A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) inicia 2016 com “restos a pagar” de 2015 que chegam à ordem de R$ 6,5 milhões. Até o dia 30 de dezembro, a dívida era bem maior, alcançando algo em torno de R$ 13 milhões. Contudo, antes de finalizar o ano, o governo federal repassou recursos que permitiram reduzir esse montante, que nunca chegou a ser zerado ao longo do ano.
Conforme o pró-reitor de Administração, José Carlos Segala, o déficit atual está maior com fornecedores, sendo que, com as empresas terceirizadas que atendem à universidade, a situação está relativamente em dia. A expectativa é de que nas primeiras semanas de janeiro haja um repasse de recursos que possibilite quitar esse passivo relativo ao ano passado.
No entanto, o início de ano para a UFSM e demais Instituições Federais de Ensino promete ser tão complicado como 2015, uma vez que a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi aprovada com vetos pela presidente Dilma Rousseff, e deverá ser novamente analisada pelos parlamentares. Até que isso ocorra, as IFE receberão apenas o repasse de recursos do orçamento total limitado a 1/12 avos por mês.
A situação da UFSM não é um caso isolado. Outras instituições, como as universidades Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Federal do RJ (UFRJ), Federal Rural do RJ (UFRRJ) e Federal Fluminense (UFF), por exemplo, também divulgaram, no final do ano, estar com dificuldades em quitar as contas, principalmente falta de recursos para pagamento dos serviços terceirizados, o que levou a paralisação dos trabalhadores na UFF e na UFRRJ no final de dezembro.
Com edição de ANDES-SN