Assim como os colegas terceirizados contratados pela Presto denunciaram recentemente, os seguranças que prestam serviço à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), contratados pela empresa MJB, também estão revoltados porque não recebem os salários há quase três meses. Há disposição para greve.
Nessa segunda-feira, 06/05, o Sindicato dos Trabalhadores em Atividade de Segurança e Transportes de Valores de Cuiabá e Região (Sinemprevs/MT) se reuniu com os sindicatos dos docentes e servidores técnicos da UFMT, Adufmat-Ssind e Sintuf-MT, respectivamente, para discutir a questão. A luta unificou: trabalhadores terceirizados e concursados estão juntos na defesa dos seus direitos.
Segundo os dirigentes sindicais que representam os seguranças, a desculpa é a mesma de sempre: a empresa alega que a universidade não realiza os repasses, enquanto a UFMT justifica que o atraso não ultrapassou o prazo estabelecido em contrato (três meses - a empresa garante, ainda no processo licitatório, ter fluxo de caixa para assumir os compromissos com os trabalhadores por 90 dias em caso de atraso no repasse).
O sindicato da categoria informou, ainda, que solicitou, tanto da UFMT quanto da MJB, documentos que podem comprovar os pagamentos realizados até então.
Na conversa realizada nessa segunda-feira entre os sindicatos e os trabalhadores, ficou decidido que haverá uma assembleia geral o mais rápido possível, provavelmente no próximo sábado, onde os seguranças poderão decidir se entram ou não em greve.
A terceirização é um problema antigo na Universidade Federal de Mato Grosso. Além significar a privatização parcial da instituição pública, é símbolo da precarização do trabalho, distanciando a relação entre trabalhadores e empregadores, o que dificulta as reivindicações por melhores salários e condições de trabalho.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind