Quinta, 07 Julho 2022 14:48

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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Juacy da Silva*
 


Se nossa querida Afife estive viva, não tivesse nos deixado há pouco mais de sete meses, em um sábado, como hoje, aqui em Franklin Farm, Herndon, Virginia, EUA, no dia 20 de Novembro do ano passado (2021), HOJE, 02 de Julho de 2022, estaríamos comemorando 53 anos de casamento, uma jornada longa, desafiadora e feliz.

Lembro-me como seu fosse hoje, uma quarta feira, as 10 horas na manhã, com bastante sol, mas temperatura razoável, em torno dos 20 graus, optamos por realizar a cerimônia religiosa – casamento- na Igreja de São Gonçalo, no Porto; porque naquela época havia um voo que saia de Cuiabá para o Rio de Janeiro logo depois do almoço.

Mesmo sendo uma quarta feira, portanto, dia regular de trabalho, a Igreja estava bastante cheia, quase todos os familiares/parentes de Afife, inúmeras pessoas amigas dela; boa parte das mesmas também já nos deixaram, inclusive seus pais, tios e tias, irmãos, primas.

Também compareceram minha irmã Jaci e meu cunhado Agno que vieram de Dourados para testemunhar que de fato a gente estava se casando, várias amigas e vários amigos que trabalhavam comigo no antigo INDA e também no antigo Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá (um dos precursores de nossa UFMT) onde eu era professor.

Partimos para a nossa Lua de Mel, início de uma nova experiência, uma vida a dois; destino Rio de Janeiro, depois Salvador, voltamos ao Rio e a seguir fomos para São Paulo. Depois de um mês de uma felicidade impar, retornamos a Cuiabá para iniciarmos, de fato, nossa caminhada, uma jornada que durou 52 anos, 4 meses e 18 dias.

Ao longo  desta caminhada até que Afife resolveu nos deixar e partir para um outro plano existencial, tivemos uma vida nada rotineira, mudamos de residência umas 20 vezes; dentro de Cuiabá, para os EUA e para o Rio de Janeiro, ela sempre decidida, corajosa e sonhadora, como sempre foi desde sua infância.

Fruto de mais de meio século de vida familiar, logo que nos casamos vieram as filhas Veronica em 1970; Valéria 1972 e Ludmila 1974; se antes tudo era desafio, dupla jornada de trabalho para ambos, com o nascimento das filhas a situação ficava mais complicada e difícil, mas nem por isso a gente desistia de sonhar juntos.

E para complicar, quando Ludmila tenha apenas três semanas embarquei para iniciar meu mestrado nos EUA, ficando para traz Afife e as três filhas, todas pequenas. Mas com a ajuda de nossa fiel escudeira a Maria (que também já nos deixou e está no plano transcendental); juntamente com sua prima ainda adolescente (Catarina Nadaf), Afife não titubeou em viajar para o Rio, ficando na cidade maravilhosa por algumas semanas até que toda a documentação da viagem estivesse regularizada e em 05 de Maio de 1974 a caravana composta por mãe, 3 filhas pequenas, a Maria e Catarina, depois de uma longa viagem, chegaram a Austin no Texas.

Minha emoção ao ir recepciona-las no Aeroporto, na companhia do casal de amigos Edson Pacheco e Izabel, que também tinha vindo para iniciar o mestrado, foi muito grande, confesso que chorei de alegria, ao rever minha amada esposa e minhas filhas.

Durante pouco mais de dois anos tivemos momentos muito felizes aqui nos EUA, no Texas e depois no Mississippi; e também momentos desafiadores tendo que compatibilizar estudos com passeios e cuidados de saúde das crianças.

Mas Afife era aquela mãezona, super dedicada, consciente dos desafios, mas sempre os enfrentando com fé inabalável e um amor imenso, uma paciência sem limites e assim continuou por longos anos, décadas enquanto durou a nossa jornada familiar.

É esta Afife, jovem inteligente, profissional competente, solidária e caridosa  e ao longo dos anos uma mulher que foi amadurecendo e também envelhecendo, sem perder suas qualidades de uma pessoa especial, mãe e avó dedicada, que sempre colocou a vida da família em primeiro lugar, serena, companheira e sonhadora que hoje, ao completarmos 53 anos de união conjugal, eu quero homenagear e reconhecer o seu papel fundamental no cuidado com nossa família e que tanta falta está fazendo.


Hoje, ao ir a missa durante o tempo em que permaneci na Igreja de Santa Verônica, onde por mais de 20 anos, sempre que estávamos aqui na Virginia íamos quase que diariamente, Afife era uma pessoa extremamente reliosa e manteve-se fiel à sua fé até os últimos instantes de sua vida; assim, em pouco tempo, menos de uma hora, consegui recapitular a nossa jornada, a nossa caminhada, como se um filme estivesse passando em minha mente.

Tenho certeza de que Afife, mesmo tendo partido para outra dimensão existencial, sua presença, sua imagem, sua forma de ser, seus sorrisos, seu carinho e sua bondade estarão conosco todos os dias de nossas vidas. Que Deus esteja ao seu lado sempre, Bjs Afife, Nós continuamos te amando hoje e sempre! Um dia vamos nos reencontrar, com certeza!


Esta é a nossa realidade, um dia, em determinada hora, pouco importa as razões ou as causas, ou quão longa seja a nossa existência neste planeta, nossa vida terrena chega ao fim, para alguns depois de muitos anos e para outras pessoas esta existência pode ser bem mais curta.


Todavia, se temos fé e a certeza de que existem dois planos existenciais, um terreno/material e outro espiritual, da mesma forma que Jesus ressuscitou e depois subiu ao céu, e um dia voltará; nós também faremos esta transição e um dia, na eternidade iremos encontrar com todos os nossos entes queridos!


Para concluir esta reflexão gostaria de mencionar, compartilhar, um pedacinho da letra da Música legendária, Humanidade de Cima, com o coral ecumênico LBV/MG, que diz “Humanidade de cima, estamos em sintonia. Venha nos auxiliar na luta de todo o dia. A morte não é o fim, vocês já estiveram aqui, amanhã estaremos aí, a vida continua sim…”
 

 *Juacy da Silva, professor titular e aposentado da UFMT, sociólogo, mestre em sociologia, Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram profjuacy

Quarta, 06 Julho 2022 16:10

 

 

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Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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JUACY DA SILVA*
 

Boa tarde, amigos, amigas, ótima semana, com saúde, paz, alegria, esperanças renovadas, a certeza de que podemos mudar, transformar profundamente tudo o que está errado neste mundo, através de nossas muitas realizações.

Estamos nos aproximando do Tempo da Criação que abrange 34 dias, começando no dia 1º de setembro, Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação e concluindo no dia 4 de outubro, próximos, quando será a festa de São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia. a ser comemorado, com uma ênfase nos ensinamentos da Encíclica Laudato Si, tantas outras exortações e ensinamentos do Papa Francisco através de seu magistério, incentivam-nos a reflexões sobre a importância de nossas ações para ajudarmos a salvar o Planeta Terra, enquanto á tempo.

Além disso, alegra-nos, como cristãos que a proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apresentada `a Câmara Federal em 2020, para instituir a campanha Junho Verde foi sancionada pelo Presidente da República neste 04 de julho de 2022 e virou Lei Federal, que representa um grande estímulo para a luta ecológica em nosso país.

Vale a pena a gente  conhecer esta nova Lei Federal14.393/2022,  que altera profundamente os termos e o espírito da Política Nacional de Educação Ambiental e institui a celebração do mês temático como parte das atividades educativas  em nossas relações com o meio ambiente, garantindo que o mesmo seja sustentável às futuras gerações, isto é o que se denominada justiça ambiental e justiça intergeracional.

O objetivo da Campanha Junho Verde, segundo o texto sancionado, é “desenvolver o entendimento da população (todos os segmentos, inclusive o empresariado e os consumidores) acerca da importância da conservação e proteção dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos e do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais, para as presentes e futuras gerações”.

O que se busca com essas normas legais e também a ênfase que vem sendo feita pelo Papa Francisco tanto na LAUDATO SI quanto em suas diversas exortações quanto à ECOLOGIA INTEGRAL, é o despertar da consciência ambiental, ecológica por parte da Igreja, por todos os países e dentro de cada pais por todos os segmentos populacionais e setores da sociedade, não apenas dos cristãos mas também pelos fiéis de todas as religiões e sistemas de governos.

Neste contexto, há   anos, diversas ações vem sendo realizadas, não apenas por países e sociedades, mas também por organismos internacionais, com destaque para o papel da ONU e suas agências especializadas, como forma de transformarmos em realidade essas exortações, sonhos e ideais de um mundo melhor, politica, social e economicamente justo e ambientalmente sustentável.

Tanto no Brasil quanto em outros países, o que antigamente se chamava Movimento Católico Global pelo Clima e que atualmente é denominado de MOVIMENTO LAUDATO SI, ao lado de outras iniciativas, como das Pastorais da Ecologia Integral e ou Pastorais do Meio Ambiente, vem demonstrando que o desafio de MELHOR CUIDAR DA CASA COMUM é imenso; que este Cuidado com a Casa Comum passa por diversas aspectos como a Conscientização Ecológica; a reflexão sobre os pecados ecológicos, a conversão ecológica até atingirmos o que o Papa Francisco denomina de Cidadania Ecológica, condições necessárias para mudanças mais profundas e não apenas superficialmente.

Para tanto são importantes as formas de sentir, pensar e agir, não apenas a nível individual, mas fundamentalmente, de forma coletiva, organizada, maximizando e potencializando os esforços individuais, no contexto de que a força coletiva consegue produzir resultados mais profundos, transformadores e duradouros. As pessoas são limitadas, inclusive quanto ao tempo de vida, enquanto as organizações podem se perpetuar por longos períodos, décadas, séculos ou até milênios, garantindo a continuidade dessas ações.

Essas ações se desenvolvem em dois planos, de um lado, são as iniciativas populares, de movimentos e organizações não governamentais, inclusive as Pastorais da Ecologia Integral; a tomada de consciência e ação do empresariado para que os sistemas produtivos não  degradem, nem direta e nem indiretamente, os ecossistemas; que uma nova economia, como a Economia de Francisco e Clara, contida na proposta do Papa Francisco; como as experiências de economia verde e circular; na contenção do consumismo e do desperdício que tanto contribuem para a poluição dos solos, das águas (inclusive dos oceanos) e do ar, exaurindo os recursos naturais e causando doenças, sofrimento e morte.

De outro lado, são as ações capitaneadas pelos poderes públicos através da definição de políticas públicas, com programações e projetos viáveis e financiados com recursos públicos, oriundos dos sistemas tributários nacionais, estaduais e municipais, recursos que devem ser aplicados com prioridade, eficiência, ética, transparência e uma maior eficácia, atingindo objetivos e metas preestabelecidas nos sistemas de planejamento público.

No contexto das ações privadas existem inúmeras experiências nacionais e internacionais que demonstram que o somatório ou as parcerias entre ações individuais, ações privadas por parte de organizações não governamentais e as ações públicas, conseguem a um só tempo romper com as resistências de grupos criminosos e que teimam em degradar e destruir os ecossistemas e  protegermos, conservarmos e restaurarmos os ecossistemas degradados, como por exemplo, as metas estabelecidas nas diversas conferências do Clima e outras mais contidas no Acordo de Paris e outros tratados internacionais aprovados pela ONU e homologadas por, praticamente, todos os países e territórios, inclusive o Brasil.

Dentre os exemplos de ações neste contexto, podemos destacar a experiência da  Organização Internacional Mary Ward JPIC que está empreendendo diversos programas e projetos  que podemos denominar de economia ecológica, inserida nos objetivos da Laudado Si e da Economia de Francisco e Clara. Vale a penas conhecer esta e outras experiências.

Economia Ecológica, o terceiro Objetivo da Laudato Si, reconhece que a economia é um subsistema da sociedade humana, que por sua vez está embutido dentro da biosfera - nossa  casa comum, portanto, precisamos mudar os atuais modelos que depredam a natureza por outro modelo mais humano, justo e racional.

A referida organização é composta de redes que promovem a vida humana, a dignidade, a proteção do meio ambiente e a solidariedade, com Igrejas da Índia à Argentina, do Zimbábue ao Canadá, do Reino Unido ao Peru, e dos EUA à África do Sul.
 
Essas ações se desenvolvem em 10 dimensões, em resposta ao desafio de uma economia baseada em novos paradigmas, quando se trata das relações da humanidade com a natureza, que podemos denominar de economia ecológica ou economia verde, que representa a transição energética através  da substituição de fontes poluidoras dos combustíveis fósseis por fontes renováveis, como energia solar , eólica e outras mais.

Substituir modelos altamente poluidores por uma economia de baixo carbono, evitando aumentar a emissão dos gases que produzem efeito estufa, aquecimento global e mudanças climáticas.
 
Focar em uma economia que propicie a vida e o futuro da humanidade e não uma economia que mata, que não respeita a dignidade dos trabalhadores e nem a saúde do consumidor, uma economia cujo único objetivo seja o lucro e acumulação a qualquer preço, pouco se importando com a miséria, a fome e a exclusão da grande maioria dos habitantes do planeta.
 
Para a Mary Ward JPIC essas dimensões são as seguintes; 1. Cuidar melhor das coisas pessoais e comuns impedindo a compra de coisas que não são necessárias, supérfluas (combater o consumismo e o desperdício); 2. Encorajar as pessoas a não comprarem bens que são preparados através da exploração do trabalho infantil; 3. Estimular a economia local, fazer um esforço para cultivar sementes locais em vez de sementes modificadas geneticamente (bancos de sementes), estimular hortas familiares, escolares e comunitárias; 4. Unir-se aos movimentos populares e colaborar com outras redes para combater as causas profundas da pobreza, miséria e fome; 5. Estimular a reciclagem, reduzindo o desperdício e aumentando a vida útil dos produtos (economia circular); 6. Comprar produtos de comércio justo, que não seja fruto da exploração dos trabalhadores e trabalhadoras; 7. Aprender mais sobre o impacto do desmatamento,  das indústrias extrativistas ou exploradoras no meio ambiente na vida das pessoas e do país ; 8. Trabalhar focado em diretrizes de compras de empresas que respeitem princípios éticos e de sustentabilidade (consumo e produção sustentáveis e responsáveis) 9.Maior engajamento com grupos que combatem o trabalho infantil e outras formas de trabalho em condições desumanas; 10. Maior engajamento  na luta contra o tráfico de pessoas , trabalho escravo ou semiescravo.
 
Podemos acrescentar mais algumas outras dimensões como o desenvolvimento e o fortalecimento da economia solidária/cooperativismo e a agroecologia (como forma de reduzir a ingerência negativa dos atravessadores que exploram tanto os produtores quanto os consumidores e produzir ecologicamente correto), esta última, como forma de combatermos o uso abusivo dos agrotóxicos que envenenam os alimentos, destroem o meio ambiente e a saúde dos consumidores,

Como Podemos perceber, precisamos refletir sobre o que está acontecendo com nossa Casa Comum, despertarmos nossa consciência ecológica, mas isto apenas, mesmo que seja importante não basta para mudarmos a realidade representada pela degradação da natureza e do meio ambiente criado pelo homem, o que, de fato, muda esta realidade são as ações, não mais baseadas ou alicerçadas sobre velhos paradigmas de que para desenvolver os países, para produzir alimentos e matérias primas precisamos destruir a biodiversidade, degradar os ecossistemas; mas sim, avançarmos para novos paradigmas, não apenas científicos e tecnológicos, mas, fundamentalmente éticos e morais, onde o respeito dos seres humanos e o respeito pela natureza caminhem um ao lado do outro, isto significa, respeitar os limites do planeta.
 
Neste sentido, esses são os pilares sobre os quais vamos construir os novos paradigmas, através dos quais podemos atingir uma nova realidade socioambiental: LAUDATO SI (Ecologia Integral); TEMPO DA CRIAÇÃO (Respeito pelas obras da Criação) e Junho Verde (O despertar da consciência ecológica, através da educação ambiental/ecológica).
 
Vale a pena procurarmos conhecer mais a fundo esses temas que fazem parte da nova Agenda Planetária (Agenda 2030). Ou mudamos de verdade ou iremos perecer junto com o Planeta Terra, cujos indicadores demonstram que está muito doente e na UTI!
 

*Juacy da Silva, professor titular e aposentado da UFMT, sociólogo, mestre em sociologia, Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram profjuacy, Herndon, VA, EUA 05 Julho 2022

Quarta, 06 Julho 2022 10:18

 *Atualizada às 13h47 de 06/07/22 para acréscimo de informações.

 

A Adufmat-Ssind alerta aos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de que há um golpista tentando utilizar os nomes de diretores do sindicato e do escritório de advocacia responsável pelo processo dos 28,86% para enganar a categoria. 

Por meio de aplicativo de mensagens, o número (65) 9936-3681 tem enviado mensagens e um documento visivelmente FALSO (disponível abaixo), com logo do Poder Judiciário e assinatura da diretoria do sindicato, solicitando que os professores entrem em contato para fornecer dados e informações pessoais, com posterior solicitação de pagamento por parte dos golpistas.

O sindicato reafirma que não está entrando em contato individualmente com nenhum sindicalizado ou não sindicalizado para tratar do assunto, e orienta a quem receber esse tipo de abordagem que não responda, bloqueie e denuncie o número imediatamente. 

Qualquer informação sobre o processo dos 28,86% pode ser adquirida diretamente na Adufmat-Ssind ou no escritório responsável pela ação.

A Adufmat-Ssind já registrou Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso, o escritório de advocacia foi orientado a fazer o mesmo, e os docentes lesados também devem procurar uma delegacia para as providências cabíveis. 

 

A Diretoria.   

 

 

 

 

 

 

 

 

Terça, 05 Julho 2022 17:46

 

Clique no Arquivo Anexo abaixo para ler o documento. 

Segunda, 04 Julho 2022 15:50

 

Os servidores públicos federais iniciam, nesta segunda-feira, 04/07, uma nova Jornada de Luta, em Brasília. Vindos de várias regiões do país, os companheiros e companheiras irão se encontrar na capital federal para protestar contra o corte no orçamento da Educação, pela reposição salarial e criação de uma CPI que investigue a corrupção no MEC.

Assim como ocorreu no dia 9 de junho, a semana de luta irá denunciar os ataques promovidos pelo governo Bolsonaro à Educação. As manifestações também irão contar estudantes.

No dia 31 de maio, Bolsonaro publicou um decreto com corte de 14,5% no Orçamento da Educação, de mais de R$ 3 bilhões. O contingenciamento chega a R$ 8,2 bilhões incluindo as áreas de Ciência e Tecnologia (R$ 1,8 bilhão) e Saúde (R$ 1,6 bilhão).

Segundo universidades e institutos federais, o corte afetará severamente a assistência a estudantes vulneráveis e ações de ensino, pesquisa e extensão no país. Somente essas instituições terão mais de R$ 1 bilhão bloqueado.

Campanha Salarial

A atividade também fará parte da Campanha Salarial Unificada que cobra a reposição salarial emergencial de 19,99%. O índice equivale apenas às perdas acumuladas nos últimos 12 meses do governo Bolsonaro.

Na realidade, a defasagem salarial é muito maior. Há 3 anos e 5 meses não há qualquer diálogo do Planalto com as entidades de classe do funcionalismo, por isso, cobra-se o início imediato das negociações.

Programação:

Na segunda-feira (4), a jornada de luta terá início com a já tradicional recepção aos parlamentares no aeroporto de Brasília. No dia seguinte, às 14h, terá ato em frente ao Anexo II, da Câmara dos Deputados.

Já na quarta-feira (6), haverá um encontro com os parlamentares sobre os orçamentos, na parte da manhã. À tarde, os manifestantes farão uma nova vigília em frente ao Anexo II da Câmara e visita aos gabinetes.

CPI da Educação

A jornada de luta será finalizada na quinta-feira (7), com uma manifestação em frente ao Senado. O objetivo será pressionar para que seja aberta imediatamente uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue os crimes de corrupção no MEC (Ministério da Educação).

Na última semana, o ex-Ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a ser preso (e solto no dia seguinte), por possível envolvimento no esquema que facilitava a destinação de verbas do FNDE para prefeitos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Há casos de prefeituras que conseguiram em apenas 16 dias, quantias que outras localidades esperaram por mais de dez anos para receber. Para facilitar o acesso ao dinheiro, os pastores cobravam propina. Em um dos casos foi exigido 1Kg de ouro.

 

Fonte: CSP-Conlutas (com edição de Adufmat-Ssind)

 

Leia mais: Pedido de CPI do MEC é protocolado diante de indícios de corrupção

Segunda, 04 Julho 2022 10:03

 

 

Professora Elizabeth Sara Lewis em atividade da Seção Sindical do ANDES-SN na Unirio. Foto: Adunirio SSind.

 

Após oito anos se dedicando ao ensino, à pesquisa e à extensão na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a professora Elizabeth Sara Lewis, da Escola de Letras, foi informada pela reitoria que terá sua posse anulada. A docente tem uma atuação destacada na instituição, tendo exercido ao longo do período as funções de coordenadora do curso de Licenciatura, membro do Conselho de Centro, membro do Núcleo Docente Estruturante do curso de Licenciatura em Letras e presidenta da seção sindical do ANDES-SN na universidade, a Adunirio SSind.

Além de todas essas atividades, Elizabeth participou também de projetos de extensão de impacto significativo na comunidade, atuando ainda na Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) e no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). “A docente alcançou distinção como pesquisadora, carregando consigo o nome da Unirio ao receber reconhecimento externo pelo seu brilhantismo e empenho”, ressaltou, em nota, a Adunirio SSind.

A seção sindical do ANDES-SN na Unirio, com auxílio da assessoria jurídica, buscou diálogo com a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) e a Procuradoria Geral da universidade para buscar uma solução para o caso. No entanto, todos os esforços empenhados até o momento não conseguiram reverter a perseguição à docente que irá prejudicar, para além da professora, a comunidade acadêmica da instituição.

“Indicamos mais uma vez que a Unirio poderia atuar com seu aparato burocrático para defender o desenvolvimento institucional, defender os interesses da comunidade universitária e buscar o melhor caminho para evitar a escalada nos conflitos internos. Infelizmente, porém, vemos novamente a reitoria optar pelo caminho autoritário, que neste caso resulta numa renúncia injustificada da universidade à experiência acumulada de oito anos de trabalho e em mais uma contribuição para a “fuga de cérebro” de uma instituição pública nacional”, afirmou a Adunirio SSind.

Também em nota, o ANDES-SN manifestou irrestrita solidariedade à Elizabeth Sara Lewis e reforçou que “o processo judicial movido pela Unirio expressa uma dimensão autoritária, com forte característica xenofóbica e por isso repudiamos tal processo”.

“É importante destacar que no exercício do cargo, a professora Elizabeth tem se comprometido com atividades pedagógicas de ensino, pesquisa e extensão, exercendo o direito ao processo de ensino e aprendizagem, que é um valor inalienável, universal e sem fronteiras. Além de considerarmos que nossa luta é pela formação de uma sociedade emancipadora, com princípios democráticos que impliquem diretamente o acolhimento de imigrantes em nosso país”, pontuou o Sindicato Nacional. Confira a nota do ANDES-SN.

Entenda o caso
Há anos, tramita na Unirio, um processo jurídico em torno da admissão da docente devido ao fato de que o concurso no qual a professora fora aprovada, em primeiro lugar, exigia, para docentes estrangeiros, o visto permanente no ato da posse, que ocorreu 30 dias após a nomeação. Entretanto, o visto permanente só poderia ser solicitado após a nomeação, e demorava até 90 dias para ser confeccionado, o que efetivamente impediria a posse da professora. Ainda assim, a docente conseguiu garantir a obtenção do documento dentro do tempo determinado, mas a Unirio se recusa a reconhecê-lo no processo.

No final de maio deste ano, a Escola de Letras da instituição lançou carta lamentando a postura da reitoria e solicitando “que qualquer decisão administrativa referente ao caso seja precedida de ampla divulgação de suas motivações à comunidade acadêmica, e do esclarecimento quanto aos esforços tomados para solucionar o caso de maneira favorável à universidade, o que certamente contará com nossa contribuição e mobilização para que a professora permaneça em nossos quadros”.

A Adunirio SSind., depois de todos esforços feitos para buscar uma solução com a reitoria, reforçou a reivindicação da Escola de Letras “para que o debate seja feito, então, de forma aberta com a comunidade e que a Unirio assuma as consequências de mais uma decisão desastrosa que intensifica o clima conflitivo na universidade”

 

Fonte: ANDES-SN (com informações e foto da Adunirio SSind.)

Segunda, 04 Julho 2022 08:40

 

A Diretoria do ANDES-SN manifesta solidariedade irrestrita à professora Elizabeth Sara de Lewis, professora da Faculdade de Letras da UNIRIO que está sendo ameaçada de exoneração pela instituição. A universidade pretende anular a posse do concurso realizada pela docente após oito anos de exercício, com base em processo jurídico acerca de sua admissão, decorrente dos prazos de entrega do visto permanente enquanto residente estrangeira em nosso país.

É importante destacar que no exercício do cargo, a professora Elizabeth tem se comprometido com atividades pedagógicas de ensino, pesquisa e extensão, exercendo o direito ao processo de ensino e aprendizagem, que é um valor inalienável, universal e sem fronteiras. Além de considerarmos que nossa luta é pela formação de uma sociedade emancipadora, com princípios democráticos que impliquem diretamente o acolhimento de imigrantes em nosso país.

Ressaltamos que a professora Elizabeth sempre contribuiu com a universidade em todos os âmbitos, incluindo a atuação em comissões institucionais e também na luta pelos direitos do(a)s docentes com fundamental colaboração à Seção Sindical ADUNIRIO, já tendo sido sua presidenta, bem como tem um histórico de militância e reflexão sobre a necessidade de avançarmos na construção de uma universidade socialmente referenciada nos interesses do povo trabalhador.

O ANDES-SN, em sua história de defesa irrestrita às condições de trabalho e de vida da categoria docente, reforça, por meio desta nota, que esse processo judicial movido pela Unirio expressa uma dimensão autoritária, com forte característica xenofóbica e por isso repudiamos tal processo. Reiteramos que o melhor encaminhamento administrativo, neste caso, deveria ser o diálogo. Deve-se pautar um amplo debate sobre este caso, com visibilidade e transparência dos fatos, e que os dispositivos judiciais não se sobreponham ao direito da docente e seu pleno exercício.

O trabalho da professora Elizabeth ao longo destes oito anos na Unirio deve ser reconhecido, ressaltando seu papel como pesquisadora e trabalhadora da educação, que se faz atuante na construção da universidade pública, gratuita, socialmente referenciada. Nós, da Diretoria do ANDES-SN reforçamos nossa solidariedade à professora Elizabeth e denunciamos o autoritarismo da justiça e da instituição na condução deste processo.

A luta de Elizabeth é a luta de todos os professores e as professoras do ANDES-SN.

 

Brasília (DF), 01 de julho de 2022.

 

 

Diretoria Nacional do ANDES-SN

Quinta, 30 Junho 2022 00:00

Clique no arquivo anexo abaixo para ler o documento. 

Quinta, 30 Junho 2022 00:00

Clique no arquivo anexo para ler o documento.

Quinta, 30 Junho 2022 15:44

 

Nos dias 1 e 2 de julho, o ANDES-SN realizará o Seminário Nacional sobre Comunicação Sindical e Mídias Digitais. O encontro, voltado para docentes e também para profissionais de comunicação das seções sindicais do Sindicato Nacional, ocorrerá em Brasília (DF). 

Durante os dois dias, as e os participantes debaterão o papel das artes, da comunicação e da tecnologia no sindicalismo em tempos de ódio, além do monopólio das plataformas digitais e a democratização da comunicação na luta de classes, antirracistas e anti-cisheteronormativas. Experiências latino-americanas estratégias de mobilização nas redes e nas ruas também serão compartilhadas no evento, que contará com a presença, nas mesas, de representantes da Colômbia e do Chile.

“Buscamos contemplar a necessidade desse debate entre a arte, comunicação e a tecnologia, numa conjuntura na qual a disputa pela sensibilidade da classe trabalhadora perpassa muito a questão das redes sociais e das mídias digitais e como atuamos nesse espaço e também nas ruas, seja no sentido de avançarmos na organização das nossas lutas, e também de intervir melhor nesses espaços de comunicação, especialmente nesse momento de avanço da política de ódio, do obscurantismo e também do autoritarismo”, explica Francieli Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN e encarregada de Imprensa da entidade.

O primeiro dia do Seminário será realizado no café Objeto Encontrado. Após a mesa de abertura, ocorrerá um sarau político e cultural. As seções sindicais, a partir de seus e suas representantes, e também as e os profissionais de comunicação foram convidados a ocuparem cultural e artisticamente o evento, com apresentações musicais acústicas, declamação de poemas, interpretações cênicas, performance corporal, dança, entre outros. Interessadas e interessados em apresentar suas artes devem informar os possíveis equipamentos que serão necessários até o dia 24 de junho, às 14h, através do email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

“Vai ser um seminário diferente, porque vamos ter um momento num espaço aberto, no café Objeto Encontrado, que é um espaço de militância e de resistência em Brasília. Vamos fazer um sarau político-cultural, na primeira noite, então convidamos tanto os professores e as professoras quanto as e os profissionais de comunicação a, não só participar desse seminário, mas também a participar dessas possíveis intervenções artístico-culturais que teremos nesse espaço”, reforçou a diretora do ANDES-SN.

No sábado (2), segundo dia do encontro, os debates acontecerão na sede do ANDES-SN e focarão o monopólio das plataformas digitais e a democratização da comunicação, além das experiências de arte, comunicação e tecnologia nas estratégias de mobilização nas redes e nas ruas.

“Temos muito interesse de pensar e reforçar o debate sobre as plataformas digitais e a democratização da comunicação no contexto da luta de classes, de uma luta que é necessariamente antirracista. Por isso, trazemos representantes da mídia negra, indígena e comunicadores que estão atuando na internet, fazendo disputas importantes nesse. Além disso, nós pensamos uma programação internacional e chamamos representantes de coletivos da América Latina. Vamos ter um coletivo do Chile, que tem feito comunicação popular numa perspectiva de intervir nos espaços das ruas, e também uma comunicadora popular da Colômbia, que tem uma relação muito próxima com o movimento campesino e as lutas históricas desse movimento no seu país e também com o movimento de luta pela descriminalização do aborto, que é fundamental”, afirma Francieli. 

O coletivo chileno “Muros e Resistência” nasceu no calor do levante popular em outubro de 2019, com a ideia de registrar o que estava acontecendo no Chile através de um arquivo audiovisual dos grafites, murais e outras expressões urbanas que relatavam aquele momento histórico. Pouco a pouco, foi ampliando com transmissões ao vivo e programas de debates. Atualmente contam com 10 integrantes, presentes em 3 cidades, e busca mostrar as lutas do povo chileno e driblar o cerco comunicacional imposto pelos meios hegemônicos.

Participação
Por motivo dos cuidados sanitários, só poderão participar representantes das seções sindicais - docentes e profissionais de comunicação - que estiverem devidamente vacinados e que apresentem teste de COVID-19 (antígeno/RT-PCR), com diagnóstico negativo, realizado até 72h antes da viagem à capital federal. Durante o evento será obrigatório o uso de máscaras. O comprovante de vacinação deverá ser anexado ao formulário que confirma presença de representantes (Circular nº 211/2022) e o resultado do teste deverá ser enviado para a Secretaria Nacional (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.).

“Acredito que vamos ter um espaço de formação e de debate extremamente ricos nesse sentido de reforçar nossa intervenção na realidade, a partir desse espaço da comunicação e da arte, e também entender quais são os desafios que a comunicação sindical tem nesse sentido e como podemos avançar e nos prepararmos melhor para as nossas lutas a partir dessas perspectivas”, avalia. 

“É fundamental a participação da nossa base. Os seminários do ANDES-SN são espaços fundamentais de formação, para que todos nós possamos, além de nos conhecer, também compartilhar as experiências e desafios que temos nas seções sindicais e poder, com certeza, nos formarmos no sentido de avançarmos nas nossas lutas. Então, é muito importante que as seções sindicais possam participar com professores e professoras e, para além, com profissionais que compõem a comunicação das nossas seções sindicais”, acrescenta a encarregada de Imprensa do Sindicato Nacional, reforçando o convite à participação.

Confira a programação:
Seminário Nacional sobre Comunicação Sindical e Mídias Digitais
01/07 - Local: Café Objeto Encontrado
18h30 - Mesa de Abertura
19h às 21h - Mesa 1 - O lugar da Arte, comunicação e tecnologia no sindicalismo em tempos de avanço da política de ódio. Com: Claudia Santiago (Núcleo Piratininga de Comunicação), Helena Martins do Rêgo Barreto (UFC) e Micael Carvalho (Apruma SSind).
21h - Sarau Político-Cultural do ANDES-SN

02/07 – Local: Sede do ANDES-SN
09h30 às 12h - Mesa 2 - Monopólio das plataformas digitais, redes sociais e a democratização da comunicação na luta de classes, antirracistas e anti-cisheteronormativas. Com: Bia Barbosa (Intervozes), Dimitra Vulcana (Produtora de conteúdo, Drag Queen @Doutoradrag) e Viviane Gomes (Representante da Rede Criola);
14h às 16h30 - Mesa 3 - Arte, comunicação e tecnologia nas estratégias de mobilização nas redes e nas ruas: experiências latino-americanas. Com: Édina Barbosa (representante das Mídias Indígenas), Luz Angela Rubiano Tamayo (Comunicadora Popular da Colômbia, do Movimento de Luta pela discriminação do aberto e movimentos campesinos) e Coletivo 'Muros e Resistências' do Chile.
16h30 - Encerramento

 

Fonte: ANDES-SN