****
O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
****
JUACY DA SILVA*
Até recentemente, pouco mais de uma década a questão da obesidade era considerada tanto pelas pessoas em geral quanto e inclusive pela comunidade médica, hospitalar e de saúde pública muito mais como apenas um problema estético, principalmente quando se tratava de pessoas do sexo feminino, do que propriamente uma doença que deveria ser prevenida e tratada adequadamente.
Já em 2008, uma clinica médica de Cleveland, nos EUA, através de estudos, passou a classificar a obesidade como uma doença, no que acabou sendo seguida por uma decisão de 2013 da Sociedade Médica Americana e logo depois também pela OMS, Organização Mundial da Saúde e por sistemas de saúde pública de diversos países.
A partir deste período, os estudos, pesquisas, fóruns de debates foram intensificados e, atualmente, na maioria dos países os Sistema públicos e privados de saúde já classificam a obesidade como doença. Para conscientizar a população em geral e a comunidade de saúde em particular diversas campanhas de conscientização tem sido realizadas ao redor do mundo.
O passo seguinte, que já foi ou está sendo dado em vários países é a necessidade de definir políticas públicas que possam contribuir para o alerta do problema da obesidade e, também, demonstrar que a obesidade tem causas multivariadas e que isto exige muito mais do que intervenções estéticas, recomendável, em princípio para quem sofre de obesidade mórbida, o mais importante é que cada pessoa procure ajuda especializada, através de equipes interdisciplinares tendo em vista que na questão da obesidade estão presentes fatores hereditários, distúrbios hormonais e psicológicos, estilo de vida, hábitos alimentares arraigados, errados e reforçados por aspectos culturais, através de sucessivas gerações.
Portanto, da mesma forma que a causa da obesidade não é apenas um problema estético, mas também de autoestima e de hábitos alimentares arraigados ao longo de gerações, segundo padrões de comportamento, é fundamental não epenas programas quase “milagrosos” de dietas e regimes que acabam fracassando para a maior parte das pessoas. O efeito sanfona é bem conhecido por milhares de pessoas que tentam embarcar nesses programas e acabam em frustração.
A ênfase atualmente, reforçada por diversas organizações de saúde , com o estímulo de universidades, centros médicos especializados e entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, como a OMS, é no sentido de que o caminho para mudar hábitos alimentares arraigados culturalmente deva ser a RE-EDUCAÇÃO ALIMENTAR, exemplo do que vem sendo feito pela Coach/técnica em nutrição Keilla Oliveira em SP, através de sua “FÁBRICA DA JUVENTUDE”, cujos resultados tem sido observados através de mudanças significativas nesta área, com casos comprovados de redução definitiva de índices de massa corporal (IMC).
Além dos aspectos da saúde das pessoas, a obesidade já é considerada a segunda causa de mortalidade no mundo, de forma direta ou indireta, neste último aspecto devido ao fato de que a obesidade maximiza e contribui para o agravamento do outras doenças graves, crônicas e degenerativas como diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas, diabetes tipo 2 e outras mais.
De acordo com dados da OMS – Organização Mundial da Saúde de outubro de 2017, relativos ao ano de 2016, a obesidade foi responsável naquele ano pela mortalidade de 2,8 milhões de pessoas e os custos da obesidade só nos EUA chegam a aproximadamente a US$150 bilhões de dólares por ano e no mundo esses custos diretos e indiretos são superiores a mais de R$650 bilhões de dólares por ano, maior do que o PIB de mais de 170 países.
Segundo ainda esses dados e os resultados de diversos outros estudos, até recentemente imaginava-se que a obesidade era um problema apenas dos países desenvolvidos, Europa, EUA, Canadá, Japão. Todavia, ultimamente constatou-se que o aumento da obesidade é um problema sério que também está afetando países emergentes, como Brasil, China, Índia, Rússia e até mesmo países de média renda e outros subdesenvolvidos. Ou seja, a obesidade além de uma doença séria e grave pode se transformar, se não for tratada, em uma pandemia nas próximas décadas e estrangular os sistemas de saúde públicos e privados de diversos países.
Existem diversas informações e resultados de pesquisas sobre este problema/desafio que facilita, o entendimento do mesmo, inclusive a presença perigosa e avassaladora da obesidade infantil e entre jovens, grupo populacional que serão os adultos e idosos dentro de poucos anos ou décadas.
Crianças e jovens obesos de hoje, serão os adultos e idosos que sofrerão com a obesidade dentro de poucos anos ou décadas, a não ser que procurem tratamento enquanto é tempo.
Em reflexões posteriores, pretendo destacar mais alguns aspectos da obesidade como doença e como desafio para milhões de pessoas que sofrem com esta terrível doença e que lutam desesperadamente para mudarem o curso de suas vidas.
Só existem três alternativas para se combater a obesidade: prevenção, reeducação alimentar e tratamento de acordo com cada caso, através, sempre de orientações de profissionais multidiscisplinares, que estudam e realmente entendam a obesidade em todas as suas dimensões.
Este é um tema da mais alta relevância e que devemos nos preocupar, afinal, em sendo a obesidade uma doença séria e grave, não tem sentido continuar sendo tratada com tanta negligência, em comparação com tantas outras doenças cujos índices de mortalidade e morbidade afetam muito menos as pessoas e os países do que a obesidade.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
A diretoria do ANDES-SN repudia as nomeações feitas pelo Presidente Bolsonaro dos reitores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), bem como da reitora pro tempore da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), sem que o(a)s nomeado(a)s sequer tenham participado do processo de consulta à comunidade universitária. Estes atos representam um ataque direto à autonomia das universidades públicas do país.
O ANDES-SN sempre se posicionou pela revogação da Lei nº 9.192/95, que exige a constituição de lista tríplice para a nomeação de reitore(a)s pelo governo federal, por seu caráter antidemocrático. Ainda, denuncia o Decreto nº 9.794/19, que, dentre outras medidas, transfere para a Presidência da República, para a Casa Civil e para o Ministério da Educação (MEC) a indicação de pró-reitore(a)s, decano(a)s, diretore(a)s de centros, institutos ou campi e outro(a)s dirigentes das instituições universitárias. Trata-se de um nítido ataque à autonomia universitária e à Constituição Federal, pois viola os Artigos 5º, 37 e 207 da CF, assim como as Leis nº 5.540/68 e nº 8.112/90. O Sindicato Nacional defende que o processo de escolha do(a)s dirigentes das universidades seja democrático, realizado e concluído na própria instituição.
A Diretoria do ANDES-SN manifesta sua total solidariedade à comunidade acadêmica das referidas universidades e exige a imediata nomeação, para o cargo de reitor/reitora do(a)s professore(a)s: Leonardo Villela de Castro (UNIRIO), Fábio Cesar da Fonseca (UFTM) e Etienne Biasotto (UFGD), escolhido(a)s pela comunidade acadêmica em consulta democrática e autônoma.
O ANDES-SN conclama a comunidade universitária e suas entidades que manifestem repúdio a esse flagrante caso de desrespeito à autonomia universitária e se coloca à disposição para que envidemos esforços coletivamente para garantir que a decisão da comunidade acadêmica seja respeitada.
#Emdefesadaautonomiauniversitaria
#Emdefesadasuniversidadespúblicas
#Pelasliberdadesdemocraticas
Brasília (DF) 19 de junho de 2019
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional
Maria Lucia Fattorelli – Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã
Rodrigo Ávila – Economista da Auditoria Cidadã
Paulo Lindesay – Coordenado do Núcleo da Auditoria Cidadã do Rio de Janeiro
Quem acha que não podemos somar Juros da Dívida Pública com Amortização, por considerar um erro primário na economia, provavelmente não tem o conhecimento dos números oficiais do Tesouro Nacional ou pensa como rentista e defende o grande capital especulador.
Nos últimos 24 meses, entre Jan/2016 a Jan/2018, a Dívida Pública Interna bruta cresceu cerca de R$ 1.158.256.870.219 – saldo da Dívida Pública Interna Bruta - Jan/2016 (R$ 3.936.680.800.303 ) - saldo da Dívida Pública Interna Bruta - Jan/2018 (R$ 5.094.937.670.522 ).
Alguém em sã consciência pode dizer que na emissão de novos títulos públicos com objetivo de rolar ou refinanciar a dívida pública, não tem custo ao Estado Brasileiro? Provavelmente não conhece o sistema da dívida.
Além disso os títulos da Dívida Públicas estão sendo negociados, com os DEALERS (nota 5º), a taxa anual média acima da taxa SELIC (Tabela Auxiliar).
Disparidade entre juros informados pelo Tesouro Nacional, e os juros estimados (R$)
Nota Explicativa nº 1: O valor dos juros sobre a dívida pública federal divulgado pelo Tesouro Nacional está subestimado, porque o governo contabiliza parte dos juros como se fosse amortização ou refinanciamento. Para mais detalhes, ver: https://auditoriacidada.org.br/explicação/
Nota Explicativa nº 2: O valor dos juros estimados foi obtido a partir da multiplicação do estoque da dívida interna federal no início do ano pela taxa de custo médio da dívida interna durante o ano. Este cálculo estimado é o mais conservador possível, pois não computa os juros decorrentes das novas emissões ocorridas durante o ano. Em caso de dúvida, ver tabela auxiliar.
Nota Explicativa nº 3: As amortizações englobam o chamado "Refinanciamento" ou "Rolagem", o que seria em tese o pagamento do principal de dívida antiga com recursos de novos empréstimos.
Porém, o governo inclui na “rolagem” grande parte dos juros, ou seja, o que o governo chama de "atualização monetária da dívida", que não possui previsão legal e cuja metodologia de cálculo o governo se recusa a fornecer.
Adicionalmente, parte das Amortizações não se confunde com a mera "rolagem". Em 2018, por exemplo, a parcela das amortizações informadas pelo Tesouro (fora da "rolagem") foi de R$ 342 bilhões, conforme o SIAFI.
Nota Explicativa nº 4: Inclui Regime Geral da Previdência Social (INSS) e Regime Próprio dos Servidores Federais
Nota Explicativa nº 5: Os dealers são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional com o objetivo de promover o desenvolvimento dos mercados primário e secundário de títulos públicos. Os dealers atuam tanto nas emissões primárias de títulos públicos federais como na negociação no mercado secundário desses títulos. Atualmente, o Tesouro Nacional possui 12 dealers, dos quais nove são bancos e três são corretoras ou distribuidoras independentes.
TABELA AUXILIAR - ESTIMATIVA DO PAGAMENTO DE JUROS ANUAL NO ESTOQUE DA DÍVIDA PÚBLICA INTERNA PÚBLICA
Fontes da Tabela Auxiliar: Quadros 2.1 e 4.2 das planilhas abaixo
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/390360/Anexo+RMD+Dezembro+2013.zip/296286ca-7f93-4b6ebaac-cac13b3e7ec9
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/506379/Anex_RMD_Dez_2015.zip/d9d94260-17d9-4f92-964cf5d4afef4e9d
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/636648/Anexo_RMD_Dez_2017.zip/24a7438e-1736-4945-a19f1a26ae95cf61
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/710823/Anexo_RMD_Dez_18.zip/fa92577a-0c10-4d18-a9b2- bdae542aafc2
Fonte dos gastos com Previdência e Pessoal: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/series-historicas
Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida
Superexploração: governo Bolsonaro libera trabalho aos domingos e feriados em 78 setores da economia
Em seis meses de governo, já se tornou prática do governo Bolsonaro atacar os direitos trabalhistas e burlar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) por meio de Medidas Provisórias ou portarias. A bola da vez desse governo de retrocessos é acabar com o descanso do trabalhador aos finais de semana e feriados e com o pagamento de horas extras, aumentando ainda mais a exploração e precarização das condições de trabalho no país.
Uma portaria assinada nesta terça-feira (18) pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, permite que 78 setores da economia possam explorar os trabalhadores também aos domingos e feriados.
A portaria é um verdadeiro chicote no lombo do trabalhador. O que antes era restrito a apenas algumas empresas, que eram obrigadas a pedir autorização do Ministério do Trabalho ou fazer acordo com entidades de classe, agora possibilita que pelo menos 78 setores da economia tenham a liberação de explorar os trabalhadores aos finais de semana e feriados.
Essa medida também tira o poder de negociação dos sindicatos que conseguiam negociar e intermediar para os segmentos em que atuam essas horas de trabalho. Além de acabar com o período de descanso da maioria dos trabalhadores com suas famílias aos finais de semana e feriados, a medida vai resultar, inclusive, no fim do pagamento de horas extras garantido hoje a trabalhadores de várias categorias.
Escala da exploração: sem finais de semana, sem segurança e saúde no trabalho
Outro projeto anunciado recentemente que tem o mesmo objetivo de retirar direitos é a Medida Provisória 881, que prevê a revisão das normas reguladoras de saúde e de segurança no trabalho.
A MP prevê um corte de 90% das normas de saúde e segurança no trabalho. Ao todo, 37 normas regulamentadoras (NR’s) vão deixar de existir. Isso para poupar as empresas de multas e garantir ainda mais seus lucros. Já para os trabalhadores sobrarão acidentes, mortes e doenças nos locais de trabalho.
A primeira mudança será na NR 12, que exige a garantia da integridade física dos trabalhadores e prevenção de acidentes na instalação e uso de máquinas e equipamentos. Outras NRs também serão extintas, o que potencializará riscos.
Cadê o emprego, cadê os direitos trabalhistas?
A nova MP segue a política de ataques aos direitos trabalhistas por várias vezes defendida por Bolsonaro que já declarou que o trabalhador “tem de escolher entre direitos ou empregos”.
O governo fala em suposto potencial de geração de empregos. Mais uma fake news desse governo de ultradireita e ultraliberal. Na prática, a medida abre caminho para as empresas, com os mesmos funcionários, ampliar escalas para os finais de semana e feriados e aumentar seus lucros. Tudo em nome do que o governo chama de “aumentar a competitividade” ao custo da exploração e de força de trabalho precária.
Para aprovar a Reforma Trabalhista, a qual Bolsonaro votou favorável quando era deputado, também diziam que iam ser gerados empregos. Mas, mais de um ano e meio depois, o que se viu até agora foi o aumento do desemprego, da informalidade e da precarização das condições de trabalhadores. Para o trabalhador só restou a perda de direitos.
A taxa de desemprego, em fevereiro desse ano, foi a 12,4%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Esse número representa cerca de 13,1 milhões de desempregados e é maior que o do trimestre anterior. O PIB (Produto Interno Bruto), soma de todas as riquezas do Brasil, registrou queda de 0,2% de janeiro a março em relação ao trimestre anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os planos de Bolsonaro/Mourão também está a criação de uma carteira de trabalho “verde e amarela” com menos direitos e a própria Reforma da Previdência, medidas que ao contrário de gerar empregos, vão aumentar a miséria e a perda de direitos.
“A CSP-Conlutas repudia mais esse ataque deste governo de ultradireita que age a serviço dos empresários e banqueiros. Reafirmamos a necessidade de organizar os trabalhadores contra mais esse ataque. Essa e outras atrocidades, como a Reforma da Previdência, tem de ser barradas. É preciso dar continuidade à luta que ganhou força com a Greve Geral de 14 de junho e seguirmos avançando nas mobilizações!”, reforçou a dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Renata França.
Fonte: CSP-Conlutas
A Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, reunida na tarde desta terça-feira (18), após balanço da Greve Geral, aprovou uma nota apontando a necessidade da continuação da luta e já incorporando o 12 de julho como Dia Nacional de Mobilização nos estados, fortalecendo, assim, a data marcada pela juventude para manifestação em Brasília.
O recolhimento dos abaixo-assinados contra a Reforma da Previdência é prioridade de centralização nos próximos dias para entrega em Brasília no próximo dia 26 de junho.
Nota da CSP-Conlutas: A Greve Geral de 14J demonstra que podemos derrotar a Reforma de Bolsonaro. É hora de seguir lutando!
“Contra a Reforma da Previdência, os cortes na Educação e as Privatizações e em defesa do Emprego”. É por essa pauta, referendada pela força e vitória da Greve Geral realizada no último dia 14 de junho, que a CSP-Conlutas seguirá em luta e, nesse sentido, entendemos que a tarefa das direções do movimento é apontar o caminho de novas ações, como, por exemplo:
- No próximo dia 26/6 entregar o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência aos presidentes da Câmara e do Senado, em Brasília, juntamente com todas as Centrais Sindicais;
- Manter a unidade de ação entre as Centrais e todas as organizações do movimento popular e da juventude;
- Realizar no dia 12 de julho um Dia Nacional de Mobilização nos estados, fortalecendo, assim, o ato em Brasília convocado pela juventude;
- Defender a construção de uma marcha unitária a Brasília contra a Reforma da Previdência, os cortes na Educação e as privatizações e em defesa do Emprego;
- Manter no horizonte a necessidade de uma nova Greve Geral, agora de 48h.
Não há o que negociar. É necessário e possível derrotar a Reforma da Previdência na íntegra!
É tarefa das direções do movimento manter e intensificar a luta contra as medidas de Bolsonaro/Mourão e desse Congresso, começando pela Reforma da Previdência.
Somos contra o projeto original de Bolsonaro e também contra as propostas contidas no relatório apresentado pelo presidente da Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Não há o que negociar nessa proposta que integralmente segue sendo de ataques às aposentadorias e direitos previdenciários dos trabalhadores. Quem, na qualidade de dirigente ou entidade representativa dos trabalhadores, fizer isso estará traindo os interesses da classe trabalhadora e fazendo o jogo do governo e dos banqueiros.
É vergonhosa a postura dos governadores e prefeitos, inclusive ditos de esquerda, de se manifestarem em apoio ao relatório dessa Reforma da Previdência e ainda insistirem para que os trabalhadores das esferas estaduais e municipais sejam todos incluídos na perda de direitos previdenciários.
Devemos denunciar fortemente todos eles, bem como escrachar os deputados e deputadas, senadores e senadoras, que se declaram a favor da Reforma de Bolsonaro. Principalmente o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e o secretário especial de Previdência e Trabalho Rogério Marinho, que estão na linha de frente da tropa governista para aprovar a qualquer custo este brutal ataque às aposentadorias dos trabalhadores.
É necessário e possível derrotar a Reforma da Previdência e os ataques de Bolsonaro/Mourão e do Congresso. A hora é de apostar na disposição de luta da classe trabalhadora e dos estudantes e intensificar as mobilizações.
Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
18 de junho de 2019
Fonte: CSP-Conlutas
Após pressão da comunidade acadêmica das universidades estaduais, deputados votaram contra a instauração da Comissão
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro rejeitou na última quarta (05) a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das universidades estaduais. O Projeto de Resolução 111/19 recebeu 31 votos contrários, 17 favoráveis e sete abstenções. Com isso, o projeto foi arquivado, após muita pressão da comunidade acadêmica que lotou o plenário e ocupou a escadaria principal da Casa Legislativa. A comunidade também fez visitas aos gabinetes dos parlamentares antes da votação.
"Foi uma vitória importante e simbólica para a comunidade ‘Uerjiana’, que acompanhou em peso a tramitação do projeto. Docentes, técnicos e estudantes agiram em unidade e venceram essa etapa contra a bancada do PSL”, afirmou Rosineide Freitas, 1ª tesoureira da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN e docente da Uerj.
De autoria do deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), a proposta era considerada uma medida para perseguir e censurar, principalmente, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo a diretora do ANDES-SN, os argumentos utilizados pelo autor e defensores da proposta beiravam o absurdo. As acusações iam da “balbúrdia” ao tráfico de drogas nos espaços acadêmicos.
Cotas raciais
A docente da Uerj destaca que apesar da vitória, outro desafio está por vir. Tramita na assembleia do Rio, um projeto de lei que pretende acabar com as cotas raciais nas instituições públicas estaduais de ensino superior. O PL é de autoria do deputado Rodrigo Amorim (PSL), o mesmo que quebrou placa em homenagem a Marielle Franco - vereadora assassinada em março de 2018.
Saiba Mais
Deputado quer criar CPI das Universidades Estaduais do RJ
Informamos que, em decorrência do feriado de Corpus Christi, nessa quinta-feira, 20/06, a Adufmat-Ssind também não terá expediente na sexta-feira, 21/06.
Retomaremos o atendimento normalmente na próxima segunda-feira, 24/06.
A Diretoria.
****
O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
****
Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Das licenciaturas brasileiras, Letras objetiva formar professores de Língua Portuguesa e literaturas afins; isso não significa que não possa auxiliar na formação de outros profissionais, como, p. ex., na de escritores.
Isso acaba de ocorrer. Na edição 2019, Márcio Felipe Holloway – na categoria romance – foi anunciado, via mídia nacional, em 12/06, como vencedor do Prêmio SESC de Literatura, um dos mais relevantes e disputados do país.
Felipe cursou Letras (Português/Literatura) no Instituto de Linguagens (IL) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT. No momento, é pós-graduando em Estudo de Linguagem no mesmo local. Recentemente, foi um dos aprovados no concurso público para professor da Secretaria de Estado de Educação de MT.
Mas tudo isso é pouco; é preciso destacar que Felipe foi um acadêmico brilhante na graduação. Tive o privilégio de lecionar disciplinas à sua turma. Durante todas as aulas, a impressão que eu tinha era a de que eu já conversava com um profissional. Era impressionante vê-lo transitar com tanta desenvoltura pelo universo literário, sempre trabalhado como diálogo de determinado contexto histórico.
Essa condição de Felipe foi adquirida pelo seu hábito de leitura; por isso, ele também apresentava excelente domínio dos códigos formais de nossa língua. Lembro-me de quando o encontrei como revisor da Editora da UFMT. Disse a ele que sua presença, naquele ambiente, era a certeza da melhor revisão possível que alguém poderia receber.
Por conta de seu alto nível acadêmico, em certa ocasião, perguntei-lhe sobre seu percurso escolar até aquele instante. Para minha surpresa, descobri que Felipe – dono de aguçado senso crítico, driblando adversidades – é rico “legado” do ensino público.
Assim, Felipe, hoje, com 30 anos, adquiriu, nesse curso tempo de existência, as condições para escrever O legado de nossa miséria, título do romance com o qual venceu o prêmio SESC, que o insere, a partir de agora, em seleto circuito nacional de escritores.
Nessa condição, Felipe já surge superando as fronteiras do regionalismo, que pode, via de regras, aprisionar ao local até mesmo bons escritores.
Conforme foi registrado nas matérias da mídia, “o livro de Felipe conta a história de um crítico literário e professor convidado para um evento, onde conhece um escritor, cuja obra sempre admirou, e com quem faz um balanço de sua vida”.
Seja como for, de chofre, o leitor percebe, pelo título dado ao romance, que ali já se estabelece intertexto com o epílogo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”.
O referido romance machadiano foi inaugural do nosso Realismo, uma das estéticas artísticas do séc. XIX. O Legado de nossa miséria, no início do sec. XXI, é inaugural na carreira do escritor Felipe Holloway.
Diante dessa conquista, resgato Drummond, que, em A rosa do povo, diz serem as palavras insuficientes para atestar nossos sentimentos. Por isso, se temos agora dificuldades de manifestar a dimensão de nossa felicidade, não temos dúvidas do privilégio de pertencer ao IL, local onde podemos ter contado com esse novo escritor nacional; estamos flutuando...
PARABÉNS, meu caro Holloway! Em geral, é pelo sobrenome que os grandes escritores são mais (re)conhecidos. Que venham outros legados seus. Nossa miséria precisa ser sempre tensionada para ser superada. A literatura é arma possível nesse processo que demanda tantas frentes de luta.
Cuiabá, 18 de junho de 2019.
Aos participantes do GTC&T – Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia e demais interessados.
Companheiros,
Conforme indicação do GT Ciência e Tecnologia, ocorrida em março-2019, diante dos ataques às universidades e institutos de pesquisas públicos, bem como o contingenciamento/cortes nos orçamentos públicos, estamos convocando uma reunião do GT Ciência e Tecnologia/ADUFMAT-S. SIND. , conforme que se segue:
Data: 25/06/2019 – Local: Auditório da ADUFMAT-S. SIND.
09:00 horas – Mesa de discussão:
“Ciência e Tecnologia: dificuldades e perspectivas de financiamento frente a atual conjuntura”.
- Palestrantes:
- Professora Patrícia da Silva Osório – Pró-Reitora de Pesquisa da UFMT
- Professor Flávio Teles Carvalho da Silva – Diretor Técnico-científico da FAPEMAT
- Mediador: Professor José Domingues de Godoi Filho – UFMT/Faculdade de Geociências e Coordenador do GT CT/ADUFMAT-S. SIND.
14:00 horas - Reunião do GTC&T
- Pauta:
- Informes
- Reunião conjunta dos Plenos dos GT Ciência e Tecnologia, GT Verbas e GT Fundações convocada pelo Ofício Circular 228/ANDES-SN, DE 11/06/2019.
- Encaminhamentos.
Saudações sindicais e universitárias.
Prof. José Domingues de Godoi Filho
Coordenador do GTC&T/ADUFMAT
P.S.: a reunião será transmitida para as subsedes da ADUFMAT-S. SIND em Sinop e Araguaia.
Os docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) deliberaram, em assembleias realizadas no última quarta-feira, 12, pelo fim da greve. A paralisação, que durou mais de 60 dias, garantiu mesa permanente de negociação, realização de até 900 promoções de docentes neste ano e também a liberação de R$ 36 milhões de orçamento para investimento nas universidades estaduais. Na sexta-feira, 14, foi realizada a primeira mesa de negociação entre a categoria docente e representantes do governo na Secretaria das Relações Institucionais (Serin). O encontro foi dedicado à discussão e assinatura do termo acordado entre o movimento docente e o governo, a partir dos pontos conquistados pela greve. Além destes pontos, o termo também aponta para que o Projeto de Lei das Promoções entre para votação na Assembleia Legislativa da Bahia em caráter imediato.
Para Luiz Blume, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN, as conquistas do movimento paredista vieram através de muita luta. "Foi uma greve muito difícil. Nos deparamos diante de um governo autoritário, truculento e que, desde o início da greve, se recusou em negociar. Entretanto, mesmo diante de tamanha pressão, os docentes realizaram muitos atos em Salvador. Mobilizamos as universidades estaduais e, assim, conseguimos evidenciar a incoerência do discurso do governo, que apesar de criticar os cortes estabelecidos pelo MEC, tomou a mesmo decisão em relação às universidades baianas. Se não fosse a greve, nós estaríamos sem nada; sem garantia nenhuma", observou.
A abertura de uma mesa permanente de negociação entre docentes e governo do estado foi outro ponto consensual da discussão. As próximas reuniões serão realizadas nos dias 10 e 31 de julho e a expectativa é que sejam debatidos os demais itens da pauta não atendidos imediatamente como a Dedicação Exclusiva e as progressões de níveis.
Salários cortados
Conforme o termo de acordo, assinado na sexta, o governo pagará o vencimento integral do mês de junho e, após a apresentação do plano de reposição das aulas, o mês de maio será pago juntamente com julho. Na sequência serão pagos os dias do mês de abril. Durante a reunião, os professores apresentaram casos de docentes que tiveram o salário 100% contidos no mês de abril, mesmo com apenas metade do mês em greve. Após ouvir os relatos, o secretário de Administração do Estado, Edelvino Góes, se comprometeu em avaliar os casos específicos de professores que tiveram salários os salários bloqueados completamente.
No final de maio, o ANDES-SN divulgou uma campanha para ajudar financeiramente os docentes das Ueba.
Greve
Os docentes das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), Sudoeste da Bahia (Uesb), Santa Cruz (Uesc) e da Bahia (Uneb), ficaram em greve por mais de 60 dias. Ataques à carreira e aposentadoria, arrocho salarial e contingenciamento motivaram a greve docente. Durante o período de paralisação, os docentes enfrentaram a intransigência e a truculência dos gestores públicos que impediram o avanço das negociações e retardaram o término do movimento paredista.
Saiba Mais
Em greve, professores das Ueba acampam em Salvador
ANDES-SN lança campanha de solidariedade a docentes das Ueba
Fonte: ANDES-SN (com informações do Fórum das ADs)