Ao menos cinco pessoas foram agredidas e detidas pela Polícia Militar (PM) do Distrito Federal no dia 16 de junho em Brasília (DF) na Marcha Em Defesa da Educação Pública, que marcou a abertura do II Encontro Nacional de Educação (ENE), realizado entre 16 a 18 de junho na capital federal. Entre as vítimas estão o diretor da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs – Seção Sindical do ANDES-SN), Edson do Espírito Santo, e o docente Reinaldo Martins, do Instituto Federal da Bahia (Ifba).
A manifestação - que reuniu mais de três mil pessoas, entre estudantes, docentes, técnicos, servidores públicos federais, militantes de movimentos sociais, sindicais e populares -, teve início no Museu da República e terminou em frente ao Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios.
A agressão policial aconteceu no final do ato, próximo ao MEC, quando estudantes, gritando por ajuda, correram em direção ao ônibus da delegação da Bahia. Durante a correria, pertences dos estudantes foram apreendidos pela polícia. Preocupado com a integridade física dos componentes da delegação, o diretor da Adufs-SSind tentou conversar com os policiais, mas foi covardemente agredido com spray de pimenta e por um empurrão, que o levou ao chão. Caído, foi pisoteado pelos policiais militares, algemado e levado à 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, por suposto crime de desobediência. O professor Reinaldo Martins e um estudante também foram conduzidos à delegacia.
Acionadas, as assessorias jurídicas do ANDES-SN e do Sinasefe compareceram à delegacia e conseguiram liberar os manifestantes. Já outros dois estudantes detidos, devido à acusação de dano ao patrimônio público, foram encaminhados à Polícia Federal e liberados horas depois.
Edson do Espírito Santo, diretor da Adufs-SSind, repudiou o autoritarismo e a violência da Polícia Militar do Distrito Federal, que, segundo ele, demonstrou despreparo ao agredir professores e estudantes que estavam em luta pela educação pública. “A ação truculenta e arbitrária da PM do Distrito Federal reforça a criminalização dos movimentos sociais, sindicais e de qualquer manifestação contrária ao projeto do governo, responsável pelo corte de investimentos em políticas sociais e pelos constantes ataques aos direitos dos trabalhadores. Continuaremos firmes na luta em defesa da educação pública”.
As assessorias jurídicas da Adufs e do ANDES-SN estão acompanhando o caso para a adoção das devidas providências.
Fonte: ANDES-SN (Com informações da Adufs-SSind.)