O ANDES-SN indicou, por meio da Circular 362/16, que as seções sindicais realizem assembleias gerais para debater a intensificação da mobilização para construção da Greve Geral, conforme os encaminhamentos definidos na última reunião conjunta entre o Setor das Instituições Federais de Ensino (Setor das Ifes) e o Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (Setor das Iees/Imes), em 8 e 9 de outubro. O resultado das assembleias será avaliado em nova reunião conjunta dos setores, que acontecerá em Brasília (DF), nos dias 5 e 6 de novembro.
A circular aponta que houve, durante esse mês, um acirramento na conjuntura com, por exemplo, a aprovação em primeiro e segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16 na Câmara dos Deputados, a deflagração da greve dos técnico-administrativos em educação, as ocupações de escolas, institutos e universidades e a indicação de paralisações para os dias 11 e 25 de novembro.
Amauri Fragoso de Medeiros, 1º tesoureiro do ANDES-SN, ressalta que, apesar de não ter havido consenso entre as centrais sindicais sobre a construção imediata da greve geral, ela continua no horizonte por conta do tamanho dos ataques dirigidos à classe trabalhadora. “Foi determinada uma Jornada de Lutas, que já começou, e tem tido a participação ativa do ANDES-SN e da CSP-Conlutas. Essa jornada pode nos levar à construção da greve geral, que continua no horizonte. Cabe às seções sindicais discutir essa questão: considerando que pode não haver greve geral esse ano, é possível construir uma greve da educação ou do serviço público?”, pondera o docente.
O 1º tesoureiro do ANDES-SN afirma que a reunião dos Setores do Sindicato Nacional em 8 e 9 de outubro indicou às seções sindicais o debate sobre a greve geral. “A grande resposta das seções sindicais, até então, é que devemos, realmente, construir a greve geral. Nesse intervalo entre as reuniões dos setores, já tivemos a deflagração de greve em algumas seções sindicais do ANDES-SN, o que muda a conjuntura. Há, também, a deflagração da greve da Fasubra, e o Sinasefe caminha também para a greve. Isso é algo que deve ser discutido na nova rodada de assembleias”, comenta Amauri.
“As seções sindicais devem analisar e discutir todas essas mudanças na conjuntura, e quais os instrumentos que devemos utilizar para fazer o enfrentamento, tendo como horizonte a construção da greve geral. Não podemos deixar de ter esse horizonte porque os ataques são muito duros, e não são apenas a uma categoria ou ao serviço público, e sim à classe trabalhadora. Por isso a greve geral é fundamental”, conclui Amauri Fragoso de Medeiros.
Confira aqui a Circular 362/16.