Trabalhadores dos setores público e privado, indígenas e estudantes do ensino médio e superior se uniram em protesto contra a PEC 241/16 na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá, nessa terça-feira, 25/10. Centenas de pessoas falaram sobre os perigos da proposta, que pretende congelar por 20 anos os recursos destinados à saúde, educação, previdência e demais áreas sociais.
O ato teve caráter reflexivo. Artistas locais como DJ Taba, Maria Clara Bertúlio, Karla Vechia e Lígia da Silva, Sueli Siqueira, Alexandre Smile e Gê Lacerda trabalharam poesias e rimas críticas, relacionadas às questões políticas e sociais. Ataques aos direitos, a realidade das periferias e a luta contra o machismo estavam entre os temas mais abordados. “Educação é revolução”, disse o DJ Taba durante sua rima, rodeado pelos estudantes.
Os alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) dos campi ocupados, Cuiabá e São Vicente, também participaram da manifestação. Mais cedo, os estudantes de São Vicente pararam a BR 364 para demonstrar desacordo com a Reforma do Ensino Médio e a PEC 241/16.
“A gente precisa lembrar também da bancada de Mato Grosso. Uma vergonha! Os deputados que votaram a favor dessas PEC do fim do mundo, votaram contra a população”, afirmou a professora do IFMT São Vicente, Silvana Pedrozo.
Enquanto a população de Cuiabá estava na rua contra a PEC 241/16, os deputados Carlos Bezerra (PMDB), Valtenir Pereira (PMDB), Ezequiel Fonseca (PP), Adilton Sachetti (PSB), Fábio Garcia (PSB), Tampinha (PSD) e Nilson Leitão (PSDB) votavam “sim” à proposta, já em segundo turno na Câmara.
A agenda de mobilização contra a PEC deve seguir pelos próximos meses, até o final dos trâmites, previsto para o início de dezembro. Abaixo, as atividades com datas já programadas:
01/11: PLENÁRIA UNIFICADA DE RESISTÊNCIA DA CLASSE TRABALHADORA, às 8h, na sede do Sintep, bairro Bandeirantes; (à confirmar)
11/11: PARALISAÇÃO NACIONAL PARA CONSTRUÇÃO DA GREVE GERAL;
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa de Mato Grosso