Assembleia Geral da Adufmat-Ssind realizada nesta terça-feira, 31/10, encaminhou participação na caravana que está sendo organizada pelas entidades que representam os servidores públicos em Brasília nos dias 07 e 08/11 para fortalecer a campanha salarial e aguardar os desdobramentos dos 28,86% sem indicativo de greve.
A convocação para debater e encaminhar essas questões foi publicada no dia 26/10, com os seguinte pontos de pauta: informes, análise de conjuntura, indicativo de greve dos 28,86%, e paralisação e caravana a Brasília pela campanha salarial (07 e 08/11).
Durante os informes, a diretora geral adjunta, Lélica Lacerda, falou sobre a ação judicial contra o parcelamento das férias na UFMT, que foi iniciada, mas até o momento não há manifestação. Esta questão deverá ser debatida juntos a outros pontos represados, que farão parte da pauta de uma nova assembleia, que será convocada na próxima semana. A diretora lembrou que já começou o prazo para inscrições de chapas candidatas à Reitoria da universidade.
Pelo Andes – Sindicato Nacional, o professor Breno dos Santos informou sobre o falecimento da professora Marinalva Oliveira, ex-presidente da entidade e grande referência de luta. Por conta disso, houve o adiamento de algumas atividades.
A professora Ana Paula Sacco, diretora de Comunicação da Adufmat-Ssind, revelou que em breve será iniciado o processo eleitoral para representação local do sindicato no Araguaia.
Análise de conjuntura
No debate sobre conjuntura, as intervenções foram no sentido de que a precarização da Educação, as guerras e o não pagamento dos 28,86% estão relacionados, pois têm a ver com a centralidade do sistema capitalista, que não é o atendimento das necessidades humanas, mas o lucro de alguns.
“Por que não se executa os 28,86%? Porque o Haddad precisa garantir superávit primário para os bancos internacionais, por meio do pagamento da Dívida Pública. Nossa pauta não é exclusivamente jurídica. Acima do desembargador está o Governo Federal [representado pela Procuradoria Geral da União], existe uma dimensão política sim dessa questão”, afirmou Lélica Lacerda.
A docente destacou, ainda, que o mesmo Governo que denunciou um golpe, porque a Justiça estaria descumprindo a lei, sustenta agora políticas fiscais que atrapalham o cumprimento da determinação judicial de pagamento dos 28,86%. Além disso, é outra contradição discursar em defesa da democracia sem respeitar instituições e os poderes.
O professor Breno Santos destacou que temas como carreira e recomposição salarial mobilizam a categoria desde o início do ano. “Há uma série de demandas apresentadas que não tiveram respostas satisfatórias por parte do governo”, afirmou.
A próxima reunião com o Governo Federal para debater a pauta salarial está agendada para 16/11, quando poderá ocorrer nova mobilização. Vale destacar que a defasagem salarial da categoria nos últimos 10 anos está em torno de 40%.
Indicativo de greve dos 28,86%:
Ao final das exposições sobre o processo dos 28,86%, que, de certa forma, costurou todos os pontos de pauta da assembleia, os presentes decidiram aguardar os desdobramentos jurídicos do caso sem indicativo de greve.
No entanto, aprovaram também a realização de ações para mobilizar os professores, especialmente os que são recém chegados ao serviço público, por meio de intervenções socioculturais e campanha de sindicalização, além da elaboração de uma nota explicativa sobre os 28,86%, com linguagem mais acessível a quem não pertence à área jurídica.
Paralisação e caravana a Brasília pela campanha salarial (07 e 08/11)
Após debate, a plenária encaminhou que a Adufmat-Ssind vai aderir à caravana que está sendo organizada pelo Sintuf-MT, combinando com o sindicato dos servidores técnicos-administrativos qual será o tipo de transporte contratado para atender à adesão de docentes e técnicos. Os presentes entenderam, ainda, que não é possível construir paralisação neste momento, considerando que a UFMT está em período de recesso.
O sindicato fará uma matéria sobre a caravana, disponibilizando formulário para inscrição dos interessados.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind