Sexta, 03 Setembro 2021 14:48

Com venda de botijão de gás a R$ 50, petroleiros desmascaram política de preços abusivos de Bolsonaro

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Foto: Sindipetro-SJC

 

O gás de cozinha sofreu um novo reajuste desde quarta-feira (1°). Aplicado pelas distribuidoras, o botijão teve um aumento de 7% e no ano já acumula uma alta de 38%, tornando cada vez mais difícil a vida dos trabalhadores brasileiros. Mas, não precisava ser assim, já que bastaria o governo e a Petrobras mudarem a política de preços que vêm adotando no país para por fim a esses aumentos abusivos, como demonstra uma ação feita por sindicatos de petroleiros.

 

Nesta quinta-feira (2), a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) e o Observatório Social da Petrobras realizaram o “Dia Nacional do Gás a Preço Justo” para denunciar a política de preços abusivos que vem sendo imposta pela Petrobras e pelo governo Bolsonaro. A mobilização realizou uma ação solidária em cidades e capitais do país, vendendo o botijão de gás de cozinha entre R$ 50 e R$ 60.

 

A ação solidária foi realizada por sindicatos petroleiros em bairros periféricos das cidades paulistas de São José dos Campos, Santos e São Sebastião e das capitais de Belém (PA) e do Rio de Janeiro (RJ).

 

O objetivo foi demonstrar à população que o botijão poderia custar, pelo menos, a metade do valor do que está sendo vendido no país, não fosse a política de PPI (Preço de Paridade de Importação) adotada pela Petrobras, que atrela o gás de cozinha e os combustíveis aos custos do dólar, do barril de petróleo no mercado internacional e nos custos de importação.

 

Apesar de cerca de 80% dos derivados do petróleo serem produzidos no Brasil, os brasileiros pagam o valor de importação em um produto nacional, em razão desta política de paridade de importação, denunciam os petroleiros.

 

No Rio de Janeiro, moradores do entorno do TABG, na Ilha do Governador, e do Morro da Babilônia, além de comprarem o gás mais barato, também dialogaram com diretores do Sindipetro-RJ. O sindicato subsidiou R$ 55 para poder vender o produto a R$ 50 e mostrar a discrepância causada pela política mantida por Bolsonaro.

 

Durante a mobilização, os dirigentes sindicais distribuíram materiais impressos com explicações sobre o preço do gás de cozinha e dialogaram com os moradores.

 

“Com a ação do preço justo do gás queremos ajudar famílias necessitadas e dialogar com a população sobre o PPI. Ao contrário do discurso presidencial, não são os impostos estaduais os principais responsáveis pelos preços abusivos cobrados hoje no Brasil. O grande vilão dos preços altos dos combustíveis é o PPI e, se o governo quiser, ele pode baratear o custo de vida da população. É só mudar a política de preços da Petrobrás”, afirma o secretário geral da FNP, Adaedson Costa.

 

Tarifaço e privatizações

A ação solidária realizada pelos petroleiros faz parte da campanha “Petrobras para os brasileiros” que luta contra o processo de privatização que o governo vem impondo na estatal, através da entrega de subsidiárias, refinarias e outros ativos.

 

Juntamente com a política de PPI, a privatização também é a causa pelos aumentos abusivos nos preços dos combustíveis, que só visam atender os interesses dos acionistas estrangeiros.

 

“O Brasil, que possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo, o pré-sal, e uma empresa de tecnologia de ponta como a Petrobras, tem condições de garantir uma forte indústria nacional e preços baixos. Mas para isso é preciso acabar imediatamente com a política de PPI, bem como barrar a privatização em curso da Petrobras. Somente uma empresa 100% estatal e sob controle dos trabalhadores pode estar a serviço dos interesses do povo brasileiro e não de fundos de investimentos estrangeiros, que hoje controlam a empresa”, afirmou o dirigente do Sindipetro-RJ e da FNP Eduardo Henrique.

 

 

Foto: Sindipetro-RJ

 

Foto: Sindipetro-RJ

 

 

Foto: Sindipetro-SJC

 

Sindipetro-SJC

 

Fonte: CSP-Conlutas (com informações: FNP, Sindipetro-RJ e Sindipetro-SJC)

 

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