JUACY DA SILVA*
Apesar dos “esforços” de nossos governantes em combater a corrupção, principalmente com as ações da operação lava jato e de outras ações do poder judiciário em alguns estados, que redundaram em prisões de ex- governadores, secretários de estado, ex-parlamentares e até afastamento de conselheiros de tribunais de contas e de membros do poder judiciário, o fato concreto é que o Brasil ainda está muito mal na foto e a corrupção continua na ordem do dia, enfim, na agenda política e institucional de nosso país.
O último relatório sobre a percepção da corrupção da ONG Transparência internacional, divulgado há dois dias, coloca o Brasil na 79a posição no ranking mundial da corrupção, muito pior do que alguns países da Ásia, África, Europa e da América Latina como Uruguai que ocupa a 21a. posição, o Chile a 24a, a Costa Rica 41a, Cuba 60a, a África do Sul e Suriname que estão empatados na 64a posição. O Brasil faz parte do grupo de peso do BRICs, ao lado da China e da Índia, demonstrando que continuam tendo na corrupção um enorme desafio para que o desenvolvimento possa acontecer respeitando padrões éticos muito importantes nas relações internas e internacionais.
No relatório foi demonstrado que existe uma correlação entre altos índices de corrupção e altos índices de desigualdade e de injustiça nesses países e no Brasil esta realidade é patente. Dinheiro público roubado pelos políticos, gestores públicos e empresários fazem falta para a implementação de políticas públicas e inclusive para o pagamento das despesas correntes da administração pública, gerando uma grande crise institucional e social em diversos estados e na União.
Mesmo que nos dois últimos anos nosso país tenha “melhorado” e subido dois postos na ordem do ranking internacional da percepção da corrupção, quando comparado este último relatório com outros de alguns anos e décadas anteriores, a situação em nosso país piorou muito.
Assim, não é por acaso que o desbaratamento dos esquemas do MENSALÃO e do PETROLÃO e de outros esquemas menores em diversos Estados, paira sobre o Brasil uma nuvem carregada de indícios de que ainda existe muita corrupção sendo descoberta em todos os níveis de governo e poderes da República e regiões/estados/municípios de nosso país.
Com certeza ainda tem muita gente graúda que goza de foro especial, uma espécie de privilégio legal que protege os grandes corruptos de acertarem as contas com a justiça e com a sociedade. De outro lado a morosidade e os meandros do funcionamento do poder judiciário também contribuem para a impunidade, inclusive via prescrição das penas, demonstrem que a corrupção ou a criminalidade de colarinho branco compensa e que o enriquecimento ilícito via esquemas fraudulentos na gestão pública e em suas relações com a iniciativa privada que realiza obras ou presta serviços ao setor público é muito mais uma regra do que exceção.
O desbaratamento de diversas quadrilhas de colarinho branco envolvendo políticos, gestores públicos, enfim, servidores públicos com empresários, principalmente de médio e grande porte, como as diversas fases da operação Lava Jato tem demonstrado e atestam perfeitamente que a presença de quadrilhas na administração pública ainda é uma chaga, uma nódoa a ser extirpada.
Por mais que as chamadas delações premiadas contribuam para ampliarem e aprofundarem as investigações nos casos de corrupção sob o escrutínio da justiça, parece que a redução das penas que aos corruptos deveriam ser impostas acabam sendo um verdadeiro privilégio, como o cumprimento de penas domiciliares em residências de luxo ou verdadeiras mansões adquiridas com dinheiro sujo fruto da corrupção.
Mesmo não tendo sido utilizadas as delações premiadas no caso do MENSALÃO, as penas que acabaram sendo impostas ao núcleo politico, principalmente à cúpula petista, foram muito brandas, praticamente nenhum corrupto condenado naquele processo cumpriu mais de três ou quatro anos de prisão e muitos tiveram suas penas comutadas e perdoadas na forma de induto, enquanto Marcos Valério e as diretoras do Banco Rural “pegaram” mais de 30 e 15 anos, respectivamente.
Com a morte do Ministro Teori Zavaski, uma sombra de dúvida voltou a pairar sobre o andamento das investigações da LAVA JATO, principalmente porque cabia ao mesmo a responsabilidade das decisões sobre todos os suspeitos de corrupção que gozam do privilégio de serem denunciados, investigados e julgados apenas perante o STF. Deste grupo fazem parte mais de 40 parlamentares , deputados federais e senadores, incluídos na “Lista do Janot”, enfim, diversos políticos que fazem parte da cúpula do poder legislativo e a morosidade na tramitação desses processos, pode acarretar em maior impunidade e a desmoralização de nossas instituições, principalmente do poder judiciário.
Enfim, 2017 e , com certeza 2018, vão continuar tendo a mesma agenda dos anos recentes, ou seja, a crise política, econômica, financeira, orçamentária, social e institucional que tanto tem denegrido a imagem do Brasil interna e externamente. O fulcro central desta grande crise com certeza tem um nome e este toda a população brasileira conhece muito bem e se chama CORRUPÇÃO.
Enquanto a corrupção não for banida e os corruptos presos e afastados da vida política, econômica, social e institucional do país nossos governantes não terão legitimidade para apresentarem planos, propostas ou pacotes para darem um novo rumo ao pais, inclusive o presidente Temer, cuja chapa Dilma/Temer continua sobre investigação por abuso do poder econômico e uso de dinheiro sujo, fruto da corrupção, nas últimas eleições.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação.
E-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo." target="_blank">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
Cuiabá e Rondonópolis são a porta de entrada da concentração de rendas, de terras e do projeto de ocupação humana perversa e desalmada que assistimos. Infelizmente está vivo e ativo o modelo da ocupação da Amazônia Legal prescrito e colocado em prática pela ditadura civil-militar. Suas vivandeiras em rebuliço, tentando reoxigenação neste quadro de acumulação crônica do neofascismo, conservadorismo e do atraso, que perpetra desigualdades e injustiças.
Nestes tempos, não mais os incentivos da SUDAM, PROTERRA, dos tempos sombrios da devastação das saudosas matas de madeira de lei por grandes fazendeiros. As expensas dos financiamentos excessivamente privilegiados (SUDAM, PROTERRA, POLOCENTRO...), em grande parte desviados das suas aplicações, por absoluta falta de controle do setor público. Dinheiro de incentivos e isenções e sonegações, é dinheiro do povo. Daí vem o plano não dito de devastação de recursos naturais, preparando a entrada do capitalismo predatório no campo. A porta de entrada não é mais a Transamazônica, erro estratégico da ESG, EMFA, já sob assessoria de organismos multilaterais como o Banco Mundial, o BIRD, com receitas rigorosamente neoliberais.
Um programa eixo que MT entrou de cabeça e corpo, foi o chamado “corredores de exportação”. Claro, de matéria prima, do potencial das commodites, papel imposto a países subdesenvolvidos, como o Brasil. Tornou-se objeto de cobiça a Amazônia Legal e MT, fundamentais para esta política neocolonizadora. Ocupar primeiro pelas patas do boi, com pecuária extensiva para introduzir lentamente a agricultura industrial. Na cena, monoculturas, da carne bovina a borracha, minério, chegando a soja e os produtos atuais da pauta de exportação privilegiada do agronegócio. Como país dependente, exportar produções primárias, hoje ao risco de compra do mercado chinês(soja), e potencialmente da Índia. Podem surgir fatos novos, mas tudo é uma zona cinza.
Com as restrições possíveis de um mercado inseguro com a crise internacional global, a agenda da balança comercial fica francamente dificultada. Eis aí a crise chinesa e as restrições abertas com a entrada de Trump na pauta de protecionismo e rompimento de acordos no mercado internacional. É possível que decorra disto a criação de novos mercados, no entanto continuamos exportadores de matérias primas.
Custos não considerados no Brasil: a perda de recursos naturais, a fraca proteção ambiental, a perda de direitos indígenas, quilombolas, de populações originárias de pescadores e sem terra estão fora deste modelo. Senão, como cosmética, fazer de conta, que ameaça o discurso da proteção ambiental do Brasil e de MT, tomado pelos interesses da bancada ruralista na banda defensora da “terra arrasada”. Daí, as bancadas no Congresso e nos legislativos do agronegócio, da bala, evangélica e Centrão se unirem.
Desde a descaracterização como do Código Florestal, a desativação da fiscalização e direcionamento por parte dos órgãos públicos responsáveis, a desativação da demarcação de terras indígenas e quilombolas. A desativação da perspectiva da reforma agrária, o êxodo para cidades, índios urbanizados, compõem o quadro de desigualdade, violência e miséria também nas cidades. É muito grande a escala de benefícios que contempla a produção de soja aqui em MT. Além do alto custo no modelo predatório na natureza, na lógica de produzir sem limites e restrições, não paga imposto. Mato Grosso é o maior produtor de soja, coerentemente, o maior consumidor e aplicador de venenos agrícolas no país, os agrotóxicos. As estatísticas são ruins e não confiáveis. Há muito “veneno nosso de cada dia”, indo além dos seis quilos por habitante/ ano.
O canto de revolta da Imperatriz Leopoldinense é real, com suas alas denunciando a realidade do agronegócio, o impacto deletério sobre os povos indígenas e seus venenos. Que não são químicos, como a agressão e a espoliação das terras e povos indígenas, mais recente, um seu braço auxiliar, as hidrelétricas e as vias de transportes de grãos in natura. Os povos indígenas resistem e pedem socorro. De MS as fronteiras, Juruena, Tapajós, Teles Pires, Perigara, tantos outros cursos d’água e territórios sagrados, todos os espaços e entornos onde vivem os povos indígenas .Será? – que eu serei o dono desta terra? Qual modelo de desenvolvimento?
Waldir Bertulio é professor aposentado da UFMT
Cuiabá recebeu, nessa segunda-feira, 23/01, cerca de 500 pessoas no auditório da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para a abertura do 36º Congresso do ANDES – Sindicato Nacional. Participantes de todo o país puderam confirmar a fama da capital mato-grossense: calorosa, em todos os sentidos. É a terceira vez que a cidade recebe o evento de maior importância dos docentes do ensino superior, que segue até o dia 28/01.
A energia e as cores do Siriri e Cururu apresentaram dança e músicas tradicionais. Com instrumentos regionais, viola de cocho, mocho e ganzá, o grupo Flor de Atalaia, nascido no Parque Cuiabá, cultiva ainda as informações culturais dos moradores mais antigos. “Levar o Siriri e o Cururu àqueles que não conhecem significa resgatar e preservar o que nós aprendemos com os nossos familiares, nossos pais e avós”, disse o coordenador Artístico do grupo, Cleber de Moraes.
Em seguida, o professor da UFMT, Abel dos Anjos deu uma aula bastante interessante. A viola de cocho, símbolo da cidade, foi apresentada aos participantes por um verdadeiro especialista, que chegou a tocar uma peça de Johann Sebastian Bach, dentre outras. Um passeio leve e instigante pela história da cidade.
Os movimentos sociais presentes saudaram os participantes, ressaltando a importância de unidade dos movimentos sociais de trabalhadores. “Nós somos aliados históricos na luta por direitos e pela superação do modo de produção capitalista”, lembrou o representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Felipe Brito, referindo-se ao ANDES.
O presidente da anfitriã, Adufmat – Seção Sindical do ANDES, Reginaldo Araújo, falou sobre as lutas da classe trabalhadora em Cuiabá, ressaltando figuras como Tereza de Benguela, referência do movimento quilombola, Maria Taquara, figura folclórica que contribui, no imaginário popular, para as reflexões de muitas bandeiras feministas, além de Dom Pedro Casaldáliga, que internacionalizou discussões sobre a luta pela terra e movimento indígena no estado. Entre os destaques, também as lutas sindicais, que ganharam força no estado nos últimos anos. “A realização do 36º Congresso do ANDES-SN, nesse espaço de contradições e ebulição social de Cuiabá, vai fortalecer os movimentos organizados locais e o nosso próprio sindicato”, afirmou o docente.
A presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, destacou a importância de avaliar os processos históricos para avançar nas lutas do presente. “Apesar de todas as ressalvas e contradições, movimentos de trabalhadores como a Revolução Russa, que completa cem anos em 2017, a primeira Greve Geral brasileira e a Revolução Cubana, devem servir de base para a nossa caminhada, e merecem ser lembradas”, disse.
Com essa intenção, a organização do evento exibiu um vídeo em homenagem aos centenários da Revolução Russa e da primeira Greve Geral brasileira, 50 anos do assassinato de Che Guevara e morte de Fidel Castro.
O hino da Internacional Comunista foi executado em seguida, ao som da viola de cocho e clarinete, emocionando os participantes. “Declaro aberto o 36º Congresso do ANDES-SN”, finalizou a presidente do sindicato.
Também compuseram a mesa, além dos presidentes do ANDES-SN e da Adufmat-Ssind, os diretores do Sindicato Nacional Amauri Fragoso e Alexandre Galvão, o reitor em exercício da UFMT, Evandro Silva, os representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Mato Grosso, Vanderli Escarabeli; do Diretório Central dos Estudantes da UFMT, Kelly Martins; da Fasubra, Gibran Jordão; do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Felipe Brito; do Sinasefe, Fabiano Farias; do Conselho Federal de Serviço Social, Juliana Iglesias; da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli; da CSP-Conlutas, Saulo Arcangeli; e o 1º vice-presidente da Regional Pantanal do ANDES-SN, Vitor Oliveira.
Após a abertura, a mesa de instalação se formou, iniciando oficialmente as atividades do maior espaço de deliberação da categoria.
Debates
No período da tarde, os docentes debateram os textos acerca da centralidade da luta do sindicato, durante a Plenária I aprovando o texto sugerido pela diretoria. Após as análises de conjuntura e sugestões de alterações, a plenária aprovou o seguinte texto para orientar as ações do Sindicato Nacional: “Defesa dos serviços públicos e do projeto de educação do ANDES-SN, referenciado no Plano Nacional de Educação da Sociedade Brasileira, lutando pela autonomia e valorização do trabalho docente, construindo ações na luta contra a intensificação da retirada de direitos, contra a apropriação do fundo público pelo capital, e a criminalização dos movimentos sociais e todas as formas de opressão. Intensificação do trabalho de base, em unidade com a CSP-Conlutas, as entidades da educação e demais organizações do campo classista, na perspectiva da reorganização da classe trabalhadora, pelo Fora Temer e da construção da greve geral”.
Na parte da noite, a plenária, ainda lotada, ouviu a coordenadora geral da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, e o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos.
Fatorelli apontou a dívida pública brasileira como o maior esquema de corrupção do país, e pediu a todos que se empenhem na popularização do debate. “Se alguém pedir para qualquer pessoa na rua citar um esquema de corrupção, quantas vocês acham que vão responder ‘a dívida pública’?”, provocou a auditora aposentada da Receita Federal. A dívida pública da União consome quase 50% dos recursos arrecadados, e está em cerca de R$ 4,3 trilhões.
Boulos falou sobre o Casarão da Luta, um espaço de formação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, na região metropolitana de São Paulo. Os trabalhadores organizados na luta em defesa do direito à moradia, à reforma urbana e à cidade, conseguiram concretizar um projeto inovador, construindo apartamentos com qualidade superior aos oferecidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
Nos intervalos entre as plenárias e debate com as entidades, os participantes do 36º Congresso do ANDES-SN conheceram um pouco do trabalho das artistas regionais Gê Lacerda e Juliane Grisólia.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Os docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aprovaram em assembleia, na quarta-feira (18), por ampla maioria, manter o estado de greve da categoria. A Uerj, assim como o Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), corre o sério risco de não iniciar suas atividades acadêmicas em 2017 devido à falta de pagamento, desde novembro de 2016, dos salários, bolsas e verbas de custeio. Em agosto de 2016, os docentes suspendiam uma greve iniciada em março do mesmo ano após conquistas.
Na pauta da assembleia, além do indicativo de greve, os docentes aprovaram um calendário de atividades e mobilizações e reafirmaram a luta em defesa da universidade estadual. Entre as deliberações estão à adesão à manifestação "Abraço à Uerj", em solidariedade a universidade, nesta quinta-feira (19), às 15h, no Campus Maracanã; a realização de uma passeata no dia 25, às 16h, com saída do Largo do Machado até o Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, assim como um ato artístico e político na Uerj no mês de março.
Decidiram também por cobrar da reitoria a convocação de uma Assembleia Universitária, com a participação do governador do Estado e o Chanceler da universidade para prestar amplos esclarecimentos à comunidade universitária e à sociedade fluminense sobre as condições atuais da Uerj; enviar de textos e vídeos para os deputados estaduais, pedindo apoio à Uerj; realizar um ato no Ministério Público para cobrar ações relativas às isenções fiscais concedidas pelo estado do Rio, que resultaram em uma perda de arrecadação de quase R$ 200 bilhões nos últimos anos; além de encaminhar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, uma solicitação de vistas à Ação Direta de Constitucionalidade, que barrou o repasse de 6% do orçamento do estado para as universidades públicas estaduais do Rio de Janeiro. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima segunda-feira (23). O indicativo de greve permanece em pauta.
Apoio
Na terça-feira (17), a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) manifestou extrema preocupação com as condições financeiras impostas as universidades estaduais fluminenses pelo governo do estado do Rio. “O estrangulamento financeiro determinado a essas instituições não se justifica, pois resulta de políticas lesivas ao povo do estado do Rio de Janeiro, como isenções tributárias realizadas sem fundamentos, obras superfaturadas e enorme sonegação fiscal”, diz.
Dias antes (14), a reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) publicou uma nota de apoio em que se colocou ao lado de toda a comunidade acadêmica da Uerj que, segundo a instituição, passa por “enormes dificuldades que ora atravessam devidas sobretudo à ausência de repasses financeiros por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Na segunda-feira (16), o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) se solidarizou aos servidores e estudantes da Uerj. Em nota, autarquia lamentou profundamente “que uma das maiores universidades deste país, responsável pela formação de profissionais e pesquisadores/as, esteja ameaçada de fechar suas portas por falta de verbas, falta de responsabilidade e atenção do poder público”.
Fonte: ANDES-SN (com informações e imagem)
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, e a presidente do Centro Acadêmico de Engenharia da UFRJ, Thais Zacharia, estão sendo processados pela Procuradoria da República por prática de improbidade administrativa, por terem promovido atos em defesa da democracia dentro da instituição.
O Ministério Público Federal (MPF), no Rio de Janeiro (RJ), moveu ação civil pública contra os dois, devido à realização do evento “UFRJ em Defesa dos Direitos Sociais, Políticos e Democráticos”, na instituição, em março de 2016. De acordo com a ação, a atividade tinha, entre outros objetivos, promover manifestação contrária ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Ambos irão responder ao processo na Justiça Federal, segundo a Procuradoria.
Roberto Leher, reitor da UFRJ, explica que a ação tem origem nos pronunciamentos do Conselho Universitário da instituição, que manifestou preocupação com o Estado Democrático de Direito durante o processo de impeachment. “O Conselho compreendeu que, para assegurar a democracia, era imperativo que todos respeitassem o devido processo legal e a Constituição Federal durante o processo de impeachment”, comenta.
“O Conselho da UFRJ percebeu que havia um ambiente que contaminava os pressupostos da democracia, e realizou manifestações próprias do caráter das universidades. As universidades são duramente atingidas em períodos não democráticos. Nossas ações não eram focadas na defesa do governo de Dilma, o qual muitas vezes criticamos, mas em defesa da democracia”, completa o reitor da UFRJ.
Roberto Leher conta que, quando intimado a depor sobre o ato, reafirmou o caráter legítimo das manifestações, já que as universidades devem estar atentas aos fundamentos da democracia. “A UFRJ não irá se sentir acuada diante de procedimentos que buscam causar medo e silenciar vozes que defendem a democracia. Esse caso exige um grande engajamento, que possa demonstrar a esses setores que a nossa voz, a voz das instituições democráticas, é forte e corajosa. Não iremos sucumbir diante do medo”, concluiu Leher.
A ação
De acordo com o procurador da República, Fábio Aragão, tanto o reitor quanto a estudante da UFRJ promoveram atos dentro da universidade contrários ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um dos atos foi o encontro UFRJ “Em Defesa dos Direitos Sociais, Políticos e Democráticos”, realizado no dia 29 de março de 2016, com convocação na página oficial da universidade, para uma manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff. O procurador disse ainda, em entrevista à Agência Brasil, que o processo foi motivado após uma representação de um estudantes que alegou que o reitor estaria usando a universidade para interesses pessoais.
Na ação, o procurador requer a notificação de Leher e de Thais Zacharia para que apresentem manifestação por escrito no prazo de 15 dias à 21ª Vara Federal da Justiça Federal no Rio de Janeiro. “Eles são réus nesta ação e vão ter que responder agora perante o Poder Judiciário”, disse Aragão. Thais Zacharia responderá ainda por ter prometido a expedição de certificados de atividades complementares especiais, necessários à graduação, aos alunos que participassem do ato. Ainda segundo informação da Agência Brasil, em depoimento ao MPF, a presidente do CA de Engenharia da UFRJ informou que não expediu certificado para alunos que participaram do evento. Mas o Ministério Público considerou que a promessa de expedição dos certificados quem participasse do ato caracteriza improbidade.
A Lei de Improbidade Administrativa, aplicada ao servidor público, prevê como pena perda de cargo público, suspensão de direitos políticos e multa a ser arbitrada pelo juiz, calculada de acordo com o valor do salário do servidor. Se caso forem condenados na ação, a punição será definida pela Justiça.
Criminalização das lutas
No mesmo dia em que foi divulgada a ação do Ministério Público Federal contra o reitor e a estudante da UFRJ, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, foi detido em São Paulo (SP), enquanto acompanhava uma ação de reintegração de posse de um terreno ocupado por 700 famílias. Durante a ação, a Polícia Militar fez uso de bombas de gás e spray de pimenta para executar a ordem de desocupação. Boulos foi detido enquanto tentava mediar as negociação com a PM e evitar o uso de violência contra os moradores.
Também nessa terça-feira (17), seis diretores do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (STTR) de Manaus (AM) foram presos, após a categoria paralisar 100% da frota de ônibus durante quase 12 horas. A justiça determinou a suspensão da paralisação, que não foi acatada pelos trabalhadores, o que motivou a justiça do Trabalho a decretar a prisão dos dirigentes do movimento, para obrigar o fim da greve. Segundo informação do portal G1/Manaus, o juiz plantonista do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) Adilson Maciel Dantas, disse que o sindicato desafiou a Justiça e adotou "uma posição que compromete toda a sociedade que depende do transporte coletivo". A prisão foi revogada após a retomada dos serviços. Em trecho decisão, divulgada pelo portal de notícias, o juiz caracteriza a prisão dos dirigentes sindicais como “medida pedagógica” e alega que não há necessidade de permanência do decreto e prisão uma vez que sua finalidade foi alcançada.
Desde o ano passado, a perseguição aos integrantes de movimentos sociais e sindicais e à livre manifestação tem se acirrado. Após a sanção, ainda no governo Dilma Roussef, da Lei n° 13.260/16, conhecida como Lei Antiterrorismo, diversos manifestantes foram detidos e indiciados, muitos com base em artigos da legislação. A perseguição ideológica e o cerceamento à manifestação e livre pensamento nas instituições de ensino também se intensificou no último período, através da apresentação, e retomada da tramitação, de uma série de projetos de lei no Congresso Nacional, com base no Programa Escola Sem Partido, através da aprovação de lei municipais e estaduais com base no mesmo programa, que visa ‘amordaçar’ as escolas, e ainda via ações dos próprios representantes do Ministério Público nos estados.
No Rio de Janeiro, em outubro do ano passado os coordenadores-gerais do Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope) foram intimados pelo MPF/RJ a prestar depoimento e fornecer listagem com o nome de todos os sindicalizados da entidade, indicando quais são docentes, após o órgão ter notificado a administração do Colégio Pedro II, recomendando à Reitoria e às direções de dois campi – Humaitá e Realengo II – que retirassem as faixas e cartazes do Sindscope afixadas nas dependências do CPII. O ofício diz que a "liberdade sindical não significa conferir um escudo para a salvaguarda da prática de atos ilícitos”, numa referência à afixação de materiais com os dizeres 'Fora Temer'.
Fonte: ANDES-SN (com informações de EBC)
Segue, abaixo, o Resultado da seleção para a atividade de Monitoria do 36º Congresso do ANDES-SN.
Os candidatos aprovados devem comparecer ao treinamento na Faculdade de Enfermagem, às 14h, dessa quinta-feira, 19/01.
Os candidatos classificados serão chamados no caso de desistência de algum candidato aprovado.
Candidatos aprovados - Monitoria Geral:
-
Adria Lourena Silva de Jesus;
-
Alexandre de Arruda Peixoto;
-
Anne Mathilde Oliveira de Jorge;
-
Bruna Érica de Souza;
-
Felipe Cazeiro da Silva;
-
Felipe Matheus do Santos Sousa;
-
Gabriel de Cesar Xavier;
-
Geisa da Graça Bastos;
-
Jacqueline de Oliveira Pereira;
-
Jamille Silva de Oliveira;
-
Janyne Lourenço Moura;
-
Julia Tizziani Silva;
-
Júlia Laysla Santos Gonçalves;
-
Maikon Borges da Silva;
-
Sérvulo Del Castilo Raiol Neuberger;
-
Vanessa Fernanda de Campos;
-
Weyber Ferreira de Souza;
Candidatos Classificados - Monitoria Geral:
-
Larissa Rodrigues de Campos Oliveira;
-
Lucianna Oliveira e Souza;
Candidatos Aprovados - Monitoria do Espaço de Convivência Infantil:
-
Camila Oliveira Lima e Silva;
-
Gabriel William Lopes;
-
Ida Maria Tomei Bianconi;
-
Lúcia Maria da Silva;
-
Talita Jeane Gonçalves Lopes;
Candidatos Classificados - Monitoria do Espaço de Convivência Infantil:
-
Iris Clemente de Oliveira Bellato;
-
Márcia Regina Souza de Brito;
JUACY DA SILVA*
Há 56 anos, no dia 20 de Janeiro de 1961, John Kennedy tomava posse como presidente dos EUA mantendo uma tradição de mais de dois séculos de transição democrática em um país que jamais experimentou um golpe de estado.
Ao longo desses anos, os dois principais partidos Republicano e Democrata se revezam no poder, sem que o partido que comanda a Casa Branca tenha o controle das duas casas do Congresso Senado e Câmara, proporcionando o que os Americanos denominam de “Checks and balance”, ou seja, um equilíbrio em termos de poder. Até a recente eleição de Donald Trump, quando o Partido Democrata que detém a Casa Branca os Republicanos controlam ora uma ora das duas casas do Congresso.
Ao longo desse mais de meio século de vida política, Democratas e Republicanos se alternaram na Casa Branca. De 20 de janeiro de 1961 a 22 de novembro de 1963, quando J. Kennedy foi assassinado, os democratas controlavam o poder executivo e assim continuou com Lyndon Johnson que substituiu Kennedy e acabou sendo eleito para mais um período de quatro anos.
Depois de oito anos de domínio do Partido Democrata, coube aos Republicanos reconquistarem a Casa Branca com Richard Nixon, que iniciou seu governo em janeiro de 1969 e também foi reeleito para um novo mandato iniciado em 1973, mas o escândalo Wattergate obrigou Nixon a renunciar em Agosto do mesmo ano, sendo substituído então pelo vice-presidente Geraldo Ford, que havia se tornado vice presidente com a renúncia do vice presidente Spiro Agnew.
Como Geraldo Ford não conseguiu se eleger para um novo mandato, encerrava-se, assim, mais um período de oito anos dos Republicanos na Casa Branca, abrindo espaço novamente para o Partido Democrata com o ex-governador da Geórgia, Jimmy Carter, que governou os EUA entre janeiro de 1977 a 20 de janeiro de 1981.
Como Carter, à semelhança de Ford, não conseguiu se reeleger, o Partido Republicano volta a Casa Branca por um período mais longo, oito anos com Ronald Reagan e mais quatro de seu vice George Bush, o pai, que exerceu a Presidência até janeiro de 1993 e não conseguiu se reeleger.
Em Janeiro de 1993 coube ao Democrata Bill Clinton retomar a Casa Branca e ali permanecer mais oito anos e como seu vice, Al Gore não conseguiu se eleger presidente, os Republicanos voltaram novamente à Casa Branca por mais oito anos com George W. Bush, o filho.
A gangorra volta a balançar novamente em favor dos Democratas que conseguem em 2009 dois grandes feitos, retomarem a Casa Branca e elegerem o primeiro presidente negro para o mais alto cargo politico da maior superpotência do planeta.
Durante oito anos, Barack Obama enfrentou uma cerrada oposição dos Republicanos que passaram a controlar tanto a Câmara quanto o Senado, ou seja, controlando o Congresso o Partido Republicano funcionou como um freio na maior parte das tentativas de Obama em promover mudanças nas políticas internas e externas do país, que poderiam provocar prejuízos políticos não apenas ao Partido Republicano mas também a grandes grupos de interesse que se sentiam ameaçados com tais mudanças.
Apesar de ter enfrentado uma das maiores crises econômica, financeira, geopolítica e estratégica na história recente tanto dos EUA quando do mundo, Obama conseguiu diversos avanços nas questões ambientais, de resolução de conflitos, redução do intervencionismo militar, da ampliação das conquistas na área de saúde, da retomada do crescimento econômico e redução do desemprego para um dos menores índices em mais de cinco décadas.
Todavia, apesar dessas conquistas e mesmo que a candidata democrata, ex-primeira dama Hillary Clinton fosse a favorita e até tenha obtido mais de três milhões de votos populares do que seu oponente, o Partido Democrata perdeu as eleições no Colégio Eleitoral, um sistema esdrúxulo que favorece os estados menos populosos e desvirtua o princípio da vontade popular.
Assim, nesta sexta feira, 20 de Janeiro de 2017, toma posse como Presidente dos EUA o bilionário e conservador Donald Trump, possibilitando pela primeira vez na história recente do país que um mesmo partido, o Republicano, terá o controle da Casa Branca e das duas casas do Congresso.
Apesar deste fato, Trump ao tomar posse será o presidente com menor apoio da opinião pública, da mídia e de diversos movimentos sociais em início de mandato nos últimos 25 anos . Suas posições políticas, ideológicas e propostas tem gerado muita controvérsia e poderá contribuir para o surgimento ou acirramento de vários conflitos internos e internacionais.
Portanto, estamos iniciando um tempo de incertezas tanto nos EUA quanto ao redor do mundo. Este assunto continua em uma próxima oportunidade, através da análise dos rumos que o Governo Trump vai indicar através de suas diferentes políticas.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação.
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Especialistas em diversas áreas de estudo se reúnem em Cuiabá na próxima semana para debater um tema em comum: política. Há quem tente negar, mas são as relações políticas, no sentido mais amplo, que estabelecem a dinâmica social, influenciando as condições de trabalho, os direitos sociais, entre outros. Para avaliar a conjuntura e definir suas ações nessas disputas, docentes de universidades públicas e privadas de todo país realizam o 36º Congresso do ANDES [Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior] na capital mato-grossense, a partir da próxima segunda-feira, 23/01, a partir das 9h.
Serão seis dias de intenso debate a partir do tema “Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”. O evento, realizado anualmente, é o principal espaço de deliberação da categoria, e a expectativa é de que cerca de 500 pessoas, entre delegados, suplentes e observadores eleitos em diversas seções sindicais do ANDES participem.
“O ANDES Sindicato Nacional é uma das entidades mais importantes nas disputas políticas do país desde o início da década de 1980. A partir de estudos de colegas e de diferentes perspectivas de análises, nós conseguimos, ao longo dos anos, realizar leituras e intervenções sociais que nos garantiram não só o amadurecimento na luta, mas também avanços na conquista de direitos”, comenta Reginaldo Araújo, presidente da entidade anfitriã, Adufmat – Seção Sindical do ANDES-SN.
As políticas propostas e aplicadas pelo Governo Temer estarão no centro dos debates. Na contramão dos direitos adquiridos, as reformas da Previdência, Trabalhista, e do Ensino Médio, por exemplo, são velhas conhecidas dos movimentos sociais organizados, encontradas tanto nos governos do PSDB, quanto nos do PT. Por esse motivo, o ANDES-SN se manteve sempre nas ruas, e deverá reforçar sua posição mais uma vez em seu 36º Congresso.
A partir das deliberações do evento, a diretoria do Sindicato Nacional orienta suas ações anuais. O último, realizado em Curitiba no início de 2016, determinou a intensificação da luta em defesa dos direitos, por meio da unidade entre os movimentos de trabalhadores e estudantes. Um dos motivos pelos quais, no decorrer do ano, diversas manifestações foram realizadas em todo o país, muitas delas reprimidas pela polícia, a mando dos governos.
“Nossa perspectiva é de que o acúmulo que tivemos em 2016 sirva para subsidiar o nosso debate de construção de um Plano de Lutas que esteja a altura dos desafios que teremos em 2017, que certamente começa com uma grande campanha para barrar a contrarreforma da Previdência, a contrarreforma Trabalhista e contra esse conjunto de retirada de direitos. Isso é o que esperamos que o 36º Congresso do ANDES-SN aprove”, afirma a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage.
“É um orgulho receber na capital mato-grossense, e pela terceira vez, um dos eventos políticos mais importantes do país. A compreensão da sociedade em que a gente vive e das relações às quais estamos submetidos é indispensável aos cidadãos que se organizam de alguma forma. Isso só é possível por meio do debate, da troca de impressões e experiências, e o ANDES-SN é um espaço muitíssimo interessante para esse exercício”, afirma Araújo.
Programação
Embora os processos de credenciamento, votação e discussão nos Grupos Mistos sejam reservados aos delegados, suplentes e observadores eleitos pelas Seções Sindicais em assembleias, as plenárias, momentos ricos do Congresso, são abertas a todos os interessados.
Além disso, a programação incluiu uma mesa, na noite do primeiro dia do evento, com uma das grandes referências no debate sobre a Dívida Pública, a auditora aposentada da Receita Federal, Maria Lúcia Fatorelli.
Confira a Programação:
PROPOSTA DE CRONOGRAMA E PAUTA PARA O 36º CONGRESSO DO ANDES-SINDICATO NACIONAL
Cuiabá, 23 a 28 de janeiro de 2017
Tema Central: Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
23/1 (2ª feira) |
24/1 (3ª feira) |
25/1 (4ª feira) |
26/1 (5ª feira) |
27/1 (6ª feira) |
28/1 (sábado) |
9h às 12h 14h às 17h Credenciamento
10h às 13h Plenária de Abertura Plenária de Instalação
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9h às 12h Grupo Misto Tema II
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Grupo Misto Tema III |
Livre |
9h às 13h Plenária do Tema III |
9h às 12h Plenária do Tema IV |
15h às 19h Plenária do Tema I
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14h às 18h Grupo Misto Tema II |
14h às 18h Grupo Misto Tema IV |
14h as 17h Plenária do Tema II
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15h às 18h Plenária do Tema IV |
14h às 16h Plenária de Encerramento |
21h Palestra com representantes do Casarão da Luta, da Escola Florestan Fernandes e da Auditoria Cidadã da Dívida.
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Livre |
Livre |
18h30 às 21h30 Plenária do Tema II
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Livre |
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Pauta
Tema I – Movimento docente, conjuntura e centralidade da luta.
Tema II – Políticas sociais e plano geral de lutas.
Tema III – Plano de lutas dos setores.
Tema IV – Questões organizativas e financeiras
A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (Adufmat – Seção Sindical do ANDES-SN), através do Grupo de Trabalho de Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA), realiza nos dias 21 e 22 de janeiro uma excursão para região Amazônica nos trechos das rodovias BR-163 e BR-364, que ligam Cuiabá a Santarém e Cuiabá a Porto Velho. A viagem antecede o 36° Congresso do ANDES-SN, que acontece de 23 a 28 de janeiro deste ano, em Cuiabá (MT).
De acordo com a Circular n° 008/17, a excursão tem como objetivo mostrar e discutir com os participantes do 36º Congresso interessados, aspectos socioambientais resultantes da ocupação de uma das frentes escolhidas para a incorporação da região Amazônica à economia nacional e internacional. Os locais situam-se na região de influência direta das rodovias, que ligam, em termos geopolíticos, a região abrangida pela bacia do Pantanal Matogrossense à região sul da Amazônia. As rodovias são heranças da ditadura empresarial-militar, que tinha como lema “Integrar para não entregar”.
A excursão tem previsão de saída de Cuiabá às 7h30, no sábado, dia 21, e o retorno previsto para a noite de domingo, dia 22, à capital cuiabana. Os custos do pernoite, previsto no município de Campo Novo dos Parecis, a alimentação e eventuais gastos pessoais estarão a cargo dos participantes.
Mais informações na Circular n° 008/17
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi preso, na manhã desta terça (17), em São Paulo (SP), enquanto acompanhava a ação de reintegração de posse da ocupação Colonial, no bairro de São Mateus. Boulos foi preso por "desobediência civil" e levado para o 49ª DP da capital paulista. A diretoria do ANDES-SN divulgou nota na qual repudia a prisão e exige a imediata libertação do coordenador do MTST.
A ocupação Colonial tem cerca de 3 mil pessoas, reunidas em 700 famílias, que estão no local há mais de um ano. Em comunicado, o MTST classificou a prisão de "verdadeiro absurdo" e afirmou que Boulos "esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito". "Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los", afirmou o movimento na nota.
Por volta das 7 horas da manhã, os moradores da ocupação São Mateus pediram para os oficiais de Justiça aguardarem a abertura do Tribunal de Justiça para que o juiz responsável pela ação, Jurandir de Abreu Júnior, analisasse um pedido do Ministério Público a respeito do caso. O MP solicitava a suspensão da ação de reintegração de posse. A tentativa de adiar a ação não deu certo. Por volta das 8h20, a Polícia Militar avançou de forma violenta, com bombas de gás lacrimogêneo e gás pimenta, contra os moradores para retirá-los de suas casas.
Com informações de MTST e Carta Capital. Imagem de MTST.
Confira aqui a nota da diretoria do ANDES-SN
NOTA DE REPÚDIO
A Diretoria do ANDES-SN repudia a prisão de Guilherme Boulos, militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST - ocorrida hoje (17/1/17), em São Paulo. Nos solidarizamos com os/as trabalhadores/as que têm o seu direito à moradia negado e são violentamente reprimidos por lutar pela vida. Lutamos contra a mercantilização da educação e de todos os demais direitos, o que significa dizer também que a cidade não é mercadoria.
Lutar não é crime, exigimos a imediata libertação de Boulos.
Brasília, 17 de janeiro de 2017
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional
Fonte: ANDES-SN