Quarta, 18 Janeiro 2017 15:04

Cuiabá sedia importante evento político na próxima semana, reunindo professores universitários de todo o país Destaque

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Especialistas em diversas áreas de estudo se reúnem em Cuiabá na próxima semana para debater um tema em comum: política. Há quem tente negar, mas são as relações políticas, no sentido mais amplo, que estabelecem a dinâmica social, influenciando as condições de trabalho, os direitos sociais, entre outros. Para avaliar a conjuntura e definir suas ações nessas disputas, docentes de universidades públicas e privadas de todo país realizam o 36º Congresso do ANDES [Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior] na capital mato-grossense, a partir da próxima segunda-feira, 23/01, a partir das 9h.

 

Serão seis dias de intenso debate a partir do tema “Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”. O evento, realizado anualmente, é o principal espaço de deliberação da categoria, e a expectativa é de que cerca de 500 pessoas, entre delegados, suplentes e observadores eleitos em diversas seções sindicais do ANDES participem.

 

“O ANDES Sindicato Nacional é uma das entidades mais importantes nas disputas políticas do país desde o início da década de 1980. A partir de estudos de colegas e de diferentes perspectivas de análises, nós conseguimos, ao longo dos anos, realizar leituras e intervenções sociais que nos garantiram não só o amadurecimento na luta, mas também avanços na conquista de direitos”, comenta Reginaldo Araújo, presidente da entidade anfitriã, Adufmat – Seção Sindical do ANDES-SN.

 

As políticas propostas e aplicadas pelo Governo Temer estarão no centro dos debates. Na contramão dos direitos adquiridos, as reformas da Previdência, Trabalhista, e do Ensino Médio, por exemplo, são velhas conhecidas dos movimentos sociais organizados, encontradas tanto nos governos do PSDB, quanto nos do PT. Por esse motivo, o ANDES-SN se manteve sempre nas ruas, e deverá reforçar sua posição mais uma vez em seu 36º Congresso. 

 

A partir das deliberações do evento, a diretoria do Sindicato Nacional orienta suas ações anuais. O último, realizado em Curitiba no início de 2016, determinou a intensificação da luta em defesa dos direitos, por meio da unidade entre os movimentos de trabalhadores e estudantes. Um dos motivos pelos quais, no decorrer do ano, diversas manifestações foram realizadas em todo o país, muitas delas reprimidas pela polícia, a mando dos governos.     

 

“Nossa perspectiva é de que o acúmulo que tivemos em 2016 sirva para subsidiar o nosso debate de construção de um Pla­no de Lutas que esteja a altura dos desa­fios que teremos em 2017, que certamen­te começa com uma grande campanha para barrar a contrarreforma da Previdên­cia, a contrarreforma Trabalhista e contra esse conjunto de retirada de direitos. Isso é o que esperamos que o 36º Congresso do ANDES-SN aprove”, afirma a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage.

  

 

“É um orgulho receber na capital mato-grossense, e pela terceira vez, um dos eventos políticos mais importantes do país. A compreensão da sociedade em que a gente vive e das relações às quais estamos submetidos é indispensável aos cidadãos que se organizam de alguma forma. Isso só é possível por meio do debate, da troca de impressões e experiências, e o ANDES-SN é um espaço muitíssimo interessante para esse exercício”, afirma Araújo.

 

Programação

 

Embora os processos de credenciamento, votação e discussão nos Grupos Mistos sejam reservados aos delegados, suplentes e observadores eleitos pelas Seções Sindicais em assembleias, as plenárias, momentos ricos do Congresso, são abertas a todos os interessados.

 

Além disso, a programação incluiu uma mesa, na noite do primeiro dia do evento, com uma das grandes referências no debate sobre a Dívida Pública, a auditora aposentada da Receita Federal, Maria Lúcia Fatorelli.

 

Confira a Programação: 

 

PROPOSTA DE CRONOGRAMA E PAUTA PARA O 36º CONGRESSO DO ANDES-SINDICATO NACIONAL

Cuiabá, 23 a 28 de janeiro de 2017

Tema Central: Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

23/1 (2ª feira)

24/1 (3ª feira)

25/1 (4ª feira)

26/1 (5ª feira)

27/1 (6ª feira)

28/1 (sábado)

9h às 12h

14h às 17h

Credenciamento

 

10h às 13h

Plenária de Abertura

Plenária de Instalação

 

9h às 12h

Grupo Misto

Tema II

 

Grupo Misto

Tema III

Livre

9h às 13h

Plenária do Tema III

9h às 12h

Plenária do

Tema IV

 

15h às 19h

Plenária do Tema I

 

14h às 18h

Grupo Misto

Tema II

14h às 18h

Grupo Misto

Tema IV

14h as 17h

Plenária do Tema II

 

15h às 18h

Plenária do Tema

IV

14h às 16h

Plenária de

Encerramento

21h

Palestra com representantes do Casarão da Luta, da Escola Florestan Fernandes e da Auditoria Cidadã da Dívida.

 

Livre

Livre

18h30 às 21h30

Plenária do Tema II

 

Livre

 

 

Pauta

Tema I – Movimento docente, conjuntura e centralidade da luta.

Tema II – Políticas sociais e plano geral de lutas.

Tema III – Plano de lutas dos setores.

Tema IV – Questões organizativas e financeiras

 

  

 

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