Após esperar por quase uma hora, diretores do ANDES-SN e representantes do nosso Comando Nacional de Greve (CNG) foram recebidos, nessa terça-feira (23), pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) para a primeira reunião com representantes do governo, desde o início da greve, em 28 de maio.
Contrariando a expectativa dos professores, de que seria iniciado um processo de negociação efetiva com base na pauta de reivindicações apresentada pelo Movimento Docente, as respostas da Sesu/MEC não sinalizam nenhuma abertura de negociação com a categoria.
Após duas horas de explicações de como o MEC está trabalhando dentro dos cortes impostos pelo governo em seu ajuste fiscal, o secretário da Sesu/MEC, Jesualdo Farias, disse que as questões relativas à carreira docente poderiam ser tratadas num futuro grupo de trabalho.
Em relação à valorização salarial de ativos e aposentados, Farias acredita que é necessário aguardar a resposta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Para o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, o documento apresentado pela Sesu/MEC, como resposta à pauta do Sindicato Nacional, não reconhece as reivindicações da categoria docente, e ainda aponta para a aprovação do PL 2177/2011, que prevê reforçar a autonomia das universidades, mas via privatização.
Em suma, conforme Rizzo, “... o que foi apresentado hoje, não responde à nossa pauta de reivindicações, e vai na contramão da mesma, pois aponta que aparentemente está tudo bem. Agora é o momento de intensificar e ampliar a nossa greve. É hora de parar para fazer o governo negociar efetivamente com os professores federais”.
Vigília em frente ao MEC
Enquanto acontecia a reunião com a Sesu/MEC, docentes de diversas IFE’s que compõem o CNG se concentraram em frente ao prédio do Ministério, em ato de vigília. A atividade contou com o apoio e participação da Fasubra, do Sinasefe e do Sindicato dos Servidores Públicos do DF (Sindsep-DF).
Os docentes fizeram intervenções ressaltando que os problemas só aumentaram com os cortes de R$9 bilhões da educação.
Diversas seções sindicais do ANDES-SN pelo país também realizaram atos de vigília, com manifestações, debates e aulas públicas.
Com informações do ANDES-SN