos.

 

Defendemos a saída de todas as forças estrangeiras (Estados Unidos, Rússia, Irã, Turquia, Hezbollah, Estado Islâmico, Daesh, etc.) para que o povo trabalhador sírio possa seguir sua luta pelo fim da ditadura Assad!

 

Uso de armas químicas – Na manhã de 7 de abril, após intenso bombardeio na região civil da cidade de Douma, subúrbio de Damasco, na Síria, mais de 500 casos de pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, chegaram ao centro de atendimento médico com sintomas de exposição a componentes químicos. Segundo nota pública da Organização de Defesa Civil Síria “Capacetes Brancos”, as vítimas chegaram como dificuldade respiratória, sufocamento, irritação de córnea e outros indícios de que o ataque, não confirmado pelo regime de Bashar ou pela Rússia, foi realizado com armas químicas.

 

Ativistas e organizações denunciam dezenas de mortes em novo ataque químico na Síria | Foto Sic Notícias

 

 

Além destas mortes, voluntários da defesa civil relataram encontrar cerca de 40 mortos com sintomas clínicos semelhantes em suas casas ou em abrigos. Mas até o momento não há ao certo o número de vítimas fatais. As equipes de resgate não conseguiram proceder evacuação na região devido à intensidade do produto químico e à falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

 

Conforme informação divulgada pela imprensa, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, afirmou que o Conselho de Segurança irá exigir uma “investigação independente que apure os fatos e culpe os responsáveis”. A Rússia nega uso de armas químicas e deve realizar também reunião para discutir “ameaças internacionais à paz e segurança”.

 

Histórico de violações – Há um ano, exatamente em 4 de abril, civis também foram alvo do regime de Assad em um ataque com gás sarin, a noroeste de Idlib. À época, as bombardeios deixaram, segundo um grupo de especialistas das Nações Unidas, 87 mortos.

 

Outra impactante denúncia foi feita em fevereiro do ano passado, quando a Anistia Internacional publicou documento em que acusava o governo de Assad de ter enforcado 13 mil pessoas entre 2011 e 2015, em uma prisão perto de Damasco. O documento denuncia uma “política de extermínio” do regime de Bashar Al Assad. A informação é da Radio France Internationale (RFI).

 

Segundo o documento, pelo menos uma vez por semana, entre 2011 e 2015, grupos de até 50 pessoas eram retirados de suas celas para processos arbitrários, “em plena noite, em segredo absoluto”. Depois de espancados, eram enforcados. O texto relata que ao longo de todo o processo, os detentos “têm os olhos vendados, não sabem nem quando, nem como vão morrer, até que amarram uma corda no pescoço deles”.

 

A guerra na Síria, que já dura 7 anos, matou centenas de milhares – organizações de direitos humanos afirmam que são mais de 600 mil mortos – além de deixar cerca de 15 milhões de refugiados ou deslocados internos.

 

Fonte: CSP Conlutas

 

Quarta, 18 Abril 2018 16:47

 

Foi sancionada, no último dia 11, a Lei nº 13.651, que cria a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), por desmembramento da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), por desmembramento da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

Os desmembramentos já haviam sido definidos em 2016, ainda no governo de Dilma Rousseff, através do Projeto de Lei do Executivo (PL) 5272/2016, mas só foram votados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em março de 2018.

 

Leia também:
Desmembramento de três universidades federais é oficializado

 

Fonte: ANDES-SN

 

Quarta, 18 Abril 2018 16:31

 

Com profundo pesar, vimos novamente informar o falecimento de outra importante militante histórica da Adufmat-Ssind nessa quarta-feira, 18/04. Na madrugada, como informamos em nota anterior, faleceu o professor Luiz Alfeu Moojen Ramos e, no início da tarde, a professora Lylia da Silva Guedes Galetti, que estava internada no Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo - capital.
 
O corpo da professora Lylia será cremado e parte das cinzas, à pedido da historiadora, serão levadas para Fortaleza, onde nasceu e onde ainda residem seus familiares. Outra parte, também por sua vontade, será trazida para Cuiabá, onde viveu e desempenhou, com admirável energia e dedicação, seu trabalho como docente e militante política, sempre em defesa da classe trabalhadora.
 
Lylia da Silva Guedes Galetti foi presidente da ADUFMAT entre 14/12/1988 e 13/12/1989, na Chapa ADUFMAT AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA, foi professora do Departamento de História da UFMT por quase duas décadas, e se aposentou no final de 2016.
 
A Adufmat-Ssind expressa sua dor pela perda desta incansável intelectual e militante política na luta pela redemocratização de nosso pais e pela defesa dos direitos dos trabalhadores. 

 

Adufmat-Ssind

Quarta, 18 Abril 2018 14:12

 

 

Com profundo pesar, a Adufmat-Ssind informa o falecimento do professor aposentado da Faculdade de Direito, Luiz Alfeu Moojen Ramos, na madrugada dessa quarta-feira, 18/04. O velório está sendo realizado na funerária Santa Rita, em Cuiabá.

 

O professor Alfeu foi um dos fundadores da Associação de Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso e o primeiro presidente da Mesa Diretora da Assembleia Geral de Fundação do sindicato, na data de 05/12/1978. Foi também o redator do Primeiro Estatuto da Adufmat-Ssind, que entrou em vigor nos primeiros meses de 1979.

 

Nos anos seguintes, sua atuação no sindicato contribuiu deveras para a garantia dos direitos que conquistamos através da mobilização e luta da categoria.

 

Exatamente no ano em que a entidade completa 40 anos de história, a perda desse importante combatente soa ainda mais significativa e dolorosa.

 

Aos amigos e familiares, nossos sinceros sentimentos e agradecimento à imensa contribuição à luta pelos direitos docentes e da classe trabalhadora.

 

Luiz Alfeu Moojen Ramos, presente!

 

 

Adufmat-Ssind      

 

 

Quarta, 18 Abril 2018 13:28

 

 

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JUACY DA SILVA*

 

Com certeza, pelo menos nas últimas seis décadas, nunca o Brasil realizou eleições gerais, para Presidente da República, Governadores de Estados, Deputados federais, estaduais e dois terços do Senado da República, em meio a uma crise tão aguda, cujo desenrolar poucos podem prever.


Há menos de dois anos tivemos o Impeachment da então presidente Dilma e sua substituição pelo então vice Michel Temer, que passou a formar um governo impopular e com diversos de seus ministros acusados ou investigados por corrupção, ele próprio duas vezes denunciado pela Procuradoria Geral da República, com aceitação das denúncias de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros crimes de colarinho branco, só escapando de também ser impedido graças ao apoio, barganhado com a Câmara Federal, onde vários de seus aliados também fazem parte da “lista do  Janot” e ainda não condenados devido `a morosidade da PGR e STF.


Muitos analistas dizem que tão logo o famigerado “foro privilegiado” seja extinto ou reduzido em seu alcance ou também `a medida que parlamentares e outras autoridades percam esta regalia, com certeza terão o mesmo destino que o ex-presidente Lula e outros condenados pela Lava Jato.


Um outro aspecto desta crise é a divisão politica, ideológica, doutrinária ou de ideias que afeta profundamente o STF e outros Tribunais Superiores, onde a interpretação das Leis, incluindo a Constituição Federal fica ao sabor dessa divisão, gerando uma grande expectativa por parte da opinião pública e do mundo jurídico e, para alguns, gerando também insegurança jurídica, principalmente pela politização de seus julgados.


Apesar de alguns avanços conseguidos pelo Governo Temer na área econômica, incluindo a queda dos juros básicos, a queda da inflação e a retomada bem lenta, da economia, as contas públicas ainda estão no vermelho, prova disto é o déficit publico que há mais de três anos e por mais dois ou três pelo menos tem ficado e vai continuar sempre acima dos cem bilhões de reais anualmente, contribuindo, sobremaneira para o aumento da divida pública, que consome praticamente metade do orçamento geral da união.


Da mesma forma, a crise de gestão fiscal e orçamentária nos estados e municípios continua grave, sendo uma das razões para a falência dessas unidades da federação, contribuindo para o caos  generalizado dos serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde, educação, segurança pública, saneamento básico e a deterioração da infraestrutura urbana e de logística.


O interessante é que as recentes pesquisas de opinião  eleitorais demonstram que o ex-presidente Lula, mesmo encarcerado justa ou injustamente, continua liderando as preferências como pré-candidato a Presidente da República. Na pesquisa do Data Folha, o mesmo, apesar de ter “caído” alguns pontos, segue com 31% das intenções de voto, praticamente a soma dos três outros postulantes: Bolsonaro 15%; Marina Silva 10%; Joaquim Barbosa 8%, ou seja, 32% a soma dos três. Resultados da pesquisa Vox Populi da última terça feira também demonstram sobejamente esta preferência pelo ex-presidente, que poderia ser eleito em primeiro turno.


Os candidatos do PSDB, DEM e MDB e outros partidos de centro ou direita não conseguem empolgar o eleitorado, demonstrando que estão sendo afetados pela rejeição que sofre o Governo Temer.


Neste Quadro complexo de uma crise permanente podemos incluir o fato da decisão do STF tornando o senador Aécio Neves réu por corrupção passiva e obstrução de justiça, a possibilidade da prisão do Tucano, ex-governador e senador Eduardo Azeredo, também condenado por corrupção e outros figurões importantes ou peixes graúdos que podem ser pegos na rede da Lava Jato ou outros processos.


Vamos aguardar mais alguns meses e ver o andamento da carruagem para podermos ter uma visão mais claras da gravidade e dos rumos da crise brasileira. Quem viver verá.


*JUACY DA SILVA, professor universitário aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy
 
 

 

Terça, 17 Abril 2018 17:59

 

 

Com o objetivo de fortalecer os laços diante de uma conjuntura extremamente adversa para a classe trabalhadora, a Adufmat-Seção Sindical do ANDES Sindicato Nacional realizou, na última sexta-feira, 13/04, a primeira edição do Lusco Fusco, happy hour cuiabano, na praça do Restaurante Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

 

O evento, que reuniu estudantes e trabalhadores da universidade, técnicos, docentes e terceirizados, concentrou artistas locais para exibir trabalhos que incluíram artesanato, música, literatura e um pouco da culinária cuiabana. O grupo de samba Trio Brasilis e rapper Kessidy Kess apresentaram shows repletos de conteúdo social e crítico.    

 

Trio Brasilis se apresenta na primeira edição do Lusco Fusco, happy hour cuiabano

As saudações de boas-vindas e apresentação das atrações foram feitas pelo diretor de assuntos socioculturais do sindicato, José Ricardo Souza, que falou um pouco sobre a intenção do evento. “Essa também é uma forma de mobilizar e juntar forças, num momento tão difícil para o nosso país e para a universidade, com tantos cortes de recursos. Esse espaço é nosso, é público, gratuito, e nós temos que lutar por ele”, afirmou.   

 

Segundo a diretoria do sindicato, a ideia era realizar o Lusco Fusco por volta do Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras - daí o nome Lusco Fusco com Elas. A agenda de atividades já programadas não permitiu, mas diante da conjuntura, o evento não perdeu a razão de ser.

 

Diretor sociocultural da Adufmat-Ssind fala sobre a intenção do evento e apresenta as atrações culturais

“Nesse contexto duro, em que o autoritarismo tem se tornado cada vez mais presente, nos fazendo relembrar momentos anteriores muito tristes, como a ditadura militar, não podemos perder a capacidade de nos reunir, nos alegrar, falar da vida e construir espaços de trocas, de sociabilidade, que fortaleçam os afetos e os laços, além de produzir bem-estar num lugar que nós gostamos e passamos tanto tempo”, disse o vice-presidente da Adufmat-Ssind, Maelison Neves.

 

A rapper Kessidy Kess destaca o conteúdo social e crítico em suas músicas 

O diretor lembrou ainda que as alternativas de luta e resistência também se dão a partir da arte, como demonstraram os festivais de música realizados durante a ditadura militar. Assim, a Adufmat-Ssind se propõe a incentivar a retomada desses espaços, cada vez mais escassos na comunidade acadêmica.

 

Para a professora Qelli Rocha, membro do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), a classe trabalhadora deve lutar e celebrar suas conquistas. “Nós temos aqui, nesta noite, cantoras que dialogam com a realidade das mulheres que fazem essa universidade: negras, lésbicas, trabalhadoras, da periferia, cis, trans, novas, idosas. É importante que a gente faça esse diálogo também no sentido lúdico, porque a política também tem essa perspectiva lúdica”, pontuou a docente.

 

Em seguida, Rocha apresentou o GT e a luta do sindicato em defesa da igualdade de gênero. “O Lusco Fusco é com elas, não para, nem por. Nós estamos juntos ombro a ombro, lado a lado, na luta cotidiana, por uma nova sociabilidade, por uma nova ordem social, em que homens e mulheres sejam iguais. Para que a equidade não seja uma palavra vazia e signifique, de fato, relações horizontais. Por isso eu convido todos vocês para participarem do GTPCEGDS e para ocuparem os espaços da nossa Seção Sindical, porque a Adufmat-Ssind é a casa de todos vocês”, concluiu.  

 

Confira aqui as fotos do Lusco Fusco com Elas na GALERIA DE IMAGENS

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 17 Abril 2018 10:44

 

Caros Membros de Grupo de Trabalho (GTs) – ADUFMAT e demais Sindicalizados,
 

Por decisão de Assembleia da Categoria Docente convidamos todos os membros atuantes em Grupos de Trabalho da Seção Sindical ADUFMAT (GTPFS; GTPAUA; GTC&T; GTPCEGDS; GTSSA; GT Carreira; e GT verbas), e sindicalizados interessados para reunião no dia 26 de abril de 2018, as 14h no Auditório da Sede de Cuiabá com os seguintes pontos de pauta:

  1. Informes;
  2. Balanço das atividades realizadas em 2017 e nos primeiros 100 dias de 2018;
  3. Planejamento das ações e atividades (calendário) para o ano de 2018;
  4. Encaminhamentos.

GT’S – ADUFMAT
 

Ordem

Grupos de Trabalhos

  1.  

Ciência e Tecnologia – (GTC&T)
 

  1.  

(GT Carreira)
 

  1.  

Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria – (GTSSA)
 

  1.  

Política Agrária e Meio Ambiente – (GTPAUA)
 

  1.  

Políticas de Classe, questões étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual – (GTPCEGDS)
 

  1.  

Política de Formação Sindical – (GTPFS)
 

  1.  

GTVERBAS