Terça, 03 Maio 2016 16:06

1º de Maio: trabalhadores vão às ruas em SP contra a retirada de direitos sociais

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Cerca de 4 mil trabalhadores se reuniram na avenida Paulista, centro de São Paulo, no ato que marcou o 1º de Maio – dia internacional de luta dos trabalhadores, na manifestação chamada pelo Espaço de Unidade de Ação, composto por entidades de movimentos sindicais, sociais e populares , entre elas o ANDES-SN e a CSP-Conlutas.

 

Caravanas de cerca de vinte estados brasileiros trouxeram suas bandeiras para Avenida Paulista e deram ao ato um tom classista, independente e internacionalista. Entre as diversas categorias presentes estavam petroleiros, bancários, servidores públicos, estudantes e professores de escolas em luta, metalúrgicos, químicos, operários da construção civil, motoristas, aposentados, juventude, os que lutam contra opressões e outros.

 

O ajuste fiscal e os ataques aos direitos dos trabalhadores promovidos pelos governos federal, estaduais e municipais foi criticado por inúmeras entidades, assim como o corte de direitos, as demissões, as terceirizações e a reforma da previdência. Movimentos sociais como Luta Popular, Mulheres em Luta, Quilombo Raça e Classe, Moquibom, Assembleia Nacional dos Estudantes Livre também marcaram presença.

 

Internacionalismo
O ato na avenida Paulista lembrou ainda que não é só no Brasil que direitos históricos dos trabalhadores estão sendo atacados. A reação à tentativa de reforma trabalhista na França, com diversas categorias nas ruas, ocupando praças foi destacada nas manifestações das entidades. 

 

A presença de dirigente sindicais de entidades representativas dos trabalhadores de telemarketing de Portugal e as mensagens vindas de entidades da Itália, Espanha, Paraguai e Inglaterra lembraram que aquele era um ato internacionalista, resgatando a unidade da classe em todo o mundo.  Além disso, as bandeiras e falas também trouxeram a defesa do povo palestino que luta contra o genocídio cometido pelos judeus sionistas, assim como do povo sírio contra a ditadura de Bashar al-Assad.

 

De acordo com Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN que esteve na manifestação em São Paulo, o ato na capital paulista foi uma grande e importante manifestação, pois marcou a posição dos trabalhadores contra a retirada de direitos sociais que vem sendo promovida pelo governo Dilma, e a possibilidade de aprofundamento dos ataques  com a entrada de Michel Temer na presidência.

 

“Foi um ato de denúncia dos ataques aos trabalhadores e contra a ofensiva conservadora presente em vários projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, sinalizando a construção da greve geral como alternativa de barrar esses ataques”, contou Rizzo.

 

Segundo o presidente do ANDES-SN, o ato teve um caráter internacionalista que deve ser destacado e ainda apontou a disposição dos trabalhadores e da juventude de dar continuidade à luta contra os ataques do governo Dilma e também contra as ameaças apresentadas no plano “Ponte para o Futuro”, de um possível governo Temer. 

 

Música na rua
Banda Záfrica e o hip hop, Nãnãna, da Mangueira, com o samba de raíz, e a Banda Rock.com marcaram presença na Paulista descontraindo os que estavam no ato e animando o dia de luta dos manifestantes.

 

Continuidade na luta
Nesta segunda-feira, a atividade foi avaliada na reunião nacional do Espaço de Unidade de Ação, que sinalizou a necessidade de avançar na luta para organizar uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre no Brasil. “O ato foi avaliado como muito positivo pelas entidades presentes à reunião. Foi apontada também a necessidade de intensificar as ações de ampliação do Espaço de Unidade de Ação”, contou Antônio Libério de Borba,  1º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN, que esteve na reunião.

 

Fonte: ANDES-SN



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