O caso de Mari Ferrer chocou o país devido à impunidade no julgamento realizado nesta terça-feira (3), em que empresário André de Camargo, acusado por ela de estupro, foi absolvido, em meio a insultos contra a vítima. Em dezembro de 2018, Mari acusou o empresário de tê-la drogado e estuprado em uma sala reservada de uma casa noturna da capital catarinense. Confira a sentença aqui
Contra esse absurdo, mulheres de todo país estão convocando atos por justiça à Mari Ferrer. Confira ao final da matéria a lista parcial dessas manifestações.
Justiça machista e burguesa
Movimentos ligados aos direitos das mulheres apontam que a sentença reflete a justiça machista e burguesa existente no país, que absolveu um estuprador. A sentença revoltou pela humilhação a que Mari foi submetida, diante de uma corte masculina, que garantiu a impunidade do empresário.
O advogado do empresário, Claudio Gastão, conseguiu que seu cliente fosse absolvido ao custo de humilhações contra Mari e inércia do juiz Rudson Marco. O site The Intercept mostrou cenas de podem ser comparadas a momentos de tortura. O advogado de Camargo apresentou fotos de Mari, que é modelo, com a alegação de que tais imagens eram “ginecológicas”, para usar como justificativa para um possível convite para ao delito.
Mari, aos prantos, diante de tanta humilhação, teve que ouvir ainda de Gastão que “não adianta vir com choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo”.
Diante da conduta da corte, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) irá investigar e pedir instauração de uma reclamação disciplinar contra o juiz Rudson Marcos.
Justiça por Mari Ferrer
Contra a cultura de estupro e em defesa de Mari Ferrer mulheres de todo o país estão convocando atos em repúdio a esse caso marcado pela impunidade.
Para Marcela Avezedo, integrante do Movimento Mulheres em Luta, filiado à CSP-Conlutas, e que também compõe a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas é preciso denunciar mais esse caso absurdo. “Se diante de um juiz, Mari foi humilhada, violentada psicologicamente e viu seu agressor sair inocente, imagina o que acontece com as mulheres negras, trabalhadoras, nas periferias do país! Não temos nenhuma ilusão na justiça burguesa, sabemos que no capitalismo quem tem dinheiro é colocado acima da lei, por isso, só com a nossa mobilização é que vamos derrubar essa sentença e fazer justiça para Mari Ferrer e para todas nós”, frisou.
Confira o quadro parcial com os atos já marcados:
AMAZONAS
MANAUS
– 8/11 (domingo)
– 13h
– TEATRO AMAZONAS
BAHIA
SALVADOR
– 7/11 (sábado)
– 15h
– OAB BA, Rua Portão da Piedade.
CEARÁ
FORTALEZA
– 7/11 (sábado)
– 15h
– Praça da OAB/CE
MINAS GERAIS
BELO HORIZONTE
– 7/11 (Sábado)
– 15h
– Praça 7 de Setembro
UBERLÂNDIA – MG
– 8/11 (domingo)
– 13h
– PRAÇA TUBAL VILELA
JUIZ DE FORA – MG
– 7/11 (sábado)
– 15h
– Parque Halfeld
PARÁ
BELÉM
– 8/11 (domingo)
– 14h
– CAN (em frente a basílica de Nazaré)
PARANÁ
CURITIBA
– 7/11 (sábado)
– 14h30
– Santos Andrade
FOZ DO IGUAÇU
– 7/11 (sábado)
– 15h
– Praça da Paz
RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
– 8/11 (DOMINGO)
– 14h
– Cinelândia
RIO GRANDE DO SUL
PORTO ALEGRE
– 8/11 (sábado)
– 15h
-Redenção
SANTA CATARINA
FLORIANÓPOLIS
– 4/11 (quarta-feira)
-17h
– Em frente ao Tribunal de Justiça de SC
– 7/11 (sábado)
– 15h
– Beira mar
BALNEÁRIO CAMBORIÚ
– 8/11 (domingo)
– 13h
– Itajaí
CRICIÚMA
– 7/11 (sábado)
– 10h
– Praça Nereu Ramos, em frente à Casa da Cultura
SÃO PAULO
SÃO PAULO
– 8/11 (domingo)
– 13h
– Vão Livre do MASP
RIBEIRÃO PRETO
– 6/11 (sexta-feira)
– 13h
– Teatro Pedro II
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
– 7/11 (sábado)
– 10h
Praça Afonso Pena
OSASCO
– 5/11 (quinta-feira)
– 17h
– Calçadão em frente ao Shopping
CAMPINAS
– 8/11 (domingo)
– 10h
– Largo do Rosário – Campinas
DISTRITO FEDERAL
BRASÍLIA
– 4/11 (quarta-feira)
– 19h
– Praça dos três poderes
RIO GRANDE DO NORTE
NATAL
– 8/11 (domingo)
– 15h
– Midway mall
PIAUÍ
TERESINA
-7/11
16h
– Parque da Cidadania
Atenção: a lista pode não refletir todos os atos do país, é uma parcial
Fonte: CSP-Conlutas