Quinta, 25 Julho 2019 12:10

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá

Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP

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A quem ainda não sabia, assim como o professor, a empregada doméstica etc., o escritor também tem seu dia no calendário: 25 de julho. Por isso, hoje, falarei da importância desses, seres, potencialmente, imortais.

Pois bem. Para comemorar a dada, em idos tempos, o título mais adequado a este artigo seria “Penas ao Escritor”. Todavia, as antigas “penas” já foram, há muito, substituídas pelos teclados das máquinas de escrever e, mais recentemente, pelas teclas dos computadores; aliás, os teclados inseridos em telas touch screen, que são as baseadas em sensores, como que de forma mágica, fazem aparecer e desaparecer as próprias teclas.

A despeito de tantas mudanças tecnológicas, ocorridas ao longo do tempo, que certamente impuseram a muitos escritores a necessidade de atualização, a importância do escritor à sociedade – mesma àquelas que não veem o menor significado a essa atividade, genuinamente humana – é de absoluta relevância, pois suas obras podem ser verdadeiros registros de identidade de um povo.

Nesse sentido, a título de reflexão, algumas breves perguntas: teria a Grécia Antiga, ainda hoje, a mesma importância, caso Aristóteles, Platão, Sócrates et alii não tivessem existido?

A despeito da força do império romano, mas, em perspectiva mais ampla, a Roma Antiga teria o mesmo peso ao Ocidente, não fossem as presenças de Virgílio, Cícero, Ovídio...

Na entrada da Idade Moderna, sem Camões, quem saberia das façanhas de Portugal, que, como poucos povos, soube “navegar por mares nunca dantes navegados”?

E o que seria da Inglaterra sem o brilhantismo de William Shakespeare? Da Espanha, se Miguel de Cervantes não tivesse existido?

No caso doméstico, destaco a importância da obra de um Gregório de Matos. No séc. XVII, o “Boca do Inferno”, como era conhecido, deu verdadeiras aulas de economia e política em sonetos, como o “Triste Bahia”, que pode nos remeter a uma “fotografia social” da decadência de seu tempo.

Do mesmo séc., como não se encantar com o Sermão da Sexagésima, que trata da arte da pregação, do Padre Vieira?

No séc. XVIII, é no mínimo necessário reverenciar a irreverência dos escritores tidos, pela Coroa Portuguesa, como inconfidentes.

Pouco adiante, um conjunto de romancistas românticos, mesmo atrelados aos modelos europeus, mostrou um Brasil por diferentes vieses. Assim, foi-nos possível, p. ex., conhecer os índios, os regionalistas, os urbanos de Alencar, as peripécias de um Leonardo Pataca de Manoel Antônio de Almeida...

Mais para o fim do mesmo século, sem desconsiderar as páginas de um Cortiço de Aluísio de Azevedo e outros tantos, como não se inquietar com as personagens de Machado, que, como poucos, ironizou o cinismo e a mediocridade da sociedade burguesa?

Por falta de espaço, vou encerrando essas pinceladas sobre a importância que tantos escritores têm para todos nós. Antes, convido indistintamente à leitura de obras de um Castro Alves, Lima Barreto, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Drummond, os três Andrades, Vinícius, Cecília, Cabral...

No plano regional, também há belos expoentes, tanto no verso, quanto na prosa. Nesta, para nossa felicidade, temos Felipe Holloway, que, há bem pouco, ganhou uma premiação nacional promovida pelo SESC. Assim, com o Legado de nossa miséria, título de seu romance premiado, presto minha homenagem/reverência a todo escritor que, arraigado ao seu tempo, mas universalizado em sua escritura, se dispõe a desnudar a alma de seu povo, compartilhando-a sem fronteira alguma a todos os seres humanos. 

 

Quarta, 24 Julho 2019 16:55

 

Desde a apresentação do programa “Future-se” – projeto do Ministério da Educação para privatização da Educação Pública e Gratuita – a comunidade universitária vem se mobilizando em todo o país realizando debates, assembleias e atos. 

Docentes, estudantes e técnicos-administrativos têm se reunido para aprofundar o debate sobre o desmonte da Educação Pública Federal e as formas de luta para barrar esse projeto. Confira algumas das atividades já realizadas ou programadas pelas seções sindicais do ANDES-SN.

Em Cuiabá, a comunidade da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) realizou, na segunda-feira (22), um ato no entorno da instituição contra o Future-se. A ideia foi chamar a atenção da população mais uma vez para os riscos que a universidade corre a partir das sugestões de intervenção na administração e privatização. Além do ato público, no mesmo dia a comunidade acadêmica se reuniu na Adufmat Ssind. para estudar o projeto "Future-se", já apelidado “Fature-se”. Outros protestos e reuniões estão previstos para os próximos dias.

Na Federal da Paraíba (UFPB), a reitoria convocou uma assembleia universitária nessa segunda (22) para discutir o projeto.  Uma multidão compareceu ao local, o que inviabilizou a realização da atividade no local previsto. A diretoria da Adufpb SSind. ofereceu as condições de realizar plenária unificada no Centro de Vivência. O encontro irá ocorrer na quinta-feira (25), a partir das 16 horas.

Na Federal do Maranhão, a Apruma SSind. realizou, no dia 16, uma reunião da Comunidade Universitária contra o Desmonte das Universidades Públicas. Outro encontro está previsto para essa terça (23), para organizar a greve da educação, marcada para 13 de agosto. Também na Federal do Amapá, o Sindufap SSind. do ANDES-SN realizou uma reunião ampliada para estudar o programa.

Na Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a Sedufsm SSind. realizou assembleia na última quinta (18), na qual foi aprovado indicativo de greve por tempo indeterminado contra o desmonte da universidade pública. A decisão será levada para discussão na reunião do setor das Federais do ANDES-SN, marcada para este sábado (27), em Brasília. 

Na Federal de Pelotas, a Comissão de Mobilização da comunidade da UFPel está organizando uma agenda de mobilização para fortalecer a construção da greve de 13 de agosto. A decisão foi aprovada em assembleia geral da comunidade acadêmica ocorrida no dia 18 de julho. O grupo se reuniu ontem (22) e continuará se encontrando periodicamente para articular ações relacionadas à defesa da educação pública. A próxima reunião acontece na quinta-feira (25) às 17h. 

Nessa segunda (22), a Aprofurg SSind convidou a comunidade universitária da Federal do Rio Grande para uma reunião do Comitê Local de Mobilização (CLM). Na pauta, o debate sobre o "Future-se", que aprofunda o processo de privatização dentro das instituições de ensino público federais. No Instituto Federal do Rio Grande do Sul, o SindoIF RS SSind. também realizou assembleia geral na segunda para discutir os ataques à Educação Pública e organizar luta local. Estiveram presentes docentes, técnicos e discentes de diversas organizações sindicais e estudantis. 

Na mesma data, aconteceu uma reunião de mobilização na Universidade Federal do Sergipe (UFS), com presenta de representantes da Adufs SSind, Sintufs, Sindfisco, CSP Conlutas, Sinasefe, CTB e Frente Brasil Popular. Nessa terça, as entidades realizam no início da noite uma Plenária estudantil, sindical e popular para discutir a mobilização em defesa da educação e contra a reforma da Previdência.

Em Uberlândia, a comunidade universitária também está mobilizada. A Adufu SSind. participou de reunião para debater o novo programa do Ministério da Educação. Além disso, a Comissão de Mobilização realizou uma reunião ampliada com a categoria para discutir as atividades do dia 06 de agosto (contra a Reforma da Previdência) e do dia 13 de agosto (Greve Nacional da Educação). A próxima reunião ampliada ocorrerá na segunda (29).

Nessa terça, também se reuniram os docentes da Universidade Federal do Paraná (Apufpr SSind), da comunidade acadêmica da Federal de Santa Catarina e também da Federal de Juiz de Fora (Apes JF SSind).  Em todos os encontros, foram discutidos os ataques à educação federal, estratégias de enfrentamento e ainda a organização da greve prevista para o dia 13 de agosto.

No Rio de Janeiro, representantes da Regional Rio do ANDES-SN se reuniram na segunda (22) com representantes das seções sindicais do ANDES-SN no estado, do movimento estudantil e da Fasubra para discutir a organização da luta no RJ. 

Na Federal Fluminense, a Aduff SSind realizará assembleia geral centralizada na quinta (25). Além do Future-se, os docentes da UFF irão discutir a Greve Nacional da Educação (13/8) e a participação na Marcha das Margaridas (14/8). Também nesta quinta-feira (25), se reúnem os docentes da Federal do Amazonas (Adua SSind) e da Federal do Espírito Santo (Adufes SSind). Na pauta das reuniões estão o programa Future-se e as estratégias para ações de mobilização, entre elas, organizar a greve de 13 de agosto.

Na Federal do Rio Grande do Sul, o ANDES/UFRGS convocou Plenária de Mobilização Docente para a próxima quarta-feira (31). A pauta inclui a construção da greve do dia 13 de agosto e organização da resistência à privatização do ensino superior e à votação da Reforma da Previdência em segundo turno, prevista para 6 de agosto.

Avaliação
Jacqueline Lima, 2ª secretária do ANDES-SN, ressalta que desde o anúncio da intenção do governo em apresentar o programa, a comunidade universitária está se mobilizando e o ápice será a greve nacional da educação, agendada para 13 de agosto. Durante a realização do 64º Conad do ANDES-SN foram divulgadas informações na imprensa sobre a proposta.

“O Future-se para nós representa um ataque à autonomia universitária e uma proposta clara de desmonte e privatização das universidades, não só no contexto da questão de contratação de docentes e técnicos-administrativos, mas também uma forma, inclusive, das instituições federais serem subordinadas a empresas e a entidade, que querem lucrar com a produção do conhecimento na universidade pública. Isso fica bem evidenciado nesse programa. Hoje, as diferentes universidades e institutos estão realizando debates e se organizando para barrar esse projeto”, explica Jacqueline.

A diretora do Sindicato Nacional conta que esse é o período de rodada de assembleias nas seções sindicais para deliberar sobre a paralisação nacional - o dia nacional de greve da educação - em 13 de agosto. “Então, esse tema [o Future-se] está sendo colocado na pauta das assembleias. Nós teremos também nesse final de semana, nos dias 27 e 28, a reunião conjunta dos setores das Federais, Estaduais e Municipais (Ifes e Iees/Imes) do ANDES-SN, que vai debater, entre outros, mais esse ataque do governo e a possibilidade de mobilização para a construção de uma greve do setor da educação federal”, acrescenta.

Jacqueline ressalta ainda que, além do Future-se, as seções sindicais seguem se debruçando sobre o corte no orçamento das IFE, que deve inviabilizar o funcionamento de muitas instituições a partir do segundo semestre. “Várias instituições já vêm anunciando que não conseguirão funcionar após as férias. É uma situação de penúria, que vem sendo construída também na perspectiva de ‘forçar’ os gestores a aderirem às propostas do governo”, acrescenta.

Mobilização em Brasília
No dia de apresentação do “Future-se” à imprensa (17), a diretoria e o Comando de Mobilização do ANDES-SN estiveram na porta do INEP, para protestar contra o programa. Os docentes realizaram panfletagem alertando para as inconsistências e inconstitucionalidades do programa, conversaram com trabalhadores do MEC, com reitores e pró-reitores para o evento. O Sindicato Nacional também cobrou posicionamento da Andifes – entidade representativa dos reitores das universidades federais. 

No dia anterior (16), os docentes também participaram, junto com estudantes e técnico-administrativos de atividade em frente ao MEC. O ato foi reprimido com violência pela política militardo Distrito Federal.

Fonte: ANDES-SN (com informações e fotos das seções sindicais do ANDES-SN)

Quarta, 24 Julho 2019 14:04

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária a se realizar:
 
Data: 26 de julho de 2019 (sexta-feira)
Local: AUDITÓRIO DA ADUFMAT 
Horário: às 13h30 com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.

Pontos de Pauta:
 
1) Informes;
 
2) Análise de conjuntura;
 
3) Future-se.
 
   

 
 
Cuiabá, 24 de julho de 2019.
 

Aldi Nestor de Souza
Diretor Geral da ADUFMAT-Ssind

 

 

 
 
 
 
Quarta, 24 Julho 2019 13:47

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Publicamos a pedido do prof. Ailton José Terezo

 

 

 

O professor Ailton Terezo, do Departamento de Química/ICET, realizou uma vista a Fazenda Tucunaré, de propriedade da AMAGGI, com objetivo de conhecer as boas práticas agrícolas adotadas pela companhia.

 

Durante a visita, além conhecer os processos, também foram discutidas melhorias quanto à estabilidade dos ingredientes ativos e das práticas para aplicação de defensivos agrícolas para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas.

 

A visita contou com o acompanhamento do diretor da AMAGGI Agro, Pedro Valente; de um dos acionistas da empresa, Blairo Maggi; além de gestores e outros colaboradores da empresa.

 

Na ocasião, também, foi apresentada a Rede MT-NanoAgro, Rede mato-grossense de P,D&I em Nanotecnologia para Agricultura (www.redemtnanoagro.com.br) e os projetos com potencial de aplicação futura no campo.

 

Segundo o professor, a visita foi uma oportunidade para divulgar os trabalhos em desenvolvimento na UFMT, bem como contribuir com sugestões para melhorar a eficiência de alguns processos no campo.

 

O professor Terezo acredita que entender e controlar as características físico-químicas dos defensivos agrícolas, por exemplo, pode ser muito vantajoso em termos de ganhos em eficiência do processo.

 

Além disso, Terezo lembra que no cenário atual de dificuldades para manutenção básica das IFES, buscar parcerias é importante para manter as atividades de pesquisa e inovação tecnológica, visando garantir a formação de recursos humanos qualificados, para além do ensino restrito às salas de aulas.

 

O acionista Blairo Maggi destacou a importância da disseminação do conhecimento por parte da UFMT e também o valor da troca de conhecimento entre o meio acadêmico e o setor produtivo.

 

Fonte: Divulgação

Quarta, 24 Julho 2019 13:32

 

 

O governo Bolsonaro/Mourão e o presidente da Câmara Rodrigo Maia estão com pressa em sacramentar o ataque às aposentadorias dos trabalhadores e benefícios do INSS. O presidente da Câmara promete realizar o 2° turno de votação da Reforma da Previdência no dia 6 de agosto.

 

Eles têm pressa e adotaram a velha política do toma-lá-da-cá. Para impor o mais duro ataque à Previdência e comprar o voto dos deputados picaretas, somente no mês de julho, Bolsonaro já gastou mais de R$ 3 bilhões através de emendas e destinação de recursos, sem contar a negociata de cargos no governo.  Foi assim que aprovaram a reforma em 1° turno no último dia 10.

 

Porém, essa guerra não acabou. Para ser aprovada em definitivo, a reforma terá de passar pela segunda votação na Câmara, onde precisa de pelo menos 308 votos, e depois ser votada também em dois turnos no Senado.

 

É possível reverter essa situação indo para cima deles, com muita pressão, mobilização e uma nova Greve Geral.  É preciso retomar a mobilização desde já!

 

6 de agosto é dia de luta!

A CSP-Conlutas aprovou a convocação de um Dia Nacional de Atos e Mobilizações contra a votação do 2° turno da Reforma da Previdência no próximo dia 6 de agosto. Não vamos deixar que eles na calada da noite, como fizeram na votação do 1° turno, acabem com nossas aposentadorias.

 

Baixe o panfleto de convocação deste dia de luta: Panfleto CSP Conlutas – 6deagosto contra a reforma

 

A data foi incorporada no calendário aprovado pelas centrais sindicais, em reunião realizada nesta quinta-feira (18). Mas é preciso que, de fato, as direções organizem essa luta e realizem atos e mobilizações.

 

A CSP-Conlutas segue na linha de frente contra essa nefasta reforma e, conforme resolução aprovada pela Secretaria Executiva Nacional, convoca todas suas entidades e movimentos filiados a realizar um forte dia de luta no dia 6 com atos nos estados e mobilização nas bases das categorias. Em São Paulo, realizaremos ato na Avenida Paulista.

 

Fazemos um chamado às demais centrais e todos os sindicatos e movimentos que joguem peso para retomar com força a luta contra a reforma e também realizem atos e mobilizações no dia 6, dia de votação na Câmara.

 

Lamentavelmente, a votação do 1° turno na Câmara ocorreu sem que tenha havido a necessária mobilização por parte das direções majoritárias para barrar a reforma, como se houvesse um “acordão” a favor do ataque à Previdência. A cúpula dirigente de parte das centrais, como CUT e Força Sindical, se recusou a chamar nova Greve Geral ou um “Ocupa Brasília”, facilitando a primeira aprovação do texto. A oposição parlamentar do PT, PCdoB e PDT também aposta apenas em negociar pequenas alterações que não impedem o brutal ataque às aposentadorias e facilitam o caminho para Bolsonaro.

 

É preciso que as direções deixem de corpo mole e parem de apostar nas negociações com este Congresso, que já mostrou que é inimigo dos trabalhadores. Negociação desta reforma é traição!

 

Para defender, de fato, as aposentadorias, a educação e os empregos, é hora de ir à luta!

 

Vamos realizar um forte dia de luta no dia 6 de agosto e preparar a realização de uma nova Greve Geral para o dia 13 de agosto, quando estudantes e professores da Educação já anunciaram um dia de paralisação em todo o país.

 

Leia também:

 

Estudantes e trabalhadores da Educação convocam paralisação nacional para 13/8. Centrais devem se somar à luta e preparar nova Greve Geral

 

Reforma da Previdência volta à votação em agosto. É preciso denunciar e pressionar os deputados traidores do povo que votaram no 1° turno

 

Leia a íntegra da resolução aprovada pela SEN, no último dia 17 de julho:

 

VOLTAR ÀS RUAS CONTRA O 2° TURNO DE VOTAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA:

CSP-CONLUTAS CONVOCA ATOS PARA 6/8 E CHAMA CENTRAIS A CONVOCAREM GREVE GERAL PARA 13/8

 

Considerando que:

1 – Com maioria esmagadora, o Congresso o Congresso Nacional, aprovou a “Reforma” da Previdência em 1º turno;

2 – Essa reforma, se concretizada, significa um duríssimo golpe ao povo pobre e da ampla maioria da classe trabalhadora brasileira;

3 – Apesar dos esforços e insistência política da CSP-Conlutas, bem como das denúncias contra a cúpula dirigente das Centrais Sindicais, o fato é que essas direções se recusaram a chamar nova Greve Geral ou mesmo um novo “Ocupa Brasília”. Essa atitude acaba por colaborar com o espúrio acordão que vimos se realizar no meio parlamentar;

4 – A oposição parlamentar, dita de “esquerda” do PT, PCdoB e PDT, jogou-se, como era de se esperar, na mera via institucional e nas entranhas desse “acordão” revelando, de fundo, sua colaboração com essa famigerada reforma;

5 – Tanto parte da cúpula das Centrais, como Paulinho da Força Sindical ou Wagner Freitas, presidente da CUT, respectivamente, comemoram o “resultado” do 1º turno da votação na Câmara dos Deputados ou limitam-se a dizer que “a luta agora deve ser Senado”, revelando seus propósitos de seguir impondo a paralisia do movimento da classe trabalhadora contra essa “reforma” e o fazem juntamente com dirigentes de outras Centrais;

6 – Devemos manter a exigência por uma nova Greve Geral e aumentar o tom da denúncia dos parlamentares que votaram favoráveis em primeiro turno, bem como da cúpula dirigente das Centrais;

7 – Rodrigo Maia já anunciou que pretende votar a reforma, em segundo turno, no próximo dia 6 de agosto;

8 – A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) está indicando um Dia Nacional de Paralisação da Educação Básica para 13 de agosto, bem como o ANDES, a Fasubra e o Sinasefe também deliberaram por convocar Greve Nacional do Setor do Ensino Superior nesta mesma data;

9 – Em meio a essa luta devemos intensificar nossa militância na construção do 4° Congresso Nacional da CSP-Conlutas.

 

A Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas resolve que:

1 – A CSP-Conlutas dará início a uma terceira fase da Campanha Contra a Reforma da Previdência com:

– Publicação de um novo vídeo para explicar os males da proposta aprovada em 1º turno na Câmara dos Deputados, com denúncia dos parlamentares e a cúpula dirigente das Centrais que acabaram por contribuir com esse resultado, e com exigência da necessidade de uma nova Greve Geral;

– Todas as entidades que puderem devem publicar cartazes, boletins e/ou outdoors, denunciando os deputados que aprovaram essa reforma;

– Produzir novos virais e cards para as redes sociais, explicando os ataques específicos contidos no texto aprovado em 1° turno pelos deputados;

– Produzir e garantir a distribuição de 500 mil panfletos da Central com o tema e conteúdo político contra a Reforma da Previdência, com convocação para “Um dia Nacional de Mobilização e Atos” em todos os Estados no dia 6 de agosto;

2 – Faremos novas assembleias em todos os setores e categorias e, nelas, explicaremos os ataques e iremos propor a deliberação de exigência do chamado a uma nova Greve Geral para 13 de agosto;

3 – Aprovaremos a convocação de mobilizações e atos de rua em todos os estados para o dia 6 de Agosto, sendo que especificamente para São Paulo devemos convocar o ato, desde já, para a Avenida Paulista;

4 – Participaremos ativamente de toda construção e realização de manifestações que forem convocadas para o dia 8 de agosto;

5 – Caso sejamos derrotados na proposta de realização de Greve Geral em 13 de agosto nas reuniões com as cúpulas dirigentes das outras Centrais, manteremos a data como Dia Nacional de Lutas, Paralisações e Protestos, nos incorporando de maneira ativa às atividades e ações convocadas pelo setor de Educação Nacional, tanto básica quanto superior;

6 – Até lá devemos, durante todo mês de julho, realizar visitas, protestos e/ou escrachos nas casas ou locais onde estiverem os parlamentares em cada estado, bem como seguir com a iniciativa de coleta de assinatura dos abaixo-assinados. Esse último deve ser remetido ao escritório da Central em Brasília, a partir do dia 30 de julho (está previsto entrega dos mesmos para dia 13 de agosto em BSB).

 

Fonte: CSP-Conlutas

Terça, 23 Julho 2019 16:48

 

O Future-se, projeto apresentado nesta quarta-feira, 17, pelo Ministério da Educação, põe fim ao sentido público das universidades, institutos federais e CEFET. Embora inicialmente tenha recuado do ataque à gratuidade, a proposta altera os eixos históricos que sustentam o caráter público e socialmente referenciado das instituições.

O programa propõe garantir a "autonomia financeira" das universidades, institutos federais e CEFET via captação de recursos junto ao setor privado, através de fundos de investimento, parcerias público-privadas e privatização do patrimônio imobiliário das IFE. A gestão passará a ser feita por Organizações Sociais, de caráter privado.

De acordo com o MEC, será financiado por um fundo de direito privado, cuja administração será de responsabilidade de uma instituição financeira e funcionará em regime de cotas. O orçamento de manutenção e investimento das IFE será desvinculado da União e substituído pelo financiamento privado.

Embora o ministério tenha anunciado que a proposta vai passar por consulta pública e, posteriormente, serão apresentadas as mudanças na legislação, todo o projeto foi construído sem diálogo algum com a comunidade acadêmica e os reitores das universidades e institutos federais. "É um projeto extremamente autoritário construído sem diálogo, imposto de cima para baixo", avalia Eblin Farage, secretária-geral do ANDES-SN.

Eixos do desmonte

O programa foi apresentado dividido em três eixos: Gestão, Governança e Empreendedorismo; Pesquisa e inovação; e Internacionalização.  O fomento à competitividade, à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo individual são algumas das propostas apresentadas. Dessa forma, a produção de conhecimento estará submetida aos interesses do Mercado e não mais voltada às necessidades da sociedade.

Todas as medidas têm como enfoque o ensino e a pesquisa, ignorando a extensão. Com isso, o Future-se promoverá o desmonte do tripé que sustenta a lógica de produção de conhecimento socialmente referenciado e colocará em risco diversos projetos que atendem a população, em especial as parcelas mais vulneráveis da sociedade.

"A autonomia pedagógica vai estar ameaçada", denuncia Eblin. Segundo a diretora do ANDES-SN, a proposta irá transformar os professores em empreendedores, captadores de recursos. Os projetos terão como foco atrair investidores e não a produção de conhecimento para o desenvolvimento de políticas sociais. "Será que o mercado vai querer investir em projetos de extensão voltados para a favela, a periferia, para as mulheres, indígenas, quilombolas, LGBTTs?", questiona.

Para a secretária-geral do Sindicato Nacional, o projeto do governo federal busca destruir o caráter social e heterogêneo das instituições federais de ensino. "Nessa universidade [que o governo quer] só caberá o conhecimento que sirva ao mercado e não à população, em especial a mais pobre", critica.

Ataque ao funcionalismo

Outro grande ataque contido no programa do governo para a privatização das instituições federais de ensino é o desmonte das carreiras do magistério superior, do ensino básico técnico e tecnológico (EBTT) e dos técnicos-administrativos.

Aponta para a cessão de atuais servidores para as Organizações Sociais e, ainda, para a contratação via essas organizações e não mais através de concursos públicos, vinculado ao Regime Jurídico Único.

Greve da Educação Federal

Na tarde desta quinta-feira (18), o ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe realizaram uma transmissão ao vivo através do Facebook para comentar os ataques contidos no programa Future-se. Após o bate papo, os representantes das três entidades conclamaram as categorias da educação e toda a sociedade à luta em defesa da Educação Pública.

Um dia de greve geral da Educação foi convocado para 13 de agosto. A paralisação está sendo construída em conjunto pelas entidades de trabalhadores da educação e o movimento estudantil. E buscará envolver todos os setores da sociedade.

"As universidades e institutos federais e Cefet não são nossos [dos professores, estudantes e técnicos], são patrimônios de toda a sociedade e têm que ser defendidos por toda a população. O que também está em jogo são os serviços que as instituições prestam para toda a sociedade", disse Eblin, convocando toda a categoria a fazer a resistência necessária "à destruição da Educação Pública, que esse projeto pretende".

Clique aqui e confira a transmissão com mais detalhes sobre avaliação do ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe sobre o Future-se.

 

Fonte: ANDES-SN

 
Terça, 23 Julho 2019 13:43

 

Os ataques de Bolsonaro à Educação não param, mas a luta para enfrentar os absurdos desse governo de ultradireita também não. Estudantes, professores e técnicos administrativos se preparam para voltar às ruas no próximo dia 13 de agosto, quando estão convocando um dia de paralisação nacional.

 

 

 

A mobilização está sendo convocada por entidades dos professores e trabalhadores da educação e organizações estudantis, como CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação), Andes-SN, Fasubra, Sinasefe, UNE, Ubes, entre outras.

 

reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, realizada de 5 a 7 de julho, aprovou o apoio e participação de suas entidades neste dia de luta e defende que a data seja incorporada por todas as centrais sindicais para transformar a mobilização num dia de greve geral no país em defesa da Educação, bem como contra todos os ataques do governo ao conjunto da classe trabalhadora, como a Reforma da Previdência.

 

Bolsonaro vai destruir a Educação pública

 

A situação da educação no país é cada vez mais preocupante. Ao invés de resolver os problemas históricos do setor, cuja realidade é de escolas sucateadas, má qualidade de ensino, professores mal remunerados e baixo acesso ao ensino superior, a postura de Bolsonaro e de seu ministro Abraham Weintraub é de desprezo total pela Educação.

 

Em seis meses de governo, a política adotada até agora é de destruição da educação pública, seja com ataques à Educação Básica (ensino fundamental e médio), seja às universidades.

 

Não bastassem os cortes anunciados ainda no início do ano no valor de R$ 5,7 bilhões, a imprensa noticiou nesta segunda-feira (15), com base em dados oficiais do governo, que Bolsonaro paralisou as ações voltadas para a Educação Básica no primeiro semestre deste ano. O corte no repasse de verbas afetou áreas como educação integral, creches, escolas rurais, alfabetização e ensino técnico.

 

Se depender desse governo, a juventude também não terá acesso às universidades. O atual ministro assumiu com críticas às universidades e anúncio de cortes que afetaram bolsas de estudo, pesquisas, assistência estudantil, transporte e até bandejão. A mais recente proposta é fazer com que as universidades públicas deixem de ser autarquias, para que sejam todas privatizadas e passem a cobrar mensalidades. Um ataque brutal que vai impedir milhões de estudantes de terem acesso ao ensino superior.

 

Leia também: Bolsonaro quer acabar com universidades públicas e gratuitas, Andes-SN lança manifesto e defende greve em 13 de agosto

 

Por uma nova Greve Geral

O dia 13 de agosto será, portanto, um dia de tomar as ruas e realizarmos um novo “tsunami” contra os ataques desse governo de ultradireita, a exemplo das manifestações que tomaram as ruas do país nos dias 15 e 30 de maio.

 

Mas, além da pauta da educação, temos ainda a luta contra a Reforma da Previdência. O projeto da reforma foi aprovado em 1° turno pela Câmara dos Deputados, mas ainda terá de passar por uma segunda votação na Câmara antes de ir para o Senado, onde também terá de ser votada em dois turnos. Portanto, a luta para impedir que essa reforma seja aprovada ainda não acabou. É hora de botar pressão total sobre os 379 picaretas que votaram pelo fim das aposentadorias.

 

“O dia 13 de agosto deve ser a referência para construção de uma paralisação nacional em todos os setores. Para isso, é preciso que as Centrais abram mão de priorizar as negociações no parlamento e intensifiquem a luta contra essa reforma nas ruas”, defendeu o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela.

 

 Fonte: CSP - Conlutas

Terça, 23 Julho 2019 11:36

 

Professores, estudantes e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram uma manifestação no entorno instituição no final da tarde dessa segunda-feira, 22/07. A ideia foi chamar a atenção da população mais uma vez para os riscos que a universidade corre a partir das sugestões de intervenção na administração e privatização.

 

O ato teve início com um abraço simbólico à universidade. De mãos dadas, os presentes circularam o símbolo da instituição que serve a população mato-grossense há 49 anos. Suas contribuições vão desde a formação de profissionais das mais diversas áreas, passando pela produção de pesquisas e desenvolvendo tratamentos diversos na área da saúde, alertando para os riscos que a utilização de agrotóxicos trazem à população e ao meio ambiente, além da oferta de mais de 800 projetos de extensão que disponibilizam cursos de línguas, música, atividades físicas, cuidados com a saúde física e mental de jovens, adultos e idosos, entre outras.

 

“A universidade está em praticamente todos os espaços. Até mesmo cursos de formação de policiais no estado têm a contribuição de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso”, lembrou o professor Reginaldo Araújo, diretor a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – Sindicato Nacional (ANDES-SN), durante o ato.

 

A função social da universidade, no entanto, está ameaçada. Utilizando o discurso da "má gestão" para turvar o histórico de cortes de recursos na Educação e se eximir da culpa, o governo federal tem demonstrado que pretende indicar alguém de afinidade política para assumir a Reitoria da universidade (como já fez em outros estados) devido à exposição da falta de recursos, além de privatizar a universidade pública.

 

A comunidade acadêmica, representada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), Associação dos Docentes - Seção Sindical do ANDES (Adufmat-Ssind) e Sindicato dos Trabalhadores Técnico- administrativos (Sintuf/MT) repudia tanto a ideia de haver um interventor na instituição quanto a proposta de alterar o caráter público e gratuito da universidade, a partir do projeto Future-se.

 

“Nós não vamos admitir que ninguém mais, além da própria comunidade acadêmica, indique quem vai administrar a instituição, porque é assim que funciona numa democracia. Da mesma forma, não vamos aceitar que privatizem a universidade. Haverá resistência. Nós ocuparemos as ruas todas as vezes que for necessário”, disse o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza.

 

Após o abraço, os participantes saíram em marcha pela lateral da UFMT em direção à Avenida Fernando Corrêa, dialogando com a população no entorno da instituição. Muitos estudantes declararam que não teriam condições financeiras para custear qualquer curso na iniciativa privada, ao mesmo tempo em que ressaltaram a qualidade evidente dos institutos públicos de ensino superior.  

 

Outras manifestações devem ocorrer nos próximos dias, considerando que a própria comunidade acadêmica determinou o início do "estado de mobilização permanente" desde que o corte de energia, efetuado no dia 16/07, passou a ser utilizado pelo governo federal e seus apoiadores para justificar a possibilidade de intervenção política na instituição.

 

Além do ato público no final da tarde, às 19h a comunidade acadêmica se reuniu no auditório da Adufmat-Ssind para estudar o projeto "Future-se", já apelidado “Fature-se”.

 

 GALERIA DE IMAGENS

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 23 Julho 2019 10:28

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto de Barros Freire*

 

Cada dia que passa, mais visível vai ficando o ditador na pele de presidente. Bolsonaro quer determinar que filmes devemos ver ou produzir, que os dados dos organismos de pesquisas que informam a todos a realidade das ocorrências – fome no Brasil e aumento do desmatamento na Amazônia (que de forma mentirosa o presidente diz ser uma mentira) – sejam submetidos ao seu escrutínio, permitindo ou não que tais informações atinjam a todos. Ele quer “filtrar” – censurar, proibir, perseguir – as informações que podemos ou devemos ter. Se considera o único detentor da verdade: nem organismos científicos reconhecidos internacionalmente, nem pesquisas realizadas com todo rigor possível e desejável, mas a sua opinião, ou seu julgamento, enfim, ele está acima de tudo e de todos, e quer determinar o que é certo, o que realmente ocorre, o que é verdadeiro ou falso. Que filmes podem ou não serem realizados.


Isso é inadmissível numa democracia, suas opiniões preconceituosas contra pessoas e organismos, seu julgamento raso, estúpido, ignorante, rústico e rasteiro está levando esse país para um descrédito internacional, denigrindo nossa imagem que já não é lá muito confiável, pelas constantes tentativas de nossos governantes de imporem suas idiossincrasias a todos, de negarem a realidade, como se pudessem enganar os estrangeiros, quando muito só ludibria os nacionais mais tolos.


Contra o aumento do desmatamento, sua proposta é o fim ou a censura a pesquisa que revela o fato, enfim, quer jogar fora o termômetro ao invés de erradicar a febre. Com a fome, apenas nega sua existência e acredita que com isso está encerrado o problema. Tem alguma proposta para mitigar a fome ou o crescimento do desmatamento? Sobre isso nada fala, fala contra os pesquisadores que levantaram esses dados, sobre a imprensa que só pega coisa negativa do seu governo, ou ainda resmunga pelo fato de ter sido o último a saber, como se fosse marido traído, quando os organismos estão alertando para o aumento do desmatamento no governo Bolsonaro desde o início, pois que liberou geral: não há mais multa, não mais investigação, não há mais problemas com os desmatamentos, há apenas pessoas que precisam aparentemente sobreviver da natureza, arrasando tudo que está a sua frente. O fato é que nada fez com os dados diariamente atualizado, ignorou solenemente enquanto pode, e negou o fato depois de não mais se poder esconder do público, pois que pertencem ao domínio público como ocorre nas democracias.


Ao invés de nos mostrar o que pretende fazer para diminuir o desmatamento, o que pretende fazer para acabar com a fome, como pretende melhorar nossos índices que não se alteram só com o seu discurso raivoso contra a verdade dos fatos, ocorre um silêncio, ou então começa a berrar seus preconceitos contra alguma outra coisa, por exemplo, contra os nordestinos, contra repórteres, contra professores, contra setores sociais. Ofender e maldizer é o que mais faz, depois de ficar flauteando pelo mundo e pelo Brasil com verbas federais participando de comemorações. Quando vai começar a trabalhar????


Ora, o sonho de todo tirano como Bolsonaro é exatamente censurar e controlar as informações que não pertencem apenas ao presidente, pois que são informações de interesse de todos e não apenas dos governantes. Todos nós temos direito a informações verdadeiras e corretas, realizadas por organismos competentes e reconhecidos. Bolsonaro sempre teve acesso privilegiados a essas informações, o que ele fez, foi solenemente ignorar e amaldiçoar os organismos de pesquisas, achando que sabe mais do que todos a verdade da Amazônia.


Só há uma forma de mostrar ao mundo que estamos realmente preocupados com o meio ambiente, quando mostramos ações protegendo-o, quando Bolsonaro só apresenta liberações e modificações na legislação ambiental para permitir a ampliação do desmatamento. Eis o que é claro e cristalino em suas ações. Quem mais combate o meio ambiente inclusive é o ministro do meio ambiente, alguém com processo ambiental nas costas.


Creio que nada é mais simbólico de uma tirania do que o fato dos governantes quererem determinar os produtos culturais, o que censurarão e o que permitirão que ocorra. O fato de Bolsonaro querer interferir no cinema nacional revela o ditador medíocre que o habita, que tenta disfarçar, mas que reaparece a todo momento, quando emite suas opiniões atrasadas e preconceituosa.
 
*Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Sexta, 19 Julho 2019 19:52

 

Segunda-feira, 22/07, também será dia de luta em defesa da universidade pública e gratuita. A Adufmat-Ssind convida toda a comunidade acadêmica para participar do:

16h - Abraço à UFMT (concentração na Praça do RU)
19h - Debate sobre o Future-se (no auditório da Adufmat-Ssind)