Nesta quarta-feira (6), docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e das universidades estaduais da Bahia realizam atos em defesa da Dedicação Exclusiva (DE). No Rio, o regime foi garantido no vencimento básico dos professores da Uerj ano passado, através da Lei 8267/2018, em uma vitória histórica da mobilização da categoria. Na Bahia, a DE está sob ameaça após a Lei 14039/2018 aumentar a carga horária de aulas dos docentes de 8 para 12 horas. Em maio, o Tribunal de Justiça da Bahia concedeu liminar suspendendo os efeitos da lei.
Ato no Rio
Na capital fluminense, os docentes irão se reunir em frente à Assembleia Legislativa (Alerj) nesta quarta (6). Neste dia, às 10 horas, a presidência da Alerj realiza uma reunião com o Conselho de Fiscalização do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do estado.
O órgão, responsável por monitorar o cumprimento das normas de renegociação da dívida com o governo federal, tem ameaçado retirar o estado do programa do RRF, alegando supostos gastos com a Lei da DE no Vencimento Base.
Na última sexta-feira (1), após o agravamento das tensões entre os governos Witzel e Bolsonaro, o Conselho de Fiscalização do RRF recusou a proposta de compensação financeira aos supostos gastos provocados pela Lei 8267. A proposta de compensação foi apresentada por Witzel após negada liminar à Representação de Inconstitucionalidade da Lei, movida pelo próprio governo do estado.
Segundo Rosineide Cristina de Freitas, 1ª tesoureira da regional RJ do ANDES-SN, o governador Wilson Witzel alega que o pagamento da DE como vencimento básico irá aumentar a despesa com a folha de pessoal, o que fere o pacto do Regime de Recuperação Fiscal feito entre estado e União.
“O governo aponta isso como uma questão, só que não apresenta dados que comprovem. Os levantamentos prévios que a Asduerj SSind. fez dizem que isso [esse impacto na folha] não acontece, na medida em que a DE já fazia parte da folha de pagamento. Tornar a DE salário base dá uma diferença pequena em relação aos triênios que recebemos e também nos cálculos para progressões e promoções. Só que isso sempre entra em disputa. E, agora, o que ele quer alegar é que não pode levar a cabo a lei por conta do regime de recuperação fiscal”, explica a diretora do ANDES-SN.
Segundo a dirigente, a seção sindical da Uerj convocou os docentes para o ato na Alerj para mostrar a legitimidade e constitucionalidade da lei. “Vamos pressionar [os parlamentares] nas galerias. E, em seguida, vamos marcar uma assembleia da Asduerj para definir os próximos passos da mobilização”, completa.
Mobilização na Bahia
Em Salvador, a mobilização ocorre também nesta quarta (6), às 9h, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O objetivo é dialogar com os deputados sobre as dificuldades nas negociações com o governo Rui Costa. A mesa permanente de negociação é resultado da vitoriosa greve realizada pelos docentes neste ano, mas os gestores públicos não apresentam proposta sobre o regime de Dedicação Exclusiva (DE). Na quinta-feira (7), quando ocorrerá mais uma mesa permanente entre o Fórum das ADs e o governo, a categoria fará, paralelo ao encontro, marcado para às 15h30, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), outra mobilização.
Atualmente, a situação é de muita lentidão nas negociações. As mesas permanentes não avançam e não têm a presença de secretários, conforme firmado no acordo que levou à suspensão da greve.
Na última reunião, ocorrida no dia 10 de outubro, após pressão da categoria, o governo Rui Costa comprometeu-se em rever a proposta inicial e sinalizar com a garantia de todos os processos de Dedicação Exclusiva que tramitam nas secretarias estaduais. O prazo acordado para que o governo apresentasse uma resposta foi o dia 21 de outubro, o que não ocorreu. Para agravar ainda mais a situação, os gestores públicos cancelaram, no dia 30 de outubro, a mesa de negociação marcada para o dia 31 daquele mês. As promoções na carreira, conquistadas durante o movimento paredista, também não foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE). O orçamento das universidades estaduais segue contingenciado pelo governo.
Em dezembro do ano passado, o governador sancionou a Lei Nº 14.039/2018, que revoga o artigo 22 do Estatuto do Magistério Superior e aumenta a carga horária dos professores em regime de DE de oito para 12 horas semanais. No mês de maio deste ano, o Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu liminar suspendendo os efeitos da Lei Estadual 14.039 sobre o Estatuto do Magistério e mantendo os efeitos do artigo 22. Esse artigo assegura oito horas de ensino para os docentes em regime de D.E. que comprovem atividades de pesquisa e extensão.
A decisão dos desembargadores acata a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A Adin foi solicitada pelo Fórum das ADs. O encaminhamento da Ação foi dado pelo PSOL por este possuir representação na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. A Adin será julgada no dia 6 de novembro. Atualmente, 256 docentes estão na fila de espera para a mudança de regime de trabalho.
“É importante que todos compareçam às mobilizações para pressionar o governo Rui Costa a apresentar respostas à categoria sobre o regime de Dedicação Exclusiva, as promoções e o orçamento das universidades estaduais. Precisamos avançar o debate no âmbito das mesas permanentes”, disse André Ûzeda, diretor da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs SSind.) e coordenador do Fórum das ADs.
Fonte: ANDES - SN (com informações da Asduerj SSind. e Adufs SSind).
Ao completar 300 dias de governo, sob uma série de críticas, denúncias e suspeitas, Jair Bolsonaro apresentou ao Congresso Nacional o Plano Mais Brasil, um conjunto de propostas para consolidar a destruição do Estado brasileiro.
O pacote, entregue nessa terça (6), é composto por três propostas de emenda à Constituição (PECs), que desobrigam a União de promover serviços públicos à população, ataca diretamente os servidores públicos e permite a transferência dos recursos públicos para a iniciativa privada.
A PEC “Emergencial” traz alterações que buscam reduzir os gastos obrigatórios da União. Já a do “Pacto Federativo” muda a distribuição de recursos entre os três entes federativos, prevendo até a extinção de municípios. A dos “Fundos Públicos” propõe entre outras medidas a extinção dos fundos e a destinação de parte dos recursos, atualmente R$ 219 bilhões, para a amortização da dívida pública.
Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, explica que tanto a diretoria do Sindicato Nacional quanto a sua assessoria jurídica estão estudando o pacote de forma detalhada. No entanto, já é possível evidenciar que o Plano Mais Brasil explicita, de forma bastante ambiciosa, o projeto de avanço do capitalismo neoliberal e de desmonte do Estado social.
“Traz elementos que desvinculam receitas de políticas públicas como Saúde e Educação. Criam mecanismos de redução de salário de servidores públicos, a partir do atingimento de determinado patamar de comprometimento das receitas, abre a possibilidade de uma completa reconfiguração do Estado nacional, tanto nas questões do financiamento das políticas quanto no ataque aos serviços e servidores públicos”, aponta.
Gonçalves denuncia ainda que a PEC dos Fundos constitucionaliza a transferência do fundo público para a iniciativa privada, a partir do momento em que, ao desvincular receitas, permite a transferência de cerca de R$ 219 bilhões para amortização da dívida pública.
Algumas medidas do Plano Mais Brasil
Entre as mudanças contidas no Plano Mais Brasil estão a descentralização de recursos do Pré-Sal, a desvinculação dos recursos destinados à Saúde e Educação, com o fim de um percentual fixo, flexibilizando o a destinação de verbas para essas áreas e gatilhos para conter gastos públicos em caso de crise financeira na União, estados e municípios.
A proposta traz, também, uma espécie de “regra de ouro” para os estados, instrumento que proíbe o endividamento público para pagar as despesas correntes, como os salários do funcionalismo público, benefícios de aposentadoria, contas de energia e outros custeios. Prevê também a possibilidade de redução de jornadas e salários de servidores públicos.
Além disso, submete os estados e municípios às regras do Teto dos Gastos. E estabelece que municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total serão incorporados por municípios vizinhos, o que envolve 23% dos municípios brasileiros.
Ataque aos servidores
Entre as medidas apresentadas na PEC “Emergencial” está o congelamento salarial e
Permite ainda a redução salarial e de jornada de trabalho de até 25% caso não sejam alcançadas as metas fiscais estabelecidas
De acordo com análise do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o objetivo das reformas econômicas é garantir a transferência de recursos públicos para o setor privado através do pagamento da dívida pública e de privatizações. "O objetivo final é reduzir o tamanho do Estado, não para que ele seja ágil, mas para que o setor privado lucre com as atividades que antes eram públicas", avalia o Dieese.
O presidente do ANDES-SN alerta também para o fato de o governo apresenta a proposta em um momento em que é alvo de várias críticas e denúncias, como as suspeitas relacionadas ao assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, as brigas internas no PSL, a falta de ação em relação aos crimes ambientais, entre outras.
“Frente a esse cenário, o governo responde com a pauta econômica. Isso mostra que o projeto do Capital tem avançado a despeito das disputas intra-burguesas. Há uma separação de pautas, e a econômica neoliberal avança, inclusive com o apoio de uma parcela da sociedade e da imprensa, que vem criticando o governo por outras posturas, como suas posições autoritárias de cerceamento à liberdade de imprensa e expressão”, explica Gonçalves.
“Vivemos uma série de ataques, e ainda há outros anunciados pela frente, como as privatizações e a reforma administrativa. Ou seja, será um período que demandará de nós muita luta e resistência”, conclui.
Tramitação
Como foram apresentadas em forma de PEC, as medidas precisam passar por votação em dois turnos na Câmara e no Senado para serem aprovadas. Caso o texto aprovado na Câmara seja alterado na votação do Senado, proposta retorna para apreciação dos deputados.
Fonte: ANDES-SN
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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
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Em meus dois artigos mais recentes, tratei de autoritarismos expressos por gente do governo federal ou seus próximos. Em um, enfatizei as gracinhas sem graça que o ministro da Educação posta em vídeos nas redes sociais. Em outro, pontuei obras censuradas de ou sobre artistas, como um filme sobre Chico Buarque.
Mas o teste à paciência coletiva vindo dessas ofensivas ganhou, semana passada, novo capítulo; quiçá, o mais agressivo de todos: o deputado Eduardo Bolsonaro, o número 3 de seu clã, em entrevista à Leda Nagle, ameaçou nosso Estado Democrático de Direito, rasgando a Constituição, ao dizer que, se a esquerda radicalizasse em suas ações contra o governo, o Ato Institucional n. 5 (AI-5) poderia ser um tipo de resposta.
A quem tenha se esquecido, o AI-5, editado em 13/12/1968, foi o mais cruel dentre os dezessete atos ditatoriais. De chofre, por quase um ano, além do Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas dos estados, com exceção da de São Paulo foram fechadas. Por consequência, sempre sob o pretexto de “segurança nacional”, o mesmo ato permitiu intervenções generalizadas.
Direitos civis básicos, como o habeas corpus por crime de motivação política, foram suspensos. Também se tornaram ilegais reuniões não autorizadas pela polícia, além de diversos toques de recolher. Lembrando Gilberto Gil, foi um tempo em que se viam “hipócritas, disfarçados, rondando ao redor”. Essas ameaças fizeram, consoante Chico Buarque, sua gente falar de lado e olhar pro chão.
Aliás, no plano cultural, a censura foi ainda mais voraz; e só não foi pior por conta da limitação intelectual de muitos censores. De qualquer forma, não houve manifestação artística que não tivesse vivenciado tesouradas da ditadura. Em nomes de banalidades, como a subversão da moral ou dos bons costumes, a censura criou corpo, cortando corpos e podando mentes.
No que tange às universidades, os campi vivenciaram as maiores agressões. Por meio do AI-5, o presidente da República podia destituir qualquer funcionário público. Nesse bojo, muitos foram demitidos, exilados e torturados.
Feito essa retomada de alguns pontos do AI-5, volto ao pedido de desculpas (tão verdadeiro como lágrimas de crocodilo) feito por Eduardo Bolsonaro, assim que começou a sentir as reações de várias entidades e instituições do país. Até mesmo seu pai, o alimentador de todos os ódios passados aos demais do clã, foi rapidamente orientado a não lhe dar guarida, pelo menos de forma explícita. Ao bem da verdade, suas desculpas só vieram para tentar minimizar os efeitos políticos de pedidos de cassação de seu mandato, que é o mínimo que precisa ocorrer.
De qualquer forma, independentemente de outros desdobramentos, o que já tivemos de concreto, como resposta ao desrespeito constitucional por parte de Eduardo Bolsonoro, se não foi o suficiente, diante da gravidade do episódio, foi pelo menos contundente. Representações da sociedade mostraram que não há lugar para avanços a essa perspectiva de retrocesso institucional.
De agora em diante, é mister que fiquemos mais atentos aos abusos de agentes do autoritarismo/neofascismo; que a cada investida, ela seja denunciada e combatida por conta de seu anacronismo, que é típico de pessoas que demonstram falta de alinhamento, consonância ou correspondência com a época vivida. O anacrônico, que pode ser um jovem, é sempre um saudosista; e quando sua saudade é querer reviver práticas ditatoriais, os democratas devem ser radicais na denúncia e no combate a tais ideias e ideais.
A Adufmat-Ssind convida todos os interessados para o debate "Trabalho Associado, Trabalho Cooperado e uma Crítica ao Trabalho Terceirizado", que será realizado nessa-quinta-feira, 07/11, às 14h30, no auditório do sindicato.
Os convidados para debater o tema são os professores Laudemir Luiz Zart, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Lélica Elis Lacerda, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
No início da noite, às 19h, os participantes poderão participar ainda do lançamento do livro "Educação e Socioeconomia Solidária: Fundamentos da Produção Social do Conhecimento", de Laudemir Zart.
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para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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ADUFMAT SSIND 40 ANOS – História e Memória 1978-2018, Cuiabá: Editora Entrelinhas, 2019 de autoria da professora Maria Adenir Peraro¹
Sinto-me feliz por ter colocado alguns tijolinhos na obra de construção da ADUFMAT. O relatório assim referido merece a leitura e o carinho de todos (as) professores (as). Trata-se de uma obra de folego; resultado do esmerado esforço da professora Maria Adenir a qual dedicou mais de 02 anos de esforço continuado, pesquisando e registrando pormenores importantes de todo o processo vivido pela Entidade desde sua fundação até os 40 anos de existência.
CIÊNCIA ACIMA DAS PREFERÊNCIAS
Quem conhece a professora Maria Adenir sabe que ela tem posições politicas definidas. Porém, neste trabalho ela preferiu usar a ciência histórica. Seu relato é o mais inclusivo possível. Ressaltou da maneira mais imparcial a colaboração de todos (as) professores (as) que participaram da caminhada da ADUFMAT, ignorando as ideologias.
SEM POLÊMICA!
Não temos por objetivo polemizar sobre as criticas negativas feitas sobre o referido trabalho. Nosso escopo é fazer justiça e resgatar o alcance do livro em tela. Manifestamos aqui a esperança de que a nossa Entidade em suas décadas futuras encontre mãos e corações dispostos a descrever seus passos com o mesmo zelo, dedicação, vibração e competência que foram aplicados no histórico dos seus 40 anos. Acreditamos que este meu olhar não podia faltar porque faz justiça ao trabalho minucioso, consciente e consistente que descreveu a saudável caminhada da nossa ADUFMAT.
Professor Vicente Machado de Ávila²
¹Maria Adenir Peraro, professora aposentada da UFMT, Departamento de História. Doutora em História pela UFPR. Diretora de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social da ADUFMAT, Gestão 2017-2019.
²Presidente da ADUFMAT, Gestão 1987-1988.
O megaleilão das reservas de petróleo na Bacia de Santos nesta quarta-feira (6) terminou abaixo das expectativas do governo entreguista de Bolsonaro/Mourão, mas ainda assim entregou dois importantes blocos da Bacia de Santos, entre eles Búzios, um dos sete maiores campos petrolíferos em alto mar do mundo, com reservas estimadas em 10 bilhões de barris.
A Petrobras, em consórcio com duas empresas chinesas, CNO DC Petrolium e CNO DC Brasil, arrematou o cobiçado bloco, com a oferta mínima de cessão à União de 23,24% da produção. O consórcio pagará R$ 68,194 bilhões.
No segundo bloco em leilão (Itapu), foi da Petrobras a única oferta, no valor de R$ 1,766 bilhão. Os outros dois blocos (Sépia e Atapu) não receberam ofertas.
O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque afirmou que as duas áreas sem interessados (Sépia e Atapu) serão oferecidas novamente em 2020 e o governo ainda vai avaliar a melhor forma de vendê-las.
Dos R$ 70 bi que serão arrecadados, cerca de R$ 34,6 bi serão pagos à Petrobras, pelo acerto de contas feito para o leilão do excedente; estados receberão 15% do total; os municípios 15%, e o governo federal o restante.
A partilha com estados e municípios fez parte da negociata feita por Bolsonaro para aprovar a Reforma da Previdência. Contudo, não é um dinheiro que irá para áreas sociais, mas sim para que governos usem para o pagamento da Dívida Pública.
Educação e Saúde perdem com leilões
O leilão aconteceu hoje no Rio sob questionamento na Justiça e protestos dos sindicatos de petroleiros de todo o país, que denunciaram o crime lesa-pátria dos leilões das reservas de petróleo brasileiro.
As entidades, assim como vários especialistas e estudiosos, denunciam que é uma entrega “a preço de banana” que vai contra todos os interesses do povo brasileiro.
A política do governo Bolsonaro é entregar de “bandeja” as riquezas nacionais para as multinacionais estrangeiras.
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Nas áreas ofertadas hoje, a Petrobras já realizou todos os trabalhos de desenvolvimento e comprovou que há bilhões de barris de óleo a serem extraídos, reduzindo o chamado “risco exploratório”.
“Caso a produção do excedente ficasse somente com a Petrobrás em regime de partilha de produção, isso iria gerar pelo menos R$ 642,3 bilhões para as áreas de saúde (25%) e educação (75%), sendo R$ 318,2 bilhões a partir dos royalties e R$ 324,1 bilhões a partir do excedente em óleo ofertado à União”, explica o Sindipetro-RJ em nota.
O professor titular de Energia do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP) e ex- diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Luís Sauer, e o geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme de Oliveira Estrella, afirmam em nota técnica que “nenhum dos países detentores de grandes reservas, quando os recursos naturais pertencem ao Estado, como no Brasil, promovem leilões deste tipo. Ou exploram os recursos mediante empresa 100% estatal, ou outorgam contratos de prestação de serviços, quando necessário”.
Ainda segundo os pesquisadores, “a única forma de garantir a soberania e o interesse nacional sobre o petróleo é exercer a opção prevista em lei de contratar diretamente a Petrobras para realizar o desenvolvimento da produção e a extração do óleo excedente dos campos da cessão onerosa, por manter na mão da União a capacidade de controlar o ritmo de produção e mesmo negociar cotas de exportação com os membros da OPEP+. Do contrário, além permanecer na posição de mero tomador de preço imposto pelos fazedores de preço da OPEP+, o Brasil corre o risco de ser vítima de uma guerra de preços no contexto de potenciais conflitos da Geopolítica do petróleo”.
Entreguismo não para
Nesta quinta-feira (7), o governo Bolsonaro realiza mais um leilão. A 6ª rodada de partilha de produção para cessão do direito de explorar mais cinco áreas do pré-sal. É o terceiro leilão já realizado no último mês.
Sem contar que a privatização da Petrobras também é prioridade para este governo ultraliberal e segue avançando com a venda de ativos, privatização de refinarias e subsidiárias, como a BR distribuidora, além de um brutal ataque sobre os direitos e empregos da categoria petroleira.
Para Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, a entrega das reservas de petróleo e o processo de privatização da Petrobras são crimes lesa-pátria que trarão graves consequências para o país.
“Se essa política entreguista de Bolsonaro não for barrada, haverá efeitos negativos para a soberania do país, o meio ambiente, aumento do desemprego e dos preços dos combustíveis”, exemplificou.
“A nossa luta é para barrar estes leilões, bem como o processo de privatização da Petrobras, cujas ações hoje já estão sob controle majoritário de acionistas privados, em sua maioria estrangeiros. O petróleo é nosso e a Petrobras precisa ser 100% estatal e sob controle dos trabalhadores para que possa deter o controle da exploração, refino e distribuição no país de acordo com os interesses públicos e não privados”, afirmou Atnágoras.
Fonte: CSP-Conlutas
Nessa quarta-feira, 06/11, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se uniu a outras dezenas de universidades federais que já rejeitaram formalmente o programa Future-se, apresentado pelo governo federal em julho deste ano. Em reunião conjunta entre os três conselhos superiores, com apenas um voto contrário e duas abstenções, a universidade ratificou a decisão da assembleia geral unificada realizada no dia anterior por estudantes, técnicos administrativos e professores.
Os conselhos se basearam, primeiramente, no parecer elaborado por uma comissão interna que estudou ponto a ponto as duas versões do programa apresentado pelo governo federal. No documento, a comissão apontou diversas vezes o caráter privatista da proposta, que afronta inclusive a legislação vigente, além da ausência de concretude da ideia de captação de recursos próprios por meio de parcerias com a iniciativa privada.
“Muitas das terminologias apresentadas no texto do Future-se advém de uma lógica mercadológica. É preocupante a transferência de um modelo adequado ao mercado para a educação universitária pública”, leu a conselheira Patrícia Osório.
Por fim, a comissão recomendou a não adesão ao Future-se por, dentre outros motivos: ausência de interlocução com os reitores e a comunidade acadêmica; tempo exíguo para avaliação e manifestação acerca da “celebração do contrato de desempenho” (o que, na primeira versão, aparece como adesão); falta de detalhamento que permita uma avaliação mais segura do futuro das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES); falta de disponibilidade de estudos de impacto no orçamento das IFES; falta de detalhamento para captação, administração e repasses dos recursos orçamentários; a cessão de servidores para as Organizações Sociais (OS’s) contratadas (citada na primeira versão da proposta); cessão de bens públicos para as OS’s; atribuições, competências e limites das organizações sociais sob a administração do fundo da autonomia financeira das IFE’s; e o impacto das mudanças quanto à proposta de modificação de um número expressivo de leis e marcos sem os devidos estudos prévios.
O texto termina reafirmando a posição dos conselhos na defesa da universidade pública, gratuita, laica, democrática e referenciada socialmente, uma conquista da sociedade assegurada pela Constituição Federal.
Após a leitura e aprovação do parecer, que obteve pequenas sugestões de modificações, os conselhos realizaram nova votação, dessa vez para oficializar a posição dos conselhos, instâncias máximas de deliberação na universidade, frente à apresentação dos argumentos e da recomendação pela não adesão.
Com apenas duas abstenções e um voto contrário, a posição oficial da UFMT é a rejeição ao Future-se, seja qual for a forma que se apresente. Os estudantes, professores e técnicos que acompanharam a votação comemoraram.
“A assembleia foi muito importante, porque a gente conseguiu mobilizar todas as categorias da universidade, não só em Cuiabá, mas também em Sinop, Araguaia, Várzea Grande e Rondonópolis. Foi uma assembleia histórica, num momento histórico, porque é um momento de desmonte do Estado brasileiro. A universidade ter tomado essa posição torna a assembleia e o resultado da mobilização de hoje muito mais importantes, porque a gente fez um enfrentamento a um governo que não nega a sua intenção maior, que é vender todo o patrimônio público. Isso indica que há disposição para a luta e organização das entidades”, avaliou o diretor-geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza.
A luta, no entanto, deve continuar. “Vamos precisar dessa mobilização, dessa unidade, para outras lutas constantes daqui para frente. Os professores, por exemplo, têm agora uma reforma administrativa que ameaça a diminuição da carga horária e do salário. Isso foi anunciado hoje, mesmo dia dessa vitória nos conselhos. Isso significa que nós temos de continuar mobilizados, com essa disposição para lutar, com um trabalho frequente de mobilização e luta, porque, com esse governo, só nos resta fazer isso. Já temos certeza dos cortes para o ano que vem, das dificuldades que virão, e acreditamos que o Future-se não está morto. Lutar pela universidade pública vai continuar sendo necessário todos os dias, isso é do capital, não vai ter dia de folga”, concluiu o docente.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
No dia em que completou 300 dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro e o vice general Mourão marcaram a data com o anúncio de um verdadeiro “pacote de maldades” contra os trabalhadores e o povo brasileiro. Foram entregues ao Congresso e anunciadas pelo governo um conjunto de propostas ultraliberais que significam o desmonte total do papel do Estado na promoção de políticas públicas no país e trazem mais ataques aos trabalhadores e mais pobres.
Há desde propostas de emenda à Constituição (PECs), a decreto e medidas provisórias que reduzem os gastos com saúde, educação, atacam os servidores públicos, reduzem direitos trabalhistas e avançam com a privatizações. Uma verdadeira “bomba” sobre os trabalhadores.
As propostas mais amplas estão contidas no chamado “Plano Mais Brasil”, composto pelas PEC´s Emergencial (que reduz gastos da União), do Pacto Federativo (que flexibiliza o Orçamento, restringindo as despesas obrigatórias) e dos Fundos Públicos (que extingue ou altera o uso de recursos de 281 fundos).
Os ataques são brutais (veja detalhes ao final deste texto).
O objetivo do governo é fazer o que chamam de “desindexar, desvincular e desobrigar” o Orçamento da União. Em resumo, permitir que os governos possam deixar de investir em áreas que hoje são obrigatórias pela Constituição, principalmente em Saúde e Educação, para destinar recursos para a famigerada Dívida Pública (pagamento de juros de agiotagem para banqueiros e especuladores internacionais).
Há ataques de todos os tipos: proibição de aumento real para o salário mínimo; desobrigação de investimento mínimo em saúde e educação e, assim, os governos vão poder “escolher” quanto aplicar em cada área; redução obrigatória da jornada com redução de salários para os servidores públicos; proibição de concursos públicos; inclusão de pensionistas nos limites de despesa com pessoal; veto à promoção de funcionários públicos (exceto os privilegiados de sempre: diplomatas, judiciário, policiais, militares e membros do Ministério Público); fim de fundos públicos e destinação de recursos da ordem de R$ 220 bilhões para pagamento da Dívida Pública.
O ataque aos trabalhadores do serviço público é brutal. O governo novamente utiliza o discurso de “combate aos privilégios”, da necessidade de “controlar as contas públicas”. Mas, novamente, é mais uma farsa para retirar direitos destes trabalhadores (apesar de não mexer nos verdadeiros privilegiados como a alta cúpula dos militares, juízes e outros). Na prática, as medidas afetarão os serviços públicos, o INSS, nos hospitais, nas escolas que terão menos trabalhadores e menos investimentos para atendimento à população.
Não é só isso. Tem mais ataques
O governo anunciou que vai encaminhar ainda, pelo menos, mais três outras medidas: PEC da Reforma Administrativa, a Carteira Verde e Amarela que prevê redução de direitos e novas regras para as privatizações.
A PEC da Reforma Administrativa traz ainda mais ataques aos serviços públicos, trazendo além da redução de salário, fim dos concursos públicos, congelamento da progressão da carreira, propostas como o fim da estabilidade.
Saiba mais: Reforma administrativa e redução dos gastos em saúde e educação: os novos alvos de Bolsonaro/Mourão
Já o projeto da “Carteira de Trabalho Verde e Amarela” prevê, por exemplo, a redução da multa de 40% do FGTS aos trabalhadores demitidos sem justa causa, bem como a redução do depósito feito pelas empresas de 8% para 2% e do pagamento feito pelas empresas de 20% para 10%. A desoneração da folha de pagamento, com redução do pagamento à Previdência também é outra proposta. Ou seja, só medidas para beneficiar os patrões.
Propostas ultraliberais que fracassaram
O “pacotaço” de Bolsonaro, Mourão e Paulo Guedes são medidas ultraliberais que já fracassaram em vários países e são responsáveis por uma profunda crise social, como a que atinge o Chile.
Com o velho discurso de reduzir o tamanho e o papel do Estado na economia e privilegiar o setor privado, esse pensamento desmontou o Estado e as políticas públicas. No Chile, privatizaram tudo. Saúde, Educação, a Previdência Social, desregulamentaram o mercado de trabalho. O resultado foi o aumento do desemprego, da miséria e do caos, motivos pelos quais o povo chileno está promovendo uma verdadeira revolução.
“Este governo de ultradireita e ultraliberal quer trazer para o Brasil uma política que já fracassou e aumentou a miséria dos trabalhadores e mais pobres. Este pacotaço anunciado ontem é uma verdadeira bomba sobre os trabalhadores”, afirma o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela.
“Falaram que a Reforma da Previdência resolveria a crise brasileira. Agora que conseguiram aprovar e dar um golpe de morte nas aposentadorias, começaram com um novo discurso de que é preciso mais reformas. A verdade é que se depender dos banqueiros, grandes empresários e poderosos nunca vai ter fim. Eles querem jogar a crise sobre o povo, para garantir seus lucros a qualquer custo”, denuncia Barela.
“Só a luta dos trabalhadores e do povo pobre e oprimido poderá dar um basta a este governo de ultradireita. Precisamos seguir o exemplo do povo chileno e tomar as ruas para derrotar esses ataques, bem como conquistar nossas reivindicações, como mais dinheiro para a saúde e educação, empregos, a defesa das estatais, do meio ambiente, enfim, pela garantia dos direitos do povo. Segue sendo fundamental a construção de uma nova Greve Geral no Brasil”, afirmou Barela.
As centrais sindicais voltaram a se reunir para definir uma estratégia de mobilização unitária contra os ataques deste governo e podem definir um novo calendário de lutas ainda este ano e já para os primeiros meses de 2020. Veja mais: Basta: Centrais indicam protesto contra pacote anunciado por Bolsonaro
“Em seu 4° Congresso, realizado em outubro, a CSP-Conlutas aprovou entre suas principais resoluções a necessidade de impulsionarmos a unidade de ação e a Frente Única para lutar contra o governo de Bolsonaro e Mourão. É nas ruas e nas lutas que podemos derrotar este governo e precisamos fazer isso já. Esse é o chamado que fazemos às demais centrais, sindicatos e movimentos da classe trabalhadora”, concluiu Barela.
Confira os principais pontos das PECs apresentadas:
- PEC EMERGENCIAL
- Veto à promoção de funcionários públicos mesmo para aqueles que tenham cumprido os requisitos necessários para receber tal benefício (com exceção dos diplomatas, judiciário, membros do MP, policiais, militares e que não implique em atribuição de função);
- Impedimento de reajustes, criar cargos, reestruturar carreiras, fazer concursos e criar verbas indenizatórias
- Redução de jornada em 25% e de salários proporcionalmente de servidores (as) públicos. Além do impacto sobre os trabalhadores, essa medida também tem impactos negativos na execução dos serviços públicos, com menor quantidade de horas de trabalho disponível para todas as atividades do Estado;
- Suspensão da criação de despesas obrigatórias e de benefícios tributários;
- Suspensão do repasse do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
- Proibição de aumento real para o salário mínimo;
- Inclusão de despesas com pensionistas no limite de despesas com pessoal
- As medidas são automáticas (“Gatilhos”) por 2 anos;
- A suposta economia será usada prioritariamente para o pagamento da Dívida Pública (juros a banqueiros e especuladores)
2) PEC DO PACTO FEDERATIVO
- O “Teto dos Gastos” passa a valer para estados e municípios;
- Estabelecimento de uma “regra de ouro” para estados e municípios que proíbe a criação de dívida para pagamento de salários, benefícios de aposentadorias e demais gastos de custeio;
- Os mínimos estabelecidos para saúde e educação serão somados. Assim, estados e municípios podem redirecionar seu uso: poderão retirar verba da educação para cobrir a saúde vice-versa, colocando um gasto contra o outro;
- Retira da folha de pessoal os gastos com os servidores inativos e incluí-los nas despesas de saúde e educação, reduzindo o valor disponível hoje para as ações próprias dessas áreas;
- Desindexação de despesas obrigatórias, como salários dos servidores (exceto benefícios previdenciários e Benefício de Prestação Continuada);
- Municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total serão incorporados pelo município vizinho, além da proibição da criação de novos municípios
- Leis e decisões judiciais que criam despesas só terão eficácia quando houver previsão no orçamento. Com isso, novos gastos com leis e decisões judiciais só poderão ser realizados se estiverem previstos no orçamento.
3) PEC DOS FUNDOS PÚBLICOS
Segundo o Ministério da Economia, o Brasil tem hoje 281 fundos públicos, onde estão depositados quase R$ 220 bilhões. A proposta é alterar a Constituição para que esses recursos possam ser usados para pagar parte da dívida pública.
Fonte: CSP-Conlutas
Circular nº 462/19
Brasília(DF), 5 de novembro de 2019
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN
Companheira(o)s,
Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE), conforme o que segue:
Data: 23 e 24/11/19 (sábado e domingo)
Horário: Dia 23/11 - Das 9h às 18h
Dia 24/11 - Das 9h às 12h
Local: Sede do ANDES-SN (SCS, Quadra 2, Ed. Cedro II, Bloco C, 3º andar –
Brasília/DF)
Pauta:
1. Painel: Militarização das Escolas e Educação Domiciliar;
2. Informes;
3. VI Seminário Estado e Educação;
4. Cartilha Projeto do Capital para Educação (Volumes 3 e 4);
5. Outros Assuntos.
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Prof.ª Jacqueline Rodrigues de Lima
2ª Secretária
O ANDES-SN manifesta seu veemente repúdio às declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL de São Paulo, que levantou a possibilidade de um retorno do Ato Institucional número 5 (AI-5), caso houvesse um recrudescimento das lutas do(a)s trabalhadore(a)s brasileiro(a)s, como ocorreu no Chile e tem ocorrido em outros países da América Latina.
O AI - 5 foi decretado pelo General Costa e Silva em plena ditadura civilempresarial-militar, em 13 de dezembro de 1968, tendo sido justificado como uma maneira de garantir a ordem e a tranquilidade no país, então “ameaçadas” pelos movimentos de opositores ao regime, especialmente as grandes mobilizações estudantis e as greves operárias ocorridas naquele ano.
As consequências imediatas desse ato foram o fechamento por tempo indeterminado do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados, a suspensão de todas as garantias constitucionais que ainda restaram, principalmente do habeas corpus (recurso contra prisões ilegais), além de possibilitar a cassação sumária de mandatos parlamentares e direitos políticos dos opositores ao regime, atentar contra a liberdade de expressão e manifestação por meio da intensificação da censura e da restrição ao direito de ir e vir, somando-se a tudo isso o avanço da legalização da repressão e das prisões políticas, das torturas e assassinatos dos que eram contrários ao regime.
Vários parlamentares foram cassados além da imposição da pena de morte aos opositores que foram banidos do país caso retornassem.
Tal declaração é uma apologia do autoritarismo, dos instrumentos repressivos da ditadura e da violência do Estado, agride a Constituição Brasileira de 1988 e os direitos e liberdades democráticas conquistados na luta do(a)s trabalhadore(a)s brasileiro(a)s e que custaram vidas, suor e sangue.
O ANDES–Sindicato Nacional repudia as declarações do Deputado Eduardo Bolsonaro, eleito pelo mesmo jogo democrático que pretende destruir, insultando aquele(a)s que nele votaram e a sociedade brasileira como um todo. Brasília(DF), 05 de novembro de 2019 Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional.
Brasília(DF), 05 de novembro de 2019
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional