*Matéria atualizada às 9h40 do dia 25/11 para inclusão de novas informações.
A Subseção da Adufmat-Ssind realizou, nessa quarta-feira, 23/11, o debate "As diferenças também somam! Vamos falar sobre autismo, TDAH e altas habilidades?". A atividade, proposta pelo Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do sindicato, contou com a presença da professora Dra. Chiara Maria Seidel (Unemat), Douglas Santos Antoniassi (dupla excepcionalidade) e a professora Dra. Gisele Facholi Bomfim (UFMT/ICS).
A professora Chiara Seidel, doutora em Educação, fez uma intervenção direcionada a estudantes no contexto de escolarização. Além de especialista no tema, a professora é mãe de criança com diagnóstico de autismo, e compartilhou, além dos seus estudos, um pouco de sua vivência.
Para a professora Clarianna Silva, membro do GTPCEGDS e facilitadora da atividade, a demonstração da importância da participação do Ministério Público nestas ações e a criação de um núcleo de inclusão nas universidades, da mesma forma das comissões de heteroidentificação, para que a legislação seja observada também no Ensino Superior, foi um dos pontos altos do debate. “Se fala muito em Educação Básica, mas é como se não existe autismo e neurodivergência no Ensino Superior”, destacou.
Em seguida, o convidado Douglas Santos Antoniassi falou sobre sua experiência a partir da dupla excepcionalidade, tanto dos filhos quanto de si mesmo, a partir do diagnóstico de autismo leve e superdotação, já depois de adulto. Foi a primeira vez que falou em público sobre o tema, e destacou os conceitos de “pertencimento” e “identidade” como fundamentais neste percurso, inclusive diante das dificuldades enfrentadas no ensino superior.
A farmacêutica Gisele Facholi Bomfim também trouxe aspectos pessoais de sua experiência com autismo, ao mesmo tempo em que relatou que poucas universidades têm um conjunto de informações e ações institucionalizadas neste sentido, mas é essencial que as instituições de ensino superior se organizassem com essa finalidade. Isso já está ocorrendo em algumas universidades, como a Federal de Minas Gerais (UFMG), que tem um Programa de Atenção Interdisciplinar ao Autismo.
O debate foi transmito ao vivo na página do Facebook da Subseção da Adufmat-Ssind, em Sinop. Clique aqui para assistir.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind