Segunda, 23 Outubro 2023 09:57

 

O Grupo de Trabalho Ciência e Tecnologia da UFMT (GTC&T) da Adufmat-Ssind convida todos os interessados para o debate que será realizado nesta quinta-feira, 26/10, com o tema “Israel-Palestina, o genocídio moderno: 75 anos de conflito”.

 

Mediado pelo coordenador do GT, José Domingues de Godoi Filho, o evento terá início às 14h, e contará com a presença do vice-tesoureiro da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, Assan Fouad Salim.   

 

O debate será presencial, no auditório da sede do sindicato, em Cuiabá.

Segunda, 23 Outubro 2023 09:41

 

A semana do servidor da UFMT já começou!

Clique aqui e acompanhe o debate da manhã desta segunda-feira (23/10), a mesa redonda com o tema "O papel dos (as) servidores(as) públicos(as) da UFMT nas lutas por direitos e democracia", que contou com a presença dos servidores Leia de Souza Oliveira (técnicos-administrativos) e Waldir Bertúlio (docentes). 

 

Confira abaixo a programação das próximas atividades

 

23 /10 – Manhã: Mesa redonda:  O papel dos (as) servidores(as) públicos(as) da UFMT nas lutas por direitos e democracia.        

Horário: 8:30 às 10:30h.

23/10 – Tarde: Roda de conversa: Histórias das lutas e conquistas de direitos na UFMT.  

Horário: 14h às 16h.

Local: Sintuf-MT

Obs: Painel fotográfico sobre eventos históricos das lutas sindicais da Adufmat e do Sintuf-MT.

 

24/10 – Manhã: Mesa Redonda – Desafios e perspectivas para a luta sindical – Carreira, condições de trabalho e qualidade de vida.    

Horário: 8:00 as 10:30hs

Local: Sintuf-MT.

 

25/10 – Saúde e Bem-estar do Servidor.

Consulta com Oftalmologista (exame médico e caso necessário encaminhamento para confecção de óculos com desconto).

Bioimpedãncia – Orientações com a Nutricionista (agendamento de consulta para acompanhamento)Aferição de pressão arterial e glicose.

Horário: 7:30 às 11:00hs e das 13:00 às 17:00hs.

Local: Sala de reunião do Sintuf-MT.

Mat Pilates/alongamentos com sorteio de Quiroplaxia.

Horário: 7:30 às 8:30hs

Local: Auditório aberto do Sintuf-MT.

– Rodas de Constelações Familiares – Servidor Técnico Antônio Carlos.

Horário: 09:00 às 11:00hs e das 14:00 às 16:00hs.

Local: Sala de  vidro do Sintuf-MT.

 

26/10: Saúde e Bem-estar do Servidor II

Atividade de Psicologia com Prof. Henrique Lee

Tema: Precarização nas relações de trabalho e adoecimento. Acolhimento em saúde mental aos Servidores Docentes e Técnico Administrativos.

Horário: Manhã – 9 às 10:30 horas

Tarde: 14:00 às 15:30 horas.

 

27/10: “Happy Cultural do Servidor”

Horário: 17:30h às 23h

Local: SINTUF

Horário: 17: 30h às 23:30h

 

Participações especiais:

DJ Xinn beats

Balé Universidade convidativa

UFMT com a Corda Toda.

Dança de Salão. extensão Projeto UFMT

Glauco Técnico FCA – Voz e violão

Jânio Ribeiro Musico – voz e violão

Apresentação do grupo Flor de Atalaia

Michelli Fanali Artista Plástica e poetisa

Paulo Ribeiro – Poesia

 

Feira de artesanatos e comidas típicas:

Barraca SINTUF – Maria Isabel, espetinho

Lucio da Arquitetura: Paçoca Cuiabana

Ecofeira – Divulgação da importância dos alimentos saudáveis, e apoio aos produtores.

Fábio Vieira: Cozinha Digoreste (Frango desossado, assado e recheado)

Matheus – Buraco quente.

 

Thaya Acessórios (prata)

Atitude Brechó Vintage

Dinaura: Bazar

Segunda, 23 Outubro 2023 08:48

 

Na década de 1980, antes do aparecimento do HIV no mundo, os doadores de sangue eram remunerados. Essa prática trouxe malefícios à saúde dos doadores e risco transfusional para os pacientes, rotineiramente transfundidos ou não. E é hoje condenada em quase todos os países, existindo normativas legais rígidas para o controle, desinfecção, liberação e distribuição dos componentes do sangue.

O HIV evidenciou que havia necessidade de controle e leis que cuidassem da saúde da população, pacientes, doadores e trabalhadores da saúde.

Um dos artigos das Leis que regem a qualidade do sangue, a autonomia e soberania nacional quanto à pesquisa científica e a segurança do ato transfusional está sendo alterada por meio da PEC 10/2022, a PEC do Plasma, que abre precedente histórico para o retorno da comercialização de insumos humanos e para infinitas e cruéis possibilidades de utilização da miséria da população brasileira, como justificativa para venda de órgãos.

Para evidenciar os riscos e informar a população sobre isso, vai acontecer HOJE, 23/10/2023, às 14h (horário local), 15h em Brasília, no Cine Teatro de Cuiabá, o vídeo-debate sobre o filme "Até a última gota", gentilmente cedido pelo diretor Sérgio Rezende. Ele vai estar online para conversar conosco sobre suas impressões a respeito de como as questões do sangue foram tratadas ao longo do tempo no Brasil. O filme tem início com a morte de um doador de sangue, após doar sangue como forma de sustentar a família, rotineiramente, sem critério algum que assegurasse a sua própria saúde - e isso salienta a realidade sobre a ausência total de políticas públicas de saúde no início da década de 1980, quanto à Hemoterapia e Hematologia no Brasil, ou seja, cuidados com o ciclo do sangue, os doadores, pacientes e trabalhadores da área.

Para participar do evento de forma online e receber mais informações, existe um grupo de WhatsApp. Entre em contato conosco por mensagem de WhatsApp pelo número 65 99209-8518.

 

Fonte: Divulgação

Sexta, 20 Outubro 2023 17:32

 

 

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) perderam a paciência. Em assembleia geral da Adufmat-Ssind realizada nessa sexta-feira, 20/10, a categoria decidiu realizar uma série de atividades políticas para garantir a efetivação do direito aos 28,86%, conquistado há décadas, mas que a Advocacia Geral da União (AGU) insiste em não respeitar. Aprovar um indicativo de greve está entre as sugestões encaminhadas.  

 

Antes do debate político, o advogado responsável pelo caso, Alexandre Pereira, esclareceu algumas dúvidas e afirmou que a decisão do juiz federal César Bearsi, de acolher os embargos de declaração da AGU, indeferindo o restabelecimento imediato do percentual nos salários, é equivocada e cheia de vícios.

   

As tentativas de continuar protelando o acesso a este direito não são exatamente uma novidade para os professores. Em 2016 foi preciso ameaçar bloquear as contas da universidade para que o a decisão judicial fosse respeitada.

 

“Nós vamos reverter essa decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vamos ser firmes e garantir o cumprimento dessa sentença, com certeza”, garantiu o advogado.

 

O atraso provocado pela AGU, no entanto, levou a projeção de incorporação do percentual para fevereiro ou março de 2024.

 

Após a exposição do advogado, a diretora geral adjunta do sindicato, Lélica Lacerda, apresentou propostas de construção de atos políticos, e afirmou que não há como dedicar expectativas ao Poder Judiciário, considerando que muitas das suas decisões são, de fato, de retirada de direitos sociais.

 

Segundo a docente, a pauta é urgente que traz um teor de revolta à categoria. “É necessário dar uma vazão política a essa revolta. Não adianta lamentar nos corredores, encher o advogado de mensagens, a gente precisa dar uma resposta. Com uma greve a gente vai produzir mobilização. A gente precisa mostrar que as canetadas desses juízes têm interferência nas nossas vidas. Eles não estão mexendo só com papel, mas com vidas”, destacou.  

 

O diretor geral, Maelison Neves, concordou que AGU não está agindo de forma técnica e sim política, para que o Governo não tenha que gastar. “É a política do ajuste fiscal do Governo Federal, e uma greve pode forçar o diálogo”, avaliou.

  

 

 

Após o debate, os encaminhamentos aprovados foram: solicitar audiência com o ministro da Educação e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; fazer um documentário sobre os 28,86%, demonstrando como a demora de acesso ao direito tem impactado a vida da categoria; quando agendada a audiência, ir para Brasília como forma de pressão; elaborar um boletim e panfletar amplamente; Realizar um Tribunal Popular com a presença de três advogados para analisarem a posição do juiz e, por fim, convocar uma nova assembleia com ponto de pauta “indicativo de greve” na semana que inicia em 30/10.

 

A categoria aprovou, ainda, a realização de eleição de representação sindical na subsede da Adufmat-Ssind no Araguaia. A professora Ana Paula Sacco, atual diretora de Comunicação da direção geral do sindicato, se colocou à disposição para compor a comissão eleitoral. A professora Zenilda Ribeiro e Waldir Bertúlio (diretor de Assuntos de Aposentadoria da Adufmat-Ssind) foram os outros dois indicados para a comissão. A também diretora do sindicato, Clarianna Silva, e o professor Aldi Nestor de Souza, ficaram como suplentes.

 

O debate sobre progressão será realizado numa próxima assembleia devido ao esvaziamento e avançado da hora.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

Sexta, 20 Outubro 2023 15:33

 

Um pouco de política. Assim como outros sindicatos de trabalhadores, a Adufmat-Ssind nasceu em 1978, em plena ditadura civil-empresarial-militar. Um período difícil da história do país, em que muitos foram perseguidos, torturados e assassinados, simplesmente por questionarem.

 

O primeiro presidente provisório e permanente do sindicato (1979), professor Waldir Bertúlio, chegou a sofrer sanções. “A gestão sofreu voto de desconfiança por conta da posição política, e nós fomos demitidos, o então secretário e eu, presidente”, lembrou Bertúlio, que só retomou o cargo após a aprovação da Constituição de 1988. O professor nunca abandonou a militância, mas somente agora, depois de décadas, voltou a compor a diretoria do sindicato. Está atualmente como diretor de Assuntos de Aposentadoria.      

 

No início da década de 1980, o Brasil vivia um cenário de efervescência política. Depois de mais de duas décadas de luta, os movimentos sociais organizados vislumbravam o fim da ditadura empresarial-militar e novas perspectivas precisavam ser construídas. Parafraseando Rosa Luxemburgo, havia uma sociedade a ser destruída para garantir o surgimento de uma nova. Para a militante marxista, a regra básica para isso é não desaprender a aprender. Afinal, esse é um exercício essencial àqueles que perseguem a revolução socialista: agir, refletir, aprender com os erros, e, assim, avançar. Nada está definido, nada está posto.

  

Neste contexto de valorização e preservação do que se conseguiu estabelecer como democracia, surge a demanda pela realização das consultas informais para as reitorias das universidades, organizadas pelas entidades representativas e com a paridade de votos.

 

O intuito do voto paritário é corrigir distorções entre as representações da comunidade acadêmica, já que, pela legislação autoritária e antiuniversitária da ditadura militar (Lei 5.540/1968), o voto docente teria o peso de 70%, e das outras categorias juntas, 30%. Assim, os lutadores sociais daquele período entenderam justo, para que nenhuma categoria decidisse sozinha, ou sobrepusesse seus interesses sobre as demais, que o ideal seria garantir um peso equivalente entre elas, tendo cada uma o peso de 1/3. Se nas verdadeiras democracias as decisões são tomadas em conjunto, com a maior participação possível dos envolvidos, assim deveriam ser as consultas informais para as reitorias das universidades públicas.

 

A defesa do voto paritário não é apenas o exercício meramente formal, de escolha de algum nome para ocupar o posto de dirigente da instituição. Esse direito ao exercício democrático, arrancado a duras penas, por meio da luta, contra uma estrutura burguesa que se esforça para escantear a população, tem como objetivo algo muito maior: a efetivação da autonomia administrativa/universitária, prevista na própria constituição de 1988. Essa autonomia só é possível com a ampla participação de todos em todos os processos, começando pelo debate e finalizando pela expressão da decisão – que, neste caso, se dará por meio do voto. São duas coisas diferentes, mas com importâncias iguais.    

 

Assim, já em 1982, antes mesmo do fim da ditadura empresarial-militar e da elaboração e promulgação da Constituição de 1988, o Andes – Sindicato Nacional, entidade que representa a categoria docente do ensino superior em âmbito federal, estadual e municipal, se posicionou claramente pelo voto paritário e até mesmo universal, como consta nos Fundamentos Conceituais do Caderno 2 – Proposta do Andes-SN para a universidade brasileira (clique aqui para ler a íntegra do Caderno 2).

  

 Jornal da Adufmat-Ssind 2002

 

 Jornal da Adufmat-Ssind 2008

 

A Adufmat-Ssind, base do Andes -SN na Universidade Federal de Mato Grosso, foi a primeira Seção Sindical do Andes-SN a brigar pela realização consulta informal para indicar reitor(a) e vice-reitor(a) no formato considerado ideal pela categoria. Isso não é qualquer coisa, considerando que até hoje, mais de 40 anos após a publicação do Caderno 2, algumas universidades ainda realizam a consulta com base na Lei 5.540/1968 – isto é, formação de lista tríplice definida de forma não paritária, com peso de 70/30. Isso independentemente de pressões eventuais de governos, como ocorreu recentemente em Temer e Bolsonaro. 

 

 

E não foram poucas as vezes em que a Seção Sindical do Andes -SN na UFMT, a Adufmat-Ssind, manifestou-se publicamente pela defesa da tradição democrática que ela mesma ajudou a construir. Em 2004, por exemplo, a Justiça tentou interferir no processo de consulta da UFMT, determinando o cumprimento da lei. Naquele momento, a representante docente na comissão eleitoral, indicada pelo sindicato, Liliane Capilé Charbel, declarou a determinação um retrocesso à consulta legítima realizada pela comunidade.    

 

Jornal da Adufmat-Ssind Maio/Junho de 2004 

 

Naquele mesmo ano, em que a Justiça tentou embargar a consulta informal, o professor Paulo Speller foi indicado reitor pelo voto paritário da comunidade acadêmica, a partir da fórmula: voto individual dividido pelo colégio eleitoral. O método possibilitou às entidades a verificação da participação da comunidade acadêmica no processo. Preocupada, a Adufmat-Ssind alertou sobre o aumento do número de abstenções, afinal, a democracia pressupõe a participação ampliada da comunidade. Essa a razão de existir das reivindicações de paridade e autonomia universitária.        

 

 

 

Um pouco de ciência

 

A formatação do Regimento da Consulta Informal para a Reitoria da UFMT 2024 gerou algumas divergências entre as categorias. Uma delas está relacionada à fórmula que será utilizada para a contabilização dos votos. A primeira proposta sugeria a divisão dos votos individuais pelo número de votos válidos; a segunda, encaminhada pela representação docente, sugeria a divisão dos votos individuais pelo número do colégio eleitoral, como já foi utilizado anteriormente.   

 

A polêmica foi grande, e assim deve ser, pois, como dito anteriormente, o debate é o primeiro passo essencial para a efetivação da democracia. No entanto, se é preciso refletir após as ações, os argumentos ainda precisam ser melhor explorados. Assim, apesar de ter sido aprovada a primeira proposta, de divisão dos votos individuais pelo número de votos válidos depositados nas urnas, vale continuar o debate sobre o que isso vai significar.  

 

Numa comunidade universitária, há de se convir que a ciência é uma das ferramentas necessárias a esta e outras reflexões. Por isso, a Adufmat-Ssind conversou com o professor Aldi Nestor de Souza, do Departamento de Matemática. A primeira observação do professor, que tem acompanhado os polêmicos debates sobre os pesos dos votos foi de que, sim, os cálculos matemáticos registrarão uma correspondência diferenciada entre os votos dos estudantes e dos professores e técnicos em qualquer uma das fórmulas utilizadas. Isso porque o número de estudantes é muito maior. Assim, independentemente da fórmula utilizada, para que ao final elas correspondam ao peso de 1/3 por categoria, necessariamente terá de haver alguma equivalência entre os votos de docentes e estudantes, seja de 8, 7, ou 4 por 1. “A única solução para isso seria tentar igualar o número de votantes de cada categoria”, concluiu.

 

Segundo o professor, também é verdade que é possível diminuir essa diferença quando a divisão se dá pelos votos válidos. No entanto, matematicamente, ainda não é possível afirmar qualquer número, porque ainda não há informações oficiais nem sobre o colégio eleitoral, nem sobre o número de votos que serão realizados.     

 

A segunda observação do docente foi que as duas fórmulas propostas são paritárias, não há dívidas. No entanto, a aprovada, que considera apenas os votos válidos, garante que o menor número de participantes decida a eleição. Isto é, se apenas 1 representante de uma categoria votar, seu voto, em apenas um candidato(a) representará o seu 1/3. Ao mesmo tempo, quanto mais votos a categoria depositar, mais diluída poderá ser a posição do coletivo. Em outras palavras, a crítica da Adufmat-Ssind ao afirmar que “a fórmula adotada privilegia a abstenção”, significa que a menor mobilização garantirá um maior poder de decisão, quando o interessante para a democracia é, sempre, a maior participação possível de todos.

 

“A divisão dos votos válidos pelo colégio eleitoral como um todo nos traria um reflexo mais preciso do que pensa a comunidade acadêmica. Essa divisão aprovada fica resumida a quem foi participar da eleição. Agora, quantos votos de uma categoria vale em relação a outra não é possível dizer, não há nenhum prognóstico, nada. Vai depender de quem for à urna, podendo acontecer o fenômeno de que uma pessoa só possa decidir por uma categoria inteira. A desmobilização é ignorada nesse processo, porque se você tiver um grupo grande em torno de uma candidatura, ele não vai fazer nenhum esforço para que toda a sua categoria participe, porque não interessa a participação, o próprio grupo garantirá o 1/3 de eventual candidatura”, explicou Souza.

 

Qualquer militante classista tem em mente que a prática precisa ser o critério da verdade. Por isso, a Adufmat-Ssind, com todas as suas limitações e contradições, presentes em qualquer movimento social, busca respeitar e ser coerente com a sua história, tentando evitar, assim, que, na prática, a teoria seja “outra”.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Sexta, 20 Outubro 2023 08:53

 

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (18), em forma de substitutivo, o Projeto de Lei (PL) 2.699/2011, que altera as regras para a escolha de dirigentes das universidades e dos institutos federais do país. O PL segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A luta contra a lista tríplice é uma pauta histórica do ANDES-SN.

O substitutivo apresentado pelo relator do projeto, deputado federal Patrus Ananias (PT/MG), compila diversos projetos que tramitam na Câmara sobre a escolha de dirigente das instituições federais de ensino, entre os quais o Projeto de Lei (PL) nº 1.621 de 2023 apresentado pelo Deputado Federal Tarcisio Mota (PSOL/RJ), o qual incluiu diversos princípios historicamente defendidos pelo Sindicato Nacional e apresentados ao parlamentar em março deste ano.

Na análise da entidade, a aprovação do relatório do deputado federal Patrus Ananias (PT/MG) foi uma vitória parcial, que ainda demandará contínuos esforços até a aprovação do texto final pelo Congresso e a promulgação pelo presidente da República. “O ANDES-SN entende que a aprovação do parecer do relator e do substitutivo aos diversos projetos contêm conquistas importantes, em especial, pelo fato de apontar a possibilidade de eleição direta para reitores (as) e vice-reitores(as) pela comunidade acadêmica, colocando um ponto final na desastrosa ideia de lista tríplice”, destaca nota da entidade.

A autonomia universitária é um dos principais fundamentos conceituais da Proposta do ANDES-SN para a Universidade Brasileira (publicada no Caderno 2). Na proposta, o Sindicato Nacional defende que “o reitor e o vice-reitor sejam escolhidos por meio de eleições diretas e voto secreto, com a participação, universal ou paritária, de todos os docentes, estudantes e técnico-administrativos, encerrando-se o processo eletivo no âmbito da instituição”.

“As intervenções de [Jair] Bolsonaro demonstraram como a lista tríplice pode ser um instrumento de ataque à autonomia universitária. Superar esse entulho antidemocrático é urgente e, para o ANDES-SN, isto está intimamente ligado à garantia de eleições paritárias ou universais, bem como na radicalização da democracia em todos os espaços deliberativos das nossas universidades, institutos federais e Cefets”, reforça o 1º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN, Mário Mariano.

Na nota divulgada nesta quinta-feira (19), o Sindicato Nacional avalia que o relatório aprovado pela Comissão de Educação apresenta, entretanto, diversos problemas e limites que comprometem a plena autonomia das instituições federais de ensino no processo de escolha de seus dirigentes. Seguem as ressalvas feitas pela entidade:

- O substitutivo define requisitos para as candidaturas para reitor(a) e vice-reitor(a) que são incompatíveis com o que defendemos no Caderno 2. O substitutivo estabelece que nas universidades poderão candidatar-se apenas docentes da carreira de Magistério Superior que possuam o título de doutor ou estejam posicionados como Professor Titular ou Professor Associado 4 ou sejam ocupantes de cargo efetivo isolado de Professor Titular Livre do Magistério Superior. Desta maneira, o substitutivo exclui a possibilidade de participação de inúmeros setores da comunidade universitária, em especial, docentes da carreira EBTT. Sobre este ponto, o Caderno 2 indica que “todos docentes serão elegíveis para funções administrativas e para colegiados, independentemente de sua referência na carreira” (ANDES-SN, 2013, p. 24).

- O substitutivo impossibilita isonomia ao definir regras diferenciadas para a escolha de dirigentes em universidades e institutos federais. Nos IF, o substitutivo estabelece o critério de paridade, enquanto para as universidades estabelece que as regras eleitorais serão homologadas por “um colegiado criado especificamente para este fim”. Além disso, no caso das universidades, não se assegura paridade ou universalidade.

- O substitutivo abre a possibilidade de violação da autonomia didático-científica, administrativa, de gestão financeira e patrimonial ao estabelecer que “representantes de entidades da sociedade civil” tenham o direito de participar do processo eleitoral. Isto abre a possibilidade de que entidades privadas e que não têm relação direta com a universidade possam escolher o(a)s dirigentes de nossas instituições. Para o ANDES-SN, é fundamental que todo processo comece e termine no âmbito da instituição e, por isso, a entidade defende que participem das eleições apenas docentes, estudantes e técnico-administrativos.

O fim da lista tríplice, previsto no substitutivo que consta no relatório de Patrus Ananias, é resultado da pressão do Sindicato Nacional, que realizou diversas atividades junto a parlamentares, participou de audiências com o relator e defendeu as propostas acumuladas no Caderno 2 do ANDES SN.

“Reafirmamos que ainda há muito a se avançar para que, de fato, seja assegurada plena autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. Para nós, é crucial que exista, no mínimo, paridade na escolha de dirigentes, que nenhum docente (seja de Magistério Superior, seja EBTT) seja excluído do processo eleitoral e que as eleições comecem e terminem nas nossas instituições”, reforça a nota.

A diretoria do ANDES-SN chama a categoria para continuar lutando pelo fim da lista tríplice e pela defesa das propostas para autonomia universitária e gestão democrática que constam no Caderno 2. “Somente assim podemos realizar um projeto de educação radicalmente democrático, público, gratuito, laico, de qualidade e socialmente referenciado”, conclama.

Confira nota do ANDES na íntegra.

Veja o PL 2.699/2011.

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 20 Outubro 2023 08:47

 

 

****

Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
****


Juacy da Silva*

 

Amigas e amigos, estamos em meio a mais um novo feriadão no Brasil, mesmo que isto seja um convite para descansarmos, “curtirmos” um pouco mais a família, o lazer; uma “esticada” `a praia ou algum recanto turistico, ou mesmo ficando em casa, precisamos estar atentos/atentas para a realidade da qual, em maior ou menor grau, estamos inseridos/inseridas.

Sei que as catástrofes ecológicas, as guerras e conflitos que sempre estão a gerar sofrimento, tristeza e morte, ajudando os fabricantes e mercadores de armas a terem mais lucros, a chamada economia da morte,  nos são transmitidas diuturnamente pelos mais variados meios de comunicação, precisamos também voltar nossas atenções para outros aspectos desta realidade complicada no mundo todo e em cada país, inclusive o nosso Brasil, de uma forma singular.

Afinal nem só de desgraças, de guerras, conflitos armados, desastres ecológicos, de corrupção e de tanta violência “vive” o mundo, existem outros problemas para voltarmos nossa atenção e refletirmos sobre as possíveis saídas, soluções para todos esses desafios, na tentativa de tornar o mundo mais humano e mais feliz para todos e todas.

Assim, gostaria de destacar alguns dias especiais que tem como objetivo despertar a consciência individual e também coletiva para refletirmos mais profundamente sobre o significado de cada um deles e também a certeza de que somente as nossas ações, tanto individuais quanto e, principalmente, coletivas, comunitárias podem contribuir para a superação desses problemas e desafios, cada qual mais angustiante e complexo do que o outro.

Neste domingo devemos refletir sobre a realidade educacional brasileira e qual a relação da educação com o futuro do trabalho, a valorização dos trabalhadores na educação e também como a educação pode contribuir para enfrentarmos os problemas ambientais, principalmente a crise climática e a degradação dos biomas e ecossistemas, enfim, a destruição do Planeta Terra. Esta é uma ótima oportunidade para esta reflexão, afinal, 15 de Outubro é o DIA DA PROFESSORA E DO PROFESSOR e, também, do EDUCADOR AMBIENTAL.

Já nesta próxima segunda feira, 16 de Outubro, é o DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO, que nos remete a outros temas como fome, insegurança alimentar, distúrbios alimentares, sistemas de produção e o desperdício de alimentos.

Na terça feira, 17 de Outubro, outro tema bem relacionado com a alimentação oferece mais uma oportunidade para aprofundarmos nossas reflexões, por ser O DIA INTERNACIONAL DE ERRADICAÇÃO DA POBREZA, tema, desafio e problema que há muitas décadas vem “chamando” a atenção tanto da ONU e suas agências especializadas como a FAO e a OIT, quanto de organismos nacionais governamentais e não governamentais ao redor do mundo e faz parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, da Agenda 2030.

Este ano (2023) o tema sobre o qual devem girar todas as “celebrações” e reflexões  neste Dia Internacional de Erradicação da Pobreza é “Trabalho decente e proteção social: colocando a dignidade em prática para todos/todas”, ou seja, nesta concepção só através do trabalho, com condições adequadas, proteção social (principalmente previdência social) e salário digno poderemos erradicar realmente a pobreza.

É bom insistir, como se diz, nunca é demais, que a  ERRADICAÇÃO DA POBREZA não será atingida por ações paternalistas, assistencialismo e nem pela caridade, seja dos organismos públicos, pelas diversas igrejas e religiões ou pela compaixão de algumas pessoas. Boa parte dessas ações nada mais são do que a exploração da pobreza e manipulação política e eleitoral dos pobres e excluídos.

Por isso a CARITAS/CNBB enfatiza a existência de três níveis de caridade: a Assistencial/emergencial, que apenas minora, momentaneamente, os efeitos da pobreza, como a fome etc.; o segundo nível é a CARIDADE PROMOCIONAL, que busca melhor qualificar as pessoas pobres e excluídas para que sejam inseridas produtivamente na sociedade, no mercado de trabalho etc. e, finalmente, a CARIDADE LIBERTADORA, que visa mobilizar a sociedade e os organismos públicos, inclusive os setores políticos e econômicos, e os não governamentais para ações realmente sociotransformadoras, que rompam com as estruturas e formas de ação que geram acumulação de renda, riqueza, propriedade em “poucas mãos”, uma minoria e gerando pobreza, miséria e fome para uma imensa maioria em, praticamente, todas as nações e sociedades. Vale recordar que o Brasil é um dos piores países em termos de concentração/distribuição de renda, riqueza, propriedade e oportunidades do mundo.

Sobre este assunto/tema/problema estou “rascunhando” uma reflexão/artigo com um maior detalhamento sobre o mesmo.

Na quinta feira, 19 de Outubro, é a coroação do OUTUBRO ROSA, mês dedicado ao despertar da  consciência coletiva e para as AÇÕES DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA e do Colo de Útero, tendo como lema “Prevenir é um ato de amor”. Neste sentido, o INCA – Instituto Nacional do Câncer, órgão do Ministério da Saúde, publicou uma Cartilha com o título “Câncer de Mama: Vamos falar sobre isso”.

Esses dois tipos de câncer, desde que identificados em sua fase inicial são perfeitamente tratáveis, curáveis e podem reduzir tanto o sofrimento de milhões de mulheres mundo afora e também no Brasil, inclusive reduzindo a mortalidade decorrente das mesmas. Para tanto a prevenção é FUNDAMENTAL e, neste sentido, precisamos romper com falta de atendimento `as mulheres pobres, principalmente as mulheres negras, as mais excluídas, dentre a população pobre e excluída.

Na sexta feira, 20 de Outubro é o DIA MUNDIAL DE COMBATE AO BULLYING, um problema sério que a cada dia vem aumentando, causando problemas e até sérias consequências, inclusive depressão e suicídios, principalmente em , adolescentes e jovens.

Por isso, é fundamental que este assunto/problema seja discutido, refletido tanto nas famílias, quanto outros setores da sociedade, principalmente nos estabelecimentos escolares. Bullying é coisa séria, um desrespeito `a dignidade das pessoas e não uma mera brincadeira, como alguns imaginam, e, por isso não pode ser tolerado jamais.

No Sábado, 21 de OUTUBRO é o DIA DO ECUMENISMO e do DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO. Ao longo da história a intolerância e o fanatismo religioso, que remontam a milênios e chegam até a atualidade tem gerado perseguições, conflitos, guerras, muito sofrimento e mortes.

Se desejamos a paz e todas as religiões assim o dizem, enfatizando que todos/todas pertencemos a uma única raça, que é a RAÇA HUMANA, para sermos realmente irmãos e irmãs, precisamos cultivar a fraternidade, a solidariedade, a tolerância e aprendermos a aceitar as diferenças em geral, inclusive as religiosas.

Com poucas exceções, a grande maioria dos países e o Brasil está incluído entre esses, as Constituições Nacionais e boa parte do ordenamento jurídico garantem a liberdade de culto, de religião, exigindo apenas que todos respeitem este dispositivo.

Conforme o “site” Significados, O termo ecumenismo teve origem no grego “oikoumene” que significava “o mundo civilizado”. Na Bíblia a palavra oikoumene é traduzida como “todo” e “universal”.

Neste sentido “Ecumenismo é a busca  da unidade das igrejas cristãsunidade entre todas as igrejas É um processo de entendimento que reconhece e respeita a diversidade entre as igrejas. A ideia de ecumenismo é exatamente reunir o mundo cristão. Na prática, porém, o movimento compreende diversas religiões inclusive aquelas não cristãs”. Ao incluir religiões não cristãos, a ideia do ecumenismo fica bem mais ampla e passa a ser “Diálogo inter-religioso”.

Existem muitas ações que fazem parte da “pauta” do ecumenismo e do Diálogo Inter-religiso, como as questões da Ecologia integral; da cultura e da busca da paz; da construção de sociedades e um mundo com justiça, equidade, tolerância e mais solidariedade. Não se trata, portanto, de um movimento que visa abolir ou destruir as bases doutrinárias ou teológicas das diversas religiões e igrejas, mas sim, identificar o que unem as mesmas e trabalharem em conjunto para um mundo melhor, respeitando as doutrinas e postulados teológicos das várias religiões.

Finalmente, no próximo domingo, 22 de Outubro estará sendo celebrado o 97º DIA MUNDIAL DAS MISSÕES, criado por Pio XI que, logo após ter sido eleito como Papa, fortaleceu as Pontifícias Obras Missionárias, tendo promovido no Vaticano uma Exposição Missionária Mundial em 1925 e no ano de 1926 publicou a Encíclica “Rerum Ecclesia” e criou o Dia Mundial das Missões, cuja primeira celebração aconteceu em 1927.

Em 06 de Janeiro deste ano (2023) o Papa Francisco, com bastante antecedência escreveu uma mensagem especial, destacando a importância não apenas em relação ao Dia Mundial das Missões, mas principalmente enfatizando que as comemorações deste ano coincidem com a realização do Sínodo dos Bispos (da Igreja) no Vaticano.

A mensagem de Francisco está baseada na passagem do Evangelho em que é narrada a caminhada dos discípulos na estrada de Emaus e a aparição de Jesus que também caminhou com eles.


Destacou que a Igreja, para ser sinodal, samaritana, profética, que faz opção preferencial pelos pobres e excluídos, precisa ser também uma Igreja em saída, isto é, missionária, ir as periferias sociais, econômicas, politicas e também existenciais.


Por isso o Papa Francisco destacou a essência desta Igreja, que não pode ser fechada em si mesma, tendo como alicerce um clericalismo ensimesmado, mas uma Igreja inserida em um mundo em transformação e que precisa  “de corações ardentes, olhos abertos e pés ao caminho”, que é a base do objetivo do percurso sinodal: comunhão, participação e missão”.


Enfim, tenhamos uma semana magnífica para refletirmos sobre tantos temas importantes em nossas caminhadas como cidadãos, cidadãs e, fundamentalmente, como cristãos e cristãs, na busca da civilização do amor e da sociedade do bem viver!
Só assim, podemos dizer que pertencemos `a esta grande família que é a Humanidade!

*Juacy da Silva, professor titular aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy

Quarta, 18 Outubro 2023 16:42

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 20 de outubro de 2023 (sexta-feira)
Horário: às 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h00, em segunda chamada, com os presentes.

Pontos de pauta:


1. 28,86%;
2. Formação comissão eleitoral para eleição nova diretoria para subseção do Araguaia;
3. Progressão Funcional.

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.

 

Cuiabá, 18 de outubro de 2023.

Gestão Lutar e mudar as coisas nos interessa mais

Quarta, 18 Outubro 2023 14:38

As entidades representativas da UFMT, ADUFMAT, SINTUF, DCE's e APG divulgam o Regimento da Consulta Informal para a Reitor(a) e Vice-reitor(a) 2024-2028 da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT.

Clique aqui para ler o Regimento ou faça download do arquivo anexo abaixo.