Terça, 24 Maio 2016 18:09

 

 

O presidente da Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN, Reginaldo Araújo, falou aos docentes da UFMT nessa terça-feira, 24/05, sobre a implementação dos 28,86% na folha de pagamento do mês de maio.

 

Araújo destacou que essa é uma grande vitória dos servidores, e explicou que a universidade ainda não cumpriu a decisão judicial de acordo com a determinação do juiz. Além disso, o presidente afirmou que a assessoria jurídica do sindicato já entrou com uma petição, e está agindo para o cumprimento do acórdão que determina a implementação a todos os docentes da universidade, independente do ano de ingresso ou vínculo sindical.

 

No arquivo anexo abaixo, está disponível para download a lista dos professores que receberão os 28,86% na folha do mês de maio, paga em junho.

 

Assista o vídeo no final desta página (ou clique aqui).  

 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 24 Maio 2016 15:42

 

 

O juiz federal Cesar Bearsi postergou a análise da liminar referente à ação impetrada pela Seção Sindical do ANDES-SN (Adufmat-Ssind) e Sindicato dos Servidores Técnicos da UFMT (Sintuf-MT), em março desse ano, acerca do aumento abusivo da mensalidade do Geap Saúde. A informação chegou ao sindicato na última sexta-feira (20/05), por meio da assessoria jurídica.

 

De acordo com o advogado José Carlos Formiga, essa é uma decisão diferente das que têm sido observadas em outros estados. “O juiz da 3ª Vara, Dr. Cesar Augusto Bearsi postergou a análise da liminar pleiteada, requisitando a citação do Geap e da União para apresentarem defesa (rés originárias, em razão do convênio), a inclusão da UFMT ao pólo passivo (por entender que ela está ligada ao cumprimento de eventual implantação de redução) e a intimação do Ministério Publico Federal, o que não ocorreu em outros estados”, explicou Formiga.

 

Na prática, isso significa um atraso na decisão de suspender ou não o reajuste de 37,55% aplicado pelo plano. Mas esse processo pode proteger os requerentes, como explicou o assessor jurídico da Adufmat-Ssind. “Algumas decisões favoráveis em outras unidades de federação, proferidas de imediato, sem a participação da Instituição de Ensino ligada ao convênio, tiveram reversão posterior por agravos manejados junto aos Tribunais Regionais Federais. Dentre os motivos, figurou a amplitude dos reflexos do reajuste, que atingiriam as IFE’s”, afirmou o advogado.

 

Devido a ausência de decisão, ainda não cabe nenhum recurso por parte do sindicato. Mesmo assim, a assessoria jurídica procurou o juiz para reafirmar o conteúdo da ação. “Estive pessoalmente no gabinete, informando da gravidade do aumento e seus reflexos aos representados. Muitos servidores ficaram inviabilizados de continuar no plano de saúde com a implantação do aumento. Mas o entendimento do Dr. Cesar é firme, no sentido de que a análise e eventual deferimento ou indeferimento deve conter a versão dos demais interessados, inclusive do próprio Ministério Publico Federal (MPF), por se tratar de ação civil pública que defende interesses individuais homogêneos”, disse.

 

A UFMT deve manifestar-se ainda essa semana sobre o caso, mas a União e Geap Saúde já contestaram a ação. Após manifestação da universidade, a ação irá até o MPF, onde terá o prazo de dez dias até retornar ao gabinete do juiz para apreciação efetiva da liminar reivindicada.

 

Para saber mais sobre esse processo, clique aqui.

 

 

Terça, 24 Maio 2016 15:21

 

O juiz federal Cesar Bearsi postergou a análise da liminar referente à ação impetrada pela Seção Sindical do ANDES-SN (Adufmat-Ssind) e Sindicato dos Servidores Técnicos da UFMT (Sintuf-MT), em março desse ano, acerca do aumento abusivo da mensalidade do Geap Saúde. A informação chegou ao sindicato na última sexta-feira (20/05), por meio da assessoria jurídica.

 

De acordo com o advogado José Carlos Formiga, essa é uma decisão diferente das que têm sido observadas em outros estados. “O juiz da 3ª Vara, Dr. Cesar Augusto Bearsi postergou a análise da liminar pleiteada, requisitando a citação do Geap e da União para apresentarem defesa (rés originárias, em razão do convênio), a inclusão da UFMT ao pólo passivo (por entender que ela está ligada ao cumprimento de eventual implantação de redução) e a intimação do Ministério Publico Federal, o que não ocorreu em outros estados”, explicou Formiga.

 

Na prática, isso significa um atraso na decisão de suspender ou não o reajuste de 37,55% aplicado pelo plano. Mas esse processo pode proteger os requerentes, como explicou o assessor jurídico da Adufmat-Ssind. “Algumas decisões favoráveis em outras unidades de federação, proferidas de imediato, sem a participação da Instituição de Ensino ligada ao convênio, tiveram reversão posterior por agravos manejados junto aos Tribunais Regionais Federais. Dentre os motivos, figurou a amplitude dos reflexos do reajuste, que atingiriam as IFE’s”, afirmou o advogado.

 

Devido a ausência de decisão, ainda não cabe nenhum recurso por parte do sindicato. Mesmo assim, a assessoria jurídica procurou o juiz para reafirmar o conteúdo da ação. “Estive pessoalmente no gabinete, informando da gravidade do aumento e seus reflexos aos representados. Muitos servidores ficaram inviabilizados de continuar no plano de saúde com a implantação do aumento. Mas o entendimento do Dr. Cesar é firme, no sentido de que a análise e eventual deferimento ou indeferimento deve conter a versão dos demais interessados, inclusive do próprio Ministério Publico Federal (MPF), por se tratar de ação civil pública que defende interesses individuais homogêneos”, disse.

 

A UFMT deve manifestar-se ainda essa semana sobre o caso, mas a União e Geap Saúde já contestaram a ação. Após manifestação da universidade, a ação irá até o MPF, onde terá o prazo de dez dias até retornar ao gabinete do juiz para apreciação efetiva da liminar reivindicada.

 

Para saber mais sobre esse processo, clique aqui.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 24 Maio 2016 13:23

 

Brasília (DF), 23 de maio de 2016

 

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

 

 

 

Prezados (as) Companheiros (as),

 

Informamos aos diretores que irão participar do II ENE, que as inscrições estarão abertas até o dia 30 de maio e que cada professor deve realizar a sua inscrição o mais breve possível, conforme o link que se segue: https://ene2016.org/inscricoes/. Solicitamos ainda, que encaminhem o comunicado de confirmação de inscrição ao endereço de e-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Comunicamos que o pagamento das inscrições do referido encontro será efetivado pela Tesouraria Nacional do ANDES-SN, por meio de depósito bancário.

 

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

 

Cláudia March Frota de Souza

Secretária- Geral do ANDES-SN

 

 

 

Terça, 24 Maio 2016 11:33

 

Mais um colégio foi ocupado por estudantes que protestam contra o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para realização de serviços na rede pública de Mato Grosso. Depois da Escola Elmaz Gattas Monteiro, hoje foi a vez da Escola Estadual Dunga Rodrigues, ambas de Várzea Grande.

 

A ocupação ocorreu na manhã dessa terça-feira (24) e conta com cerca de 30 alunos. A expectativa é que a adesão ao movimento aumente nas próximas horas. A Escola Dunga Rodrigues fica localizada no bairro Parque do Lago. Conta hoje com olimpíadas escolares e por isso não tem aula normal.

 

De acordo com o presidente da Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME), Juarez França, a tendência das ocupações é aumentar. No caso da

 

Escola Elmaz Gattas, localizada no bairro Ipase, os estudantes permanecem no local desde a noite de domingo (22) e segue tendência nacional de protestos contra políticas de governos estaduais.

 

Além do projeto de PPP, os alunos pedem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar na Assembleia Legislativa denúncias de corrupção na Secretaria de Educação (Seduc), o que foi descoberto na operação Rêmora.

 

Depois da primeira ocupação, o governador Pedro Taques (PSDB) sugeriu nessa segunda-feira (23) que a ocupação teria motivação política e seria um ato contra governos tucanos. Delegou ao novo secretário de Educação, Marco Marrafon, as negociações para desocupação da escola.

 

Juarez França, por outro lado, nega ter filiação partidária e diz que o movimento é um ato apartidário. Na Escola Elmaz Gattas, hoje ocorreu um ato em solidariedade aos estudantes organizado por centrais sindicais. Os alunos também realizaram limpeza das dependências da unidade escolar.

 

MT Par

 

Taques nega interesse em privatizar a administração das escolas através de Parcerias Público-Privada (PPP). Diz que o projeto será debatido em audiências públicas antes de qualquer decisão por parte do Executivo. “Vim da escola pública e sou a favor da escola totalmente pública. O que esse projeto propõe é que serviços de obras nos prédios podem ser feitas através de PPP. Diretor não tem que se preocupar com reforma de banheiro. Ele tem que se dedicar à questão pedagógica”.

 
Fonte: Téo Meneses/ Fato e Notícia
Terça, 24 Maio 2016 11:28

 

Os ministros interinos da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Romero Jucá, informaram, em coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (20), que o governo interino trabalha com uma estimativa de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para 2016. A projeção supera o déficit de R$ 96,7 bilhões informado, em março, pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff. O governo federal interino enviará, nesta semana, ao Congresso Nacional a proposta para que os parlamentares autorizem as contas com déficit.

 

“Eles não querem mexer nos problemas centrais de arrecadação para manter os benefícios fiscais para empresas, como desoneração da folha de pagamento e outras programas que beneficiem apenas os empresários. Ao aumentar a perspectiva de déficit, o governo provisório necessariamente irá ampliar os cortes”, explica Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN.

 

Para Paulo Rizzo enquanto não houver uma Reforma Tributária que seja efetivamente distributiva e a auditoria da dívida pública, a conta da crise sempre recairá nas costas dos trabalhadores.  “Infelizmente, continuamos em um país que não cobra impostos sobre lucros e grandes fortunas, que mantém uma alta carga tributária para o trabalhador, que é quem mais paga imposto, e ainda se retira os direitos deles com as contrarreformas em curso. Por isso, insistimos na auditoria da dívida pública, já que a dívida beneficia apenas grandes bancos e rentistas”, completa o presidente do ANDES-SN.

 

Veto à auditoria da dívida

 

Em 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff vetou a auditoria da dívida pública presente no Plano Plurianual (PPA 2016-2019). A justificativa para o veto diz que a auditoria poderia resultar em confronto com o pacto federativo, pois também atingiria estados e municípios, e que a gestão da dívida pública já é realizada de maneira transparente pela Secretaria do Tesouro Nacional e pelo Banco Central. O veto ainda deve ser apreciado pela Câmara dos Deputados.

 

 

Fonte: ANDES-SN

 

Terça, 24 Maio 2016 11:24

 

Duas etapas preparatórias estaduais ao II Encontro Nacional de Educação (ENE) ocorreram na última semana, em Sergipe e no Distrito Federal. O II ENE acontecerá em Brasília (DF), de 16 a 18 de junho.

 

Nos dias 18 e 19 de maio foi realizado, no campus São Cristóvão na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o encontro preparatório sergipano. Cerca de 200 pessoas, entre professores e estudantes da educação básica, ensino superior, institutos tecnológicos, movimentos sociais e interessados na educação pública, debateram sobre os eixos do encontro nacional e acerca das suas experiências, demandas e reivindicações em âmbito estadual e municipal.

 

No encontro foi realizada uma mesa sobre a conjuntura atual e o projeto neoliberal - a partir do governo da Dilma Rousseff e, agora, com o governo provisório de Michel Temer, e as suas consequências para a educação. Nesta mesma mesa, o estudante secundarista Vinicius Bocanegra, do movimento estudantil que ocupou as escolas estaduais de São Paulo, falou um pouco sobre as estratégias de luta e os enfrentamentos com o governo paulista. Após, foi realizada uma mesa sobre o tema “Financiamento da Educação”.

 

No dia 19, os participantes realizaram painéis com os temas do II ENE: Avaliação e Gestão, com enfoque no Sistema Nacional de Avaliação e Base Nacional Comum Curricular (BNCC); Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Questões Étnico-Raciais; Trabalho e Formação dos/as Trabalhadores da Educação; Acesso e Permanência. No relatório final constam os elementos debatidos durante o encontro e os desafios da educação em Sergipe, e que serão encaminhados ao II ENE. 

 

No encontro foi aprovada também a carta de Sergipe, em que foi reafirmada a participação na luta contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/16, que ataca frontalmente os direitos dos servidores públicos, e a defesa de uma greve geral para enfrentar a política de ajuste fiscal, entre outras lutas.

 

Sônia Meire, 3ª vice-presidente do ANDES-SN e umas das organizadoras do encontro preparatório estadual, o avaliou de forma positiva. “O encontro preparatório conseguiu reunir segmentos interessados em avançar na lutas em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. E precisaremos desta unidade para fazer o enfrentamento ao Capital. Esperamos que o II ENE também consiga unificar estes segmentos e que consolidemos os fóruns e comitês estaduais para lutar pela educação”, disse.

 

Encontro do DF

 

A etapa preparatória do Distrito Federal ocorreu no último sábado (21) no auditório Joaquim Nabuco da Faculdade de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB). O encontro iniciou com uma mesa de abertura, seguida de uma análise sobre a atual conjuntura e os ataques recentes nas áreas sociais, em especial, na educação. Participaram da mesa representantes do Movimento Unidade Popular, Anel, do Comitê Nacional em Defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública Já!, RUA, e estudantes da UnB que ocupam o Centro de Convivência Negra da instituição.

 

No período da tarde ocorreram as discussões nos grupos de trabalho a partir dos eixos balizadores do II ENE: Acesso e Permanência; Avaliação; Financiamento; Gestão, Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual, Questões Étnico-Raciais, e Trabalho e Formação das/os trabalhadores da Educação. No final, foi elaborado um relatório abordando as questões essenciais sobre a atual conjuntura e a articulação entre a complexidade da luta de classes na sociedade brasileira contemporânea e a luta em defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos.

 

“Os encontros têm sido fundamentais para a gente atualizar o plano de lutas em defesa da educação. Nós estamos vivenciando ataques constantes na educação pública, percebemos que as ações privatistas estão cada vez mais intensas e as etapas estaduais e municipais têm possibilitado instrumentalizar os seus participantes para a etapa nacional”, disse Alexandre Santos, 1° vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN. O encontro preparatório do DF é o primeiro realizado pela Secretaria Regional Planalto do Sindicato Nacional. O próximo será o goiano, no dia 4 de junho, em Goiânia.

 

Imagem de ENE-SE

 

Saiba Mais

 

Três estados realizam encontros preparatórios ao II ENE

 

Fonte: ANDES-SN

 

Terça, 24 Maio 2016 11:12

 

Circular Nº  153/16

Brasília, 23 de maio de 2016

 

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

 

 

 

Companheiros

 

 

 

 

Convocamos reunião do Setor dos docentes das IFES, conforme o que se segue:

 

Data: 4 e 5 de junho de 2016 (sábado e domingo)

Local – Sede do ANDES-SN (SCS, Q. 2 Bl. C, Ed. Cedro II, 3º andar, Brasília-DF)

Início: às 9h do dia 4/6

Término: às 17h do dia 5/6

 

Pauta:

1 - Informes nacionais

2 - Informes das seções sindicais

3 - Avaliação da conjuntura

4 – Encaminhamentos

5 – Outros

 

Sem mais para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

 

 

 

Profª Cláudia March

Secretária Geral 

Terça, 24 Maio 2016 10:02

 

 

 

Dirceu Grasel

Faculdade de Economia / UFMT

 

Diante da nova configuração política, com um governo de coalizão, um presidente com seus direitos políticos cassados, sem pretensões para novos mandatos e sem compromisso com popularidade, existe uma grande possibilidade de que as reformas voltem à pauta e sejam aprovadas a toque de caixa.

 

Dentre as reformas necessárias ou que sempre são lembradas temos a reforma da previdência que afeta diretamente os interesses dos trabalhadores, principalmente dos funcionários públicos. Portanto, algumas questões precisam ser aprofundadas: 1) a reforma é necessária? 2) realmente existe um déficit na previdência? Este artigo pretende trazer e interpretar alguns resultados de um estudo realizado em janeiro de 2016, referente ao período de 1999 a 2015, pelo professor de Economia da FGV, Nelson Marconi e publicado na revista Conjuntura Econômica de abril de 2016.

 

Neste artigo não discuto a necessidade ou não do ajuste fiscal, que pode ser objeto de outro artigo, pois entendo que o caos nas finanças públicas, o crescimento do endividamento público federal e sua tendência tornam esta discussão desnecessária, levando naturalmente o foco para como fazê-lo e como o ônus deveria ser distribuído entre todos os brasileiros e não parte deles e, além disso, com a esperança de que o quadro atual que é herança do governo impedido não comprometa reposições salariais aos funcionários públicos e os avanços nas políticas sociais, mesmo sendo pouco provável.

 

I - A PREVIDÊNCIA DOS TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA (INSS):

 

O estudo mostra um déficit crescente no resultado da previdência dos trabalhadores de iniciativa privada (INSS), que chegou a R$ 90,3 bilhões no ano de 2015. Este déficit resulta basicamente do déficit de previdência rural, que foi de R$ 95,8 bilhões, pois a previdência urbana, apesar do impacto negativo da redução do emprego formal, ainda apresentou um superávit de R$ 5,5 bilhões.

 

Portanto, o déficit na previdência dos trabalhadores de iniciativa privada (INSS) ocorre basicamente em função do déficit da previdência rural, que resulta de confusão entre os conceitos de previdência (contribuir para depois se aposentar) e assistência (aposentar quem nunca ou pouco contribuiu). Não se trata de ser contra esta forma de inclusão social do homem do campo, apenas destacar esta confusão de conceito e suas implicações.

 

A ideia de aposentadoria está relacionada a uma contribuição durante a vida ativa e a garantia de uma segurança financeira quando as condições físicas já não permitem o mesmo desempenho na garantia do seu sustento e manutenção do seu padrão de vida. Sendo assim, para afirmar que existe déficit na previdência dos trabalhadores de iniciativa privada (INSS), seria necessário fazer um estudo atualizado que mostrasse os gastos na previdência rural com aposentadorias e assistência, dados que não tive acesso. No entanto, é possível afirmar que o déficit apresentado é maquiado e se existir é bem menor do que os números oficiais mostram.

 

O fato é que a sociedade, através dos seus lideres e governantes, ampliou a assistência ao homem do campo, o que é louvável, mais tem implicações sobre a previdência como um todo e não me surpreenderia que esta confusão de conceito se trate de uma estratégia para construir argumentos para fazer uma nova reforma e jogar todo ônus ao trabalhador, especialmente ao aposentado.

 

O ponto central neste aspecto é que é injusto que os aposentados paguem uma conta que deveria ser paga por toda sociedade, ou seja, pelos trabalhadores da ativa, aposentados, pelos empresários e rentista.

 

II - A PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS:

 

Da mesma forma como a previdência dos trabalhadores de iniciativa privada (INSS), o déficit da previdência dos servidores públicos federais vinha crescendo no período de 1999 a 2015, mas mostra sinais de estabilização a partir de 2015, resultado da reforma que mudou os critérios para os novos servidores que ingressam na carreira. Mesmo assim, em 2015 o déficit é de R$ 92,8 bilhões, portanto, superior ao da previdência dos trabalhadores de iniciativa privada (INSS), que foi R$ 90,3 bilhões, com o agravante de que no setor público são 980 mil beneficiados e no INSS 32,7 milhões.

 

Neste caso não se trata de maquiagem dos dados, o déficit realmente existe, mesmo com uma contrapartida dobrada do governo federal, isto é, a cada 1 real que o funcionário público federal contribui (11% do salário), o governo federal contribui com 2 reais (22% do salário).

 

Apesar dos sinais de estabilização do déficit e de um possível recuo com a diminuição gradual dos aposentados no sistema paritário e integral, é muito provável que novas propostas de reforma surjam, com foco na ampliação nos anos trabalhados, estratégia que o governo Dilma já tentou implementar e/ou aumento do percentual de contribuição dos ativos e aposentados deste sistema.

 

Outro aspecto que merece ser mencionado, é que quando se trata da aposentadoria dos funcionários públicos federais sempre surge à discussão de que este sistema oferece privilégios, pois permite: 1) a aposentadoria integral (aposenta com o último salário, exceto alguns benefícios) e 2) paritária (direito a reajustes automáticos de acordo com reposições ou aumentos do salário dos servidores da ativa), o que não acorre com os trabalhadores da iniciativa privada, que tem um teto para aposentadoria e perda considerável do poder de compra ao longo do tempo.

 

A ideia de privilégio se difunde com facilidade porque existem regras diferenciadas entre servidores e trabalhadores da iniciativa privada e se sustenta pelo fato de que nem todas as informações são apresentadas. Por exemplo, não se mostra os motivos que levaram a implementação do regime jurídico único. O setor público diante de uma crescente dificuldade para pagar o FGTS negociou com os servidores um regime diferenciado, com o fim do FGTS, concedendo em troca estabilidade no emprego e aposentadoria integral e paritária.

 

É natural que esta discussão apareça, quando se tem regras diferentes de um sistema para outro. Contudo, isto não quer dizer que realmente existem privilégios, por dois motivos: 1) os servidores contribuem sobre seu salário integral e os trabalhadores da iniciativa privada sobre o salário registrado, até o limite do valor máximo de aposentadoria, 2) Os trabalhadores da iniciativa privada recebem o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e os servidores não.

 

Além disso, qualquer servidor hoje trocaria seus “alardeados privilégios” por um montante significativo de saldo do FGTS, que seguramente poderia ser visto como uma aposentadoria mais segura, tendo em vista que se receberia este recurso na hora da sua aposentadoria e o próprio beneficiário poderia administrá-lo como quisesse, eliminando riscos elevados ao deixar estes recursos nas mãos de terceiros que são remunerados por comissões e expõem estes fundos a elevados riscos. Veja o caso dos fundos de pensões nos EUA na crise de 2008 e os desfalques nos fundos de pensões no Brasil, que ainda estão sendo apurados.

 

O seguinte fato também merece ser destacado. Como os servidores que ingressam no serviço público após a implementação das novas regras perderam a paridade e integralidade, pois ingressam em condições semelhantes dos trabalhadores da iniciativa privada, seria justo que também recebessem o FGTS. Na verdade o recomendável seria que existisse uma única regra para todos os trabalhadores, para evitar ideias errôneas de privilégio, onde não existe.

 

Em síntese: diante deste quadro, é muito provável que o governo que está sendo implementado a partir de do dia 12 de maio faça uma reforma na previdência dos servidores públicos federais que pode resultar nos seguintes ônus: 1) ampliação do tempo de serviço mínimo para ter direito a aposentadoria e, 2) aumento da contribuição mensal dos servidores.

 

Referências:

MARCONI, Nelson. Porque a reforma da Previdência é urgente? In: Revista Conjuntura Econômica, vol. 70. nº. 04, Abril 2016.

Segunda, 23 Maio 2016 14:30

 

Estudantes ocuparam no início da noite desse domingo (22) a Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, localizada em Várzea Grande. A ocupação segue movimento nacional e é parte de uma campanha contra corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o projeto de terceirização de serviços administrativos das escolas públicas.

 

A ocupação contou com cerca de 30 estudantes e foi aprovada de última hora durante manifesto chamado de “Ato Pela Educação de Mato Grosso”. O evento foi realizado no final da tarde desse domingo.

 

Após aprovarem a ocupação, os estudantes começaram a ganhar doações de colchões e alimentos através de mobilização pelas redes sociais. Oriundos de Cuiabá e Várzea Grande, os alunos prometem permanecer por tempo indeterminado na escola e admitem interesse em ampliar as ocupações.

 

A ocupação em Várzea Grande segue uma onda de manifestações similares em todo o país, o que vem gerando também fortes reações por parte dos governos estaduais e suas respectivas polícias. As primeiras ocorreram em São Paulo por conta de denúncias de desvios de recursos públicos que deveriam ser aplicados em merenda, além da redistribuição dos alunos na rede estadual sem consultar a comunidade.

 

Em Mato Grosso, essa é a primeira ocupação decorrente das denúncias de desvios na Seduc e projeto de terceirização de serviços administrativos das escolas. Ocorre depois de deflagrada a Operação Rêmora, que investiga desvios de recursos nas obras realizadas pela Seduc.

 

O presidente da Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME), Juarez França, afirma que o movimento espera ganhar adesão de estudantes, professores, trabalhadores e comunidade da região da escola.

 

“Vamos ocupar e sair apenas quando a gente derrubar essa ideia de terceirização dos serviços administrativos das escolas”, afirma o líder estudantil.

 

AULA

 

Estudantes que ocupam a Escola planejam uma aula aberta para a comunidade e alunos a partir das 7h30 dessa segunda-feira (23). Querem debater a corrupção na Seduc e o MTpar. Professores já admitem apoio e podem suspender a aula no período matutino.

 

Fonte: Fato e Notícia/ Téo Meneses