Quarta, 27 Abril 2016 12:21

 

A energia na caminhada impressiona. Foram 27 km a pé, dois dias de caminhada em fila, saindo da BR 364, próximo do rio Aricá, em direção a Praça Ulisses Guimarães, no Centro Político e Administrativo de Cuiabá. Nos pés de muitos que ali caminhavam, chinelo. Além do desgaste físico, o emocional também é um fator importante durante o trajeto. Não é fácil defender a Reforma Agrária e os direitos dos trabalhadores rurais na capital do agronegócio, ainda mais em tempos de aprofundamento da intolerância.

  

Todos os anos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza uma longa caminhada, dentro da programação do Abril Vermelho. Além das reivindicações gerais do Movimento, como reforma agrária, saúde e educação de qualidade no campo, os trabalhadores lembram, nesse período, que mais um ano se passou sem a punição adequada dos responsáveis pelo massacre do Eldorado dos Carajás, em 1996. Dezenove vidas foram retiradas naquele 17/04. Vinte anos depois, alguns dos autores do crime cumprem pena em regime domiciliar, outros foram absolvidos no final do julgamento, apesar de todas as evidências.

 

A marcha desse ano teve início na segunda-feira (25/04), com os primeiros 17 km cumpridos de acordo com o planejado. Os trabalhadores descansaram na entrada de Cuiabá.  Na terça-feira, acompanhados de outros movimentos sociais, os trabalhadores percorreram mais 10 km do trajeto, até a Praça Ulisses Guimarães. O MST deve permanecer acampado na região durante alguns dias, enquanto pretende avançar em determinadas pautas políticas com INCRA e Secretaria Estadual de Educação. A educação é o tema de parte da programação do Abril Vermelho, que contém o “Ciclo de Debates: Educação e Luta de Classes”, com atividades até o dia 29/04, na UFMT (confira abaixo). Esse ano, o MST também marchou em defesa da democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.    

 

A Seção Sindical do Andes – Sindicato Nacional (Adufmat-Ssind) acompanhou a marcha e prestou seu apoio, reafirmando sua posição histórica enquanto entidade classista. “O ANDES-SN tem uma visão bastante clara da nossa identidade sindical, classista e solidária a todos os movimentos sociais de trabalhadores. O MST, especialmente nessa agenda anual, do Abril Vermelho, é uma expressão genuína dessa luta dos trabalhadores brasileiros, que é nossa também, dos servidores públicos e dos professores”, disse o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo.

 

Durante a atividade, Araújo chamou a atenção para a conjuntura política do país, que certamente, em sua análise, implicará na organização e grande mobilização dos trabalhadores nos próximos meses.

 

Por onde a marcha passou, não ficou indiferença. Manifestações de apoio e também contrárias à luta demonstram que, bem ou mal, os brasileiros estão interessados e conectados às questões políticas do país, que não se resumem a interesses partidários. Cumpriram seu objetivo os mais de 600 marchadores que atravessaram Cuiabá nessa terça-feira: pautaram sua luta, e disseram à milhares de pessoas que os viram no caminho que é preciso melhorar as condições de vida e trabalho dos brasileiros do campo e da cidade. Para isso, é preciso haver, de início, ao menos consciência e envolvimento da população.

 

Pedras no caminho

 

Não era de se admirar, diante do cenário de intolerância e violência, que houvesse alguma investida para tentar romper ou atrapalhar a marcha do MST. O grupo já tem algumas experiências nesse sentido. No entanto, a surpresa, dessa vez, veio de um agente da Polícia Federal.

 

Assim apontam diversos relatos de membros do MST, e também de outras pessoas que não pertencem ao Movimento, mas acompanhavam a marcha: cerca de cinco km do início da atividade na segunda-feira, um homem simplesmente avançou com o carro sobre os trabalhadores que caminhavam no final da fila. A equipe de segurança do Movimento, tentando evitar que o condutor continuasse e atropelasse as pessoas, acabou quebrando um vidro do seu carro. Gritando e portando uma arma de fogo, o homem, sem nenhuma identificação no veículo ou na roupa, desceu do carro ameaçando os trabalhadores. A segurança do movimento o imobilizou e retirou a arma. Feito isso, o homem entrou no seu carro e foi embora. Cerca de duas horas depois, ele voltou acompanhado da Polícia Rodoviária Federal, que o identificou da maneira devida e iniciou, junto ao MST, o procedimento de devolução da arma. Em nenhum momento a marcha parou ou atrasou. Não houve nenhum incidente.

 

O advogado do MST, Silvio Araújo, explicou que, passado o susto, a negociação foi tranquila. “A tomada da arma foi um ato de defesa. Qualquer pessoa armada representa um perigo, e a pessoa em questão se identificava, apenas, verbalmente. Com relação à devolução da arma, foi um processo bastante tranquilo. Não é interesse do Movimento se apropriar indevidamente de bem público. A arma pertence à União, então nós a devolvemos conforme combinamos com os policiais que fizeram o contato conosco nesse sentido”.       

 

As atividades do Abril Vermelho seguem até o dia 01/04, confira:

 

PROGRAMAÇÃO ABRIL VERMELHO 2016

 

Dia 24/04 
16h - Ato público de lançamento da Marcha do MST
Local: Rodovia BR 364, sentido Rondonópolis, próximo ao Rio Aricá e PRF

 

Dia 25/04
5h - Largada da Marcha do MST
Percurso: 17 Km de caminhada. BR364 entrando em Cuiabá pela av. Fernando Correa da Costa (aproximadamente 4 a 5 horas de caminhada)
Parada para almoço, descanso e pouso.
Local: área próxima ao trevo/ viaduto Av. Fernando Correa/ Av. Palmiro Paes de Barros
Período da tarde: Formação política (estudo da conjuntura, reforma trabalhista, política de ajustes do governo estadual, etc.)
Noite: atividades culturais - filmes e apresentações

 

Dia 25/04
18h: Reunião para a constituição do Núcleo da UFMT da FRENTE BRASIL POPULAR MT e Ato SAÚDE CONTRA O GOLPE
Auditório 1 do ICHS – UFMT

 

26/04
6h - continuidade da marcha - Av. Fernando Correa até Av. Prainha (morro da Luz), Av. Rubens de Mendonça rumo ao INCRA
Parada para almoço, descanso e pouso
Período da tarde: formação política (estudo da conjuntura, reforma trabalhista, política de ajustes do governo estadual, etc.)
Noite: atividades culturais - filmes e apresentações

 

27/04
8h - ações de lutas na região do Centro Político Administrativo
Pauta: a partir da orientação nacional
Período da tarde: formação política (estudo da conjuntura, reforma trabalhista, política de ajustes do governo estadual, etc.)
Noite: atividades culturais - filmes e apresentações

Ciclo de debates "Educação e luta de classes"

 

27/04/2016 - Local: ADUFMAT
9h – 11h - Panorama da Reforma Agrária do Brasil - Idalice (MST) e Domingos Sávio (Unemat)
14h - 17h - O Estado e o Estado Brasileiro - Ivo Tonet (UFAL)
19h - 22h - Roda de conversa e vídeo

 

28/04/2016 - Local: ADUFMAT
9h – 11h - Carajás: 20 anos de impunidade - Lucineia (MST)
14h – 17h - O Estado e o Estado Brasileiro - Ivo Tonet (UFAL)

 

29/04/2016 - Local: ADUFMAT
9h – 11h - Reforma agrária popular e a perspectiva das lutas - Nivea Regina (direção nacional do MST-RJ)
14h – 17h - O Estado e o Estado Brasileiro - Ivo Tonet (UFAL)
19h – 22h - Sarau: As castanheiras lembram, e você?

 

30/04/2016

Noite - panfletagem contra o golpe no SESI Papa

 

01/05/2016
12h - Almoço com o MST no INCRA (Centro Político)
16h - Romaria dos Trabalhadores - saída do INCRA até a praça cultural do CPA1)
17h - Ato em comemoração ao dia do trabalhador

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 27 Abril 2016 12:19

 

A energia na caminhada impressiona. Foram 27 km a pé, dois dias de caminhada em fila, saindo da BR 364, próximo do rio Aricá, em direção a Praça Ulisses Guimarães, no Centro Político e Administrativo de Cuiabá. Nos pés de muitos que ali caminhavam, chinelo. Além do desgaste físico, o emocional também é um fator importante durante o trajeto. Não é fácil defender a Reforma Agrária e os direitos dos trabalhadores rurais na capital do agronegócio, ainda mais em tempos de aprofundamento da intolerância.

  

Todos os anos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza uma longa caminhada, dentro da programação do Abril Vermelho. Além das reivindicações gerais do Movimento, como reforma agrária, saúde e educação de qualidade no campo, os trabalhadores lembram, nesse período, que mais um ano se passou sem a punição adequada dos responsáveis pelo massacre do Eldorado dos Carajás, em 1996. Dezenove vidas foram retiradas naquele 17/04. Vinte anos depois, alguns dos autores do crime cumprem pena em regime domiciliar, outros foram absolvidos no final do julgamento, apesar de todas as evidências.

 

A marcha desse ano teve início na segunda-feira (25/04), com os primeiros 17 km cumpridos de acordo com o planejado. Os trabalhadores descansaram na entrada de Cuiabá.  Na terça-feira, acompanhados de outros movimentos sociais, os trabalhadores percorreram mais 10 km do trajeto, até a Praça Ulisses Guimarães. O MST deve permanecer acampado na região durante alguns dias, enquanto pretende avançar em determinadas pautas políticas com INCRA e Secretaria Estadual de Educação. A educação é o tema de parte da programação do Abril Vermelho, que contém o “Ciclo de Debates: Educação e Luta de Classes”, com atividades até o dia 29/04, na UFMT (confira abaixo). Esse ano, o MST também marchou em defesa da democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.    

 

A Seção Sindical do Andes – Sindicato Nacional (Adufmat-Ssind) acompanhou a marcha e prestou seu apoio, reafirmando sua posição histórica enquanto entidade classista. “O ANDES-SN tem uma visão bastante clara da nossa identidade sindical, classista e solidária a todos os movimentos sociais de trabalhadores. O MST, especialmente nessa agenda anual, do Abril Vermelho, é uma expressão genuína dessa luta dos trabalhadores brasileiros, que é nossa também, dos servidores públicos e dos professores”, disse o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo.

 

Durante a atividade, Araújo chamou a atenção para a conjuntura política do país, que certamente, em sua análise, implicará na organização e grande mobilização dos trabalhadores nos próximos meses.

 

Por onde a marcha passou, não ficou indiferença. Manifestações de apoio e também contrárias à luta demonstram que, bem ou mal, os brasileiros estão interessados e conectados às questões políticas do país, que não se resumem a interesses partidários. Cumpriram seu objetivo os mais de 600 marchadores que atravessaram Cuiabá nessa terça-feira: pautaram sua luta, e disseram à milhares de pessoas que os viram no caminho que é preciso melhorar as condições de vida e trabalho dos brasileiros do campo e da cidade. Para isso, é preciso haver, de início, ao menos consciência e envolvimento da população.

 

Pedras no caminho

 

Não era de se admirar, diante do cenário de intolerância e violência, que houvesse alguma investida para tentar romper ou atrapalhar a marcha do MST. O grupo já tem algumas experiências nesse sentido. No entanto, a surpresa, dessa vez, veio de um agente da Polícia Federal.

 

Assim apontam diversos relatos de membros do MST, e também de outras pessoas que não pertencem ao Movimento, mas acompanhavam a marcha: cerca de cinco km do início da atividade na segunda-feira, um homem simplesmente avançou com o carro sobre os trabalhadores que caminhavam no final da fila. A equipe de segurança do Movimento, tentando evitar que o condutor continuasse e atropelasse as pessoas, acabou quebrando um vidro do seu carro. Gritando e portando uma arma de fogo, o homem, sem nenhuma identificação no veículo ou na roupa, desceu do carro ameaçando os trabalhadores. A segurança do movimento o imobilizou e retirou a arma. Feito isso, o homem entrou no seu carro e foi embora. Cerca de duas horas depois, ele voltou acompanhado da Polícia Rodoviária Federal, que o identificou da maneira devida e iniciou, junto ao MST, o procedimento de devolução da arma. Em nenhum momento a marcha parou ou atrasou. Não houve nenhum incidente.

 

O advogado do MST, Silvio Araújo, explicou que, passado o susto, a negociação foi tranquila. “A tomada da arma foi um ato de defesa. Qualquer pessoa armada representa um perigo, e a pessoa em questão se identificava, apenas, verbalmente. Com relação à devolução da arma, foi um processo bastante tranquilo. Não é interesse do Movimento se apropriar indevidamente de bem público. A arma pertence à União, então nós a devolvemos conforme combinamos com os policiais que fizeram o contato conosco nesse sentido”.       

 

As atividades do Abril Vermelho seguem até o dia 01/04, confira:

 

PROGRAMAÇÃO ABRIL VERMELHO 2016

 

Dia 24/04 
16h - Ato público de lançamento da Marcha do MST
Local: Rodovia BR 364, sentido Rondonópolis, próximo ao Rio Aricá e PRF

 

Dia 25/04
5h - Largada da Marcha do MST
Percurso: 17 Km de caminhada. BR364 entrando em Cuiabá pela av. Fernando Correa da Costa (aproximadamente 4 a 5 horas de caminhada)
Parada para almoço, descanso e pouso.
Local: área próxima ao trevo/ viaduto Av. Fernando Correa/ Av. Palmiro Paes de Barros
Período da tarde: Formação política (estudo da conjuntura, reforma trabalhista, política de ajustes do governo estadual, etc.)
Noite: atividades culturais - filmes e apresentações

 

Dia 25/04
18h: Reunião para a constituição do Núcleo da UFMT da FRENTE BRASIL POPULAR MT e Ato SAÚDE CONTRA O GOLPE
Auditório 1 do ICHS – UFMT

 

26/04
6h - continuidade da marcha - Av. Fernando Correa até Av. Prainha (morro da Luz), Av. Rubens de Mendonça rumo ao INCRA
Parada para almoço, descanso e pouso
Período da tarde: formação política (estudo da conjuntura, reforma trabalhista, política de ajustes do governo estadual, etc.)
Noite: atividades culturais - filmes e apresentações

 

27/04
8h - ações de lutas na região do Centro Político Administrativo
Pauta: a partir da orientação nacional
Período da tarde: formação política (estudo da conjuntura, reforma trabalhista, política de ajustes do governo estadual, etc.)
Noite: atividades culturais - filmes e apresentações

Ciclo de debates "Educação e luta de classes"

 

27/04/2016 - Local: ADUFMAT
9h – 11h - Panorama da Reforma Agrária do Brasil - Idalice (MST) e Domingos Sávio (Unemat)
14h - 17h - O Estado e o Estado Brasileiro - Ivo Tonet (UFAL)
19h - 22h - Roda de conversa e vídeo

 

28/04/2016 - Local: ADUFMAT
9h – 11h - Carajás: 20 anos de impunidade - Lucineia (MST)
14h – 17h - O Estado e o Estado Brasileiro - Ivo Tonet (UFAL)

 

29/04/2016 - Local: ADUFMAT
9h – 11h - Reforma agrária popular e a perspectiva das lutas - Nivea Regina (direção nacional do MST-RJ)
14h – 17h - O Estado e o Estado Brasileiro - Ivo Tonet (UFAL)
19h – 22h - Sarau: As castanheiras lembram, e você?

 

30/04/2016

Noite - panfletagem contra o golpe no SESI Papa

 

01/05/2016
12h - Almoço com o MST no INCRA (Centro Político)
16h - Romaria dos Trabalhadores - saída do INCRA até a praça cultural do CPA1)
17h - Ato em comemoração ao dia do trabalhador

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 26 Abril 2016 09:50

 

                                                                                   Benedito Pedro Dorileo

 

 

Na experiência alcançada em sala de aula a estudar a Estilística da Língua Portuguesa, fomos observando que as palavras se encontram subordinadas a uma escala de valores expressivos: umas fundamentais, garantidoras do sentido – as reais (semantemas): do substantivo ao pronome. Os instrumentos gramaticais (morfemas) são construídos por elementos de relação e precisão: artigos, preposições, conjunções e, por vezes, advérbios e numerais.

 

Na prática, a velocidade da vida hodierna impõe economia de palavras para se não perder tempo. O homem de ação arredonda a frase para agir, comandar, até para criar palavra de ordem – como nos sindicatos, ademais nestes tempos políticos de marqueteiros.

 

Hoje a linguagem da internet exige esta concisão – a palavra custa dinheiro.

 

As palavras reais distinguem-se pela sua força expressiva, despertando imagem enérgica das coisas a que se referem, criando em cada pessoa sensação/emoção que particularmente lhe sucede. Somos saudosos das horas vividas em meio aos estudantes, na bela alacridade a exprimir em cada um a sensação da palavra, invadindo-lhe a sensibilidade do cérebro.

 

A palavra chuva proporcionava uma festa nas chaves visual, térmica, olfativa, auditiva e até táctil. – E quantas ideias paralelas como bátega, ruído, enchente, goteira etc. Depois a concepção de frases: a prosa e chegava à poesia pelo poder sinestésico.

 

Imaginem as sensações provocativas das palavras: limão, céu, lágrima, sorriso. De nossa parte, o sino traz-nos a evocação das imagens saudosas do menino salesiano chamado nas manhãs para a celebração eucarística; o terceiro toque para a saída da procissão. Ou para o literato o significado fatal do sino para Macbeth na dramaturgia de William Shakespeare. Ou a emoção súbita de morte a qualquer hora anunciada pelo repicar fúnebre do sino. Acrescentem-se imagens sonora, motriz, visual e outras, como a lembrança do sineiro da Catedral, o adolescente Carlos Eduardo Epaminondas – médico cuiabano decano.

 

Predominam imagens visuais, como é próprio de objetos materiais, coisas tangíveis. A fantasia pode transcender para além do objeto e dá representações que pouca relação têm com ele – é o que se chama de parafantasia: o vento pode lembrar o barco, o moinho e até a energia eólica.

 

As palavras abstratas não são tão representativas em tese; porém, sua forma sonora gera fartas imagens, como a cor e sensações tantas. Estudiosos veem cor em saudade – azul; rancor – vermelho; esperança – verde; paixão – roxo. Chegamos a um ponto importante: a estas correspondências, interpenetrações de múltiplos sentidos levar-nos a um estudo interessante de cunho científico: a sinestesia, que desempenha função destacada na literatura. Basta saber que prosa e especialmente poesia socorrem-se naturalmente de percorrer o seu caminho. A continuar.

 

                                                  

                                                         Dorileo é associado da Academia

                                                         Mato-Grossense de Letras, cadeira nº 26.

                                                         Patrono: Joaquim Duarte Murtinho.    

 

Segunda, 25 Abril 2016 19:08

 

Eleições para diretoria do ANDES-SN acontecem em 10 e 11 de maio

 

Reproduzimos abaixo a entrevista concedida ao InformANDES de abril,  pela candidata à presidência do ANDES-SN, Eblin Farage, para a diretoria do Sindicato Nacional biênio 2016-2018. As eleições acontecem nos dias 10 e 11 de maio, em todo território nacional.

 

Na entrevista, a docente destaca os desafios do processo eleitoral em uma conjuntura de acirramento da crise política e do Capital e de constantes ataques aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos. A candidata faz um chamado a todos os docentes para que participem do processo eleitoral, com o objetivo de intensificar o enraizamento do sindicato na base e ressalta que os docentes podem votar em trânsito. Acesse os materiais da Eleição.

 

Comissões eleitorais locais

 

Na última quarta-feira (20), a Comissão Eleitoral Central prorrogou o prazo até o dia 2 de maio às 18h, para as seções sindicais e as Secretarias Regionais enviarem, impreterivelmente, a composição da Comissão Eleitoral Local para endereço eletrônico O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

 

Confira a entrevista:

 

ANDES-SN: Quais os desafios de realizar o processo eleitoral nessa conjuntura – política e também de intensificação dos ataques aos trabalhadores e precarização das condições de trabalho?

 

Eblin Farage: Em qualquer conjuntura, a realização de eleições para um sindicato nacional, que se organiza pela base, é um desafio. A crise que é política, econômica e social, e que vem se materializando com a intensificação dos ataques aos direitos dos trabalhadores, materializa o projeto do Capital, em curso há séculos, o que inclui suas crises cíclicas. Nesse sentido, a realização de eleições diretas, nesta conjuntura, impõem-nos, como desafio, dialogar com a categoria, dar visibilidade ao nosso projeto de sociedade, de educação e de universidade, reafirmando a impreterível necessidade de organização de nossa categoria, articulada aos demais segmentos da classe, para que possamos de fato fazer frente ao projeto de sociabilidade imposto pelo Capital. Só a construção efetiva de um polo classista e a reafirmação de outra forma de sociabilidade, construídas em diálogo efetivo com a categoria, serão capazes de não nos deixar cair em falsas polarizações.

 

Qual a importância do processo eleitoral e a forma como ele se dá – via eleições direta - para a representatividade do ANDES-SN?

 

E.F.: O processo eleitoral de forma direta reafirma a construção de um sindicato classista e que se organiza pela base, como um dos seus princípios fundamentais. Nesse sentido, aproveitar o momento da eleição para dialogar com a categoria, em suas diversas realidades, é fundamental para redimensionar a representatividade de nosso sindicato junto à categoria.

 

Nos debates que você tem feito, o que você destacaria da realidade da categoria? Quais pontos são comuns e quais as diferenças nas regiões que visitou?

 

E.F.: O que se tem em comum é um projeto de educação - contrarreforma da educação - sendo implementado tanto pelo governo federal como pelos governos estaduais e municipais, que têm por base o sucateamento da educação pública e a imposição da mercantilização. O que temos de diferente é o nível de capilaridade dessa política nas diferentes IES, e que tem relação direta com o nível de organização da categoria em cada local de trabalho.

 

Quais os principais desafios que a nova diretoria irá enfrentar a partir do segundo semestre?

 

E.F.: São muitos os nossos desafios, mas acredito que um dos principais é intensificar o enraizamento do nosso sindicato na base, tornando-o conhecido e reconhecido, em especial para os professores recém-ingressos na carreira, com menos de 10 anos de docência nas IES, difundindo e aprofundando o projeto de educação e de universidade que construímos ao longo dos 35 anos de existência do ANDES-SN. Por outro lado, como o projeto de educação que defendemos não deve ser tarefa apenas dos profissionais da educação, nosso desafio consiste também em contribuir para a organização da classe trabalhadora, ampliando nosso arco de alianças com os movimentos sindical, popular, estudantil e social. Assim como, a partir das deliberações de nossos congressos, enraizar a CSP-Conlutas nos estados, os Comitês ou Fóruns Estaduais em defesa da Educação Pública (Fedep) e pautas unitárias no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos (SPF).

 

Fonte: ANDES-SN

 

Segunda, 25 Abril 2016 19:06

 

As inscrições para participação no II Encontro Nacional de Educação (ENE) foram abertas nesta segunda-feira (25). Para se inscrever, o interessado deve acessar a ficha de inscrição disponível no site do evento, preenchê-la, e fazer a transferência do valor da inscrição para a conta indicada. O II ENE ocorrerá em Brasília (DF) de 16 a 18 de junho.

 

Na ficha de inscrição, é necessário o preenchimento de alguns campos obrigatórios, que permitirão à organização do evento preparar melhor o ENE, como se é necessário creche ou alojamento, ou se são necessárias adaptações para garantir acessibilidade as pessoas com necessidades especiais. Também há campos não obrigatórios, que a organização do evento sugere o preenchimento, tais como orientação sexual, identidade de gênero e raça.

 O pagamento da taxa de inscrição, cujo valor varia de acordo com a categoria do inscrito, só poderá ser realizado por meio de transferência bancária. O valor deve ser transferido para conta 29.331-8, agência 2883-5, Banco do Brasil utilizando o código identificador: para Pessoa Física NÚMERO DO CPF; para pessoa jurídica NÚMERO DO CNPJ. A não utilização do código pode acarretar no cancelamento da inscrição. O comprovante da transferência deve ser enviado para o email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

Giovanni Frizzo, diretor do ANDES-SN, ressalta a importância da realização das inscrições com antecedência para garantir melhores condições a todos os participantes do ENE. “A mobilização em torno da construção do II ENE já está em curso com a realização das etapas preparatórias nos municípios e estados, a abertura das inscrições é acompanhada da organização das caravanas que virão para a etapa nacional em junho. É fundamental que as inscrições sejam feitas com antecedência para que tenhamos um mapeamento da quantidade de pessoas que participarão e possamos garantir as melhores condições para a realização do encontro”, afirma o docente.

 

Acesse aqui a Ficha de Inscrição

 

 Fonte: ANDES-SN

Segunda, 25 Abril 2016 19:05

 

Docentes de 47 seções sindicais do ANDES-SN participaram neste final de semana (23 e 24) do 1° Encontro do Curso Nacional de Formação Política e Sindical do ANDES-SN realizado na Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), em Recife (PE). Organizado pelo Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) do Sindicato Nacional, este é o primeiro de uma série de quatro encontros que serão realizados em acordo com as deliberações do 35º Congresso do ANDES-SN, ocorrido em janeiro deste ano em Curitiba (PR).

 

Sob o tema “Os fundamentos da sociedade capitalista, mundo do trabalho hoje e organização sindical”, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Marcelo Dias Carcanholo, ministrou o curso abordando temas de interesse da classe trabalhadora e do mundo do trabalho, como o capital, a dívida pública, o neoliberalismo e a organização do trabalho e político-sindical dos trabalhadores, entre outros subtemas.

 

Segundo André Guimarães, 1° vice-presidente da Regional Norte II e um dos coordenadores do GTPFS do ANDES-SN, a atividade foi bastante positiva tanto pela ampla participação dos docentes filiados ao Sindicato Nacional quanto pela qualidade do conteúdo abordado pelo Marcelo Carcanholo, que conseguiu explorar o conjunto das temáticas com qualidade. “O ANDES-SN precisa aprofundar sempre a discussão sobre a política de organização sindical, os desafios do movimento e as formas de organização como categoria e classe trabalhadora. Para além disso, temos professores que ingressaram recentemente nas instituições de ensino superior e no movimento sindical, e que precisavam de um curso de formação. O primeiro encontro cumpriu esse duplo desafio”, afirma.

 

Próximos encontros

 

O próximo encontro será realizado no início do mês de junho em Porto Alegre (RS) e irá abordar a formação econômica social do Brasil e da América Latina, o terceiro será sobre a história dos movimentos sociais, sindicatos e luta de classes, e o último sobre educação, universidade e movimento docente.

 

Fonte: ANDES-SN

Segunda, 25 Abril 2016 15:20

 

Circular nº 102/16

 

Brasília, 20 de abril de 2016

 

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

 

Companheiros(as),

 

 

O 34º CONGRESSO do ANDES-SN deliberou:

 

"14. Que o ANDES-SN garanta espaços de convivência infantil em todas as suas atividades para que a responsabilidade com os filhos não seja impeditivo para a participação dos responsáveis nas atividades, quando houver demanda."

 

Em cumprimento a essa deliberação informamos aos participantes do 61º CONAD, a realizar-se em Boa Vista/RR, no período de 30 de junho a 3 de julho de 2016, que a Comissão Organizadora disponibilizará, se houver demanda, uma sala de convivência no local do evento, com recreadores. Informamos-lhes que o espaço será reservado nos horários previstos no cronograma do CONAD e se destina às crianças com até 12 anos. Nos demais horários, o(a) responsável deverá pegar a criança no espaço para suas refeições e demais necessidades. Para um melhor atendimento solicitamos-lhes que as informações a seguir sejam enviadas à secretaria do ANDES-SN até o dia 30 de maio de 2016:

 

1 – Nome da criança e idade;

2 – Nome do participante do CONAD e sua seção sindical

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

Prof. Alexandre Galvão Carvalho

3º Secretário

 

 

Segunda, 25 Abril 2016 13:05

 

À 

Todas as entidades e movimentos filiados e demais parceiros 

Companheiras (os), 

Estamos na reta final de preparação do nosso grande Ato Nacional do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, na Avenida Paulista em São Paulo. Pelos informes que temos recebido, vamos reunir milhares nesta atividade. 

Para ajudar na organização das diversas delegações que virão de vários estados do país, elaboramos essa circular com algumas orientações importantes. 

  • Chegada das delegações: a concentração para o nosso Ato está prevista para começar a partir das 09 horas da manhã. Sugerimos que as delegações cheguem até no máximo nesse horário. Não está prevista a realização de caminhada. O Ato deve ocorrer fixo no local da concentração que é o Vão Livre do Masp; 
  • Visual da Central e das entidades no Ato: orientamos que todas as delegações tragam faixas e bandeiras das entidades e da Central. Todo e qualquer tipo de material que ajude a potencializar um bom visual no nosso será bem-vindo; 
  • Infraestrutura para os participantes do Ato: disponibilizaremos banheiros químicos (incluindo banheiro com acessibilidade) em locais próximos. Haverá uma tenda de apoio da CSP-Conlutas, identificada. Estamos buscando viabilizar também uma pequena praça de alimentação com produtos a preços mais em conta dos que são praticados na Avenida Paulista;
  • Reunião do Espaço de Unidade de Ação no dia 02 de Maio: Orientamos que as entidades discutam a permanência de uma representação para a reunião do Espaço de Unidade de Ação que vai ocorrer no dia 02 de Maio no Hotel San Raphael, às 14 horas. Como sempre, orientamos que os representantes que vão hospedar-se em hotel, utilizem o San Raphael para que possamos usufruir do convênio que nos garante a gratuidade na utilização do auditório. O endereço do hotel é: Largo do Arouche, 150 – Centro – São Paulo/SP. Haverá creche para crianças até 12 anos as(os) participantes que necessitarem deverão informar a quantidade de crianças, idades e necessidades especiais até o dia 27 de abril de 2016 (quarta-feira) através do e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .

Estas são algumas orientações básicas que temos a passar. Qualquer dúvida, é só entrar em contato com a sede nacional da Central. 

 

Saudações de Luta, 

 

Secretaria Nacional da CSP-Conlutas

Segunda, 25 Abril 2016 12:59

 

 

Por Juacy da Silva*

 

Quando Dilma foi reeleita para a presidência da República, há pouco mais de um ano e meio, pouca gente imaginava que o fim de um projeto de poder construído por Lula, o PT e seus aliados, na época   uma ampla maioria de partidos, chegaria ao fim de forma tão rápida e tão trágica.

Diversas foram ou são as razões que explicam este fracasso politico, econômico e de gestão pública. A principal razão foi a corrupção que minou profundamente a gestão petista, onde o petrolão foi como  a continuidade do MENSALÃO, em proporções gigantescas, envolvendo a cúpula empresarial, altos dirigentes de Estatais e diversos setores da administração pública federal, aparelhada pelo PT e demais partidos aliados, incluindo o PMDB, PP, PR e outros que faziam parte da “base” do governo no Congresso Nacional.


Em segundo lugar foi a falta de planejamento, substituído pelo voluntarismo, pelo populismo demagógico e um fisiologismo desmedido. O Palácio do Planalto mais se parecia com um grande Mercado persa, onde cargos nos diversos escalões da administração federal e a liberação de ementas parlamentares e outros “favores” passaram a ser as moedas de troca para  um governo corrupto, medíocre, sem rumo e incompetente.


O desastre econômico, financeiro, orçamentário e fiscal desde o período da campanha de 2014 já  era denunciado por diversos candidatos de oposição ante  as mentiras douradas por um “marketing” de fachada, onde a mentira e as ameaças  eram as armas prediletas do núcleo de agitação e propaganda petista,  conduzido por uma dupla de marketeiros, que atualmente encontra-se  presa em Curitiba por uso de dinheiro oriundo da corrupção, conforme a operação lava jato vem a cada dia demonstrando de forma mais clara.


Costuma-se dizer que no crime organizado, muitas vezes as brigas de quadrilhas é que possibilitam que o submundo da criminalidade venha a tona. Assim também aconteceu e continua a acontecer na operação lava jato, que a cada dia mais se aproxima do núcleo central do poder, chegando mais perto de Dilma, de Lula, do PT e de outros partidos que até  há poucas semanas dividiam o botim da corrupção em que se  transformou nosso país.

Quando partidos de oposição denunciaram práticas nada éticas e nada democráticas  e muito menos republicanas utilizadas na campanha de reeleição de Dilma,  pouca gente poderia imaginar que um dia a  verdade poderia vir a tona  e isto levaria ao desastre do que muitos denominam de um “projeto criminoso de poder”.


As  denúncias de corrupção pipocam a cada dia e envolvem figuras ilustres e importantes da República, incluindo ministros, ex-ministros, dirigentes de estatais em associação com empresários que na verdade são muito mais criminosos de colarinho branco do que realmente Esse esquema corrupto e criminoso envolvem inclusive os Presidentes da Câmara  Federal e senado Federal, cujos presidentes  também estão sendo denunciados junto ao STF, juntamente com dezenas de senadores, deputados federais e outras autoridades, conforme consta da LISTA DO JANOT.


Empresários que sistematicamente fraudaram licitações, super faturaram obras de baixa qualidade  ou até mesmo obras e serviços fantasmas, cujo fim ultimo sempre foi a formação de um governo paralelo dirigido por criminosos de colarinho branco também fazem parte deste projeto criminoso de poder.


Mesmo que Dilma, o PT  e seus aliados sempre tenham tentado judicializar as investigações que foram tentadas no Congresso Nacional através de CPIs,  as tentativas de impeachment  aos poucos foram ganhando corpo, até que  um “racha” na base politica parlamentar colocou em campos opostos o PMDB, dirigido pelo Vice  Presidente Michel Temer e de outro o PT e seus aliados mais próximos como o PCdoB, PDT, PSOL provocando o STF como forma de impedir que um processo de impeachment pudesse seguir em frente.


Apesar de todas as manobras do Governo, o impeachment foi aprovado, há poucos dias, por ampla maioria dos integrantes da Câmara  Federal e agora segue de forma célere no Senado Federal e, tudo levar a crer que, dentro de no máximo duas semanas, talvez entre dos dias 12 e 13 de maio, que será  uma sexta feira, Dilma deverá ser   afastada por no máximo seis meses e ai poderá perder definitivamente o mandato.


Com isto haverá  o desmonte dos esquemas de corrupção e do aparelhamento que o PT e seus aliados fizeram da administração federal. Com  certeza muita gente, até  agora acima de qualquer suspeita, poderá ir parar na prisão e o povo poderá  saber o que realmente ocorria no submundo do poder e do governo petista. Muita coisa ainda está para ser revelada!


Em tempo, mesmo com o processo de impeachment  seguindo as normas constitucionais, os procedimentos legais e regimentais da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e o rito estabelecido pelo STF, tanto Dilma quanto Lula , o PT, O PCdoB, PDT e outros setores ligados ao Governo insistem em chamar o referido processo de GOLPE.


Coube a vários ministros do STF, diversos juristas e dirigentes dos partidos de oposição e também a OAB demonstrarem que nem o Brasil e muito menos o Governo Dilma estão na iminência de sofrer  um GOLPE de Estado. Caso Dilma seja afastada por seis meses, o que é muito provável ou de forma definitiva, dependendo do andamento do processo, com certeza  vai haver  um grande desmonte de todos os esquemas de corrupção, de aparelhamento da administração  federal por parte do PT e seus aliados e ai, sim, muita coisa podre poderá vir a tona e ninguém duvida que sérias consequências deverão afetar inclusive o rumo das eleições municipais e o futuro da política brasileira.

 


*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia,  articulista de A Gazeta. 

E-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

 

 
 
 
 
Quarta, 20 Abril 2016 18:27

 

Diversas entidades do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Público Federais, entre as quais o ANDES-SN, por intermédio do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), entraram, nesta terça-feira (19), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a adesão automática dos Servidores Públicos Federais (SPF) ao Funpresp, fundo de pensão privado criado pelo governo que não garante retorno financeiro aos contribuintes. O Psol é o autor da ação junto ao Supremo Tribunal Federal e as entidades representativas dos SPF, devido ao impedimento de figurarem como autores na ação, entrarão como Amici Curiae no processo, partes que fornecem subsídios às decisões do judiciário em temas de grande relevância social. 

 

A Adin 5502 questiona o art. 4º da Lei nº 13.183, de 04 de novembro de 2015, que altera a Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012. A ação é baseada nos artigos 002º, 040 § 015, 0600II, "c" e "f", 169 § 001° e 202 caput da Constituição Federal. Os artigos referidos reafirma o caráter não obrigatório de adesão a quaisquer fundos de pensão privados. 

 

O ANDES-SN vem encampando uma campanha contrária à adesão dos docentes federais ao Funpresp e, após a modificação na lei 12.168/2012, também se posiciona ativamente contra a adesão automática imposta pelo governo federal. 

 

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, considera esta Adin de extrema importância, visto que ela questiona a constitucionalidade da adesão automática ao Funpresp, assim como a privatização da previdência dos servidores federais. “Fazemos um chamado a todas as entidades sindicais de SPF para que somem a esse processo como amicus curiae, se somando na luta contra a privatização da previdência com unidade”, afirma o docente. 

 

Confira aqui a Adin 5502

 

Confira aqui a Cartilha Diga Não ao Funpresp

 

 

Fonte: ANDES-SN