Após rica discussão sobre a utilização do Fundo Único – Fundo Nacional de Solidariedade, Mobilização e Greve do ANDES-SN, entre as deliberações referentes à temática, os docentes aprovaram por ampla maioria, a proposta consensuada de apresentar proposta no 61º Conad de utilização do fundo único considerando as especificidades das seções sindicais com dificuldades financeiras com as regras de utilização percentual a ser utilizado por seção sindical e o prazo máximo para atendimento.
Novas seções sindicais
Durante a plenária, a constituição de cinco novas seções sindicais foi homologada pelos delegados. A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Adufob SSind.), a Seção Sindical dos Docentes em Educação à Distância do Rio de Janeiro (Adopead/RJ SSind.), a Seção Sindical dos Docentes do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (Sindisuldeminas SSind.), a Seção Sindical dos Docentes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Sindunilab SSind.) e a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Sesunila SSind.) agora integram o ANDES-SN.
Segundo Claudia March, secretária geral do ANDES-SN, muitas das novas seções sindicais surgiram durante o processo de greve nas Federais em 2015, onde houve ao reconhecimento por parte dos docentes da necessidade de construir a greve e também constituir a seção sindical e se filiar ao ANDES-SN. De acordo com Claudia, tanto no caso das alterações regimentais como no caso de criação de novas seções sindicais, é muito importante ressaltar que esse processo traz o resultado de um conjunto de movimentos políticos que tivemos nesse último ano.
“O elemento central é que 2015 foi um ano em que tivemos um movimento forte dos docentes e o reconhecimento do ANDES-SN como um lugar onde podemos fazer a luta classista e a defesa da educação pública. Acho que isso é muito importante porque ao mesmo tempo em que você tem um movimento de expansão precarizada da educação pública, você tem o reconhecimento por parte daqueles que estão chegando, ou que já estão na universidade em campi do interior, de se organizar para enfrentar esses processos de intensificação do ataque à educação pública e aos direitos dos trabalhadores, em particular dos docentes”, afirmou a secretária geral do Sindicato Nacional.
Cuiabá será a sede do próximo Congresso do ANDES-SN
A cidade de Cuiabá, no Mato Grosso, foi aprovada, por aclamação como sede da 36º Congresso do ANDES-SN, que acontecerá em 2017. A capital mato-grossense foi proposta pela delegação da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (Adufmat Seção Sindical) para sediar o evento nacional, que é instância máxima de deliberação da categoria. Reginaldo Araújo, presidente da seção sindical, destacou o histórico de lutas da Adufmat SSind, criada em 1978, e a intensa participação nas lutas travadas pelos docentes desde então.
“Ao nos aproximarmos de quatro décadas de atuação, nossos militantes orgulham-se em afirmar que em todas as greves e demais movimentos de luta, nosso sindicato colocasse na dianteira. Outro dado que nos dá certeza que passamos por um momento de efervescência na região são as novas sindicalizações. Nos últimos doze meses, 130 novos companheiros se aproximaram da luta. Tal fenômeno resulta do diálogo aberto sobre a importância do fortalecimento do sindicato. É nesse contexto que apresentamos a enorme vontade de acolher o 36º Congresso do ANDES em 2017”, afirmou, lembrando que a Adufmat SSind já acolheu dois congressos do Sindicato Nacional – o 10º, em 1992, e o 25º, em 2006.
Maelison Neves, da delegação da Adufmat SSind, completou dizendo que “o Mato Grosso é um estado conservador, um dos principais polos do agronegócio. Então, levar um congresso de um sindicato classista e combativo como o ANDES-SN para lá é muito importante para trazer essa tensão da luta de classes para dentro da universidade”.
Finanças
Os delegados aprovaram a prestação de contas 60º Conad, a manutenção das contribuições financeiras à Auditoria Cidadã da Dívida e à Escola Florestan Fernandes e o apoio financeiro ao Casarão da Luta e ao Sistema de Formação Política do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Fonte: ANDES-SN