Terça, 27 Agosto 2019 18:29

Docentes da UFMT debatem auditoria externa em subseção e prestação de contas em assembleia geral realizada nessa terça-feira, 27/08 Destaque

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Nessa terça-feira, 27/08, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso se reuniram mais uma vez em assembleia geral, convocada pela Adufmat-Ssind, para debater e deliberar sobre a auditoria externa realizada nas contas da Subseção do Araguaia e a Prestação de Contas da gestão 2015-2017 do sindicato, além dos informes.

 

O contexto político fez com que a categoria se debruçasse, a princípio, sobre a própria pauta. Não seria possível discutir outras questões ignorando tudo o que está acontecendo, inclusive com a universidade. Dessa forma, os presentes decidiram inserir o ponto de pauta sobre a conjuntura, após os outros, convocados previamente.

 

Iniciando pela auditoria externa realizada nas contas da Subseção do Araguaia, a categoria relembrou quando, a partir da morte de uma das trabalhadoras da entidade local, foram detectadas incongruências nos dados bancários. Assim, foi decidido, em assembleia geral, que a Adufmat-Ssind deveria contratar o serviço de auditoria para investigar prováveis desvios.

 

Nessa terça-feira, o auditor Augusto Tomazini de Araújo, representante da empresa que realizou a análise dos documentos, apresentou a conclusão: ao longo do período analisado (últimos dez anos), foram desviados R$ 62.673,79 das contas da Subseção do Araguaia.

 

“Nós tentamos trabalhar com prudência e o máximo de precisão, para não incorrer em erros e acusações para além do que pode ser identificado”, afirmou o auditor. A investigação é realizada também pela polícia civil.  

 

Prestação de contas

 

Devido aos desvios na Subseção do Araguaia, que provocou desencontros nas informações contábeis do sindicato, a Prestação de Contas da gestão 2015-2017 não foi realizada no prazo usual. A professora Sirlei Silveira, que integrou o Conselho Fiscal à época, relembrou algumas considerações feitas, inclusive demonstrando o apontamento das incongruências nas contas do Araguaia.

 

“Melhorou bastante a contabilidade do sindicato, se compararmos a anos anteriores, mas ainda havia, em 2017, algumas fragilidades. Não fosse isso, não teria acontecido o que aconteceu no Araguaia. Por isso, há necessidade de aprimoramentos, e nós apontamos isso no relatório apresentado em 2017”, ressaltou Silveira.

 

A professora Juliana Ghisolfi, membro do atual Conselho Fiscal, destacou que é preciso prestar a atenção na parte contábil, porque são os recursos do sindicato que garantem a manutenção da luta.   

 

Após questionamentos, a plenário decidiu que seria melhor voltar a discutir a prestação do biênio 2015-2017 mediante novo parecer do Conselho Fiscal do sindicato, numa nova assembleia geral, que deverá ser convocada logo após o recesso docente que termina no início de outubro.

 

Análise de conjuntura

 

Devido ao avançado da hora, os professores decidiram suspender a discussão sobre conjuntura. O ponto será reinserido em assembleia geral convocada para a próxima terça-feira (03).

 

Comissão de ética

 

Durante os debates, alguns professores cobraram a Comissão de Ética do sindicato acerca de acusações de assédio moral feitas por funcionários do sindicato e apresentadas em assembleia após as eleições para diretoria em 2017 (biênio 2017-2019). A reclamação foi de que as partes não foram ouvidas, e a Comissão não apresentou nenhum parecer formal sobre os fatos que justificasse nem mesmo a suspensão dos trabalhos.  

 

Informes

 

No início da assembleia, a diretoria da Adufmat-Ssind realizou informes sobre a Reunião Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que ocorreu em Brasília no último final de semana. Entre outros debates, os representantes sindicais presentes na reunião pensaram na construção de um calendário de lutas que inclui a paralisação da categoria por 48h, já em setembro, e que deve ser discutido pelas seções sindicais até o dia 10/09.

 

A diretoria informou, ainda, sobre a greve dos trabalhadores terceirizados e os seguintes eventos: “Amor entre elas: existimos e resistimos”, que será realizado na próxima quinta e sexta-feira (20 e 30/08), na Adufmat-Ssind, em comemoração ao Dia da Visibilidade Lésbica; o debate “Eu vejo o future-se repetir o passado”, que será no dia 03/09, no IFMT (centro de Cuiabá); e o ato “SOS Amazônia – Cerrado”, que acompanha atos nacionais e internacionais em defesa do Meio Ambiente, que será realizado na quarta-feira, 28/08, na Praça Ipiranga.

 

A professora Mirian Sewo observou que a conjuntura não está favorecendo o financiamento das lutas dos trabalhadores e, por isso, as mulheres sem terra estão recebendo doações de roupas para um bazar, que será realizado no dia 10/09. As doações podem ser entregues na Adufmat-Ssind. Além disso, os produtores da peça de teatro “Cafundo: onde o vento faz a curva” destinarão todo o valor da bilheteria para o encontro Nacional das Mulheres Sem Terra. A peça será no dia 20/09, às 19h30, no Cine Teatro Cuiabá.   

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Ler 886 vezes Última modificação em Terça, 27 Agosto 2019 18:33