A direção nacional do ANDES-SN vem a público manifestar seu repúdio à decisão tomada hoje pelas centrais sindicais CUT, CSB, CTB, Força Sindical, UGT e NCST de cancelar a greve nacional marcada para o dia 5 de dezembro.
Cumpre esclarecer que o ANDES-SN já havia discordado da convocação de GREVE NACIONAL, pois defendemos GREVE GERAL, conforme deliberações de nossas instâncias. Na mesma direção, nossa central sindical, a CSP-Conlutas, se manteve firme na posição de convocação da GREVE GERAL, por entender a necessidade de ampliar a mobilização e enfrentar de maneira consequente os retrocessos impostos pela burguesia e seu governo ilegítimo.
Imediatamente à deliberação da GREVE NACIONAL, o ANDES-SN iniciou a mobilização a partir de nossas seções sindicais e secretarias regionais na construção da mais ampla unidade para um novo grande dia de luta, marcado com greves, paralisações, mobilizações e atos públicos.
Hoje fomos surpreendidos por uma nota divulgada via redes sociais sobre a decisão autocrática da burocracia dirigente de seis centrais sindicais, de suspensão da GREVE NACIONAL no dia 5/12 sob a justificativa covarde de que “a Reforma da Previdência não será votada na próxima semana”. A decisão foi tomada sem sequer convocarem todas as centrais sindicais num grave ataque a unidade e à democracia do movimento.
O fato e sua justificativa levantam suspeitas. Perguntamos: como estas centrais sabem e têm certeza sobre a posição do governo? Estariam construindo um acordo com o governo ilegítimo às escondidas do(a)s trabalhadore(a)s? Não é esta uma postura espúria e de inequívoca traição de classe?
Para o ANDES-SN não há acordo possível quando se trata de retirada de direitos. Não aceitamos os ataques contra o(a)s trabalhadore(a)s e, em particular, contra o funcionalismo público e as instituições de ensino superior públicas. Não aceitamos cortes de verbas e a imposição de mais retrocessos nos direitos sociais. Basta de desrespeito para com o(a)s trabalhadore(a)s por parte dos governos e dessas centrais sindicais.
Repudiamos mais essa traição das centrais e convocamos nossa categoria a manter o dia 5 de dezembro como um dia nacional de luta com mobilização e paralisação, em articulação com nossa central sindical, a CSP-Conlutas, outras categorias e movimentos sociais, populares e estudantil, realizando atividades dentro das nossas universidades, institutos federais e CEFET e organizando atos nos estados em ampla unidade.
Brasília, 1 de dezembro de 2017
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional
Fonte: ANDES-SN
JUACY DA SILVA*
Hoje, 01 de dezembro é o DIA MUNDIAL da luta contra a AIDS, que em 2016 foi responsável por 1,2 milhões de mortes no mundo e que, desde o surgimento da epidemia em 1981 até os dias atuais é a responsável por 41,5 milhões de mortes.
A AIDS matou e vem matando tanto quanto ou muito mais do que as maiores tragédias, principalmente as guerras, revoluções, violência urbana, guerrilhas e os desastres naturais. Por exemplo, a primeira Guerra mundial foi responsável por 17 milhões de mortes, a II Guerra mundial por aproximadamente 30 milhões nos campos de batalha e mais 22 milhões por fome e doenças decorrentes; a Guerra do Vietnã por 3,1 milhões de mortes, a revolução russa por 9 milhões; os massacres do stalinismo chegaram a 49 milhões e a revolução chinesa exterminou 45 milhões de pessoas.
Um balanço da ONU e da Organização mundial da saúde relativo ao ano de 2016, apresentam números estarrecedores, tais como: a) 19,5 milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo o Brasil, estavam realizando terapia anti-aids’ b) nada menos do que 36,7 milhões estão vivendo com o HIV/AIDS e se não forem adequadamente tratados também irão a óbito; c) desde o inicio da epidemia, em 1981, mais de 88 milhões de pessoas já foram infectadas e, praticamente metade acabou morrendo, principalmente nos países africanos e outros subdesenvolvidos ou “em desenvolvimento”; d) entre o ano de 2000 e junho de 2017, houve uma “melhoria” no tratamento e sobrevida das pessoas diagnosticadas com AIDS, passando de 685 mil em 2000 para 20,9 milhões no ultimo mês de junho deste ano.
O lema para este DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A AIDS em 2017 e o DEZEMBRO VERMELHO, mês dedicado à conscientização a respeito do HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) deixa claro a importância desta luta quando estabelece “Direito à saúde – minha saúde, meu direito”, inserindo o tema da AIDS nos objetivos do desenvolvimento sustentável, agenda 2030, onde a saúde além de um direito humano fundamental é também considerado pilar ou fator de desenvolvimento, ao lado da educação, do meio ambiente, saneamento e outros mais.
Enquanto o mundo apresentou uma redução de 11% no numero de casos de AIDS, o Brasil apresentou um aumento de 3% no numero de casos diagnosticados, indicando que o CAOS na saúde publica e o descaso dos governos federal, estaduais e municipais quanto aos recursos destinados à saúde pode comprometer seriamente esta luta contra o HIV/AIDS, da mesma forma que no atendimento da população pobre que depende única e exclusivamente do SUS para ter o seu direito à saúde respeitado.
Em Brasília e outras capitais, edifícios públicos neste mês de dezembro estarão sendo iluminados com a cor vermelha e outros materiais de propaganda para chamar a atenção da população para esta terrível doença e a importância da conscientização, mudanças de hábitos e sexo seguro por parte das pessoas, principalmente crianças, jovens, adolescentes e, também, população madura e idosos, grupos até recentemente considerado pouco afetado pela AIDS, mas que ultimamente vem apresentando números elevados de infectados tanto no Brasil quanto em diversos países, principalmente países mais pobres.
No caso do Brasil, a campanha de prevenção da AIDS está bem distante das medidas concretas que deveriam ser tomadas pelos governantes. Não tem sentido falar em saúde pública e vermos os governos federal, estaduais e municipais cortando ou reduzindo drasticamente os recursos destinados à saúde publica, em um país em que mais da metade da população vive ou sobrevive com menos de um salário mínimo, onde mais de 13 milhões de trabalhadores estão desempregados, mais de 15 milhões subempregados, enquanto os donos do poder cuidam da saúde nos melhores hospitais, tudo as custas do contribuinte, enquanto o povão continua morrendo nas filas de hospitais ou decorrente da falta de tratamento que demanda continuidade como no caso da AIDS, câncer, diabetes, doenças cardíacas, respiratórias ou outros doenças crônicas.
Precisamos falar sobre AIDS e tantas outras doenças, mas que esta discussão esteja inserida no contexto da crise moral, econômica, financeira e orçamentária que afeta a população e provoca o CAOS na saúde pública, da mesma forma que o CAOS na educação, na segurança pública, no saneamento básico e praticamente em todos os setores e instituições de nosso país.
Caso isto não seja feito, este dia mundial da luta contra a AIDS e o dezembro vermelho serão apenas slogans vazios que em nada irá mudar esta triste realidade que afeta principalmente as camadas mais pobres que não tem acesso a uma saúde humanizada, de qualidade e universal que é a proposta desde o surgimento do SUS que a cada dia esta mais moribundo, quase morrendo como a população excluída de nosso país.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
Floriano Martins de Sá Neto*
Diante da indignação popular e da falta de apoio no Congresso, o governo se viu obrigado a "remendar" a já remendada proposta de reforma da Previdência, algo mais "enxuto". As novas mudanças, porém, continuam longe de ser as ideais para o trabalhador brasileiro.
Pela nova redação não haverá alterações no BPC nem na Previdência rural, exceto pela questão contributiva desses trabalhadores; as contribuições sociais não ficarão submetidas à Desvinculação das Receitas da União (DRU); regra geral de 65 anos para homens e 62 para mulheres, no futuro, tanto no RGPS, quanto RPPS (exceções: professores 60h/60m, RGPS e RPPS; policiais 55h/55m, RGPS e RPPS; condições prejudiciais à saúde, 55h/55m, RGPS e RPPS; pessoas com deficiência, sem limite mínimo de idade); para o segurado especial fica o que já está vigente; tempo mínimo de contribuição de 40 anos para a aposentadoria integral, tanto no RGPS, quanto no RPPS (se 35 anos ficam com 87,5% da média; se 30 anos com 77,5% da média; se 25 anos com 70% da média; 20 anos com 65% da média no RGPS e no RPPS não se aposenta; se 15 anos com 60% da média no RGPS e no RPPS não se aposenta).
A idade mínima para entrar na regra é progressiva, começando com mulheres a partir de 53 anos e homens a partir de 55.
Como se vê, a nova proposta estabelece que, com 15 anos no RGPS, o trabalhador se aposenta com 60% da renda média de contribuição. No RPPS, a partir do mínimo de 25 anos de contribuição, o servidor começa com 70%. Também quer instituir uma idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 para homens com a novidade da regra de transição de 20 anos. A regra iniciaria com 53 anos mulheres e 55 anos homens, aumentando um ano a cada dois anos a partir de 2020.
Em que se fundamenta o governo para estabelecer esse aumento? Será que as pessoas terão capacidade de continuar trabalhando até atingir essa idade mínima? Em que critério atuarial o governo se baseou, considerando as enormes disparidades em nosso país? É justo uma diferença de 10 anos entre o Regime Geral e o Regime Próprio? É justo pensar apenas estritamente em medidas fiscais sem uma análise do impacto social dessas mudanças? São perguntas em busca de respostas.
Para calcular o valor do benefício sugerem partir de 60% da média da renda das pessoas que se aposentam por idade, enquanto a média de que partimos hoje é de 85%. Se aprovada, haverá um brutal rebaixamento dos benefícios para a maioria da população, considerando que cerca de 70% das pessoas que se aposentam hoje é por idade. Sempre é bom lembrar a grande desigualdade social presente em nosso país e que medidas como essa apenas acirrará essa situação, penalizando a camada mais frágil da população.
Se o objetivo do governo é o de postergar as aposentadorias, o Fator Previdenciário e a Fórmula 85/95 (reforma recentemente feita) já produzem esse efeito. Por este mecanismo, a soma entre a idade e tempo de contribuição tem que atingir 85 pontos para as mulheres e 95 para os homens para que consigam o recebimento integral do benefício. Além disso, desde 2015, passou a valer a progressividade do fator previdenciário, ou seja, o aumento dessa soma com 90 pontos para as mulheres e 100 pontos para os homens, em 2026.
Esse requisito, aumento de idade mínima, casada com exigências mais duras para obter aposentadoria, pode afastar ou impedir um grupo de pessoas de se aposentar. Pode ser que os trabalhadores passem a tentar outras formas de vínculos de trabalho, que não o formal, haja visto não só a dificuldade em se aposentar, mas também da integralidade do benefício. E não é isso que querem? Privilegiar o empresariado e as grandes corporações financeiras?
Em uma matéria veiculada pela Carta Capital no final de 2016, foi mostrada a agenda do secretário de Previdência recheada de reuniões com bancos e fundos privados de previdência. Sua agenda atual não mudou muito. Aliás, também seus pares do Ministério da Fazenda têm tido contatos bastante interessantes: Pacific Investment Management Company (PIMCO), empresa americana de gerenciamento de investimentos, incluindo planos de previdência privada; Bank of America Merril Lynch; reunião com representantes da Arko Advice, empresa especializada em disseminar mensagens, convencer públicos e desenhar estratégias institucionais de alto impacto (se ao menos fosse para disseminar coisas boas!); reunião com representantes da Credit Suisse; reuniões com a Brasilcap Capitalização S.A; reunião com grupos de investidores do Bradesco BBI; reuniões com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), dentre outras.
Alguma dúvida sobre a quem interessa essa reforma, seja ela completa ou enxuta? Querem acabar com o sistema público de aposentadorias e jogar esse grandioso patrimônio da sociedade brasileira aos "cuidados" do sistema financeiro. E você, vai engolir mais essa?
(*) Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e presidente da Anfip
Como vitória da pressão exercida pelos cerca de 5 mil servidores públicos federais que vieram a Brasília, representantes das entidades nacionais dos servidores se reuniram, na noite da terça-feira (28), com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os dirigentes reafirmaram as discordâncias em relação à nova proposta de Reforma da Previdência e em relação ao déficit da previdência propagandeado pelo governo e sua base, tanto no Congresso Nacional quanto em diversos meios de comunicação.
Foi solicitada a suspensão da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2017, para que seja feito um amplo debate com a sociedade brasileira acerca da Previdência Social. Os representantes dos servidores ressaltaram que não há apoio da população brasileira ao projeto e repudiaram a propaganda mentirosa do governo, à custa de milhões de recursos públicos, que ataca os servidores públicos, chamando-os de privilegiados.
Além de duras críticas à Reforma da Previdência, os representantes dos fóruns das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) também rechaçaram outras medidas do governo que representam um conjunto de ataques a população brasileira, como a Reforma Trabalhista, a Lei das Terceirizações e a Emenda Constitucional 95, que retiram recursos das áreas sociais e dos serviços públicos e aniquilam direitos dos trabalhadores. Reafirmaram, ainda, que as entidades e os trabalhadores irão continuar nas ruas em luta para barrar esses ataques e informaram sobre a greve nacional convocada para o dia 5 de dezembro.
Segundo Caroline Lima, 1ª vice-presidente da regional Nordeste 3 do ANDES-SN e representante do Sindicato Nacional na reunião, a posição de Maia não surpreendeu, uma vez que ele é representante do governo e favorável às medidas. “Essa reunião foi conquista do nosso ato. A caravana do dia 28 teve saldo positivo tanto na forma como foi organizada, pois conseguimos garantir o início, o meio e a finalização do ato, e também conseguimos arrancar essa reunião com o presidente da Casa que, inclusive, é um dos defensores da Reforma da Previdência. É importante frisar a presença de parlamentares Psol e do PT, que, inclusive, articularam a reunião. Pela força do movimento ele nos recebeu e nos tolerou. E estava ali para defender a posição do governo”, comentou Caroline.
A diretora do ANDES-SN disse que as entidades questionaram o discurso de déficit apresentado pelo governo para justificar a Reforma. Além disso, foi também destacado o caráter misógino dos ataques do governo. “Destacamos o quanto a Reforma da Previdência é nociva às mulheres. Inclusive a fala do ANDES-SN e da companheira do Sinasefe foram fundamentais nesse sentido. É importante frisar que ainda somos muito poucas nesses espaços, e que o espaço sindical ainda muito masculino e branco. Nós conseguimos colocar duas presenças de mulheres nessa reunião, o que foi um debate importante por dentro das entidades que participaram da reunião. A nossa presença foi fundamental para denunciar o quanto essa reforma é lesiva às mulheres, o quanto é misógina e violenta. Apontamos que a igualdade de gênero que eles dizem existir não é real, pois a reforma desconsidera inclusive a dupla jornada das mulheres. Colocamos também o quanto essas reformas prejudicam a juventude, que inclusive está morrendo nas periferias. Apresentamos dados técnicos de que o Estado está matando a juventude pobre e negra, está prejudicando mais as mulheres. Ou seja, essas reformas são um ataque à classe trabalhadora, em especial aos setores mais oprimidos”, contou.
De acordo com a representante do Sindicato Nacional, Rodrigo Maia deixou evidente que não há, na avaliação dele, o número de votos necessários para a aprovação da Reforma. “Ele disse que só vai colocar a reforma em votação nesse ano se não houver dúvidas de que será aprovada. Se ficar para o ano que vem, irá avaliar com os parlamentares a possibilidade fazer uma comissão e audiências públicas para convencer a população e os parlamentares contrários à PEC de que a reforma é necessária”, relatou.
Foi cobrada ainda, de Maia, que, caso a PEC 287 vá à votação, o presidente da Câmara libere a entrada à Câmara dos Deputados e às galerias, e garanta à população acesso à Casa do Povo.
Fonte: ANDES-SN
Mais de cinco mil Servidores Públicos Federais (SPF) participaram, nessa terça-feira (28), da Caravana a Brasília contra o pacote de ataques ao funcionalismo público e o desmonte dos serviços públicos essenciais a população brasileira. A marcha, que contou com participação de diretores nacionais e representantes de diversas seções sindicais do ANDES-SN, foi convocada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo Fórum Permanente das Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).
O ato iniciou, pela manhã, com concentração na Praça dos Três Poderes e, em seguida, se encaminhou até o estacionamento do Anexo II da Câmara dos Deputados. Lá, os servidores bloquearam a entrada dos deputados, cantaram palavras de ordem e discursaram no carro de som, criticando as diversas medidas do governo, do Congresso e do judiciário, que retiram direitos dos trabalhadores e beneficiam os grandes empresários.
A polícia militar tentou impedir a manifestação e cercou o carro de som, mas, após negociação com os representantes das entidades que organizaram a Caravana, permitiu que a atividade prosseguisse. Um grande grupo de manifestantes, com servidores, estudantes e representantes do MST e do MTST, também foi barrado pela força policial, quando descia a Esplanada dos Ministérios para se juntar ao ato, mas depois foi liberado após intervenção de parlamentares do Psol.
Representantes das centrais sindicais, das entidades nacionais, de sindicatos de base e também parlamentares da oposição ao governo fizeram uso da palavra, destacando os diversos ataques aos trabalhadores promovidos pelo governo Temer e pela base aliada no Congresso Nacional. Reforçaram também a necessidade de ampliar a luta e construir a unidade para barrar a reforma da Previdência e conclamaram os trabalhadores e trabalhadoras a greve nacional, chamada pelas centrais sindicais, para o dia 5 de dezembro.
Saulo Arcangeli, da CSP-Conlutas, ressaltou a importância da mobilização e reafirmou que os trabalhadores não vão se calar diante da retirada de seus direitos, promovida pelo governo com a participação do Congresso Nacional. “Somos mais de 5 mil aqui, demonstrando que não vamos aceitar mais ataques desse governo e desse Congresso. Estamos hoje, na rua, contra a Reforma Trabalhista, contra a Lei das Terceirizações, que também atingem em cheio o serviço público, e contra a reforma da Previdência”, disse.
Arcangeli relembrou as contrarreformas e ataques à Previdência Social promovidos pelos governos anteriores e as lutas das quais os servidores públicos foram protagonistas. “Nós nunca vamos abandonar as ruas, por isso que estamos aqui mostrando nossa força, construindo essa grande mobilização em unidade com as centrais sindicais, com as várias entidades nacionais e das entidades nos estados. É fundamental construirmos atos nos nossos estados, fazer assembleias, reunir os fóruns, chamar para a luta os servidores estaduais e municipais, pois vamos ser todos atacados por essa reforma da Previdência”, afirmou. O dirigente concluiu, chamando a construção de ampla unidade. “Vamos aos nossos estados construir uma grande greve geral no dia 5 de dezembro, para dizer que não vamos aceitar esses ataques. Vamos dar um recado para esse Congresso Nacional: a Reforma da Previdência não vai ser votada neste ano, porque os trabalhadores vão estar na rua. No dia 5 de dezembro, vamos parar o país”, conclamou.
Os servidores seguiram protestando durante toda a manhã em frente ao anexo II da Câmara. Já no início da tarde, o ato foi encerrado com a possibilidade de uma reunião dos representantes do Fonasefe e Fonacate com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava sendo articulada pelos parlamentares que compareceram ao ato.
Na avaliação de Amauri Fragoso de Medeiros, 1º tesoureiro do ANDES-SN, a Caravana a Brasília foi bastante positiva, no sentido de dar início a um novo ciclo de luta e de mobilização da classe trabalhadora. “Temos como ponto de partida uma pauta que, de certa forma, pode parecer corporativista, mas não é. São os servidores públicos lutando contra a Reforma da Previdência, que ataca todos os trabalhadores e não só a nós. A manifestação conseguiu ter os resultados que desejava, com uma provável audiência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a possibilidade da ampliação desse processo de lutas para a Greve Geral, de 5 de dezembro. As falas dos representantes das centrais sindicais e dos sindicatos demonstraram a intenção de construir a Greve Geral com mais intensidade do que as mobilizações realizadas até hoje. Saímos bastante animados, achando que esse ato pode ser uma nova semente nessa rearticulação do ciclo de luta que se coloca para a classe trabalhadora, na defesa de nossos direitos. Queremos revogar a EC 95, revogar a Reforma Trabalhista e a Lei das Terceirizações e, ainda, impedir a aprovação da Reforma da Previdência”, explicou o diretor do Sindicato Nacional, ressaltando a participação dos docentes de diversos estados na Caravana e também a realização de atividades locais em várias universidades federais e estaduais e institutos federais pelo país.
Após a manifestação, os SPF se reuniram no Espaço do Servidor, localizado na Esplanada dos Ministérios, para avaliar o ato e preparar os próximos passos da luta, em especial a Greve Nacional, que acontecerá em 5 de dezembro. Representantes de diversas entidades sindicais avaliaram positivamente a manifestação, tratando-a como uma preparação para a Greve Nacional, e ressaltaram a importância da construção de plenárias nos estados, que reúnam os SPF com os servidores públicos estaduais e municipais, que também sofrem com ataques a seus direitos.
Amauri Fragoso de Medeiros defendeu a construção da Greve de 5 de dezembro em sua intervenção. “Começamos o segundo semestre no esforço de construir uma faísca para a luta, e esse dia pode ser a faísca para a Greve. Mas isso vai depender do compromisso das grandes centrais sindicais, pois não é possível construir uma Greve sem a participação delas. Não adianta construir o dia 5 só aqui no microfone, é necessário construir nas bases”, afirmou o docente.
Eixos da manifestação
Os principais eixos da Caravana foram a defesa dos serviços públicos de qualidade para a população; a revogação e retirada de todas as medidas provisórias e de todos os projetos de lei que atacam o funcionalismo - como a MP 805/17, MP 792/17 e o PLS 116/17 -; a revogação da Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os investimentos da União em políticas sociais; a revogação das reformas Trabalhista e do Ensino Médio e da Lei das Terceirizações; além da luta contra a Reforma da Previdência, contra a reestruturação das carreiras do funcionalismo, contra as privatizações e o ajuste fiscal.
Atos locais
Diversas seções sindicais realizaram atividades locais para marcar o dia de luta nessa terça-feira, 28. Na Bahia, por exemplo, os docentes das universidades estaduais baianas – Uneb, Uesc, Uesb e Uefs – realizaram panfletagens em frente às instituições, incorporando, à pauta nacional, a luta local contra a retirada de direitos e desmonte das instituições promovidos pelo governo estadual de Rui Costa (PT).
Já no Rio Grande do Sul, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), capitaneada pelos técnico-administrativos em greve, com participação de outras categorias, realizou na manhã dessa terça, uma caminhada pelo campus e, no gramado em frente à Administração Central, pregaram cruzes de madeiras com palavras de ordem inscritas, que denunciavam o machismo, racismo e homofobia, e também os ataques sofrido pelos servidores, como a reforma da Previdência, reforma Trabalhista e a destruição da carreira. O governo gaúcho também foi lembrado com uma cruz em que estava inscrito: "Fora, Sartori!".
Na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), docentes, técnico-administrativos e estudantes realizaram um ato para alertar a comunidade acadêmica sobre as ameaças contidas nas reformas do governo. Os TAEs, que se encontram em movimento de greve nacional, carregaram simbolicamente o caixão da UFPel, como forma de chamar atenção para o sucateamento da educação pública.
Fonte: ANDES-SN
Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
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Desde o início da exploração portuguesa, é sabido que nossa educação, resguardadas algumas ilhas, foi e vai de mal a pior. Desde sempre, poucos puderam dizer que receberam educação de qualidade. Por isso, a cada novo resultado de pesquisas sobre nosso ensino, apenas vai se confirmado o que todos já sabem: estamos no fundo do poço.
Para dimensionar essa profundidade, basta-nos olhar rapidamente algumas manchetes – apenas de 2017 – sobre o tema:
- “Em ranking da educação com 36 países, Brasil fica em penúltimo” (Veja);
- “OCDE: Brasil está entre os que menos gastam com ensino” (BBC);
- “Brasil cai em ranking mundial de educação em ciências, leitura e matemática” (G1);
- “Relatório da OCDE expõe contradições da educação no Brasil” (Carta Capital).
Desolador!
Aliás, dito assim, tudo ainda parece pouco. A queda no ranking em ciências, leitura e matemática é de gravidade sem precedentes. Paradoxalmente, nunca como dantes fomos tão ignorantes, mesmo dispondo de tecnologias impensáveis há bem pouco tempo.
Sobre essa gravidade haveria um rol extenso de exemplos. Ficarei com o tema da redação do Enem/2017. Por si, ele consegue dimensionar o grau da desinformação de nossos jovens; desinformação que poderia até ser confundida com deboche, mas não é; é real.
Na redação em pauta, foi solicitado que o candidato – potencialmente um pré-universitário – falasse sobre LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais); todavia, cerca de três milhões deles trataram de astrologia. Eles falaram de Libra, um dos signos do zodíaco. Faltou quem dissesse se tratar do plural da moeda da Inglaterra, mas, em tempos do império da ignorância, isso seria “informação” tipo privilegiada.
Mas se a formalidade de nosso ensino se encontra em patamares tão rasteiros, condenando nossas novas gerações à estupidez suprema e bizarra, a educação informal, aquela produzida “pela vida”, é ainda pior.
Mas isso já não seria infortúnio demais?
Sim; e infortúnio para não usar termo mais forte. Isso ocorre porque as novas gerações convivem com adultos absolutamente despreparados e complexos, também para não usar termos piores contra nós, adultos.
As famílias, em constante processo de profundas alterações, parecem ter perdido a capacidade de estabelecer com a prole as noções de direitos e deveres. Tudo tem ficado muito fluido na educação familiar. Os limites, tão necessários para a formação da cidadania, foram atirados numa lixeira qualquer.
Assim, o que é ruim em casa fica pior no plano social. Adolescentes e jovens brasileiros que se prontificam informar-se “do mundo” percebem logo como os adultos, descaradamente, mentem, fazendo desserviço à construção do caráter dos mais novos. Essa postura é o reverso da Paideia dos gregos antigos.
Nesse terreno, a título de exemplo, insiro, dentre tantos, dois dos mais lastimáveis, em minha opinião:
No Rio, um ex-governador, atolado em falcatruas reveladas pela operação Calicute, não só nega acusações, como contesta delatores e ainda, em audiência, desafia um juiz de 1ª instância.
Por sua vez, um ex-presidente, mesmo vindo das camadas populares e do meio sindical, nega favorecimentos de um enriquecimento inexplicavelmente milionário. Com falsa tranquilidade, afirma nunca saber de nada, mesmo que tudo tivesse ocorrido ao seu lado.
E por aí vai.
Os exemplos já estão na perspectiva do sumidouro do espelho. Se não revirmos muita coisa em nosso país, teremos um futuro de nos emudecer, e nenhum signo do zodíaco poderá nos dar a menor esperança.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA ADUFMAT- Ssind
A Diretoria no uso de suas atribuições regimentais convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária a se realizar:
Data: 01 de dezembro de 2017 (sexta-feira)
Local: AUDITÓRIO DA ADUFMAT
Horário: às 14:00 horas com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14:30 horas, em segunda chamada, com os presentes.
PAUTA:
1) Informes;
2) Conjuntura Política;
3) Construção da Greve Nacional para o dia 05 de dezembro de 2017.
Cuiabá, 29 de novembro de 2017
Reginaldo Silva de Araujo
Presidente / ADUFMAT SSind
*Atualizada às 16h20 do dia 29/11/17
Diante da insistência da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em desobedecer a ordem judicial para incorporar os 28,86% a todos os docentes efetivos da instituição, independentemente do ano de ingresso ou filiação sindical, a Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN orienta os professores recém empossados solicitarem o direito junto à Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) - por meio do Sistema Eletrônico de Informação (SEI). Para isso, o sindicato oferece um documento padrão, disponível para download no arquivo anexo abaixo.
“Nós entendemos que a universidade fere um direito ao não incorporar de imediato o percentual aos docentes recém empossados, e que a Justiça reconhecerá esse erro à frente, determinando o pagamento retroativo. Para garantir isso, será preciso ter o registro formal do requerimento e a negativa da instituição”, explica o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo.
Além do modelo de requerimento, também estão disponíveis para download as decisões do juiz Cesar Augusto Bearsi publicadas em abril e setembro de 2016, que devem ser anexadas à solicitação. Nos documentos, o juiz federal determina “a liquidação do julgado a todos os integrantes da categoria [...] considerada a incidência do índice de 28,86% sobre vencimentos e proventos básicos somados a todas as vantagens de caráter permanentes” [o que inclui a Retribuição por Titulação, por exemplo], e faz sanções aos “embargos inúteis e de caráter protelatório” provocados de maneira equivocada pela Procuradoria Federal junto à UFMT reiteradas vezes.
Para mais informações sobre o assunto, os docentes interessados devem entrar em contato com o sindicato por meio dos telefones (65) 99686-8732, (65) 4104-0656, (65) 4104-0548 ou do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
*JUACY DA SILVA
Estamos há menos de um ano para as eleições gerais de 2018 e a corrida para Presidente da República, Governadores de Estado, deputados federais, estaduais e a “renovação” de dois terços das vagas de senadores da República está em pleno vapor, um verdadeiro desespero de quem não quer perder o poder e de milhares que também querem participar das “boquinhas” que emanam do poder.
Com o impeachment de Dilma a aliança entre PT e PMDB, que se iniciou com o Governo Lula e permaneceu para a eleição e reeleição da primeira mulher que conseguiu chegar ao mais alto cargo da política nacional, foi rompida de forma definitiva, obrigando o PT tanto se reinventar quanto avaliar suas alianças com as forcas mais retrógradas e conservadoras da política brasileira.
Há quem diga que o PT cometeu dois grandes pecados, primeiro foi trair suas próprias bandeiras para, em nome da governabilidade, bandear-se para a direita, imaginando que ao aliar-se aos partidos conservadores, aos usineiros, latifundiários, barões do agronegócio, banqueiros e corruptos já bem identificados pela opinião publica, poderia firmar-se definitivamente com a força dominante da política brasileira. Na verdade o PT queria ser o PRI , partido mexicano que esteve no poder por mais de 60 anos, mantendo-se no poder por uma corrupção desenfreada.
O segundo “pecado” do PT foi trair não apenas aspectos ideológicos, mas também princípios éticos; o povo, principalmente os movimentos sindical, social e a intelectualidade sempre associaram a atuação do PT com o slogan da “ética na política”. Os quadros mais “iluminados” do PT acabaram caindo na corrupção, incluindo seu grande líder, o ex-presidente Lula que, desde o estouro do mensalão e a prisão de vários de seus ex-ministros e dirigentes partidários, também está sob fogo cruzado, respondendo às acusações de ter-se beneficiado de dinheiro sujo, fruto da corrupção e do tráfico de influência.
A “chegada” do ex-vice presidente da chapa Dilma/Temer, fruto de uma trama muito bem urdida não apenas pelo PMDB, mas também coadjuvado por outros partidos que durante mais de 12 anos mamaram no poder, apoiaram os governos Lula e Dilma, possibilitou que a máscara da corrupção viesse a ser o pano de fundo de um governo marcado pelo fisiologismo, pelas barganhas vergonhosas com a única finalidade de impedir que o STF investigue denúncias de corrupção cometidas pelo presidente.
Para complicar ainda mais este quadro, diversos ministros e parlamentares que fazem parte da base do governo Temer, também estão sendo investigados pela justiça, sob o manto protetor de uma excrecência jurídica que é o foro por prerrogativa de função ou o chamado “foro privilegiado”, um verdadeiro estímulo `a impunidade. No Brasil mais de 54 mil ocupantes de tais cargos não podem ser julgados em primeira instância e nesta condição são beneficiários da morosidade da justiça, porquanto em estando os tribunais superiores abarrotados de processos, além da demora muitos desses processos que envolvem políticos ou autoridades acabam prescrevendo e o crime ficando impune definitivamente, afrontando claramente o princípio constitucional da “igualdade perante a Lei”, princípio este muito mais para “inglês ver” do que propriamente um pilar básico dos regimes democráticos e republicanos.
A chegada do PMDB novamente ao poder, da mesma forma que com o Governo Sarney, que de apoiador do regime militar e presidente do PDS, transformou-se em “democrata de carteirinha”, possibilitou o aglutinamento das forças reacionárias, conservadoras e corruptas que por décadas ou séculos mandaram na política brasileira.
Como um governo fraco e marcado pelo fisiologismo dos partidos e seus caciques que o apoiam, Temer acabou sendo prisioneiro de suas próprias manobras e na condição de refém, o único espaço que lhe sobra é lutar desesperadamente para livrar a própria pele, pois sabe, perfeitamente, que no dia em que perder o manto protetor do foro privilegiado terá que responder perante a primeira instância da justiça pelas acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes, podendo ter a mesma sorte de alguns de seus ex-ministros e aliados como Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Gedel Vieira Lima, Silval Barbosa, Piciani, Garotinho e outros mais.
É neste contexto de “salve-se quem puder” que começa a ser desenhada a corrida eleitoral de 2018, em meio `as reformas política, da previdência, trabalhista e a ação da justiça federal sob a batuta de juízes de primeira instância como Sérgio Moro, Marcelo Bretas e outros mais por este Brasil afora.
Como os políticos não gostam de cometer suicídio, não no sentido estrito como aconteceu com Getúlio Vargas, mas no sentido figurado, de abandonar espontâneamente mandatos e cargos que lhes garantam foro privilegiado e tantas mamatas, farão de tudo para bagunçar a tentativa de acabar com o foro privilegiado e, ao mesmo tempo, procurar meios e fontes de financiamento para levarem adiante suas campanhas. As eleições de 2018 podem trazer muitas surpresas, principalmente se os eleitores resolverem dar “cartão vermelho” para velhos caciques que estão mamando nas tetas do governo e do tesouro há várias décadas.
O perigo é nosso país e nossos estados caírem nas mãos de novos corruptos, no momento travestidos de defensores da moralidade, oportunistas de plantão, pessoas radicais e despreparadas, que tentam se passar por salvadores da pátria ou então possibilitar a volta de velhos caciques e raposas que também já dilapidaram os cofres públicos, em tempos que a transparência e os organismos de controle ou até mesmo a justiça pouco “podiam” fazer. Era a época do “rouba, mas faz”, em substituição ao rouba e nada acontece. Quem viver verá!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
Circular nº 411/17
Brasília (DF), 28 de novembro de 2017
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN
Companheira(o)s,
Encaminhamos para conhecimento, o relatório da Reunião do Grupo de Trabalho de Ciência & Tecnologia do ANDES-SN – GTC&T, realizada nos dias 25 e 26 de novembro, em Fortaleza/CE.
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Prof. Alexandre Galvão Carvalho
Secretário-Geral
RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA DO ANDES-SN
Data: 25 e 26 de novembro de 2017
Local: Fortaleza/CE - Sede da Regional Nordeste I
(Av Tereza Cristina, nº2266, salas 105 e 106)
Horário: Início às 9h do dia 25/11/2017 e Término às 17h do dia 26/11/2017
Presentes:
Diretores do Andes-SN: Coordenadores do GTC&T: Epitácio Macário e Carlos Alberto Gonçalves
- Seções Sindicais: ADUFPA (Waldir); ADUNICAMP (Paulo Cesar Centoducatte); ADUSP (Cesar Minto); APROFURG (Rodnei Valentim Pereira Novo, Milton Luiz Paiva de Lima); ADUFPEL (Luis Carlos Rigo).
- PAUTA:
1- Informes;
2- Produção do Caderno de C&T;
3- Produção dos vídeos do Seminário SBPC Paralela;
4- Encaminhamentos.
- Informes
Informes da diretoria (Epitácio Macário)
O Prof. Macário informou sobre as datas nacionais de luta nos dias 28 de novembro e 5 de dezembro. Informou que o Prof. Wanderley, da Coordenação deste GT, estava na reunião do GTPAUA, no Maranhão e que a Olgaíses continua afastada, por problemas de saúde. Enfatizou a importância da conclusão dos textos para o caderno de C&T, na perspectiva de concluí-lo até o Congresso, bem como dos vídeos resultantes do seminário da SBPC paralela.
Dada a urgência e a carga de trabalho da produção do Caderno de C&T, resolveu-se no pleno do GT dedicar todo o tempo a esta atividade e à produção de vídeos.
- Produção do Caderno de C&T
Inicialmente o Prof. Macário apresentou a situação/estado da arte dos 5 textos que comporão o Caderno de C&T. O texto 1 (com título provisório de “Capitalismo dependente e produção de C&T” está sendo elaborado pelos professores Mathias Luce e Rodrigo Castelo. Carlos Alberto ficou de avaliar e contatar o Prof. Luce para verificar o prazo de entrega; o texto 2, sobre neoliberalismo, políticas industrial e de C&T, escrito pelos professores José Domingues e Macário foi concluído, lido e aprovado no final do dia 26/11. O texto 3, sobre o “Marco Legal” de CT&I, está parcialmente concluído e pronto para leitura do GT; 4. O texto 4, sob responsabilidade dos Professores Cesar Minto e Paulo Cesar, está quase pronto e pode ir à discussão nesta reunião; o texto 5, elaborado pelas professoras Celeste e Ariane, precisa ser concluído, mas já pode ser discutido nesta reunião.
Encaminhamentos: O texto 3 foi lido e analisado pelo GT, pela manhã. Ele está estruturado em 5 partes. A análise foi feita sobre as partes 1-4. A parte 5 do texto 3, ainda inconclusa, será feita nesta reunião. O GT dividiu-se em subgrupos para dar conta das atividades em relação aos textos (item 2 da pauta) e vídeo (item 3 da pauta); professores Macário e Carlos Alberto, encarregaram-se da conclusão do texto 3; professores Cesar e Paulo dedicaram-se ao texto 4; professores Rigo e Waldir dedicaram-se ao texto 5; professores Rodney e Milton dedicaram-se ao item 3 da pauta.
Após o almoço foi visto e analisado o vídeo de 20 min, da palestra referente ao vídeo do Prof. Nildo Ouriques, do seminário ocorrido em BH, em julho/2017. A edição foi considerada satisfatória e as sugestões serão enviadas ao núcleo de jornalismo.
A seguir foi examinado o texto 4. Foi feita uma leitura detalhada do mesmo. A crítica geral, contida no próprio texto é sobre a dificuldade de obter dados fidedignos que permitam uma análise comparativa sobre os investimentos em C&T e em P&D, desde a fundação do MC&T, ou pelo menos entre a década de 90 (governo FHC) e os governos Lula/Dilma. Os dados entre 2003 e 2015 foram obtidos do trabalho de tese do Prof. Luis Fernando Reis. Após a análise e reformulações no texto, encaminhou-se que trabalho deverá ser concluído com a inclusão de 2 ou 3 tabelas, que cruzem as informações apresentadas, sobre os investimento da União sobre C&T, avaliando a situação em relação à educação em geral, ao PIB e a outros países.
No dia seguinte (26/11/2017) foram lidas as novas partes do texto 3, sobre o MLCT&I. O texto foi analisado, reformulado e aprovado. No entanto, ainda falta uma conclusão abordando as armadilhas (¨cerejas do bolo”) do Marco. Essa parte vai ser escrita até dia 29/11, sob a responsabilidade dos professores Macário e Carlos Alberto.
Texto 5 - Os professores Rigo e Waldir retomaram o texto indicado pelas professoras Celeste Pereira e Ariane (Adufpel) e fizeram as inserções sugeridas na reunião anterior. O texto foi lido em sua integralidade e novas sugestões foram feitas pelo pleno, que serão incorporadas pelos responsáveis ate dia 3/12, quando deverá ser enviado para a coordenação do GTC&T.
- Produção dos vídeos do Seminário SBPC Paralela.
O vídeo referente à palestra do Prof. Ouriques na SBPC paralela foi aprovado no dia 25/11 pelo pleno do GTC&T.
- Encaminhamentos.
Produção dos textos segundo as novas sugestões do pleno do GT até o dia 3/12 e enviá-los à coordenação do GTC&T, para compilação dos textos num único caderno, para análise da diretoria do ANDES-SN.