Circular nº 166/2024
Brasília (DF), 30 de abril de 2024.
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN
Assunto: Convoca reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN
Companheira(o)s,
A coordenação do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) convoca reunião, conforme detalhes a seguir:
Data: 8 e 9 de junho de 2024 (sábado e domingo);
Horário: Início: Sábado, às 14h30. Término: Domingo, às 17h;
Local: Sede do ANDES-SN (Auditório Marielle Franco, 2º andar).
Pauta:
1. Exposição sobre alienação parental;
2. Atualização da cartilha de combate ao racismo;
3. Deliberações do 42º Congresso do ANDES-SN;
4. Campanha de combate ao racismo;
5. Protocolo de combate ao assédio;
6. XIII COPENE.
Ressaltamos a necessidade da confirmação da participação da(o)s representantes, por meio do preenchimento do formulário enviado às Seções Sindicais, até o dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira).
As seções sindicais que quiserem socializar os seus informes devem enviá-los até, às 18h, dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira), exclusivamente por formulário enviado, para serem publicados junto ao relatório da reunião.
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Francieli Rebelatto
Secretária-Geral
Validação está disponível na plataforma SouGov
Esta terça-feira, 30/04, é a data final para a atualização obrigatória de dados cadastrais e funcionais de todos os servidores públicos. Segundo a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) da instituição, a ação deve ser realizada por meio da plataforma SouGov.BR.
Ainda de acordo com a Progep, a validação é obrigatória para servidores ativos e aposentados ou pensionistas, contratados, como professores substitutos e residentes, médicos e multidisciplinares.
Os dados que devem ser atualizados são: nome, número do Registro Geral, número do Cadastro de Pessoa Física, gênero, data e local de nascimento, telefone, endereço residencial, raça/cor, situação do funcional, entre outros. A instituição disponibilizou um tutorial do passo a passo da atualização (clique aqui).
Mais informações no site da UFMT (clique aqui).
Fonte: UFMT (com edição de Adufmat-Ssind)
A Greve Docente Federal fortalece a Greve da Educação Federal!
Por ampla maioria, as e os docentes rejeitaram a proposta do governo federal e dizem, mais uma vez, NÃO AO REAJUSTE ZERO em 2024.
Quanto ao reajuste dos benefícios, o ANDES-SN avalia que o compromisso feito pelo governo, de reajustar os auxílios (alimentação, saúde suplementar e creche), é fruto da luta e deve ser garantido a todo(a)s o(a)s servidore(a)s públicos federais de qualquer categoria a partir de maio, independentemente da assinatura do termo de compromisso, bastando a disposição do governo de efetivá-lo por meio de Portaria. Além disso, esse aumento no valor dos benefícios é absolutamente insuficiente diante do conjunto de reivindicações da categoria e exclui a maioria do(a)s aposentados, aposentadas e pensionistas.
Em ofício conjunto protolocado nesta sexta-feira (26) junto ao MGI, ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra Sindical, cobram que sejam convocadas, em caráter de urgência, novas reuniões, já para a próxima semana (29/4 a 3/5), das mesas de negociação específicas e temporárias (PCCTAE, EBTT e MS) com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
A Greve Docente Federal e fortalece a Greve da Educação Federal. O Quadro de Greve atualizado indica 30 instituições* já em greve e outras 12 com deflagração de greve prevista a partir deste sábado (27). Novas deflagrações são aguardadas para a próxima semana, pelos indicativos de greve aprovados.
Só a luta muda a vida!
*O IFRS é contabilizado duas vezes em nossa metodologia, devido à representação compartilhada entre Aprofurg Ssind e Sindoif SSind
Instituições em Greve
Universidades Federais |
Seção Sindical |
|
1 |
Universidade Federal do Rio Grande (FURG) |
APROFURG |
2 |
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro- Brasileira (UNILAB) |
ADUFC |
3 |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
ADUFC |
4 |
Universidade Federal do Cariri (UFCA) |
ADUFC |
5 |
Universidade de Brasília (UnB) |
ADUNB |
6 |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
APESJF |
7 |
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) |
ADUFOP |
8 |
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) |
ADUFPEL |
9 |
Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
ASPUV |
10 |
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) |
ADUFES |
11 |
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) |
APRUMA |
12 |
Universidade Federal do Pará (UFPA) |
ADUFPA |
13 |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
APUFPR |
14 |
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) |
SINDIUFSB |
15 |
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) |
SINDUNIFESSPA |
16 |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) |
SINDUTF-PR |
17 |
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) |
ADUNIR |
18 |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
APUBH* |
19 |
Universidade Federal de Roraima (UFRR) |
SESDUF-RR |
20 |
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) |
ADUFSJ |
21 |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
ADUFEPE |
22 |
Universidade Federal de Catalão (UFCAT) |
ADUFCAT |
23 |
Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) |
APUB |
24 |
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) |
SEDUSFM |
Institutos Federais |
||
25 |
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Pouso Alegre, Campus Poços de Caldas e Campus Passos |
SINDFSULDEMINAS |
26 |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande |
APROFURG |
27 |
Instituto Federal do Piauí (IFPI) |
SINDFPI |
28 |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste- MG (IF Sudeste-MG) Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé |
APESJF |
29 |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul- Riograndense (IFSul) Campus Visconde da Graça |
ADUFPEL |
30 |
Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - 7 Campi |
SINDOIF |
Centros Federais de Educação (CEFETs) |
||
31 |
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) |
SINDCEFET-MG |
Instituições com deflagração de greve indicada (indicativo)
Universidades Federais |
Seção Sindical |
Data |
|
1 |
Universidade Federal de Tocantins (UFT) |
SESDUFT |
27-abr. |
2 |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
ADUFF |
29-abr. |
3 |
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) |
ADUFAL |
29-abr. |
4 |
Universidade Federal do Agreste de Pernambuco |
SINDUFAPE |
29-abr. |
5 |
Universidade Federal de Lavras (UFLA) |
ADUFLA |
29-abr. |
6 |
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) |
ADUFERPE |
29-abr. |
7 |
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) |
ADUFRA |
1-mai. |
8 |
Universidade Federal de Campina Grande - Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras) |
ADUC |
1-mai. |
9 |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) |
ADUFTM |
1-mai. |
10 |
Universidade Federal do Sergipe (UFS) |
ADUFS |
5-mai. |
11 |
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) |
ADUFU |
20-mai. |
Institutos Federais |
|||
|
|
|
|
Centros Federais de Educação (CEFETs) |
|||
12 |
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) |
ADCEFET-RJ |
2-mai. |
Segundo a ONU, mais de 35 mil palestinos já foram mortos por Israel desde outubro de 2023, sendo a maioria crianças e mulheres
Mais de 800 estudantes e docentes já foram detidos e detidas nos Estados Unidos, em protestos em solidariedade ao povo palestino. Os atos, protagonizados principalmente por estudantes, repudiam o genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza e cobram o fim das relações das universidades com empresas e institutos que apoiam o apartheid contra palestinos e palestinas, o genocídio e a ocupação militar da Palestina.
Os protestos têm sido reprimidos pelas forças policiais, com a prisão de várias pessoas, o que também contribuiu para ampliar a adesão aos atos. As manifestações tiveram início na Universidade de Columbia, na cidade de Nova Iorque, onde estudantes organizaram um acampamento no gramado em um dos campi da instituição. A polícia foi chamada pela reitoria e deteve mais de 100 estudantes. Essa foi a primeira vez em mais de 50 anos que detenções em massa ocorreram na universidade.
A indignação se espalhou, resultando em um movimento nacional nem diversas universidades do país. A violenta resposta policial às manifestações fez aumentar o apoio das comunidades universitárias ao protesto. “Divulgar! Desinvestir! Não vamos parar, não vamos descansar!”, lia-se em um dos cartazes de manifestantes na Universidade de Harvard.
“Saudamos esta crescente mobilização estudantil e universitária nos EUA, que denuncia a política colonialista do Estado de Israel e a prática de genocídio que, como aprovado no nosso último congresso, luta por fazer dos campi universitários ‘territórios livres do apartheid, não estabelecendo relações acadêmicas com instituições vinculadas ao Estado de Israel e rompendo com as já existentes’”, afirma em nota a diretoria do Sindicato Nacional.
Para a entidade, o caminho da luta pelo cessar-fogo e pela autodeterminação do povo palestino precisa ser reforçado e ampliado. As ações dos e das estudantes nas universidades dos EUA são um exemplo a ser seguido para denunciar a prática de genocídio e o apartheid cometidos pelo Estado de Israel, sob o governo reacionário de Benjamin Netanyahu.
“Redobramos a exigência do imediato cessar-fogo e o ingresso de ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza. Reafirmamos a defesa do povo palestino, da luta pela sua autodeterminação e reconhecimento internacional, e reiteramos NÃO É GUERRA, É GENOCÍDIO!”, conclui a nota.
Acesse o documento aqui.
Fonte: Andes-SN (com informação do Mídia Ninja e BBC)
Docentes das instituições federais de ensino disseram não e rejeitaram em suas assembleias de base a proposta apresentada pelo governo na reunião da sexta-feira, 19 de abril. Por ampla maioria, as Seções Sindicais do ANDES-SN decidiram pela manutenção da greve. A rodada de assembleias aconteceu entre 22 e 25 de abril e debateu os pontos apresentados pelo Ministério da Inovação e da Gestão em Serviços Públicos (MGI).
Em comunicado expedido pelo Comando Nacional de Greve, foi destacado que a proposta do governo de reajustar os auxílios (alimentação, saúde suplementar e creche) foi conquista da luta e deve ser garantida para todo(a)s o(a)s servidore(a)s públicos federais de qualquer categoria a partir de maio, independentemente da assinatura do termo de compromisso, bastando a disposição do governo de efetivá-la por meio de Portaria.
O comunicado lembra ainda que o prazo dado pelo MGI para aceite ou rejeição da proposta, não permitiu que todas as entidades das servidoras e servidores conseguissem fazer a discussão nas bases, como aconteceu com a Fenasps, Sindifisco e também o próprio ANDES-SN.
A decisão também foi informada ao MGI em ofício conjunto assinado pelas entidades da educação federal. ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe cobraram reunião para a próxima semana, para conclusão da negociação salarial e das pautas de reestruturação da carreira.
As entidades da educação indicaram até 3 de maio para que a nova rodada negocial aconteça. Com isso, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN avançou na construção de uma nova proposta, encaminhada para debate e deliberação em assembleias gerais de base, entre 29 de abril e 2 de maio:
ORÇAMENTO:
Promover luta unitária com outros setores de trabalhadore(a)s e estudantes pela recomposição de investimentos às universidades, institutos federais e Cefets, tomando por parâmetro os investimentos de verbas de uso discricionário de 2016, com as devidas correções inflacionárias, garantindo investimentos em estrutura, permanência estudantil, bolsas de pesquisa e extensão e outras condições indispensáveis à qualidade do trabalho.
CARREIRA:
- Tomada a compreensão de que a majoração dos steps, pura e tão somente, gera mais distorções do que soluções à carreira, haja vista que incide em desenho de carreira desestruturada que merece reorganização estrutural; e avaliando que a questão de carreira comporta reflexões e acúmulos de maior fôlego, projetando uma agenda de debates mais extensa sobre a matéria;
- Encaminhamento: Insistir em uma resposta quanto a reorganização da carreira a partir dos 7 pontos costurados com o SINASEFE e estabelecer uma agenda mais alongada sobre o tema;
- Proporcionar uso dos impactos orçamentários pela majoração em 0,5% dos steps na recomposição remuneratória da base da carreira, minorando distorções entre o piso e base da mesma.
RECOMPOSIÇÃO:
- Manter a defesa do índice de 22,71% como horizonte de recomposição;
- Reafirmação da necessidade de apresentação de um índice de recomposição em 2024;
- Acatar o índice apresentado para 2025 (9% em janeiro);
- Abrir margem de recombinação dos índices, garantindo em 2024, 2025 e 2026 o índice total de 22,71% de recomposição.
APOSENTADORIA:
- Apenas acatar propostas que contemplem a integralidade do(a)s servidore(a)s, sobretudo aposentado(a)s, já negligenciado(a)s na majoração dos benefícios.
REVOGAÇO:
- Revogação integral e pagamento de perdas retroativas de afetado(a)s pela IN 66/2022;
- Revogação integral da Portaria 983/2020, do MEC;
- Exigir resposta a toda agenda de revogaços na MNNP.
Fonte: Andes-SN
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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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Por Aldi Nestor de Souza*
Eu costumo desafiar os meus alunos pedindo a eles que me deem um exemplo de um posto de trabalho para o qual se exige, do trabalhador, que este saiba matemática. Ou seja, um posto de trabalho que tenha como pré requisito e como parte integrante do ofício, o saber e o manuseio com os conteúdos de matemática. Claro que tenho a precaução de avisar-lhes que não valem os exemplos do pequeníssimo e óbvio grupo de postos de trabalhos que inclui professores de matemática, de física, etc., pesquisadores nessas áreas e afins. Também explico que me refiro a matemática básica, aquela sistematizada e ensinada nos ensinos fundamental e médio nas escolas.
O desafio acima certa e facilmente se estende a outras áreas do conhecimento e uma forma de comprovar isso são os corriqueiros questionamentos, por parte de estudantes, de todas as áreas, que costumam perguntar “ onde vou usar isso na minha vida ou no trabalho, professor?” ou que afirmam, ao chegar no mercado de trabalho, que grande parte do que aprenderam na escola e/ou na faculdade não é usado na empresa.
Qualquer adolescente, ao sair do ensino médio, já se deparou com parte substancial do que a humanidade produziu, em termos de conhecimento, ao longo de milênios. Sai com noções de ciências, matemática, geografia, química, física, etc., Enfim, sai com uma bagagem intelectual que, 100 anos atrás, só cabia à “meia dúzia” de gente. No Brasil, por exemplo, 100 anos atrás, quase 70 por cento da população não sabia ler nem escrever. Há ainda milhões de estudantes que ingressam nas faculdades, fazem cursos superiores, até mestrado, doutorado e especializam-se, portanto, ainda mais, em certas áreas.
Concomitante a esse avanço na área da educação, com a universalização da escola básica, corre em sentido contrário a qualificação referente e exigida pelos postos de trabalho. Sim, com o avanço da tecnologia e da automação, os postos de trabalho tendem a ser cada vez mais simples e a exigir cada vez menos habilidade e conhecimento dos trabalhadores. Um trabalhador, por exemplo, do qual, no passado, se exigia que soubesse as quatro operações básicas da matemática, não se exige mais e tal conhecimento, para fins do trabalho, é confiado às máquinas. O trabalhador, nesse caso, apenas aperta botões.
Os trabalhadores hoje em dia podem mudar, sem grandes dificuldades de adaptação e aprendizagem, de um posto de trabalho para outro totalmente distinto, tanto dentro da mesma empresa, quanto em empresas diferentes. Um vendedor vira supervisor, vira gerente, que vira recepcionista de hotel, que vira frentista de posto de gasolina, que vira auxiliar de escritório, que vira atendente de telemarketing, que vira programador de computação, que vira motorista por aplicativo, que vira auxiliar de serviços gerais, que vira representante comercial, que vira garçon, que vira dono de uma barraquinha de cachorro de quente. Na indústria de ponta, por exemplo, é abundante o número de postos de trabalho que consistem simplesmente de apertar um botão.
Para encarar essa escalada de simplicidade dos postos de trabalho, as empresas costumam se defender e disfarçar esse descalabro atacando ideologicamente os trabalhadores e dizendo que, com o avanço da tecnologia e as mudanças no mercado de trabalho, o que se exige hoje em dia dos trabalhadores é que eles sejam “flexíveis”, “versáteis”, que tenham disposição para “inovar e experimentar o novo”, que “aceitem desafios”, que “vistam a camisa da empresa,” que “não sejam acomodados” e que queiram “aprender constantemente e pro resto da vida”
.
A avalanche de trabalhadores bem formados para um mercado de trabalho que não exige qualificação correspondente é tão visível que não para de ser notícia nas páginas dos jornais. Matéria do Portal G1, na internet, de 06 de dezembro de 2019, apontou que “ o Brasil tem 18,3 milhões de pessoas que terminaram a faculdade para 14,5 milhões de ocupações com exigência de curso de Ensino Superior”. Só aí são quase quatro milhões de pessoas bem formadas que são sujeitas a aceitar postos de trabalho que não exigem a qualificação correspondente.
Na mesma direção e talvez como reflexo da notícia acima, pesquisa divulgada pelo Portal R7, em 23/12/2021, apontou que 51% dos motoristas por aplicativo da empresa Uber tem curso superior. Como diz Mariano Enguita, no livro A Face Oculta da Escola: “Jovens que saem da escola com uma formação cada vez mais elevada veem-se obrigados a ocupar empregos escassamente desafiantes, se não simplesmente embrutecedores.”
Curiosamente, e apesar de todos esses dados, há um poderoso discurso ideológico forçando as pessoas a pensarem exatamente o contrário. Isto é, de que falta mão de obra qualificada, que a escola e as universidades devem fazer reformas e se adequarem ao mercado de trabalho, que faltam profissionais capacitados para certas áreas. Ou seja, é o conhecido e velho modus operandi de culpar os trabalhadores, de pressioná-los e fazê-los reféns das empresas.
E é um grande equívoco a escola querer regredir e se adaptar, sem nenhuma discussão ou questionamento, ao mercado de trabalho. Sim porque com a constatação de que os postos de trabalho, e não os trabalhadores, é que são desqualificados, é um erro brutal querer condenar os trabalhadores, do ponto de vista da formação, ao nível dos postos de trabalho existentes. Além disso, para trabalhos embrutecedores, que pouca capacidade cognitiva exigem, por que a escola, que avançou, deve regredir? Não é um sinal de derrota da escola, como foi notícia nos jornais, ensinar a fazer brigadeiro como sendo um “ Projeto de Vida” e de “ Empreendedorismo” para os estudantes? Não é um risco para os trabalhadores ver as escolas tirarem parte substancial do conteúdo básico universal e colocar, no lugar deles, penduricalhos para atender a sanha inconsequente do mercado de trabalho?
É importante esclarecer que não existem reclamações atestando que os trabalhadores não conseguem ou têm dificuldades de executar as tarefas para as quais foram contratados. Não há notícias sobre isso. Por outro lado, chovem notícias de reclamações, por parte dos trabalhadores, que sofrem diariamente com assédio no ambiente de trabalho, pressão adoecedora para se cumprir metas, salários baixíssimos, ausência de direitos trabalhistas, jornadas de trabalho sem fim. Enfim, um diagnóstico que se tem do mercado de trabalho é que ele é um ambiente hostil, composto de trabalhos simples, que não exigem qualificação.
Não seria o caso, aliás, não está passando da hora, para o bem da humanidade, de se discutir o modo de produção e distribuição de riqueza no qual estamos metidos? Discutir, por exemplo, qual o futuro que a classe trabalhadora espera para si diante de trabalhos cada vez mais estúpidos, embrutecedores e ambientes de trabalho hostis e adoecedores? Não seria o momento de a escola e a universidade cumprirem a tarefa de questionar em vez de simplesmente resignar-se e adaptar-se?
O desafio do início desse texto, que apresento a meus alunos, é a entrada que sempre uso para, nas aulas de matemática, discutir a sociedade e, fundamentalmente, discutir o trabalho. Eles costumam coçar a cabeça, buscar desesperadamente um exemplo e nunca acham. Afirmo, então, que muito mais difícil do que aprender as contas de matemática, que aliás qualquer computador é capaz de fazer, é entender os desdobramentos do desafio apresentado, o que ele esconde e como matemática e seus conteúdos são fundamentais para entender essa sociedade e suas as contradições.
*Aldi Nestor de Souza
Professor do Departamento de Matemática da UFMT, campus Cuiabá
Membro do GTPFS-Grupo de Trabalho em Política e Formação Sindical da ADUFMAT Ssind
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Aproximadamente um milhão de pessoas saíram às ruas em diversas cidades na Argentina na terça-feira (23) em defesa das universidades públicas. A Marcha Universitária Nacional foi a maior manifestação registrada até agora no governo de Javier Milei, que assumiu em dezembro do ano passado.
Em Buenos Aires, foram registradas mais de 800 mil pessoas na Marcha que foi convocada pela Frente Sindical das Universidades Nacionais - composta por diversas entidades sindicais docentes, incluindo a Conadu Histórica, trabalhadoras e trabalhadores de áreas administrativas e do movimento estudantil. Os atos contaram ainda com a participação de diversas entidades, movimentos sociais e de direitos humanos, partidos políticos e da sociedade civil.
O protesto partiu do Congresso em direção à Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada, sede do Poder Executivo. Em seguida, foi lido o documento “A universidade pública: base da democracia e desenvolvimento social”.
“A universidade pública Argentina atravessa um período crítico como consequência das políticas implementadas pelo governo nacional. Nós agradecemos as manifestações da sociedade em apoio ao sistema universitário público e convocamos os cidadãos para que trabalhem para sustentar universidades abertas fazendo ensino, pesquisa e extensão. As universidades públicas são uns dos motores da democracia, da produção e dos laços sociais”, diz um trecho da carta.
“A educação nos salva e nos liberta. Nós convocamos a sociedade argentina para defendê-la”, finalizou o documento da Frente Sindical das Universidades Nacionais, da Federação Universitária Argentina (FUA) e do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN).
Reivindicações
Docentes, técnicas e técnicos, e estudantes das universidades argentinas reivindicam aumento do orçamento das universidades, a recomposição salarial para as trabalhadoras e os trabalhadores, a restituição e o pagamento do Fundo de Incentivo Docente (Fonid), que foi extinto por decreto governamental em 26 de março, e que representava entre 10% a 14% dos salários dos trabalhadores e das trabalhadoras da Educação.
Além disso, fazem parte da pauta a atualização das bolsas de apoio à permanência estudantil, negociações contínuas e a revogação do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) 70/2023, conhecido como 'decretaço', que ameaça os direitos trabalhistas, facilitando demissões e tornando-as menos custosas.
Também são destacadas a urgência na atualização previdenciária e a defesa dos fundos de emergência para os serviços de saúde. As e os manifestantes protestaram ainda contra a crescente inflação, a pobreza, as demissões e a insegurança no trabalho.
O ANDES-SN publicou uma nota na segunda-feira (22) em apoio e solidariedade à luta em defesa do sistema educativo público na Argentina. “O ANDES-SN, que tem em sua história a luta constante em defesa da educação pública e das instituições federais de ensino, se solidariza com a sociedade argentina neste momento de enfrentamento a um governo que tem demonstrado seu desprezo pelas instituições públicas, pela ciência e pela cultura, pelo(a)s trabalhadore(a)s e pelos processos democráticos.”
Acesse aqui a nota em solidariedade.
Fonte: Andes-SN (com informações da Conadu Histórica, La Izquierda Diario e Universidade de Buenos Aires - UBA)
Na Argentina, docentes realizaram paralisação de 48h nas universidades de todo país
Docentes de universidades nacionais na Argentina paralisam atividades nesta quinta (14)
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Juacy da Silva*
A Pastoral da Ecologia Integral da Arquidiocese de Cuiabá vai promover mais um Curso para a formação de Agentes, multiplicadores, a ser realizado nos dias 26 de Maio, 02 e 16 de Junho, no Auditório da Livraria Paulinas, no Centro de Cuiabá.
O objetivo deste curso é preparar pessoas com os fundamentos, valores, princípios da espiritualidade ecológica e da conversão ecológica para poderem atuar como equipes nas diversas paróquias e comunidades da Arquidiocese de Cuiabá a desenvolverem ações socioambientais.
O Movimento mundial Laudato Si, tem enfatizado que as ações em defesa do meio ambiente e um melhor cuidado com a Casa Comum e com a ecologia integral, devem estar fundadas, ancoradas em três pilares: Espiritualidade ecológica - Oração; Ações de sustentabilidade sociotransformadoras e Mobilização profética e que as Igrejas Cristãs, Católica e Evangélicas tem uma grande responsabilidade no enfrentamento das questões e problemas socioambientais.
O conteúdo a ser ministrado é objeto de diálogo entre os participantes inclui sínteses das principais Encíclicas do Papa Francisco, principalmente da Laudato Si, Laudate Deum, Fratelli Tutti, Espiritualidade Ecológica, Conversão Ecológica, metodologia e principais ações socioambientais de natureza transformadoras e uma síntese dos principais problemas e desafios socioambientais do Brasil, de Mato Grosso e da Baixada Cuiabana, proporcionando aos participantes conhecimento e uma mística do cuidado com a natureza e também com todas as pessoas, principalmente os pobres e excluídos, em favor dos quais a Igreja faz uma opção preferencial, por serem vítimas das estruturas que geram pobreza, miséria, fome, violência e a degradação ambiental.
O Território da Arquidiocese de Cuiabá, que tem 31 Paróquias e 410 Comunidades em diversos municípios da Baixada Cuiabana, incluindo Nobres, Rosário Oeste, Acorizal, Jangada, Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Barão de Melgaço, onde existem inúmeros problemas e desafios socioambientais, incluindo degradação de córregos, nascentes e o seu maior curso d’água que é o Rio Cuiabá extremamente degradado, incluindo também seu principal afluente que é o Rio Coxipó, lixo urbano, poluição, falta de arborização urbana, falta de saneamento básico, ocupação irregular do solo urbano e rural, desmatamento, queimadas, uso abusivo de agrotóxicos, mineração e garimpo irregular, precariedade de infraestrutura urbana, municípios e uma grande percentagem de população vivendo na pobreza, um dos maiores bolsões de pobreza do Estado, insegurança alimentar e muitos outros.
Dentre os Objetivos da Pastoral da Ecologia Integral podemos destacar: estimular o exercício da espiritualidade, a conversão ecológica visando um melhor cuidado com o meio ambiente, a Casa Comum, estimular mudança de hábitos, estilos de vida sustentáveis, combatendo o consumismo, o desperdício e a chamada economia do descarte; fomentar a economia solidária, a agroecologia, hortas domésticas, escolares e comunitárias, arborização urbana, a reciclagem, a economia circular, motivação para o uso de energias de fontes alternativas, como a energia solar e outros mais.
Um dos objetivos de maior relevância que está na mira da Pastoral é o desenvolvimento de um projeto de EDUCAÇÃO AMBIENTAL, chamado também de EDUCAÇÃO ECOLÓGICA, visando atingir crianças, adolescentes e jovens, tanto na Igreja quanto e, principalmente, nas Escolas Católicas, outras Escolas confessionais, de outras Igrejas e também Escolas públicas, visando despertar a consciência ecológica nesta população, que serão as maiores vítimas da degradação ambiental generalizada que está destruindo o Planeta, a crise climática, a destruição da biodiversidade, o uso abusivo de agrotóxico e tantos outros problemas que afetarão as próximas gerações e que estão presente nesta parte do nosso Estado que é a Baixada Cuiabana e também nos territórios das demais Dioceses de Mato Grosso, onde também espera-se que em breve possam ser organizadas pastorais ecológicas.
Para enfrentar esses problemas e desafios é fundamental que as ações da Igreja sejam pautadas por Leigos e Leigas preparados e preparadas, conscientes da responsabilidade dos cristãos com o meio ambiente, com uma base sólida tanto na Doutrina Social da Igreja quanto nos principais documentos e exortações do Papa Francisco voltados `as questões socioambientais e isto só acontece se eventos como este forem realizados de forma continuada e permanente.
De acordo com a Coordenação da referida Pastoral espera-se que cada Paróquia possa indicar duas ou três pessoas para participarem deste Curso de Formação de Agentes, Multiplicadores que, após o Curso formarão as Equipes Paroquiais para atuarem nessas localidades, seguindo a metodologia da Igreja: VER, JULGAR E AGIR, fazendo um diagnóstico da realidade socioambiental do território das paróquias, identificando os principais problemas e desafios socioambientais e definirem projetos de ação, em parceria com organismos públicos e também ONGs e outras organizações que já realizam algum tipo de ação ambiental.
Para estimular a participação neste Curso a Coordenadora da Pastoral da Ecologia, Olindina Bezerra, o Vigário Geral e orientador espiritual da referida pastoral, Pe. Deusdedit Monge de Almeida e o Arcebispo Matropolitano da Arquidiocese de Cuiabá, Dom Mário Antônio, estão mantendo contatos com padres, vigários, párocos, dirigentes de escolas católicas, religiosos, religiosas, coordenadores de outras pastorais, movimentos e organismos da Igreja para que divulguem este evento de forma ampla.
Os fundamentos que dão rumo às ações da Pastoral são as Encíclicas Laudato Si, que no dia 24 de Maio estará completando 09 Anos de publicação, Laudate Deum, Fratelli Tutti, a Exortação Apostólica Querida Amazônia, todas que fazem parte do Magistério do Papa Francisco, que tem sido um apóstolo, verdadeiro profeta ecológico/ambientalista, impulsionando e exortando a Igreja Católica, tanto Leigos, Leigas quanto sua hierarquia eclesiástica para que também despertem para a responsabilidade de cuidarmos melhor das obras da criação, da natureza.
Este curso insere-se também no planejamento das ações não apenas da Pastoral da Ecologia da Arquidiocese de Cuiabá, com vistas ao restante deste ano de 2024 e, fundamentalmente, mirando o ano de 2025, quando alguns marcos ecológicos significativos estarão ocorrendo no Brasil, como a Campanha da Fraternidade cujo tema será “Fraternidade e Ecologia Integral”, as comemorações do décimo aniversario da publicação da Encíclica Lautado Si e a realização da COP 30, em Belém, no Estado do Pará.
Com certeza a Igreja Católica e as demais Igrejas cristãs, principalmente, começam a se preparar para participarem de forma ativa e efetiva nesses eventos, verdadeiros marcos ecológicos na história, não apenas do Brasil, mas principalmente na caminhada dos cristãos no cumprimento de suas responsabilidades no que concerne a um melhor cuidado com a Casa Comum, no processo de combate `a degradação ambiental e suas consequências, inclusive à crise/mudança climática.
O importante é “pensar globalmente e agir localmente”, de forma sociotransformadora, com coragem, comprometimento na defesa da Mãe Terra e do Bem Comum!
*Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy
Lembrar para nunca esquecer e nunca mais repetir. No dia 01 de abril deste ano, trabalhadores organizados em todo o Brasil relembraram os 60 anos do golpe militar que minou a democracia do país por 20 anos. Foram centenas de mortos, desaparecidos, torturados e milhares de pessoas atingidas por políticas autoritárias e destrutivas que ainda aguardam medidas institucionais capazes de estabelecer memória, verdade e justiça.
Por isso, a Adufmat-Ssind, em parceria com a Vice-presidência Regional Pantanal do Andes-Sindicato Nacional (Andes-SN), Movimento de Mulheres Olga Benário, Unidade Popular pelo Socialismo (UP), União da Juventude Rebelião (UJR) e Jornal A Verdade realizaram a mesa “Ditadura Militar Nunca Mais: debate sobre Verdade, Memória e Justiça”. O evento gratuito e aberto a todos ocorreu na manhã do dia 04/04, na sede da Adufmat-Ssind, e teve como convidados os professores Waldir Bertúlio (Adufmat-Ssind) e Breno Santos (Andes-SN), a estudante de História e militante do Movimento Mulheres Olga Benário, Rayssa Piovani e o editor do jornal A Verdade, Rafael Freire.
A mesa abordou o histórico de resistência à ditadura, lembrando de nomes de militantes locais, como o de Jane Vanini, mato-grossense brutalmente assassinada no Chile em 1974, a professora Lylia Galetti e o próprio professor Waldir Betúlio, perseguidos pela ditadura militar, além de refletir sobre as barreiras para que o país consiga estabelecer, de fato, uma dinâmica capaz de garantir a justa punição dos agentes deste período, bem como a preservação desta memória tão sensível, para que nunca mais se repita. Uma das sugestões dos participantes foi formar um Comitê da Verdade na própria UFMT.
A íntegra do debate tem pouco mais de 1h e está disponível aqui, CLIQUE para assistir.
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Docentes sindicalizados da Adufmat-Ssind procuraram a entidade para denunciar mais um golpe. Desta vez, a falsa proposta, voltada a aposentados e pensionistas, não envolve o sindicato, mas diz respeito a possível resgate de contribuição previdenciária. Veja abaixo a correspondência recebida por alguns professores.
Os advogados do sindicato verificaram a correspondência e atestaram que se trata de mais um golpe.
Fique atento(a)!
Não repasse suas informações pessoais nem faça pagamentos ou transferências sem ter certeza de que não se trata de golpe. Procure sempre o sindicato para verificar as informações antes de tomar qualquer decisão. Vale lembrar que a Adufmat-Ssind não procura docentes individualmente para tratar de questões jurídicas ou financeiras. O sindicato faz sempre convocações públicas para reuniões com o conjunto de sindicalizados, na maioria das vezes, presenciais.
O cuidado deve ser redobrado, pois os golpistas estão utilizando informações, imagens e até mesmo nomes e contatos de conhecidos.
Em caso de tentativa de golpe, os advogados recomendam o registro de um Boletim de Ocorrência (BO).
Para mais informações, os telefones da Adufmat-Ssind são: (65) 99686-8732, (65) 99696-9293.
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind