É hoje, 07/10, às 19h: conferência híbrida “A Coluna Prestes Hoje” com Anita Prestes e lançamento de livro
Nesta segunda-feira, dia 07 de outubro, às 19h, convidamos os/as docentes para a conferência híbrida “A Coluna Prestes Hoje” com a professora Anita Leocádia Prestes, filha de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário. O evento faz parte das comemorações do centenário da Coluna Prestes, um marco importante na história política do Brasil.
JURA UFMT celebra Centenário da Coluna Prestes em atividades online nos dias 23/09 e 07/10
Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária (JURA) também participa do circuito nacional de celebrações do Centenário da Coluna Prestes, a marcha político-militar liderada por Luiz Carlos Prestes que, de 1924 a 1927, percorreu 25 mil quilômetros ao redor do Brasil em defesa da educação, da democracia e da reforma agrária.
As atividades são organizadas em parceria com instituições de ensino e movimentos sociais do estado de Mato Grosso e poderão ser acompanhadas on-line pelo canal da JURA UFMT do Youtube.
Nesta segunda-feira, 23/09, pelo canal do YouTube da JURA UFMT, foi realizada uma mesa-redonda com os professores Maria do Socorro Araújo (UNEMAT) e Jefferson Prestes (SEDUC-MT/EJA), com o tema "Tenentismo e revoltosos em Mato Grosso".
Já no dia 07/10, às 19h o evento conta a com a conferência on-line “A Coluna Prestes Hoje” com a professora Anita Leocádia Prestes e o lançamento de reedição do seu livro sobre a Coluna Prestes, também pelo canal do YouTube da JURA UFMT Essa atividade também será acompanhada presencialmente, na UFMT (sala 7 do IGHD) e na UNEMAT- Campus Jane Vanini (Cáceres).
O professor Eduardo Daflon, um dos organizadores da atividade, destaca que “ter a participação de pesquisadores locais apresentando seus dados de pesquisa sobre a passagem da Coluna Prestes pelo estado e sobre o movimento tenentista em Mato Grosso será algo inovador em relação às demais atividades desse circuito de apresentações que têm acontecido pelo Brasil em celebração ao centenário da Coluna. Além disso, é uma honra para a UFMT receber novamente a professora Anita Leocádia Prestes (UFRJ), filha de Luiz Carlos Prestes e de Olga Benário, e que lançará aqui a reedição do seu livro sobre a Coluna Prestes”.
SOBRE A COLUNA PRESTES EM MATO GROSSO
A Coluna Prestes passou por diversas cidades do Mato Grosso uno (atuais municípios de Alto Taquari, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Cáceres, Barra do Bugres e cidades do atual Mato Grosso do Sul, como Corumbá e Campo Grande). O intento dos revoltosos nos faz refletir sobre os diversos projetos de país que estiveram em disputa na primeira metade do século XX. Trazer à tona um episódio como a Coluna Prestes, possibilita lançar olhares não apenas ao personagem de Luiz Carlos Prestes, mas parte da História de insurgência contra a chamada República Velha, representada na figura do então presidente Arthur Bernardes. Essa insurgência acaba, de certa forma, moldando a atuação do Estado brasileiro se considerarmos as pautas de cunho liberal da Coluna que visavam a ampliação de direitos sociais e políticos, como direito ao voto para mulheres e analfabetos, o voto secreto e o combate às elites oligárquicas da política “Café com Leite”.
Iza Godoi Sepúlveda, doutoranda do PPGH-UFMT, docente da UNEMAT e também uma das organizadoras do evento, afirma que “em nosso tempo histórico, muito se escuta falar do liberalismo, mas retornar a este conceito na primeira metade do século XX no Brasil tem outro sentido. Podemos usar como exemplo a questão educacional, que sob a égide do liberalismo defendia a educação pública e responsabilizava o Estado pela sua criação e manutenção. Revisitar essa parte da nossa História tem o papel de reavivar entre os brasileiros o horizonte de resgatar um projeto de país e o papel do Estado. Se torna ainda mais interessante quando, no pós Coluna, Prestes se constrói como intelectual comunista, expondo também as limitações do projeto liberal, tornando-se o "Cavaleiro da Esperança".
Mais informações na página do JURA no Instagram.
Comunicado: não haverá expediente na sede da Adufmat-Ssind, em Cuiabá, nos dias 24, 25 e 26/09
Conforme comunicado oficial da Universidade Federal de Mato Grosso, em razão da poda de árvores aos redor da sede da Adufmat-Ssind e necessária interrupção no fornecimento de energia, não haverá expediente na sede da Adufmat-Ssind nos dias 24, 25 e 26/09 (terça, quarta e quinta-feira).
Eventuais demandas, neste período, devem ser encaminhadas por meio dos canais eletrônicos oficiais, como e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.) e telefones/ mensagens (99686-8732 ou 99696-9293, DDD 65).
Retomaremos as atividades presenciais na sexta-feira, 27/09.
Nota Oficial do Curso de Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso sobre a morte do jornalista e um dos de seus professores fundadores, Ailton José Segura
Morre Ailton Segura, ficam os ensinamentos e afetos vivenciados.
A morte do jornalista Ailton Segura, na noite desta sexta-feira (20), em decorrência de problemas de saúde, é uma grande perda para o curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso.
Nos solidarizamos com a família enlutada, a esposa Edenice Segura e os filhos Manoela e Ramon, além de uma legião de profissionais e colegas de profissão que o admiram.
Segura, como era carinhosamente conhecido, atuou no jornalismo em São Paulo até que veio para para Mato Grosso como correspondente. Em Cuiabá, foi um dos professores pioneiros do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso, onde formou centenas de profissionais que atuam hoje no mercado mato-grossense.
Natural de Sorocaba (SP), atuou como repórter no jornal Cruzeiro do Sul. Em Cuiabá, veio implantar a mini-sucursal da Folha de S. Paulo, jornal do qual foi correspondente por muitos anos. Também atuou no jornalismo diário local, em veículos como os jornais Diário de Cuiabá e Folha do Estado, do qual foi editor-chefe. Foi secretário de Estado de Comunicação e assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública.
No curso de Comunicação da UFMT, foi um professor instigante e editor do Jornal Laboratório “Sô Foca”.
A nós, colegas e ex-alunos, ficam os ensinamentos e experiências vivenciadas com Ailton Segura.
Curso de Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso
23 de setembro de 2024
Imagem ilustrativa Fundação Astef
Produzir ciência e tecnologia é um dos principais objetivos de uma universidade. Por isso, esse debate não poderia faltar na estrutura do sindicato que representa a categoria que dedica sua vida à produção de conhecimento, ciência, tecnologia e inovação.
Criado em 1986, no 12º Conselho do Andes - Sindicato Nacional (Conad), o Grupo de Trabalho Ciência e Tecnologia (GT&C) foi chamado, inicialmente, de Grupo de Trabalho de "Política Científica e Tecnológica”. Desde 2016, a partir da aprovação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (MLCTI - Lei 13243/16), tem discutido a redução dos investimentos na área, o viés privatizador da inovação, além dos impactos para a carreira docente nas Instituições de Ensino Superior.
Segundo o Andes-SN, o GTC&T tem por referência a defesa da ciência e tecnologia públicas para o desenvolvimento do país e para a melhoria das condições de vida do conjunto da classe trabalhadora. Seus debates e estudos pautam a constituição das agências de fomento à pesquisa e o desafio da integração com as instituições, considerando o tripé ensino-pesquisa-extensão.
Em outras palavras, o debate do GTC&T está intrinsecamente ligado à essência do trabalho docente.
O GT Ciência e Tecnologia na Adufmat-Ssind
“Para garantir a sua sobrevivência e em função dos seus limites intrínsecos, a espécie humana precisa se apropriar dos elementos da natureza que possam ser convertidos em alimentos, vestuários e habitações. Para tanto, vem desenvolvendo e acumulando, ao longo de sua existência, saberes que permitiram construir ferramentas, utensílios ou meios que possibilitaram retirar e transformar os elementos da natureza a seu favor - água, solo, formações minerais, dentre outros. Os diferentes saberes, dentre os quais o científico-tecnológico, representam este meio ou instrumento de mediação entre a espécie humana e a natureza, diferentemente do que nos tentam impor àqueles que detém o poder econômico”.
Assim o coordenador do GT Ciência e Tecnologia da Adufmat-Ssind, professor José Domingos de Godoi Filho, introduz a apresentação do grupo. Em conformidade com o caráter classista do Andes-Sindicato Nacional, é possível perceber a relação entre os debates sindicais, as necessidades e a realidade humana, que obviamente sofrem as influências do atual modo de produção, capitalista.
Ciência e Tecnologia é um tema presente não só na vida dos cientistas e pesquisadores, mas de milhares de pessoas quem vive um cotidiano cada vez mais aprisionado ao uso das tecnologias, numa perspectiva mercadológica que, contraditoriamente, muitas vezes coloca em risco os próprios interesses humanos.
“Esse é um problema que diz respeito diretamente aos produtores trabalhadores das universidades. Do final do século XVI, com Isaac Newton, passando por Einstein e muitos outros, ao início deste século, pela primeira vez, no decurso da história, o homem está sozinho em frente de si mesmo e com o ‘privilégio’ de se constituir na única espécie capaz de se autodestruir em poucos instantes. Diante desta possibilidade, somos obrigados a refletir sobre a responsabilidade que acompanha, em particular, o professor universitário brasileiro, enquanto produtor do conhecimento. Neste modelo, tudo o que nos une ou nos desune é a natureza e a sua sustentabilidade, ou como reflete o professor Edgar Morin, quem se apossa da ciência, do poder científico se apropria da possibilidade de definir e de impor as fontes de acordo", comenta Godoi.
Assim, está dada a disputa acirrada entre os setores produtivos - visando mercados cada vez mais ampliados e, consequentemente, aumento do lucro – e o Estado - que, teoricamente, atua com interesse maior no desenvolvimento socioeconômicos do país. Vale destacar, no entanto, que não há neutralidade neste campo. “A opção por um caminho representa uma escolha sócio-política de longo prazo, com implicações relacionadas ao padrão de consumo, força de trabalho, níveis de investimentos, exploração dos recursos naturais, uso de energia, estruturação do sistema educacional e da pesquisa, além de interferir na identidade cultural”, destaca o coordenador.
Nesse sentido, o Brasil tem uma posição clara: além dos cortes sistemáticos de recursos destinados à educação, de modo geral, os governos retiraram da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre 2015 e 2021, cerca de R$ 83 bi, segundo a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. O país investe cerca de 1% do Produto Interno Bruto no setor, bem abaixo de outras economias emergentes, como a China, que dedica atualmente cerca de 2,5% do seu PIB a este fim, enquanto outros países como Alemanha e Estados Unidos superam a marca de 3%. Em 2023, o Brasil executou 0,29% de toda a sua arrecadação no setor, conforme gráfico elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida.
Dentro das universidades, por exemplo, algumas disputas se dão por meio dos registros de direito de uso e propriedade intelectual. Godoi explica que o conhecimento produzido representa um patrimônio da humanidade, porém, no capitalismo, a geração de tecnologias e de inovações passa a ser regulada por patentes. No Brasil, em especial, esse processo foi marcado por um dos primeiros escândalos envolvendo o Governo Fernando Henrique Cardoso, parlamentares e multinacionais, cujo desfecho foi a aprovação da Lei da Propriedade Industrial - Lei nº 9279/96, ainda em vigência.
“Considerando o controle que as empresas transnacionais e as empresas brasileiras de capital estrangeiro possuem sobre os nossos recursos naturais, as telecomunicações e o mercado financeiro, com a aprovação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como a manutenção, em sua essência, de uma política industrial adotada desde o golpe civil-militar de 1964 e sem previsão de alteração pelo atual governo brasileiro, estamos diante de uma nova e sofisticada forma de pilhagem de nossos recursos naturais, longe de enfrentar e impedir o neocolonialismo tecnológico, facilitando inclusive a exploração de mão de obra de nível universitário. E, o mais grave, poderá ser aprofundada com a realização da COP 30, em Belém do Pará, em 2025, pelas articulações em andamento e pelas dezenas de guerras que o mundo está vivendo no momento, tendo como ponto central a disputa por recursos naturais e alternativas para atender a chamada transição energética. A guerra da Ucrânia é a única que tem obtido mais atenção dos meios de comunicação. Assim, cabe aos sindicatos, movimentos sociais, universidades e outras entidades da sociedade civil, comprometidas com o interesse do país, se organizarem e mobilizarem desde já, para um forte enfrentamento, em novembro de 2025, em Belém-PA, durante a COP 30”, conclui o coordenador do GT.
Pesquisador x militante
A reclamação generalizada dos sindicalistas que compõem os grupos de trabalho apresentados nesta série de reportagens é a pouca participação de docentes. Além do tempo cada vez mais escasso, até mesmo pela inserção da lógica produtivista dentro da universidade, os docentes organizados identificam outros fatores. “Na comunidade acadêmica mesmo, é comum separar, como se isto fosse possível, os docentes em pesquisadores e sindicalistas, o que necessitamos urgentemente superar para não só discutirmos a ciência a serviço da sociedade humana, como também para mudarmos os métodos de construção do conhecimento”, destaca Godoi.
Mesmo com as limitações, o grupo tem conseguido contribuir local e nacionalmente com reuniões, debates, encaminhado textos resoluções para os congressos do Sindicato Nacional, seminários, além da elaboração e lançamento da Cartilha do ANDES-SN sobre o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (disponível para download aqui) e do Caderno ANDES 28 – Neoliberalismo e Política de C&T no Brasil – Um Balanço Crítico 1995-2016 (disponível aqui).
Também teve contribuição do GTC&T da Adufmat-Ssind o texto resolução com a proposta de realização de um seminário nacional sobre o Plano Nacional de Energia (PNE 2050) e o Plano Nacional de Mineração (PNM 2050), aprovado no Congresso deste ano e com provável realização em 2025.
Em âmbito local, assim como nas demais seções sindicais onde o GT está organizado, as maiores disputas, segundo o coordenador, se referem às fundações de apoio - como a Uniselva, na Universidade Federal de Mato Grosso -, que fomentam, dentro das instituições, as ideias neoliberais como o empreendedorismo, a aplicação do Marco Legal de Ciência e Tecnologia, além do registro e posse de patentes pelas universidades.
Para Godoi, a construção de uma universidade pública, gratuita, democrática e de qualidade, como almeja o sindicato, precisa encontrar novas respostas para velhas questões como: que motivações tem a introdução de invenções e inovações nas relações humanas e na economia? Continuará sendo a taxa de lucro? Qual é o custo social das inovações e invenções? Não existe a necessidade premente de se levar em consideração os possíveis efeitos sociais da ausência de trabalho com a adoção das inovações?
O professor lamenta que um número significativo de professores universitários, cientistas e tecnólogos não pense nessas questões e nas relações entre as suas atividades e as condições para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, contribuindo, ao contrário, com a maior naturalidade para pesquisas armamentistas, para a produção de bens mais adequados a outros países e para implementação de “projetos de interesse e alcance duvidosos”.
“A tecnologia tem sido apresentada como mercadoria, como um pacote técnico ou como um meio de intervenção social e política. Decorre daí que o parque industrial do Brasil continua se caracterizando pelo uso indiscriminado de pacotes tecnológicos, montados no exterior e controlado pelas empresas transnacionais. Assim, a tecnologia externa se transformou num dos principais instrumentos para moldar e controlar a produção nacional e conformar um sofisticado meio de dominação neocolonialista. Com o passar dos anos ficou evidente que não foi compreendido e/ou não foi aceito pelos diferentes governos que se sucederam, o papel estratégico do processo científico-tecnológico na estruturação de um poder nacional, com suas ramificações e implicações sociais, econômicas, políticas, culturais e até mesmo militares”, acrescenta.
Assim está configurada a correlação de forças envolvendo a questão da ciência, tecnologia e inovação, com sua gravidade e complexidade, exigindo mais uma vez dos trabalhadores a organização e o aprofundamento do debate, para que a própria classe não contribua com a ampliação das desigualdades sociais e a dependência tecnológica da qual já está submetida. “Necessitamos de uma melhor compreensão sobre as diferenças existentes entre ciência, tecnologia e inovação e discutir propostas que indiquem que estrutura institucional devemos adotar para melhor responder as demandas colocadas por estas atividades. Evidentemente, não poderemos desvincular as questões da ciência, tecnologia e inovação da política nacional de educação e da política industrial e, consequentemente, do poder que estas atividades representam em todas as escalas. Por isso, o movimento docente precisa urgentemente retomar as discussões e promover atividades que permitam uma maior inserção da comunidade em torno destas questões, para melhor reforçarmos a função de servir a sociedade e, mais concretamente, contribuir para a erradicação da pobreza, da intolerância, da violência, do analfabetismo, da fome e da degradação do meio ambiente”, finaliza Godoi.
Para participar do GTC&T ou qualquer outro GT da Adufmat-Ssind basta demonstrar disposição por meio dos contatos da Secretaria da Adufmat-Ssind: e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; telefones com aplicativo de mensagens (65) 99686-8732 ou (65) 99696-9293.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
GT Multicampia e Fronteiras da Adufmat-Ssind reforça importância de documento sobre emancipação entregue à próxima reitora da UFMT
Imagem ilustrativa, remonta ao dia da assinatura da então candidata à Carta de Reivindicações dos Docentes da Adufmat-Ssind durante a campanha
Na última sexta-feira, 06/09, a próxima reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marluce Souza e Silva, se reuniu remotamente com docentes dos campi do Araguaia e Sinop. Na ocasião, membros do GT Multicampia e Fronteiras da Adufmat-Ssind reforçaram a importância do documento já entregue, solicitando que nenhuma decisão referente a emancipação dos campi seja tomada sem amplo debate com a comunidade acadêmica.
O documento (disponível aqui) foi elaborado internamente e fundamenta a necessidade de aprofundamento do debate sobre as iniciativas, já em curso, que propõem a criação de universidades autônomas a partir dos campi de Sinop e Araguaia.
“O conteúdo deste documento já foi apresentado verbalmente a uma comitiva de políticos do estado que esteve em Barra do Garças no final de junho passado e já havia sido encaminhado à futura reitora da Universidade, professora Marluce. Foi com base neste documento que a ela fez a defesa por mais tempo de discussão sobre o tema na agenda política que teve em Brasília, nos dias 19 e 20 de agosto deste ano. Na última reunião, ela não só reafirmou o apoio à reivindicação dos docentes, como disse considerar o pleito justo, e muito sensato que qualquer projeto de desmembramento só avance depois de esgotado o debate interno, com ampla participação de toda a comunidade acadêmica”, afirmou o coordenador do GT, professor Edson Spenthof.
De acordo com o docente, a próxima reitora trouxe também a informação de que, no encontro realizado em 20/08 na Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC/Sesu), a diretora Tânia Arruda afirmou que, por determinação do próprio presidente da República, nenhuma nova universidade será criada em seu atual mandato, apenas novos campi.
O documento do GT Multicampia e Fronteiras, já apresentado também em assembleia da categoria docente e disponibilizado nos canais oficiais da Adufmat-Ssind, está sendo encaminhado, agora, aos autores de projetos de lei que propõem o desmembramento dos campi da UFMT em Sinop e no Araguaia, além de outras autoridades e instituições locais, estaduais e federais.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Sementes do autoritarismo plantadas em 2020 insistem em continuar germinando na UFMT
Atualizada às 9h do dia 13/09/24*
A administração da atual Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) termina o mandato no próximo mês, mas a semente do autoritarismo plantada em 2020, a partir da eleição não paritária que desrespeitou mais de 30 anos de história de luta dentro de todas as universidades públicas, insiste em germinar. Dois episódios recentes demonstram como a luta em defesa da democracia interna ainda é absolutamente necessária dentro da instituição.
O primeiro foi a convocação do Conselho Administrativo e Acadêmico do Câmpus Universitário de Sinop (Consin) no dia 06/09, cuja pauta trazia, entre seus pontos, a constituição de comissão eleitoral para indicação do cargo de pró-reitor do campus. O fato chamou a atenção da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), já que desde o final da década de 1970, as associações docentes, assim como as entidades representativas das comunidades acadêmicas, seja de estudantes ou técnicos administrativos, em todo o país, conquistaram, por meio da luta em defesa da democracia, o direito de realizar o pleito para escolha dos dirigentes institucionais.
“Nós da Adufmat-Ssind nos colocamos de maneira contrária à formação desta comissão e à condução deste processo pelo conselho. Historicamente, na UFMT, são as entidades de classe que conduzem o processo eleitoral. Também gostaríamos de lembrar que a escolha de pró-reitor, geralmente, é uma indicação da Reitoria, e foi pela luta deste sindicato que conseguimos a realização da escolha democrática dos nossos pró-reitores de campus. Se esta é uma luta das entidades, qual é o motivo, agora, para que as entidades não conduzam este processo?”, questionou a diretora da Adufmat-Ssind, Clarianna Silva (assista aqui ao vídeo da Adufmat-Ssind).
Ainda não há informações sobre qual será a postura do conselho a partir da repercussão do fato. A Adufmat-Ssind realizará um debate sobre esta questão em outubro, após o encerramento do período de férias docentes. A diretoria do sindicato docente afirmou, ainda, que não indicou nome de representante, comosolicitou o Consin, porque não reconhece esse processo eleitoral e vai pleitear da Reitoria eleita que, caso ele ocorra, também não reconheça este ou qualquer processo eleitoral que não tenha sido conduzido pelas entidades, respeitando a paridade de votos.
Servidores Técnicos-administrativos protestam contra proposta do Camed (campus da UFMT em Cuiabá)
O segundo episódio de germinação do autoritarismo foi protagonizado por estudantes, categoria que historicamente, sempre foi das mais radicais na luta em defesa dos direitos democráticos. Os estudantes de Medicina do campus de Cuiabá, no entanto, caminharam para trás. Eles aprovaram, em assembleia convocada pelo Centro Acadêmico (Camed), um aprofundamento ainda maior das desigualdades impostas pela legislação ditatorial, que divide os votos da seguinte forma: 70% do peso do voto de docentes, 15% do peso de votos de estudantes e 15% do peso de votos dos servidores técnicos administrativos. A defesa das entidades representativas sempre foi de que cada categoria tenha, igualmente, peso de 1/3 na votação.
Mas a proposta lamentável aprovada pelos estudantes que participaram na assembleia do Camed foi de que os docentes continuem com peso igual a 70%, e que os votos dos estudantes passem a ter peso de 28%, enquanto o peso dos votos dos servidores técnicos administrativos seja reduzido a 1,88%.
Não é possível saber se a proposta terá alguma aceitação da instituição, já que retrocede até mesmo à legislação. No entanto, a existência da proposta já gerou revolta. Os técnicos-administrativos da UFMT realizaram manifestação de repúdio no saguão da Medicina esta semana. “A congregação aprovou levar o debate para os colegiados, para as categorias, para depois voltar as posições para a congregação. E o Camed convocou assembleia e deliberaram isso: manter, segundo o rigor da lei, os 70% para docentes, e recalcular os 30% restantes, ficando 28% para discente e 1,88% para os técnicos”, explicou a coordenadora do Sintuf-MT, Luzia Melo.
Alguns docentes solidários ao Sintuf-MT acompanharam o ato, como a diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda. “O golpe segue vivo dentro da universidade. A semente foi plantada em 2020 e está brotando. A Adufmat-Ssind nasceu em plena ditadura militar, lutando pela democracia, e no bojo dessa luta nós conquistamos o direito de escolha representativa por meio de consulta organizada pelas entidades da comunidade acadêmica (docentes, técnicos e discentes), de forma paritária. Não abriremos mão disso, e não deixaremos que resquícios de autoritarismo e até mesmo de colonialismo mais vil, grotesco, ganhem espaço dentro da UFMT”, concluiu a docente.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
AVALIAÇÃO SOBRE O DESMEMBRAMENTO DOS CAMPI DA UFMT - GTMulticampia e Fronteiras
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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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Texto produzido pelo Grupo de Trabalho Multicampia e Fronteiras, da Adufmat-Ssind, intitulado “Gargalos não solucionados e ausência de projeto de universidade podem colocar em risco instituições propostas a partir do desmembramento de atuais câmpus da UFMT”.
CONVITE PARA FORMULAÇÃO DE POLÍTICA DE ATENÇÃO AOS SERVIDORES APOSENTADOS DA UFMT - Quarta-feira, 21/08, às 8h30
Os servidores públicos perdem diversos direitos com a aposentadoria.
Por isso, depois de tantos anos de dedicação, defendemos que a universidade, como nossa empregadora, também se responsabilize pelas condições de vida e saúde dos servidores públicos aposentados.
Uma das formas de fazer isso seria a institucionalização de uma política de atenção aos servidores públicos aposentados, que passa pela criação de equipes, mas também de ações de ensino, pesquisa e extensão, voltadas ao segmento. E é possível que já tenhamos ações neste sentido sendo desenvolvidas dentro da UFMT.
Por isso, a Adufmat-Ssind convida a comunidade acadêmica para dialogar sobre o tema, com o objetivo de construir uma proposta que será apresentada à Reitoria que assumirá a administração em outubro, indicada pela consulta informal este ano.
O encontro será nessa quarta-feira, 21/08, às 8h30, na Adufmat-Ssind.
Esperamos vocês! Todas as contribuições serão bem-vindas.
Convite: Fórum "Financiamento, Políticas Públicas do Audiovisual, do Brasil para o Mundo" - quinta-feira, 15/08, às 14h30
Quinta-feira, 15 de agosto, promete ser um dia repleto de aprendizado e discussões valiosas no Salão Latino-Americano de Produção Criativa!
???? Local: Adufmat-Ssind, Cuiabá.
Prepare-se para participar de oficinas e um fórum intensivo que abordará temas cruciais como direitos de autor no audiovisual e o impacto das políticas públicas de financiamento no cinema.
Não perca as sessões com Gabriela Maire, Daniela Marinho e uma série de palestrantes influentes, incluindo Rodrigo Antonio do SAV-Minc, Keiko Okamura da SECEL em Cuiabá, e Maurício Pinto da Quariterê, que trarão suas experiências e perspectivas únicas para o debate.
Venha se conectar e aprender com grandes nomes do cinema brasileiro e internacional! ????
Fonte: Divulgação