Os docentes e técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, em assembleia conjunta realizada nessa quinta-feira, 19/10, as taxas de reajuste de onze planos em convênio coletivo com a Unimed para os anos de 2017, 2018, e uma perspectiva de negociação para 2019. Os percentuais são referentes aos contratos de números 6890, 6891, 6892, 6900, 6901, 6902, 6903, 6910, 6911, 6912 e 9840.
As reuniões entre as partes, trabalhadores e plano de saúde, tiveram início em fevereiro desse ano, quando a Unimed presentou uma proposta de 67% de reajuste para 2017. Depois de diversas reuniões e duras negociações, com cinco propostas diferentes, docentes e técnicos conseguiram baixar o percentual de 2017 para 20%. “Nós não aceitamos, na verdade. Não houve acordo na negociação, então nós trouxemos para a assembleia. Nosso ideal era 10% em 2017, e 10% em 2018, mas até o momento, depois desse longo e desgastante processo, isso não foi possível”, disse o professor Fernando Nogueira, presidente da comissão, ao apresentar os dados da negociação.
Além dos 20% para 2017 e 18% para 2018, os trabalhadores aprovaram, na assembleia dessa quinta-feira, a possibilidade de amarrar a negociação entre 15 e 22% para 2019. A Unimed quer condicionar esse percentual de reajuste ao de sinistralidade, ou seja, a taxa de procura dos usuários pelos serviços. A empresa ofereceu um plano para os usuários de terceira idade, que se propõe a viabilizar essa redução da procura, e consequentemente o percentual, por meio de acompanhamento agendado dos pacientes acima de 59 anos.
A representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos (Sintuf/MT), Luzia Melo, falou dos receios da categoria em fechar percentual para 2019. “Nós não vemos como diminuir a sinistralidade, porque muitas pessoas fazem tratamentos sérios, com profissionais especializados. Além disso, a conjuntura política não nos permite saber como será 2019”, afirmou a servidora.
Depois dos debates, no entanto, os presentes concordaram em amarrar o percentual, com a possibilidade de continuar a negociação.
Os presentes também apontaram a necessidade de dialogar com a empresa sobre outras questões, como os abusos na cobrança de pagamentos atrasados as implicações aos pacientes que queiram negociar, demora para agendamento de consultas e ausência de alguns profissionais especializados, além de alternativas de transferência para dependentes de titulares que venham a falecer.
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind