Quarta, 09 Março 2016 19:05

 

 

Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. Jornalismo/USP; Prof. Literatura/UFMT

 

No campo político, se uma palavra pode valer ouro, imaginem o valor de um enunciado completo. Digo isso para, outra vez, parodiar a mais famosa das jararacas brasileiras, a nossa “Jararaca-mor”: “nunca antes na história deste país” vivemos uma semana tão anômala como a semana passada. E para ilustrar o ineditismo histórico, a protagonista dos acontecimentos era exatamente a Jararaca-mor.

Mal raiava o sol de uma sexta-feira profana (04/03), e um ex-presidente da República – que se fez elevar à potência máxima de mito político deste país – era levado de seu apartamento (o de São Bernardo) para coercitivamente depor em uma das sedes da Política Federal (PF).

Enquanto depunha, buscas em um famoso apartamento tríplex no Guarujá, em um sítio (de muito bom gosto) em Atibaia, bem como em um Instituto, que “humildemente” leva o nome da Jararaca-mor, eram vasculhados por agentes da PF. Claro que tais agentes podem ter encontrado preciosidades nesses espaços, embora, por conta de um vazamento de informações, uma “limpeza documental” provavelmente já houvesse ocorrido, afinal, a base política da Jararaca-mor tratou de infiltrar seus filhotes em todos os espaços possíveis do estado brasileiro. Nada escapou dessa invasão; as universidades federais, os bancos, as empresas estatais etc. que o digam!

Simultaneamente ao depoimento e às buscas alhures, dois grupos de manifestantes antagônicos aglomeravam-se em frente à sede da PF no Aeroporto de Congonhas. Aquelas cenas eram as primeiras de outras que se seguiram durante o dia todo país afora. O enfrentamento físico entre patrícios foi inevitável em alguns lugares. E era só o começo, pois um cenário de violência “nunca antes visto” – sequer imaginável – pode estar bem próximo de todos nós.

E por que a violência – agora motivada também por paixões políticas – pode estar se aproximando?

Porque enquanto o clima começava a esquentar, o sangue da Jararaca-mor já fervia. À frente das câmeras da TV dos Trabalhadores, depois de desqualificar a operação Lava-jato e o Ministério Público, de se fazer de vítima das elites, colocando-se como político de esquerda perseguido pela direita e pela mídia, sempre ancorada no velho discurso da divisão do “nós” e “eles”, a Jararaca-mor – esmurrando uma mesa – bradou jurando não estar morta, pois, conforme afirmou, não lhe acertaram a cabeça, mas sim o seu rabo.

Dessa forma, a Jararaca-mor, mesmo com o rabo machucado, para se apresentar como um ente político vivo, depois de cenas que podem leva-lo à morte na política nacional, perdeu a chance de um ato altruísta; perdeu a chance de se mostrar como um grande estadista que fato respeita o povo de seu país. E a chance foi perdida na medida em que incitou sua militância a ir para as ruas; aliás, fez mais: disse que ele próprio – lembrando sua peregrinação das antigas caravanas da cidadania – para as ruas iria, se preciso fosse.

Sua fala soou como um canto de guerra, e bem em exata hora em que a maioria do povo brasileiro já trava uma verdadeira guerra cotidiana para não ser devorada por uma crise alarmante do sistema, sustentado por séquitos fiéis, que tudo fazem para se manter nos espaços de poder.

Agora, resta-nos ver até onde vai e a quantos atingirá o eco do canto de guerra de uma jararaca em desespero.

Em tempo: acaba de ser noticiado que a Jararaca-mor não quer ser investigada. Por isso, seu advogado (um dos mais caros do país) quer a suspensão das investigações contra seu cliente, que tem história, embora algumas sejam mal contadas.

 

Quarta, 09 Março 2016 18:48

 

Centenas de pessoas assistiram, na manhã dessa terça-feira, 08/03, em Cuiabá, o último debate oficial entre as quatro chapas candidatas à Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com capacidade para cerca de 500 pessoas, o Teatro Universitário ficou lotado, das cadeiras ao chão.

 

O que a comunidade acadêmica da UFMT deseja a partir do processo de “eleição” está evidente: mudança. As manifestações reivindicam não apenas melhorias estruturais, mas principalmente melhores condições de trabalho; respeito e ampliação dos espaços deliberativos, com participação efetiva de docentes, técnicos e estudantes nos processos decisórios; valorização dos profissionais, comprometimento da instituição com as demandas da comunidade, dentre outros. Mas será que as candidaturas apresentadas apresentam alguma perspectiva de mudança para a universidade? Para a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), não.

 

“Há uma retórica dos candidatos em defesa da universidade pública de qualidade. No entanto, nós temos profundas dúvidas sobre qual modelo de universidade pública estamos falando. É o modelo que segue a lógica do Reune [projeto de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais]?”, pontua o presidente do sindicato, Reginaldo Araújo.  

 

A questão é que, embora o discurso seja de preservação da universidade pública, algumas respostas (por vezes, evasivas) demonstram que todos os candidatos reconhecem a parceria com o setor produtivo como uma alternativa imprescindível para financiamento das atividades acadêmicas. “A busca de recursos da iniciativa privada retira do Estado a responsabilidade de garantir mais recursos para a universidade”, avalia o presidente.

 

Essa compreensão, formada a partir das entrevistas concedidas ao Jornal da Adufmat-Ssind e dos debates realizados durante a campanha, despertou nos docentes a necessidade de fazer uma rodada de discussão mais aprofundada com os candidatos. O sindicato, junto ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), chegou a convidá-los para mais um debate, que seria realizado na próxima sexta-feira (11), no auditório da Adufmat-Ssind, mas os candidatos das chapas 01, 02 e 03 devolveram o convite respondendo: “As chapas abaixo assinado participarão apenas dos debates programados pela comissão eleitoral” (veja na foto disponível abaixo).

 

Assim, permanece a compreensão de que os candidatos, apesar de reivindicarem para si a capacidade de mudanças na gestão da universidade (inclusive apontando entre eles quem seria a chapa que tem o apoio da atual Reitoria, numa tentativa de marcar diferenças), devem dar continuidade ao modelo atual de administração, que partilha da política nacional de educação imposta pelos governos, que se mostra extremamente nociva à universidade pública e ao ensino como um todo.  

 

Os discursos representam, no máximo, vontades pontuais de melhorias de infra-estrutura e mobilidade. Nenhuma proposta aponta mudança efetiva na relação com o governo e suas políticas. Não há um projeto de uma universidade diferente do atual. Há, ao contrário, a perspectiva de aprofundamento das políticas que já estão postas.

 

“Nós lamentamos que o princípio constitucional da autonomia não seja retomado por nenhum dos candidatos. É a partir dele que pode-se exigir, inclusive, recursos que garantam o cumprimento das tarefas para as quais a universidade se propõe”, conclui o professor.  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

 

Quarta, 09 Março 2016 18:34

 

Centenas de pessoas assistiram, na manhã dessa terça-feira, 08/03, em Cuiabá, o último debate oficial entre as quatro chapas candidatas à Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com capacidade para cerca de 500 pessoas, o Teatro Universitário ficou lotado, das cadeiras ao chão.

 

O que a comunidade acadêmica da UFMT deseja a partir do processo de “eleição” está evidente: mudança. As manifestações reivindicam não apenas melhorias estruturais, mas principalmente melhores condições de trabalho; respeito e ampliação dos espaços deliberativos, com participação efetiva de docentes, técnicos e estudantes nos processos decisórios; valorização dos profissionais, comprometimento da instituição com as demandas da comunidade, dentre outros. Mas será que as candidaturas apresentadas apresentam alguma perspectiva de mudança para a universidade? Para a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), não.

 

“Há uma retórica dos candidatos em defesa da universidade pública de qualidade. No entanto, nós temos profundas dúvidas sobre qual modelo de universidade pública estamos falando. É o modelo que segue a lógica do Reune [projeto de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais]?”, pontua o presidente do sindicato, Reginaldo Araújo.  

 

A questão é que, embora o discurso seja de preservação da universidade pública, algumas respostas (por vezes, evasivas) demonstram que todos os candidatos reconhecem a parceria com o setor produtivo como uma alternativa imprescindível para financiamento das atividades acadêmicas. “A busca de recursos da iniciativa privada retira do Estado a responsabilidade de garantir mais recursos para a universidade”, avalia o presidente.

 

Essa compreensão, formada a partir das entrevistas concedidas ao Jornal da Adufmat-Ssind e dos debates realizados durante a campanha, despertou nos docentes a necessidade de fazer uma rodada de discussão mais aprofundada com os candidatos. O sindicato, junto ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), chegou a convidá-los para mais um debate, que seria realizado na próxima sexta-feira (11), no auditório da Adufmat-Ssind, mas os candidatos das chapas 01, 02 e 03 devolveram o convite respondendo: “As chapas abaixo assinado participarão apenas dos debates programados pela comissão eleitoral”.

 

Assim, permanece a compreensão de que os candidatos, apesar de reivindicarem para si a capacidade de mudanças na gestão da universidade (inclusive apontando entre eles quem seria a chapa que tem o apoio da atual Reitoria, numa tentativa de marcar diferenças), devem dar continuidade ao modelo atual de administração, que partilha da política nacional de educação imposta pelos governos, que se mostra extremamente nociva à universidade pública e ao ensino como um todo.  

 

Os discursos representam, no máximo, vontades pontuais de melhorias de infra-estrutura e mobilidade. Nenhuma proposta aponta mudança efetiva na relação com o governo e suas políticas. Não há um projeto de uma universidade diferente do atual. Há, ao contrário, a perspectiva de aprofundamento das políticas que já estão postas.

 

“Nós lamentamos que o princípio constitucional da autonomia não seja retomado por nenhum dos candidatos. É a partir dele que pode-se exigir, inclusive, recursos que garantam o cumprimento das tarefas para as quais a universidade se propõe”, conclui o professor.  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

 

Terça, 08 Março 2016 17:12

 

 

Nesta terça-feira, 8 de Março, em que se comemora o Dia Internacional de Luta das Mulheres, mulheres de todo o país sairão às ruas em diferentes estados do país para trazer à tona questões sociais gerais, bem como as mais específicas, que atingem violentamente as trabalhadoras, como a questão da igualdade de gênero, a legalidade do aborto e contra leis que o criminalizam, a contrarreforma da Previdência e uma basta à violência que atinge diariamente milhares de mulheres no país. 

 

Em Cuiabá não será diferente. Um coletivo de mulheres organiza o Sarau do Dia das Mulheres, com título #MeuPrimeiroAssédio, que será realizado nessa terça-feira (08) na Praça Alencastro, em frente a Prefeitura de Cuiabá, a partir das 17h. A ideia é dialogar com a população sobre os avanços e tudo o que ainda é preciso conquistar para que haja, de fato, respeito às mulheres nos 365 dias do ano. Música, dança, poesia, passagens de ficção e realidade evidenciarão a pauta de uma luta diária, árdua e que acaba, em que perdemos centenas de vidas todos os anos. 

 

A Associação dos Docentes da UFMT também realizará, na sexta-feira, 11/03, um sarau para as mulheres, a partir das 19h, na área social do Sintuf/MT (atrás da biblioteca central). 

 

Para a 2ª vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Classe, Etnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN, Liliane Machado, apesar do apelo comercial e da tentativa de resgatar a ideia da maternidade e da beleza, a data pode ser pensada como um dia importante na luta diária das mulheres. “Este dia faz parte de um conjunto de lutas diárias, permanentes, em prol do pleno acesso à cidadania das mulheres, respeitando suas pluralidades e especificidades”, disse a docente, que enfatizou a importância das mulheres saírem às ruas para marcar a data e para barrar a tentativa de retirada de direitos das trabalhadoras.

 

Como sindicato classista, o ANDES-SN tem papel fundamental na conscientização da classe trabalhadora, em especial os docentes. Assim, é imprescindível pautar as lutas do Movimento Feminista, que ainda precisam ser travadas no cotidiano para superar o machismo, o patriarcado, e romper com a desigualdade de gênero e barrar os ataques a diversos direitos - já garantidos, e que seguem ameaçados.  “O ANDES-SN, ao longo da sua história, vem tomando decisões congressuais de defesa aos direitos das mulheres, como a luta pela descriminalização do aborto, a luta contra o Estatuto da Família, que descaracteriza o significado de família, excluindo mulheres lésbicas e mulheres solteiras que são mães, a luta contra o PL 5069/13, que penaliza os profissionais da saúde que deem informações sobre a possibilidade de aborto em casos de gravidez de risco, feto anencéfalo, e para vítimas de violência sexual. Essas questões citadas cabem às mulheres decidirem, e não o Estado, a justiça ou a religião”, afirma Machado.

 

O GTPCEGDS pretende construir de um material abordando as questões de gênero de forma ampla, e evidenciando as desigualdades em diversos espaços. Este material será disponibilizado aos docentes e também será entregue durante o II Encontro Nacional de Educação (ENE), que será realizado em Brasília (DF) no mês de junho.

 

Origem da data

 

Apesar da história difundida para a origem do Dia Internacional das Mulheres ser o das operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque, que haviam morrido queimadas após o patrão ter ateado fogo ao prédio devido a uma greve, no ano de 1857, a origem da data é bastante questionada. De acordo com a cartilha “A origem socialista do Dia da Mulher”, produzida pelo Núcleo Piratininga de Comunicação, a data tem uma origem socialista, que remonta ao início do século 20 e foi apagada ao longo dos anos, principalmente durante o período da Guerra Fria. O dia 8 de março foi fixado a partir de uma greve iniciada em 23 de fevereiro (calendário russo) de 1917, na Rússia. Uma manifestação organizada por tecelãs e costureiras de São Petersburgo foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa.

 

MST

 

Para marcar o mês de luta das mulheres sem terra, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) vêm intensificando as mobilizações e ocupações com a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas que, neste ano, traz o lema: Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio. Diversas manifestações ocorrem desde o início do mês na Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraná, entre outros estados.

 

Confiras algumas manifestações do dia 8 de março pelo Brasil:

Cuiabá (MT): Sarau do Dia das Mulheres, a partir das 17h - Praça Alencastro (em frente a Prefeitura)

São Paulo (SP): concentração às 16h saída às 18h –  no Vão Livre do Masp 

Belo Horizonte (SP):  às 16h – na  Praça 7  

Teresina (PI):  das 16h às 19h – na Av. Antonino Freire, 1450 – Centro

Belém (PA): às 8h – na Av. Perimetral 

Santarém (PA): às 16h –  ato com concentração em frente ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais

Natal (RN): às 13h – Ato público e caminhada- concentração na Prefeitura de Natal 

Fortaleza (CE): às 16h – em frente à secretaria de saúde do município. Rua do rosário, 283 – Centro  

Maceió (AL): às14h –  calçadão do centro, em frente ao antigo produbon  

Recife (PE): às 15h - ato unificado do MML e demais organizações feministas, Parque 13 de Maio-

Rio de Janeiro (RJ):  às 16h-  ato em frente à Alerj- Palácio Tiradentes, Rua Dom Manuel s/n  

São Luís (MA): às 16h- Praça Deodoro, Centro  

Porto Alegre (RS)   às 17h-  no Largo Glênio Peres, Centro  

Macapá (AP):  às 16h –  ato no Teatro das Bacabeiras  

Curitiba (PR): às 16h –  ato na frente da Copel da Rua Coronel Dulcidio

 

Fonte: ANDES-SN (com informações da CSP-Conlutas e da Adufmat-Ssind, e edição da Adufmat-Ssind)

Terça, 08 Março 2016 16:24

 

 

Nesta terça-feira, 8 de Março, em que se comemora o Dia Internacional de Luta das Mulheres, mulheres de todo o país sairão às ruas em diferentes estados do país para trazer à tona questões sociais gerais, bem como as mais específicas, que atingem violentamente as trabalhadoras, como a questão da igualdade de gênero, a legalidade do aborto e contra leis que o criminalizam, a contrarreforma da Previdência e uma basta à violência que atinge diariamente milhares de mulheres no país. 

 

Em Cuiabá não será diferente. Um coletivo de mulheres organiza o Sarau do Dia das Mulheres, com título #MeuPrimeiroAssédio, que será realizado nessa terça-feira (08) na Praça Alencastro, em frente a Prefeitura de Cuiabá, a partir das 17h. A ideia é dialogar com a população sobre os avanços e tudo o que ainda é preciso conquistar para que haja, de fato, respeito às mulheres nos 365 dias do ano. Música, dança, poesia, passagens de ficção e realidade evidenciarão a pauta de uma luta diária, árdua e que acaba, em que perdemos centenas de vidas todos os anos. 

 

A Associação dos Docentes da UFMT também realizará, na sexta-feira, 11/03, um sarau para as mulheres, a partir das 19h, na área social do Sintuf/MT (atrás da biblioteca central). 

 

Para a 2ª vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Classe, Etnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN, Liliane Machado, apesar do apelo comercial e da tentativa de resgatar a ideia da maternidade e da beleza, a data pode ser pensada como um dia importante na luta diária das mulheres. “Este dia faz parte de um conjunto de lutas diárias, permanentes, em prol do pleno acesso à cidadania das mulheres, respeitando suas pluralidades e especificidades”, disse a docente, que enfatizou a importância das mulheres saírem às ruas para marcar a data e para barrar a tentativa de retirada de direitos das trabalhadoras.

 

Como sindicato classista, o ANDES-SN tem papel fundamental na conscientização da classe trabalhadora, em especial os docentes. Assim, é imprescindível pautar as lutas do Movimento Feminista, que ainda precisam ser travadas no cotidiano para superar o machismo, o patriarcado, e romper com a desigualdade de gênero e barrar os ataques a diversos direitos - já garantidos, e que seguem ameaçados.  “O ANDES-SN, ao longo da sua história, vem tomando decisões congressuais de defesa aos direitos das mulheres, como a luta pela descriminalização do aborto, a luta contra o Estatuto da Família, que descaracteriza o significado de família, excluindo mulheres lésbicas e mulheres solteiras que são mães, a luta contra o PL 5069/13, que penaliza os profissionais da saúde que deem informações sobre a possibilidade de aborto em casos de gravidez de risco, feto anencéfalo, e para vítimas de violência sexual. Essas questões citadas cabem às mulheres decidirem, e não o Estado, a justiça ou a religião”, afirma Machado.

 

O GTPCEGDS pretende construir de um material abordando as questões de gênero de forma ampla, e evidenciando as desigualdades em diversos espaços. Este material será disponibilizado aos docentes e também será entregue durante o II Encontro Nacional de Educação (ENE), que será realizado em Brasília (DF) no mês de junho.

 

Origem da data

 

Apesar da história difundida para a origem do Dia Internacional das Mulheres ser o das operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque, que haviam morrido queimadas após o patrão ter ateado fogo ao prédio devido a uma greve, no ano de 1857, a origem da data é bastante questionada. De acordo com a cartilha “A origem socialista do Dia da Mulher”, produzida pelo Núcleo Piratininga de Comunicação, a data tem uma origem socialista, que remonta ao início do século 20 e foi apagada ao longo dos anos, principalmente durante o período da Guerra Fria. O dia 8 de março foi fixado a partir de uma greve iniciada em 23 de fevereiro (calendário russo) de 1917, na Rússia. Uma manifestação organizada por tecelãs e costureiras de São Petersburgo foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa.

 

MST

 

Para marcar o mês de luta das mulheres sem terra, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) vêm intensificando as mobilizações e ocupações com a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas que, neste ano, traz o lema: Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio. Diversas manifestações ocorrem desde o início do mês na Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraná, entre outros estados.

 

Confiras algumas manifestações do dia 8 de março pelo Brasil:

Cuiabá (MT): Sarau do Dia das Mulheres, a partir das 17h - Praça Alencastro (em frente a Prefeitura)

São Paulo (SP): concentração às 16h saída às 18h –  no Vão Livre do Masp 

Belo Horizonte (SP):  às 16h – na  Praça 7  

Teresina (PI):  das 16h às 19h – na Av. Antonino Freire, 1450 – Centro

Belém (PA): às 8h – na Av. Perimetral 

Santarém (PA): às 16h –  ato com concentração em frente ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais

Natal (RN): às 13h – Ato público e caminhada- concentração na Prefeitura de Natal 

Fortaleza (CE): às 16h – em frente à secretaria de saúde do município. Rua do rosário, 283 – Centro  

Maceió (AL): às14h –  calçadão do centro, em frente ao antigo produbon  

Recife (PE): às 15h - ato unificado do MML e demais organizações feministas, Parque 13 de Maio-

Rio de Janeiro (RJ):  às 16h-  ato em frente à Alerj- Palácio Tiradentes, Rua Dom Manuel s/n  

São Luís (MA): às 16h- Praça Deodoro, Centro  

Porto Alegre (RS)   às 17h-  no Largo Glênio Peres, Centro  

Macapá (AP):  às 16h –  ato no Teatro das Bacabeiras  

Curitiba (PR): às 16h –  ato na frente da Copel da Rua Coronel Dulcidio

 

Fonte: ANDES-SN (com informações da CSP-Conlutas e da Adufmat-Ssind, e edição da Adufmat-Ssind)

Segunda, 07 Março 2016 16:54

 

Profissionais da Educação, estudantes de cursos de licenciatura, ou que pretendem se dedicar ao magistério, não podem faltar ao debate sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será realizado na próxima quinta-feira, 10/03, às 19h, no auditório da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind).

 

A BNCC é uma proposta de alteração das diretrizes do ensino básico, que o governo federal pretende aprovar após o dia 15/03. O material, disponível no site do Ministério da Educação e aberto para contribuições online, está recebendo uma série de críticas por todo o país e também no exterior, porque retira conteúdos considerados fundamentais em diversas áreas.

 

Na disciplina de História, por exemplo, o material relacionado à História Medieval e a Revolução Francesa poderá ser excluído. Na Literatura, autores como Camões, José Saramago, Fernando Pessoa e Eça de Queiroz ficarão à margem, com toda a literatura portuguesa. Além de Linguagens e Ciências Humanas, também há propostas de alterações nas áreas de Matemática e Ciências da Natureza.

 

Com mediação do prof. Dr. Roberto Boaventura (Letras/UFMT), o representante do ANDES - Sindicato Nacional, prof. Ms. Francisco Jacob da Silva (Educação/UFAM) e a professora Dra. Ozerina Oliveira (Educação/UFMT), serão os debatedores da noite.

 

O evento, com o título “Desmonte da educação brasileira: Base Nacional Comum Curricular em pauta”, será aberto e gratuito. Não é necessário fazer inscrição. Os participantes receberão certificado.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

      

Segunda, 07 Março 2016 16:47

 

 

Profissionais da Educação, estudantes de cursos de licenciatura, ou que pretendem se dedicar ao magistério, não podem faltar ao debate sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será realizado na próxima quinta-feira, 10/03, às 19h, no auditório da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind).

 

A BNCC é uma proposta de alteração das diretrizes do ensino básico, que o governo federal pretende aprovar após o dia 15/03. O material, disponível no site do Ministério da Educação e aberto para contribuições online, está recebendo uma série de críticas por todo o país e também no exterior, porque retira conteúdos considerados fundamentais em diversas áreas.

 

Na disciplina de História, por exemplo, o material relacionado à História Medieval e a Revolução Francesa poderá ser excluído. Na Literatura, autores como Camões, José Saramago, Fernando Pessoa e Eça de Queiroz ficarão à margem, com toda a literatura portuguesa. Além de Linguagens e Ciências Humanas, também há propostas de alterações nas áreas de Matemática e Ciências da Natureza.

 

Com mediação do prof. Dr. Roberto Boaventura (Letras/UFMT), o representante do ANDES - Sindicato Nacional, prof. Ms. Francisco Jacob da Silva (Educação/UFAM) e a professora Dra. Ozerina Oliveira (Educação/UFMT), serão os debatedores da noite.

 

O evento, com o título “Desmonte da educação brasileira: Base Nacional Comum Curricular em pauta”, será aberto e gratuito. Não é necessário fazer inscrição. Os participantes receberão certificado.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 07 Março 2016 16:20

 

Profissionais da Educação, estudantes de cursos de licenciatura, ou que pretendem se dedicar ao magistério, não podem faltar ao debate sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será realizado na próxima quinta-feira, 10/03, às 19h, no auditório da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind).

 

A BNCC é uma proposta de diretrizes ao ensino básico, que o governo federal pretende aprovar após o dia 15/03. O material, disponível no site do Ministério da Educação e aberto para contribuições online, está recebendo uma série de críticas por todo o país e também no exterior, porque retira conteúdos importantes, considerados fundamentais em diversas áreas.

 

Na disciplina de História, por exemplo, o material relacionado à História Medieval e a Revolução Francesa poderá ser excluído. Na Literatura, autores como Camões, José Saramago, Fernando Pessoa e Eça de Queiroz, ficarão à margem, com toda a literatura portuguesa. Além de Linguagens e Ciências Humanas, também há propostas de alterações nas áreas de Matemática e Ciências da Natureza.

 

Com mediação do prof. Dr. Roberto Boaventura (Letras/UFMT), o representante do ANDES - Sindicato Nacional, prof. Ms. Francisco Jacob da Silva (Educação/UFAM) e a professora Dra. Ozerina Oliveira (Educação/UFMT), serão os debatedores da noite.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

O evento com o título “Desmonte da educação brasileira: Base Nacional Comum Curricular em pauta” será aberto e gratuito. Não é necessário fazer inscrição. Os participantes receberão certificado.       

Segunda, 07 Março 2016 14:36

 

Seminários Nacionais ocorrem nos dias 8 e 9 de abril.

 

O ANDES-SN realiza nos dias 8 e 9 de abril, os Seminários Nacionais sobre Terceirização nas Instituições de Ensino Superior (IES) e sobre Precarização do Trabalho Docente, em conformidade com as deliberações aprovadas no 35º Congresso do ANDES-SN, que ocorreu no final de janeiro deste ano. Os dois eventos acontecem na cidade de Fortaleza (CE). O primeiro seminário será realizado no campus Itaperi da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o segundo no Instituto Federal do Ceará (IFCE).

 

Amauri Fragoso de Medeiros, 1° tesoureiro do ANDES-SN, afirma que tanto o processo de terceirização nas IES quanto a precarização do trabalho docente são temas recorrentes na realidade das instituições de ensino superior no país e que precisam ser debatidos com a categoria, para que se aprofunde a compreensão acerca destas questões e se descubra os instrumentos necessários para enfrentar o processo.

 

“Nós aprovamos a realização destes dois seminários, por se tratarem de temas prioritários no combate ao sucateamento dentro das instituições de ensino. A terceirização chegará rapidamente aos docentes, caso o  PLC 30/2015 - que é um projeto que intensifica a terceirização, inclusive dentro das universidades -,  for aprovado. Além disso, discutiremos o processo de ampliação e expansão desordenada da universidade brasileira que intensifica o processo de degradação do trabalho docente. Temos hoje professores trabalhando com muita dificuldade, sem a mínima estrutura para desenvolver seus trabalhos, em contêineres, salas de aula de escolas municipais, igrejas, e por aí vai”, disse.

 

O diretor do Sindicato Nacional ainda citou a multicampia - instituições com campi espalhados em várias regiões, algumas em até mais de um estado - como uma realidade que atinge diversas instituições, principalmente as da região Nordeste. “Criou-se uma figura com a multicampia que é o ‘professor mochileiro’. A cada semestre ele da aula em uma cidade diferente, ele não é mais lotado em um departamento. Isso amplia a precarização da qualidade de vida e condições de trabalho”, criticou.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Segunda, 07 Março 2016 14:20

 

 

Conforme deliberação da última Assembleia Geral da ADUFMAT (04/03/2016), foi aprovada a reativação do GTPFS, dedicado à discussão local e na nacional das políticas relativas ao mundo do trabalho (relações de trabalho, assédio moral, precarização, direito de greve etc) e às questões sindicais propriamente ditas.  

 

Esse GT - assim como outros dedicados a temas específicos - tem dinâmica local e nacional, com reuniões regulares em Cuiabá e deliberações em reuniões nacionais. O que permite aprofundar o conhecimento sobre as relações que envolvem o mundo do trabalho, mas, também, encontrar - coletivamente - formas de intervenção nesse processo, local e nacionalmente.

 

Desta forma, o GTPFS/ADUFMAT está aberto a todo e qualquer professor/a que queira participar. Para isso, basta manifestar-se, informando nome, unidade, telefone(s) e e-mail. 

 

A primeira reunião deverá ser agendada para a semana de 14 a 18 de março.

 

Atenciosamente

GTPFS/ADUFMAT