Sexta, 09 Dezembro 2016 09:12

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA DO ANDES-SN - 03/12

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Circular nº 415/16

 

Brasília, 7 de dezembro de 2016

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

 

 

Companheiros,

 

 

 

Encaminhamos o relatório da reunião do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia – GTC&T do ANDES-SN, realizada no Rio de Janeiro/RJ, no dia 3 de dezembro do corrente ano.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

Profª Olgaíses Cabral Maués

3ª Vice-Presidente

 

 

 

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA DO ANDES-SN

 

 

Data: 3 de dezembro de 2016

Horário: 9h às 17h

Local: Sede da Regional do Andes-SN (Rio de Janeiro), situada na Av. Rio Branco, 277 – Edifício São Borja – Sala 1306 – Cinelândia/RJ

Horário: Início às 9h06 – Término às17h

 

Diretores do Andes-SN: Coordenadores do GTC&T: Carlos Alberto Gonçalves, Epitácio Macário, Olgaíses Maués e Wanderley Padilha

 

 

Presentes:

José Domingues de Godoi Filho (ADUFMAT), Sandra Helena Ribeiro Cruz (ADUFPA), Raquel Rigotto (UFC), Paulo Centoducatte (ADUNICAMP), César Minto e Osvaldo Coggiola (ADUSP), Arley Costa (ADUFF), Alexandre Nader (ADUFPB), Jalon de Morais Vieira (APESJF), Gihad Mohamad (SEDUFSM), Henrique F. Mendonça e Celeste Pereira (ADUFPEL)

 

 

 

  1. PAUTA:

1.1  Informes da coordenação e das seções sindicais

1.2  Avaliação do II Seminário de C&T

1.3  Produção de material com base nas discussões do seminário

1.4  Encaminhamentos

 

 

  1. MATERIAIS DISTRIBUÍDOS

 

2.1 Pauta da reunião (Circular 382/2016)

2.2 Programação do II Seminário de C&T

 

  1. ABERTURA DOS TRABALHOS

 

A diretora Olgaíses Maués fez a saudação inicial, apresentou a mesa coordenadora dos trabalhos e suas respectivas funções: ela própria (coordenadora), Epitácio Macário (relator), Carlos Alberto (secretaria) e Wanderley Padilha (secretaria). Em seguida a coordenadora apresentou e colocou em discussão da pauta. Feita a apresentação, a coordenadora abriu a pauta com os informes da coordenação do GTC&T.

  1. DISCUSSÃO DA PAUTA

 

4.1  INFORMES

 

4.1.1        INFORMES DA COORDENAÇÃO

 

A coordenação do GTC&T apresentou os seguintes informes:

Relato dos preparativos e do ato do dia 29/11/2016 na Esplanada dos Ministérios. Informou, ainda, da produção da nota política da diretoria do Andes-SN sobre o referido ato e da discussão realizada no Comando Nacional de Greve (CNG).

 

4.1.2 INFORMES DAS SEÇÕES SINDICAIS

  • César Minto (Adusp): solicitou que os representantes das seções sindicais do Andes-SN acompanhem o caso USP/Comunitas/McKinsey, acordo que trata de questões relativas à “gestão e à capacitação de recursos”, conforme matéria no Informativo Adusp 427 que se encontra na página eletrônica da Seção Sindical. Informou, ainda, que a Adusp contribuiu com R$ 33.000,00 (Trinta e três mil reais) para garantir a ida à Brasília, no ato de 29/11/2016, de parte da delegação paulista que lá esteve presente, resistindo contra a aprovação da PEC 55/16 no Senado.
  • Sandra Helena Cruz (Adufpa): informou que a UFPA está em greve, com grande mobilização de estudantes, técnicos e docentes. Os estudantes ocupam diversos espaços da universidade, incluindo a reitoria. Houve participação no ato do dia 25/10 em Belém e enviada uma caravana composta de cinco ônibus para o ato do dia 29/11 em Brasília custeados pela ADUFPA e ANDES-SN. No retorno da caravana foi organizada uma calorosa recepção e em assembleia deliberou-se por intensificar as mobilizações. O reitor chamou a Seção Sindical para uma reunião no dia 6/12/2016.
  • Alexandre Nader (Adufpb): a Adufpb participou da marcha a Brasília no dia 29/11 em conjunto com Seções Sindicais das IES públicas, estudantes e Sindicato Estadual dos Servidores Técnico-administrativos (filiado à FASUBRA). Informou, ainda, que estão criando o GTC&T a partir do GTPE local.
  • Arley Costa (Aduff): Informou que não foi deflagrada greve na Universidade Federal Fluminense, mas seguem realizando vários atos e jogaram peso na marcha do dia 29/11, enviando uma caravana de 15 ônibus além de destinar recursos para o MTST e para o ANDES-SN utilizar na organização/realização do ato.
  • José Domingues (Adufmat): Na Seção Sindical, O GTC&T retornou suas atividades em outubro passado. No dia 23/11/2016 foi realizado o debate “Fapemat – os investimentos em pesquisa em Mato Grosso” com a presença do presidente da Fapemat.
  • Celeste Pereira (Adufpel): Informou que a universidade federal de pelotas está em greve desde 24/10 e tem havido várias ações e atividades dentro e fora da universidade, incluindo debate sobre o Marco Legal de Ciência,  Tecnologia e Inovação. O movimento participou da ação Ocupa Brasília no dia 29/11 com uma caravana composta de um ônibus com estudantes e outro com dez professores e servidores técnico-administrativos. O reitor da UFPel anunciou que foram notificados sobre a orientação de corte de ponto e que a posição da reitoria é de não enviar a informação ao MEC. Informou, ainda, que os estudantes ocupam desde o dia 2/12, e pela segunda vez, o Instituto Federal do Sul.
  • Gihad Mohamad (Sesdufsm): informou que no dia 21 de Novembro, no programa 67ª edição do projeto Cultura na Sedufsm, foi discutido o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, com o tema ‘A ciência subordinada ao mercado?’. Para o evento, foi convidado Celso Carvalho, do Sindicato dos Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Rio Grande (Aptafurg). Ele situou a Lei 13.243, sancionada em janeiro de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, e que institui o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação.  Para Carvalho, a nova Lei torna-se ainda mais preocupante se analisarmos o cenário de cortes reservado à educação pública. Com orçamentos congelados e carentes de fundo público, as instituições veem-se com a problemática de garantir sua sobrevivência, daí as possibilidades de flexibilização na relação público-privado – como consultorias e transferência de ciência e tecnologia para empresas – trazidas no novo Marco Legal podem tornar-se, se não atraentes, ao menos plausíveis. 

 

4.2  Avaliação do II Seminário de C&T e produção do material de divulgação

Houve discussão sobre o seminário e a opinião geral é de que cumpriu os objetivos para os quais foi programado, inclusive porque alargou e aprofundou conhecimentos que ajudam no combate ao Marco Legal de C&T. O ANDES-SN já acumulou o suficiente para enfrentar criticamente os impactos do novo Marco Legal e das políticas de desmonte do complexo público de C&T. Todos reconheceram, todavia, as dificuldades em inserir a pauta da C&T na pauta geral das lutas do movimento sindical e social nesse momento de graves ataques aos direitos trabalhistas e sociais. Refletiu-se que o conhecimento crítico em torno do Marco Legal não está se desenvolvendo dentro das universidades e que, nesse espaço, há uma hegemonia dos empreendedores acadêmicos. A preocupação central dos docentes com a complementação salarial encontra guarida no novo Marco Legal que abre diversas possibilidades para isto ocorrer, inclusive pela flexibilização do regime de Dedicação Exclusiva, pela venda de produtos e serviços no mercado aos entes públicos e privados. Há dificuldades em transformar o discurso sobre C&T numa pauta política que expresse as necessidades e interesses dos segmentos sociais, o que exige do GT uma produção que explicite didaticamente os pontos críticos do Marco Legal e as lutas que se devem travar nesse campo. Nesse sentido, sugeriu-se a produção de uma cartilha que contemple essas necessidades e forneça insumos para a luta política. A pequena participação de pessoas da comunidade acadêmica, do movimento sindical e social no II Seminário expressa as dificuldades de diálogo e articulação, pois há muitos interessados na temática, principalmente as redes de agroecologia, os movimentos baseados no território e pesquisadores contra hegemônicos organizados em grupos de pesquisa e redes alternativas. Gihad: o seminário foi importante, mas ficou pensando na ausência dos movimentos sociais e da comunidade acadêmica. Como o Marco Legal afeta a vida? Há uma recepção positiva do referido marco porque facilita. Qual a inserção do caderno na própria categoria.

 

4.3  Produção a partir do II Seminário de C&T do Andes-SN

As discussões sobre o material do seminário concentraram-se na necessidade de tratar e dar ampla publicidade o mais rápido possível. Foi observado que o seminário poderia ter sido transmitido em tempo real, pela internet, solução técnica relativamente simples. Apontaram-se as seguintes propostas:

 

Vídeo:

  • tratar o material, dividindo por mesa temática, e disponibilizar no youtube. É importante fazer uma abertura de cada vídeo com a identidade do Andes-SN, da Seção Sindical (Asduerj) e do II Seminário de C&T;
  • publicar o mais rápido possível no canal do Andes-SN no YouTube e no site do Sindicato;
  • gravar um DVD com o material do Seminário e enviar para as Seções Sindicais;
  • produzir pequenos vídeos (1 minuto) sobre aspectos centrais do Marco Legal de C&T, indicando a crítica e possibilidades de reação política, e publicá-los no youtube e no site do Sindicato.

 

Palestras:

  • solicitar que os convidados transformem suas palestras em textos para publicação na Revista Universidade e Sociedade;
  • produzir uma cartilha, aproveitando o material do seminário e o acúmulo do Sindicato, que forneça informações e municie a luta política contra o Marco Legal de C&T (Lei 13.243/2016). Questões-chave da cartilha: como o Marco Legal de CTI repercute na vida da comunidade, no trabalho docente, no direcionamento da pesquisa? Os eixos da cartilha devem ser: I) afirmar a perspectiva do Andes-SN (Caderno 2) de uma Ciência e Tecnologia a serviço da maioria da sociedade brasileira; II) evidenciar aspectos do MLCTI que colidem com a perspectiva do Andes-SN; III) mostrar os impactos deletérios do Marco Legal sobre o complexo público de C&T (Universidades, Institutos públicos), sobre a carreira e o trabalho dos professores/pesquisadores; IV) identificar formas de lutas (intervir na regulamentação e implementação do Marco Legal no plano das instituições públicas) a serem desencadeadas pela categoria docente, por pesquisadores e movimentos populares implicados na produção e uso da C&T.

 

 

4.4  Funcionamento do GTC&T e periodicidade do seminário

Foi discutida a possibilidade de trabalhar determinados momentos e temáticas em conjunto com o GTPAUA. Foi reconhecido que há cruzamentos de temáticas dos dois GTs, a exemplo da mesa III do Seminário de C&T que abordou praticamente temáticas do GTPAUA. Na próxima reunião, o GT deve elaborar um calendário de reuniões ordinárias e de outras atividades para o médio prazo. A proposta é de que o GT se reúna, ordinariamente, a cada três meses e, extraordinariamente, a qualquer momento quando se fizer necessário. Reforçar a intervenção na Reunião da SBPC em julho do próximo ano. Indicar a realização de pelo menos um evento de C&T anual.

 

4.5  ENCAMINHAMENTOS

 

1)      Vídeo do seminário: disponibilizar no Youtube; produzir pequenos vídeos sobre aspectos críticos do MLCTI – Responsáveis: Gihad e Carlos Alberto (produção da equipe de jornalismo da Sesdufsm);

2)      Cartilha: Carlos Alberto elaborará um roteiro do conteúdo da cartilha que será disponibilizado para o pleno do GT antes da próxima reunião;

3)      A periodicidade da reunião do GTC&T será trimestral. Próxima reunião em caráter extraordinário será dias 14 e 15 – para produção da cartilha sobre MLCTI.

4)      Articular com entidades da área da produção de C&T no sentido de contrapor a regulamentação/implementação do Marco Legal nas universidades e institutos públicos de pesquisa, em defesa de uma Ciência e Tecnologia Públicas

5)      Articular com GTPAUA: juntar os argumentos e as pessoas para enfrentar a agenda interna nas universidades, Institutos Federais, CEFETs e outras instituições públicas de pesquisa;

6)      Articular com as redes agroecológicas e de pesquisadores contra hegemônicos para unificar lutas e atividades conjuntas.

7)      Realizar reuniões e outras atividades em conjunto com o GTPAUA sempre que ocorrerem pautas convergentes. 

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