Sexta, 21 Julho 2023 15:16

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou trechos de um decreto de 2021 que regulamentou a lei que trata de produção, pesquisa e registro de agrotóxicos no Brasil. Entre as regras consideradas inconstitucionais estão as que flexibilizaram o controle de qualidade de pesticidas e o aproveitamento de alimentos descartados.

Assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Decreto 10.833/2021 alterou a regulamentação da Lei de Agrotóxicos (Lei 7.802/1989). Na época, a medida foi considerada uma antecipação de pontos do Pacote do Veneno, PL aprovado na Câmara dos Deputados, e que tramita no Senado Federal.

 

 

Uma nota técnica assinada por 135 pesquisadoras e pesquisadores, parlamentares e mais de 100 organizações e coletivos da sociedade civil destacou que o Decreto ia à contramão do que os mercados consumidores internacionais, preocupados com a crise climática, têm exigido, já que estes têm buscado cada vez mais fornecedores de alimentos livres de agrotóxicos e da destruição de florestas.

A decisão da Corte, por maioria, foi tomada no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 910 na sessão virtual encerrada no final de junho. Um dos dispositivos invalidados atribuía unicamente ao Ministério da Saúde a fixação do limite máximo de resíduos de agrotóxicos e o intervalo de segurança de aplicação do produto. Antes, essa competência também era dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente. Para a relatora, ministra Cármen Lúcia, a revogação da atribuição compartilhada caracteriza "nítido retrocesso socioambiental".

Também foram declaradas inconstitucionais normas que determinavam aos titulares de registro de agrotóxicos a obrigação de somente "guardar" os laudos sobre impurezas relevantes do ponto de vista toxicológico e ambiental nesses produtos, cabendo ao Poder Público monitorar e fiscalizar a sua qualidade. No decreto de 2002, o controle de qualidade cabia ao Mapa e aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. Segundo a relatora, a alteração enfraqueceu o poder de polícia estatal.

Aproveitamento de alimentos

Outro dispositivo declarado inconstitucional vinculou a destruição ou a inutilização de vegetais e alimentos em que sejam identificados resíduos de agrotóxicos acima dos níveis permitidos ao "risco dietético inaceitável". Com a decisão, volta a valer a redação de 2002 do decreto que determina a inutilização de alimentos com resíduos de agrotóxicos "acima dos níveis permitidos". Conforme a decisão da magistrada, a alteração permitia o aproveitamento de alimentos que seriam descartados por descumprimento das normas sanitárias aplicáveis, colocando em risco a população.

Múltiplos ingredientes

A decisão determinou, ainda, que um produto com múltiplos ingredientes ativos somente poderá ser considerado equivalente para registro se todos eles já tiverem sido registrados. Também deve ser dada total publicidade aos pedidos e às concessões de registro de agrotóxicos, sem exigência de cadastro para consulta.

Por fim, o Plenário decidiu que os critérios referentes a procedimentos, estudos e evidências suficientes para a classificação de agrotóxicos como cancerígenos, causadores de distúrbios hormonais, danosos ao aparelho reprodutor ou mais perigosos à espécie humana devem ser os aceitos por instituições técnico-científicas nacionais ou internacionais reconhecidas.

A decisão responde a ADPF 910, apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Apenas os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro, não concordaram com a derrubada dos dispositivos. Ambos julgaram o pedido improcedente.

 

Fonte: Andes-SN (com informações do STFFoto: Antonio Augusto/SCO/STF)

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Governo já liberou o uso de 169 agrotóxicos em 2019

Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

Sexta, 21 Julho 2023 13:29

 

 

O Agronegócio se orgulha em dizer que sua contribuição ao Produto Interno Bruto (PIB) do país é altíssima. Há quem questione este dado, mas considerando que a informação seja verdadeira, convém perguntar: será que vale a pena? A custas de que temos tal elevação do PIB? Essa foi a reflexão feita pelo professor Wanderlei Pignati, referência internacional de pesquisa sobre os efeitos do Agrotóxico na Saúde e Meio Ambiente, durante o Seminário “Dos povos originários às cidades amazônicas: saúde e (in)segurança alimentar”, realizado em Sinop nos dias 29 e 30/06.

 

E foi justamente por aí que o pesquisador do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador (Neast/ PPGSC/UFMT) e membro Grupo Temático Saúde e Ambiente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) iniciou sua intervenção, apontando que, em Mato Grosso, 60% do PIB vem do Agronegócio, e somando o Valor Agregado (VAB) dos comércios e bancos relacionados ao setor, isso equivaleria a 80%. No Brasil, o percentual fica entre 33% e 60%. Mas quais são os impactos positivos e negativos disso?  

 

Para pensar sobre sua provocação, Pignati demonstrou que há várias etapas da produção: desmatamento, Indústria Madeireira, Agricultura, Pecuária, Transporte, Armazenamento e Agroindústria. Em todas elas, há consequências tanto para a saúde das pessoas envolvidas quanto para o ambiente, passando por acidentes de trabalho, intoxicações, erosões, poluições, entre outros. Confira no quadro abaixo.

  

 

 

 

Os agrotóxicos mais usados nas monoculturas têm efeitos crônicos na saúde humana e animal. Os estudos demonstram que, na produção de soja, por exemplo, dependendo da quantidade utilizada, o glifosato é um provável cancerígeno, causador de malformação e aborto tardio, além de autismo. Da mesma forma que outros agrotóxicos, como o paraquate, o flutriafol, o fipronil (que também é tóxico para abelhas) e o carbofurano.

 

Veja, na tabela abaixo, a correlação entre uso de agrotóxicos e essas ou outras doenças.

 

 

 

 

O pesquisador alertou que não há uso seguro dessas substâncias, mesmo que os trabalhadores usem Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), porque geralmente esses equipamentos são padronizados, mas cada tipo de agrotóxico exigiria um EPI diferente. E, se com equipamentos o uso é arriscado, para o ambiente e alimentos não há qualquer tipo de “proteção” e, portanto, de qualquer forma haverá contaminação alimentar e ambiental.

 

“O conteúdo dos frascos de agrotóxicos que agora estão vazios será disperso na água potável, nas águas de rios e subterrâneas, na chuva, no ar que respiramos, nos alimentos e, consequentemente, no sangue, urina e até no leite materno, nos animais domésticos e silvestres”, afirmou o pesquisador.

 

Essa foi uma das constatações de pesquisas realizadas pelo Neast sobre resíduos de agrotóxico no sangue, urina e leite materno.

 

Em 2018, os resultados das análises de resíduos de agrotóxicos em sangue e urina de trabalhadores e professores no projeto Vale do Juruena, realizados em parceria com o Laboratório da FIOCRUZ/CESTEH, identificaram resíduos de agrotóxicos que inibem a acetilcolinesterase, enzima crucial na propagação do impulso nervoso que controla os batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos sanguíneos, a contração dos músculos lisos, além do controle motor, cognição e memória.

 

Foram encontrados na urina resíduos de glifosato, atrazina, benomil e avermectina, e no sangue resíduos de pentacloro, PBOH, endosulfan, aldrin, heptacloro e trifuralina.

 

Em outra pesquisa foram identificadas maiores incidências de intoxicações agudas por agrotóxicos, malformações fetais, acidentes de trabalho, suicídios, sofrimentos mentais, insegurança alimentar e outros agravos nas regiões onde a produção é maior.

 

“Com as mesmas evidencias, estamos pesquisando nessas regiões as lesões renais, endócrinas, neurológicas (espinha bífida, câncer, Parkinson, autismo) e resíduos de agrotóxicos e metais pesados em leite materno”, disse Pignati.

 

O pesquisador explicou que entre os danos agudos à saúde, trazidos pelos agrotóxicos, os prejuízos podem ser gastro-intestinais, dérmicos, hepáticos, renais, neurológicos, pulmonares, imunológico, além de psiquiátricos. Há também os danos subcrônicos, relacionados a lesões neurológicas, renais e leucemias, após semanas da exposição. Entre os agravos crônicos, os pesquisadores do Neast apontam os psiquiátricos (depressão, irritabilidade, entre outros), distúrbios do desenvolvimento cognitivo, neurológicos (neurites periféricas, surdez, doença de Parkinson), desreguladores endócrinos (diabetes, hipotiroidismo, infertilidade, abortos), depressão imunológica e potencialização dos efeitos genotóxicos (alteração genética), cancerígenos, teratogênicos (anencefalia, espinha bífida, malformações cardíacas, intestinais, abortos), mutagênicos (induz defeitos no DNA dos espermatozoides e óvulos), carcinogênicos (mama, ovário, próstata, testículo, esôfago/estômago, leucemia, linfomas não Hodking).

 

A situação é cada vez mais preocupante, pois o índice de intoxicação aguda no Brasil tem aumentado significativamente. Entre 2017 e 2019, os agrotóxicos foram a principal causa de intoxicação. Em 2020 e 2021, só perdeu para as intoxicações por meio do uso de raticidas. Cerca de 53 mil pessoas foram contaminas por exposição a agrotóxicos entre 2010 e 2021 – fora os casos não registrados. Confira na tabela abaixo.

 

 

 

 

Os transgênicos também são produtos que podem causar impactos negativos à saúde. A soja e o milho transgênicos, por exemplo, são modificados geneticamente para resistirem ao glifosato, 2.4 D, dicamba, glufosinato, com uso de biotecologia Bt. Em compensação, são capazes de produzir proteínas estranhas e/ou alteradas, tóxicas (Bt, Cry), além do excesso de resíduos de agrotóxicos nos alimentos e águas, como já mencionado. “Quem avalia? Quem monitora isso?”, refletiu o professor.

 

No debate, também foram apresentados dados sobre pesquisa de morbimortalidade por câncer infantojuvenil associada ao uso agrícola de agrotóxicos no Estado de Mato Grosso. Conclusão: “Foi observada correlação positiva entre o uso médio de agrotóxicos em litros no período de 2008 a 2017 e a média de óbitos (coeficiente de correlação=0,226; p=0,008) e internações por câncer infanto-juvenil (coeficiente de correlação=0,183; p=0,032), considerando para a análise de 138 municípios (excluídos os municípios de Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande, por serem polos industriais, comerciais e conglomerado urbanos)”. A íntegra do estudo está disponível na Dissertação de Mestrado apresentada no Instituto de Saúde Coletiva /UFMT e no livro “Desastres sócio-sanitário-ambientais do Agronegócio” (leia o livro aqui).

 

Também foram correlacionadas maiores incidências de acidentes de trabalho nas regiões de maior produção agropecuária, além de sofrimentos mentais, suicídios, insegurança alimentar, entre outras, conforme quadro abaixo:

 

 

Por fim, tal qual a colega pesquisadora que apresentou, no mesmo evento, o debate sobre “Por que aceitamos ser envenenados” (leia aqui), o pesquisador fez sugestões para diminuir os impactos dos agrotóxicos na saúde e ambiente, sempre no sentido de estabelecer um novo modelo de Saúde, de Agricultura e de Vida. As sugestões seriam: implantação completa da Vigilância à saúde e imediata da Vigilância do Desenvolvimento (Econômico, Urbano, Industrial e Agropecuário) na busca do Desenvolvimento Sustentável, a partir de dez passos: implementar a Vigilância à Saúde participativa e integrada (Saúde, Trabalho, Agricultura, Educação e Ambiente), indo no sentido da Vigilância popular e Vigilância do Desenvolvimento; diminuir os desmatamentos e aumentar as áreas de proteção ambiental no Cerrado, nas Florestas e nas Águas. Cumprir Leis e Decretos. Criar leis estaduais e municipais de proteção da vida e restrições de uso de agrotóxicos; proibir as pulverizações aéreas de agrotóxicos.  Proibir no Brasil o uso dos agrotóxicos e transgênicos proibidos  na União Europeia; monitoramento de resíduos de agrotóxicos, fertilizantes, metais, solventes e medicamentos em alimentos, água potável, rios, lagos e subterrâneas em todos os Municípios brasileiros. E divulgar; monitorar resíduos de agrotóxicos e medicamentos nos Bancos de leite materno humano e nas Usinas/embaladoras de leite de vaca; implantar a nível nacional um Sistema de Informação Municipal de venda e uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos; implantar fóruns e campanhas de Controle Social de Vigilância do Desenvolvimento local e regional; transição para a Agroecologia - implementar no Brasil o decreto 7.794/2012 da Agroecologia  e Produção Orgânica e no Mato Grosso a lei 11242/2020; implantar o PRONARA nos Estados e Municípios e aprovar o PL 6610/2016 (Redução do uso de Agrotóxicos). Combater a aprovação do PL 6299/2002 (PL do Veneno que amplia o uso); tratar este Modo de produção agropecuário, “químico-dependente”, como problema de Saúde Pública humana, ocupacional, animal, vegetal e ambiental.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Sexta, 21 Julho 2023 10:14

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Vicente Machado de Avila

Professor Aposentado da UFMT

 

 

Governo A

 

Governo B

1.Deixou expostos a garimpeiros/madeireiros assassinos


Yanomamis

1.Expulsou os garimpeiros/madeireiros e está dando assistência humanitária aos indígenas e também queimou os barracos e as ferramentas

2.Não se vacinou e fez campanha para o uso da cloroquina


Vacinação

2.Vacinou-se e fez campanha com base na ciência

3.Discriminou os países de esquerda


Mercosul

3.Acolheu e está desenvolvendo esforços para inserção na comunidade internacional

4.Através dos CAC’s, espalhou armas e munições


Segurança Pública

4.Está acolhendo e convidando as ditaduras do continente para a Democracia


5.Estrangulou as finanças públicas


Finanças


5.Esta fazendo a reforma tributária

6.Fraco no combate ao desmatamento e às queimadas


Meio
Ambiente

6.Está intensificando o combate as queimadas e ao desmatamento. Também está buscando recursos financeiros para a melhoria do controle do meio ambiente.

7.Agressões quixotescas, vazias e autoritárias 


STF e TSE

7.Agradecimentos pelo apoio as medidas benéficas para população


8.Indiferente


Endividamento


8.Criou o programa DESENROLA


9.Tanto faz morrer 30 como 300


Violência


9.Aumento do controle sobre os Cac’s e a posse de armas


10.Salários homem/mulher

Igualdade
Salarial entre homem e mulher para as mesmas funções


10.Está criando legislação que resolve o problema

II – POEMA

“Quem semeia amor colhe amizade. Quem semeia vento colhe tempestade. E que semeia armas e ódio colhe inelegibilidade.”

Aquele abraço,    

 

Cuiabá-MT., 19 de julho de 2023.

Professor Vicente Machado Ávila

 

Quinta, 20 Julho 2023 09:29

 

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        Prof. Dra. Alair Silveira
Professora e Pesquisadora do SOCIP) e do PPGPS. Membro do MERQO e do GTPFS

 

            Entre os dias 14 e 16 de julho/2023 ocorreu, em Campina Grande/PB, o 66º CONAD, intitulado Na reorganização da classe com inspiração nas lutas e culturas populares.

            Dividido em três grandes temas: I) Atualização do Debate sobre Conjuntura e Movimento Docente; II) Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas; e, III) Questões Organizativas e Financeiras, o 66º CONAD registrou fatos atípicos que, infelizmente, não prenunciam avanços, mas seu contrário.

            Inicialmente é preciso registrar que a Mesa de Abertura contou como convidados presentes somente dois representantes estudantis e nenhuma representação sindical. Na Mesa, portanto, apenas membros da Diretoria que se retirou e da Diretoria recentemente eleita. Além desse fato carregado de significados, as análises de conjuntura pouco discorreram sobre correlação de forças, concentrando-se mais em balanços sobre a última eleição para direção do ANDES-SN, assim como em contornar enfrentamentos diretos ao Governo Lula.

            O estreitamento das análises de conjuntura aos problemas internos do Sindicato (no primeiro CONAD pós-desfiliação da CSP-Conlutas), assim como a composição da Mesa de Abertura, parece revelar mais do que cadeiras vazias.

            Se o Tema I convergiu para análises pouco densas, o Tema II transcorreu dentro da mais absoluta tranquilidade, considerando que as divergências entre as forças políticas dentro do ANDES-SN não residem no conteúdo do Plano de Lutas, mas, sim, em como implementá-lo. O que representa definir: com quais instrumentos, com quais aliados, contra quais políticas e contra quais adversários.

            É precisamente nestas definições que o ANDES-SN tem perdido seu eixo classista, democrático e independente. Assim, mais uma vez, o Sindicato canaliza suas energias para promover punições sobre seus militantes, sob uma espécie de cruzada contra os sentenciados “assediadores”.

            Nesta Cruzada, cabem todos aqueles (homens) que, de alguma forma, sejam considerados “machistas” e “assediadores”. Essa decretação, entretanto, é bastante elástica. Sempre depende de para quem a espada é apontada. A consequência desta Cruzada de intolerância (que é persecutória e não educativa) é, de um lado, o desencantamento e o afastamento de muitos lutadores do Sindicato; de outro, as comemorações após a aprovação das proposições “justiceiras” que, ao final, pressupõem uma espécie de limpeza moral da Entidade.

            Ironicamente, no discurso de despedida da agora ex-presidente Rivânia Moura de Assis, o ANDES-SN que transbordou da sua bela explanação não é mais o mesmo faz alguns anos. Mais precisamente, 2016. Consequentemente, é como se a ex-presidente se reportasse ao ANDES-SN das origens, mas não ao Sindicato que ela dirigiu.

            Assim, embora seja muito importante que, na nova Direção, a diversidade esteja garantida, é preciso que essa diversidade não seja exercida reproduzindo sobre outros companheiros de caminhada opressões similares àquelas contra as quais se insurgiram mulheres, mas, também, homens; homossexuais, mas, também, heterossexuais... Enfim, a conquista dos espaços de reconhecimento e poder não foram conquistados por categorias e/ou comunidades específicas, mas pela unidade da classe trabalhadora. Não como retórica, mas como lutas solidárias e diretas.

            É essa ausência de perspectiva histórica e de classe que parece, cada vez mais, ecoar dentro do ANDES-SN. Consequentemente, embora o discurso seja classista, a prática tem encetado para uma centralidade sujeita às percepções de gênero. Somente assim é possível compreender a sanha punitiva e o congraçamento coletivo com o afastamento/desfiliação de companheiros de longa trajetória dentro do Sindicato.

            Tragicamente, do ANDES-SN das lutas e das ruas, dos embates duros, mas fraternos, cada vez resta mais distância (e saudades!). Esse novo ANDES-SN tem se regozijado com o medo de muitos companheiros de serem acusados (e sentenciados) como assediadores. Porém, para uma parcela nada desprezível desse novo ANDES-SN, o medo que esses companheiros sentem “é bom” para que “eles sintam o que nós sentimos a vida inteira”. Dessa maneira, na contramão do tão citado Paulo Freire, companheiros consideram que o sofrimento é educativo e que a exclusão é alternativa.

            Enfim, o Tema III foi, lamentavelmente,mais do mesmo dos últimos tempos. Como resultado, a sanção ao colega de MG seguiu o mesmo trâmite que tem sido rotina nos últimos eventos do ANDES-SN: punição em rito sumário. Ou seja, sequer a observância da regra aprovada que estabelecediscussão em Plenário em caso de modificações de Texto-Resolução (TR) em Grupo de Trabalho Misto (GT) foi respeitada.

            Não por acaso, sem discussões de fundo e de forma absolutamente incomum, o 66º CONAD foi encerrado em torno de 20h30 de domingo.

Quarta, 19 Julho 2023 17:38

 

 

Continuar articulando com Fonasefe e Fonacate para a recomposição salarial de forma linear em 2024, defender o fim da listra tríplice, intensificar a luta contra o arcabouço fiscal (PL 93/2023). Foram três dias dedicados à avaliação e atualização do plano de lutas da categoria, para que as ações em busca da universidade pública idealizada pelo Andes – Sindicato Nacional sejam cada vez mais assertivas.

 

Para isso, a valorização profissional é fundamental, mas não só. A categoria compreende que é indispensável estar a frente das disputas mais caras à classe trabalhadora. A luta por uma política tributária progressiva é uma dessas frentes, e foi tema de um dos textos resolução aprovados no 66º Conad. A batalha será orientada pelos princípios do Caderno 2, e travada junto à Auditoria Cidadã da Dívida Pública.

  

O segundo maior pleno deliberativo da categoria também encaminhou demandas aos grupos de trabalho, como debater os impactos do Novo Enem e a Base Nacional Curricular (BNC) ao GT Política Educacional. Fortalecendo os coletivos que fazem enfrentamento a essas políticas, o GT terá, ainda, a tarefa de construir o Dia Nacional de Luta contra o Novo Ensino Médio em 09/08, rearticular a Coordenação Nacional em Defesa da Educação Pública e Gratuita (Conedepe) e construir o IV Encontro Nacional da Educação.

 

O GT Política de Formação Sindical (GTPFS) e GT Política de Classe para Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), além do próprio GTPE, deverão debater procedimentos que visem combater o assédio, refletindo sobre penalidades e os cuidados acerca dos dados e informações dos envolvidos.

 

A defesa do direito à paridade e integralidade entre professores ativos e aposentados foi um dos encaminhamentos aprovados para o GT Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA), que deve defender ainda a garantia de remuneração integral e isonômica dos integrantes de mesmo nível, titulação e regime de trabalho na carreira, além da revogação das Reformas da Previdência, entre outros.

 

O 66° Conad também cumpriu o papel de encaminhar algumas questões que não foram debatidas no 41º Congresso, no início do ano, pela escassez de tempo. Os temas remetidos e encaminhados no Conad foram sobre o GT Comunicação e Arte – que terá seu plano atualizado, além da II edição do Festival de Arte e Cultura do Andes-SN no segundo semestre deste ano; GTSSA – que deverá se debruçar ainda mais sobre o tema Saúde do Trabalhador; GT Carreira, que continua a jornada pela construção da carreira docente única, contra a implementação de ponto eletrônico, revogação da Portaria MEC 983/2020 (que impõe novo regime de trabalho, ampliando a carga horária e a não presencialidade) bem como a Portaria 2.117/19, que atua na mesma lógica; e GT História do Movimento Docente, que, entre outras ações, deverá promover uma campanha nacional pela revogação dos decretos e portaria do Governo Bolsonaro que criaram obstáculos à investigação sobre os crimes cometidos em seu Governo e enfraquecem a Comissão Nacional de Anistia (Lei nº 10559/2002), a Comissão Nacional da Verdade e Reparação (Lei nº 12.528/2011) e a Comissão Especial sobre Mortos r Desaparecidos Políticos (Lei nº 9140/1995).

 

Entre as diversas moções aprovadas, uma de repúdio às declarações do deputado mato-grossense Gilberto Cattani, que comparou mulheres a vacas recentemente, durante defesa contra o direito legal ao aborto.  

 

Também foram definidos no último dia evento os novos membros da Comissão da Verdade, a aprovação das contas do sindicato e do 41º Congresso, a previsão orçamentária da 2024 e a sede do próximo Conselho do Andes-SN, o 67º Conad, que será Belo Horizonte-MG.        

 

Primeira participação no evento

 

A professora Luciane de Almeida Gomes participou pela primeira vez do Conad. Ficou impressionada com a dinâmica do Conselho, apesar de ter participado de um seminário nacional do GTPE anteriormente. “O Conad é evento diferente do que estou acostumada, como os eventos científicos, por exemplo. A gente estranha a dinâmica, é um evento muito intenso em poucos dias, mas que nos dá condições de acessar mais profundamente pautas e questões programas de lutas que a gente não tem condições de acessar nas seções sindicais, nas assembleias. Me trouxe uma visão mais ampliada da necessidade a aproximação desses espaços”, afirmou a docente.

 

Para a docente, ampliar a participação no evento poderia aproximar ainda mais a categoria. “O Conad poderia ampliar a quantidade de delegados e indicar por exemplo a possibilidade de que fossem observadores por número de Grupos Mistos. A Adufmat-Ssind foi privilegiada nesse sentido, nós tivemos condições de enviar mais observadores do que a maioria dos grupos, isso é uma coisa importante, porque assim você tem uma compreensão coletiva da organização sindical e nos fortalece, nos dá aquela sensação de que nós não estamos sozinhos. Eu poderia apontar várias coisas, no sentido do cansaço, da intensidade das discussões, as vezes a sensação de que falta tempo para esgotar com mais qualidade, mas depois, quando a gente chega na grande discussão, percebe que outros olhares suprem aquilo que você acha que ficou faltando. A gente tem as forças renovadas, no sentido de enxergar que nós não estamos sozinhos nessa luta, que ela é coletiva, e que a gente precisa desse momento de partilha, de se refazer dentro desse campo sindical”, declarou.  

 

Em sua avaliação, no entanto, é possível melhorar. Gostei muito de estar aqui, gostei muito do evento, mas fiquei um pouco impactada com algumas posições políticas que, particularmente, eu não esperava dentro do âmbito sindical, que a gente presenciou principalmente no primeiro dia, por conta da chapa que perdeu a eleição, e que na minha opinião faz uma manifestação política imatura, num lugar errado. Eu acho que manifestar a indignação é legítimo, mas para o fato apresentado, existe o lugar, o momento certo”, concluiu.

 

Representaram a Adufmat-Ssind no 66º Conad os docentes Maria Luzinete Vanzeler, como delegada, e Paula Gonçalves (Araguaia), Clarianna Silva (Sinop), Luciane Gomes, Alair Silveira e Raquel de Brito, como observadoras. 

 

Confira aqui a Galeria de Imagens do 66º Conad

Quarta, 19 Julho 2023 17:06

 

 

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Publicamos a pedido do professor Leonardo Almeida

Professor da UFMT 

 

 

Cuiabá, 18 de julho de 2023

 

  

Caros colegas, a Festa da Menina Moça realizada por indígenas é um evento cultural significativo que celebra a transição de uma jovem para a idade adulta em diversas comunidades indígenas. Essa festa é um momento especial, marcado por rituais, danças, cantos e tradições que refletem a rica herança cultural desses povos. Ela é preparada com grande antecedência, envolvendo toda a comunidade, desde a família da menina até os membros mais experientes. Os preparativos incluem a confecção de trajes tradicionais, a decoração do espaço onde a celebração ocorrerá e a organização das atividades que serão realizadas durante o evento.

Além das atividades tradicionais, a festa também pode incluir a realização de jogos, competições e banquetes. É uma oportunidade para as pessoas se reunirem, compartilharem experiências e fortalecerem os laços comunitários.

A Festa da Menina Moça, realizada por indígenas, não é apenas um evento isolado, mas um momento importante na vida dessas jovens, que passam a assumir papéis de liderança e responsabilidade dentro de suas comunidades. Além disso, é uma oportunidade para preservar e valorizar a cultura, os costumes e as tradições dos povos indígenas, promovendo o respeito e a valorização da diversidade cultural.

Entre os dias 29 e 30 de julho ocorrerá a Festa da Menina Moça na T.I Tirecatinga e tivemos a honra de sermos convidados. Além disso, nos foi solicitado a auxílio com a alimentação, dessa forma, pedimos gentilmente ajuda financeira para que possamos comprar cestas básicas, que serão entregues ao (a) chefe de família no dia 27 de julho. Gostaria de enfatizar que qualquer quantia que possa ser disponibilizada será de grande ajuda para nós. Agradeço antecipadamente pelo tempo e consideração dedicados à nossa solicitação.

 

Fico à disposição para fornecer qualquer informação adicional que possa ser necessária. Por favor, aceite minha mais profunda gratidão por sua atenção e apoio.

Dados Bancários - Banco do Brasil AG -3499-1

CC – 58097-0

Pix: 028.456.541-54

Monalisa Rocha de Campos Chaves

 

 

Membros da equipe que irão á festa: Haya Del Bel, Monalisa Rocha de Campos Chaves e Kesley Gabriel Coutinho, representando o Núcleo de Estudos Ambientais, em Saúde e Trabalho (NEAST/ISC).

Atenciosamente,

 

Monalisa

Quarta, 19 Julho 2023 11:37

 

 

A Comissão Eleitoral (CE) responsável pelas eleições para a Diretoria da Adufmat-Ssind, biênio 2023-2025, torna público o resultado das urnas apuradas nesta terça-feira, 18/07/23, conforme Regimento.

Foram um total de 363 votos, sendo 209 para a Chapa 1 – Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais, e 144 votos para a Chapa 2 – Renova Ação Adufmat; a Comissão contou, ainda, 10 votos nulos. Os votos, por urna, podem ser conferidos abaixo, no quadro geral de apuração.

Sendo assim a CE declara a vitória da Chapa 1.

Com relação aos recursos, o regimento prevê, na SEÇÃO VI:


Art. 44 - Qualquer recurso deverá ser apresentado à Comissão Eleitoral, no máximo, até as 23:59h do dia 20/07/2023, pelo email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

§ 1º - Qualquer recurso somente será objeto de análise da Comissão Eleitoral, quando devidamente formalizado a partir de provas e argumentos adequados ao presente Regimento.

§ 2º - A Comissão Eleitoral, encerrado o prazo estabelecido no caput desse artigo, deverá, no prazo máximo de até 24h (vinte e quatro horas), deliberar sobre os recursos apresentados e publicar os resultados.

Art. 45 - Às deliberações da Comissão Eleitoral, conforme previsto no artigo 14º desse Regimento, cabe recurso à Assembleia Geral da ADUFMAT.

§ 1º – Em caso de recurso à Assembleia Geral, a mesma deverá ser convocada em caráter extraordinário, no prazo de 48 horas após manifestação oficial de inconformidade com o despacho da Comissão Eleitoral.

§ 2º - Em caso de Recurso à Assembleia Geral, deverá o(a) impetrante manifestar, oficialmente, sua inconformidade, no prazo de 72h (setenta e duas horas) após a divulgação do despacho.

 

 QUADRO GERAL DE APURAÇÃO DE VOTOS

 

Número da Urna

Nº total de votos

Nº de Votos Chapa 1

Nº de Votos Chapa 2

Nº Votos

Nulos

Nº Votos

Em Branco

01 - Adufmat (Aposentados)/ Faculdade de Educação Física

58

20

36

02

00

02 – Instituto de Educação e Instituto de Linguagem

31

19

12

00

00

03 – Instituto de Ciências Humanas Sociais, Instituto de Geografia, História e Documentação, Faculdade de Economia e Ciências Contábeise Faculdadede Administração

48

39

09

00

00

04 – Faculdade de Engenharia Florestal, Faculdade de Agronomia e Zootecnia e Faculdadede Medicina Veterinária

19

04

14

01

00

05 – Instituto de Saúde Coletiva, Faculdade de Enfermagem, Instituto de Biologia, Faculdade de Medicina, Faculdade de Nutrição e Engenharia de Alimentos

29

21

07

01

00

06 – Várzea Grande e Faculdade de Direito Cuiabá

03

00

01

02

00

07 – Instituto de Ciências Exatas e da Terra e Faculdades de Engenharias e Tecnologia

45

20

23

02

00

08 – Hospital Julio Muller

04

03

01

00

00

Sinop – Sede da Subseção

75

54

20

01

00

Araguaia- Campus Unidade I

Pontal do Araguaia

14

06

08

00

00

Araguaia- Campus Unidade II

Barra do Garças (secretaria)

37

23

13

01

00

Total

363

209

144

10

00

 

 

 

Sexta, 21 Julho 2023 00:00

Publicação atualizada às 15h43 do dia 21/07/23 para ratificação do resultado*. 

 

A Comissão Eleitoral (CE) responsável pelas eleições para a Diretoria da Adufmat-Ssind, biênio 2023-2025, informa que não houve recursos com relação ao resultado do pleito realizado na terça-feira, 18/07/23.

Sendo assim, a CE ratifica a vitória da Chapa 1 - Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa MaisA cerimônia de posse será durante assembleia geral, na próxima terça-feira, 25/07, às 13h30.  

Foram 363 votos, sendo 209 para a Chapa 1 – Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais, e 144 votos para a Chapa 2 – Renova Ação Adufmat; a Comissão contou, ainda, 10 votos nulos. Os votos, por urna, podem ser conferidos abaixo, no quadro geral de apuração.

 

 QUADRO GERAL DE APURAÇÃO DE VOTOS

 

Número da Urna

Nº total de votos

Nº de Votos Chapa 1

Nº de Votos Chapa 2

Nº Votos

Nulos

Nº Votos

Em Branco

01 - Adufmat (Aposentados)/ Faculdade de Educação Física

58

20

36

02

00

02 – Instituto de Educação e Instituto de Linguagem

31

19

12

00

00

03 – Instituto de Ciências Humanas Sociais, Instituto de Geografia, História e Documentação, Faculdade de Economia e Ciências Contábeise Faculdadede Administração

48

39

09

00

00

04 – Faculdade de Engenharia Florestal, Faculdade de Agronomia e Zootecnia e Faculdadede Medicina Veterinária

19

04

14

01

00

05 – Instituto de Saúde Coletiva, Faculdade de Enfermagem, Instituto de Biologia, Faculdade de Medicina, Faculdade de Nutrição e Engenharia de Alimentos

29

21

07

01

00

06 – Várzea Grande e Faculdade de Direito Cuiabá

03

00

01

02

00

07 – Instituto de Ciências Exatas e da Terra e Faculdades de Engenharias e Tecnologia

45

20

23

02

00

08 – Hospital Julio Muller

04

03

01

00

00

Sinop – Sede da Subseção

75

54

20

01

00

Araguaia- Campus Unidade I

Pontal do Araguaia

14

06

08

00

00

Araguaia- Campus Unidade II

Barra do Garças (secretaria)

37

23

13

01

00

Total

363

209

144

10

00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Terça, 18 Julho 2023 11:07

 

Clique no Arquivo Anexo abaixo para ler o documento. 

Sexta, 14 Julho 2023 18:06

 

 

“Paraíba hoje é a sede, Campina Grande, o local. Vai ser na universidade, que é a nível federal, o novo encontro do Andes Sindicato Nacional”. Ao som do repente, começou, nesta sexta-feira, 14/07, o segundo maior evento dos docentes do ensino superior de todo o país. Com o tema “Na reorganização da Classe com Inspiração nas Lutas e Culturas Populares”, o 66º Conselho do Andes (Conad) tem como objetivo fortalecer a organização das lutas aprovadas pela categoria no Congresso realizado no início do ano, além de dar posse à diretoria eleita para o biênio 2023-2025.  

 

Durante a Plenária de Abertura, entidades parceiras deram as boas vindas aos presentes.

 

Compuseram a mesa a presidente do Andes-SN, Rivânia Lucia Moura de Assis, a secretária-geral do Andes-SN, Maria Regina de Avila Moreira, o primeiro tesoureiro do Andes-SN, Amauri Fragoso de Medeiros, o presidente eleito para a biênio 2023-2025, Gustavo Seferian Scheffer Machado, também primeiro secretário Regional Leste durante na Gestão 2020-2023, a secretária-geral eleita para o biênio 2023-2025, Francieli Rebelatto, também segunda secretária da Gestão 2020-2023, a primeira tesoureira eleita para o biênio 2023-2025, Jennifer Susan Webb, também terceira tesoureira do Andes-SN 2020-2023, a primeira Vice-presidente da Regional Nordeste II do Andes-SN, Cristine Hirsch, o presidente da AdufCG, Antônio Lisboa, a representante da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet) Nicole Viana, e o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFCG, Guilherme Queiroz.

 

Em seu discurso, a ainda presidente, Rivânia Moura, afirmou, emocionada, que a luta exige intensidade. “Fomos atravessados por perdas, dores, ausências dos que tombaram na pandemia, por um governo de extrema direita, negacionista, que promovei o maior genocídio Não é possível seguir sem olhar para trás e entender que o que ficou lá atrás também segue conosco. Nesse cenário o Andes se manteve na firme defesa da vida. Nesse cenário nós construímos a mais ampla unidade para derrotar o fascismo nas ruas e nas urnas”

 

Moura falou ainda do desmantelamento da educação pública durante o governo Bolsonaro, cujos herdeiros tentam manter ainda hoje, e lembrou das campanhas que o Andes-SN construiu nos últimos anos para resistir a esses ataques.

 

Ainda na Plenária de abertura, os responsáveis pela Revista Universidade & Sociedade apresentaram a edição deste semestre, que tem o tema “A crise ecológica e ambiental: territórios, política e meio ambiente” (leia aqui). Os responsáveis pela pesquisa nacional sobre saúde docente também falaram sobre o estudo e revelaram alguns resultados preocupantes: 75% dos entrevistados se sentem sobrecarregados sempre ou frequentemente; 79% se sentem pressionados sempre ou frequentemente; 58% possuem dívidas; 88% trabalham por demanda sempre ou frequentemente; dois terços já sofreram assédio moral.

 

Em seguida, os presentes procederam o empossamento da nova diretoria, eleita maio deste ano com 43,17% dos votos. Os representantes da Regional Pantanal são Breno dos Santos, da UFMT (primeiro vice-presidente), Ana Paula Salvador Werri, da UFMS (segunda vice-presidente), Paula Pereira Gonçalves Alves, da UFMT (primeira secretária), Luciana Henrique da Silva, da UEMS (segunda secretária), João Carlos Machado Sanches, da UNEMAT (primeiro tesoureiro) e Bruno Passos Pizzi, da UFGD (segundo tesoureiro).

 

 

 

Gustavo Seferian, presidente eleito, disse que inicia a gestão animado, e que o próximo período exigirá sabedoria por parte da categoria, que necessitará, em suas palavras, “de muita abertura, diálogo, compreensão, respeito, capacidade de acolhida das nossas diferenças para poder seguir colocando nosso sindicato nacional no lugar tão necessário, de ferramenta do enfrentamento aos ataques que recaem sobre nós e da promoção ofensiva do que são os nossos mais profundos interesses. Que a gente possa construir, no próximo biênio, uma gestão marcada por esses valores”, concluiu, abrindo oficialmente o evento.     

 

A tarde começou com a Plenária de instalação. Neste momento, foram anunciados os números preliminares do 66º Conad, tendo a presença de 69 seções sindicais, representadas por 64 delegados, 226 observadores, 12 convidados, 33 diretores, num total de 335 participantes.

 

Também na Plenária de Instalação foi formada a Comissão de Enfrentamento ao Assédio - exigência estabelecida no 36º Congresso, realizado em Cuiabá, em 2017, e toda a metodologia do trabalho que será realizado no Conad nestes três dias de intenso trabalho.

 

Para encerrar as atividades da tarde, os presentes apresentaram as teses de atualização do debate de conjuntura, isto é, a leitura de diferentes grupos sobre as questões atuais, bem como as propostas para enfrentar os desafios. Essas teses estão disponíveis no Caderno de Textos do 66º Conad (leia aqui).

 

No período noturno as delegações debaterão as propostas do tema II - Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas - nos grupos mistos. As atividades seguem até domingo.   

 

Confira aqui algumas fotos do evento. 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind