Sexta, 22 Março 2024 18:20

Respeito à ciência é mais um compromisso que a Adufmat-Ssind espera da próxima administração da UFMT; Carta será assinada na próxima terça-feira, às 20h Destaque

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A pandemia mostrou o quanto as universidades públicas, maiores produtoras de ciência do país, são fundamentais para a vida em sociedade. Informação, álcool, respiradores, vacinas, testes, tudo o que pode ser utilizado para desvendar e combater a Covid-19 saiu de dentro das universidades, especialmente as públicas.

 

Por esse motivo, a próxima administração da UFMT deve se comprometer com o respeito à ciência e o desprezo total ao obscurantismo, negacionismo e produção de informações falsas – ferramentas largamente adotadas pelo Governo Bolsonaro e motivadoras de o Brasil estar entre os países com mais mortes provocadas pelo vírus.

 

Na Carta Pública que a Adufmat-Ssind apresentou aos candidatos à Reitoria da UFMT e deve ser assinada na próxima semana, todos os investimentos reivindicados para a universidade representam esta pauta. “Estruturar adequadamente os ambientes de Ensino e de Pesquisa, ampliar e garantir as aulas de campo, as viagens de estudos, bem como as ações de Extensão e Pesquisa aos docentes e acadêmicos e reformar IMEDIATAMENTE as bibliotecas dos campi e atualizar a bibliografia disponível” são algumas delas.

  

No entanto, o sindicato espera que, mais do que o investimento direcionado à produção do Ensino, Pesquisa e Extensão, a Reitoria tenha um posicionamento que imponha o respeito à universidade para além dos muros, rechaçando relações com negacionistas e agressores da universidade pública.

 

Respaldados pelo Governo negacionista de Bolsonaro, representantes públicos desferiram várias agressões à UFMT nos últimos anos. Foi o caso das agressões sofridas pelas professoras Lélica Lacerda e Gracielle Santos em Sinop, em 2021, durante debate sobre a Reforma Administrativa (que visa destruir os serviços públicos), quando expuseram a verdadeira história da ocupação, violenta e arbitrária, do interior do estado de Mato Grosso. Mesmo com todo o respaldo científico, a Reitoria, à época, não se posicionou em defesa das professoras, mas, pelo contrário, se mostrou inclinada a reforçar os questionamentos dos negacionistas.

 

O agora deputado federal por Mato Grosso, Abílio Brunini (PL), gosta de explicitar sua boa relação com a UFMT, visitando a instituição com frequência (inclusive para ameaçar estudantes) e destinando emendas milionárias – como se saíssem do seu bolso e não dos cofres públicos. No entanto, Brunini foi um dos principais negacionistas da pandemia no estado e, atualmente, representa uma grande vergonha, como parlamentar, especialmente por tratar a democracia brasileira - com todas as suas limitações - como brincadeira. Não à toa, foi comparado a um moleque de quinta série na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 08/01.

 

É para evitar que a UFMT seja destruída por esse tipo de relação que a Adufmat-Ssind espera os candidatos à Reitoria na próxima terça-feira, 26/03, às 20h, no auditório da sede, em Cuiabá, para a assinatura da Carta Pública elaborada pela entidade. Clique aqui para ler o documento na íntegra.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind            

Ler 150 vezes Última modificação em Sexta, 22 Março 2024 18:25