Debate com os estudantes da Faculdade de Enfermagem
Estudantes e professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) discutiram várias questões relacionadas ao contexto social e político nacional. Nessa terça-feira, 05/12, Dia de Mobilização Contra a Reforma da Previdência na UFMT, uma programação dinâmica levou à diversos pontos da instituição debates sobre a precarização dos direitos trabalhistas e sociais, como saúde e educação, o esquema da Dívida Pública, que rouba quase 50% da arrecadação da União, e o projeto Escola Sem Partido, que pretende eliminar o conteúdo crítico e histórico dos espaços de construção de conhecimento.
No período da manhã, seis atividades foram realizadas, distribuídas entre os Institutos de Educação e Linguagens (IE e IL), Ciências Humanas e Sociais e Geografia, História e Documentação (ICHS e IGDH), Ciências Exatas e da Terra (ICET), além da Faculdade de Enfermagem, Restaurante Universitário (RU) e Hospital Universitário Júlio Müller.
O tema debatido na Faculdade de Enfermagem, Adoecimento e Resistência no Contexto do Desmonte da Universidade Pública, foi mediado pela professora Rosa Lúcia, com a contribuição dos também docentes Mírian Sewo, Aldi Nestor e do estudante Ítallon Lourenço na construção do diálogo. “A atividade teve boa repercussão e movimentou o espaço”, avaliou Rosa Lúcia.
Recentemente, uma pesquisa realizada por um mestrando da Faculdade registrou que quase 10% dos estudantes entrevistados já pensaram em suicídio. As questões socioeconômicas aparecem como fundamentais entre os fatores associados (causas), mas também há denúncias que envolvem o ambiente acadêmico e futuro profissional.
No saguão do ICHS/ IGDH, o representante do Sindicato dos Profissionais de Tributação, Arrecadação e Fiscalização de Mato Grosso (Siprotaf/MT), Willian Rossi, nos períodos matutino e noturno, falou sobre a história da dívida, que começou junto com a Independência do Brasil. “O Brasil assume a dívida de Portugal, num acordo para que a Inglaterra reconhecesse o país e iniciasse uma relação econômica”, afirmou o servidor. Mediada pela professora Marluce Silva, a mesa foi realizada de manhã e de noite.
Debate com os estudantes do ICHS
No Hospital Universitário Júlio Müller, os usuários do SUS levaram um susto com as informações transmitidas pela professora Lélica Lacerda e a servidora da Saúde, Lucineia Soares. “As pessoas não sabiam dos cortes de recursos e do congelamento de 20 anos, e ficaram muito assustadas, porque elas dependem do SUS”, disse Lacerda, acrescentando que a panfletagem e o diálogo direto com a população são ferramentas indispensáveis para a conscientização coletiva.
Nos Instituto de Linguagens e Educação, o tema debatido foi o projeto Escola Sem Partido. Durante a manhã, contribuíram com o debate os professores Maelison Neves e Qelli Rocha. No período noturno, o professor Marcos Caron falou sobre os perigos que a proposta representa para a educação, retirando o conteúdo crítico e histórico, e colocando no lugar somente a perspectiva conservadora.
Debate com os estudantes do IE
Também houve intervenções no Restaurante Universitário no horário do almoço, com a contribuição dos professores Reginaldo Araújo e Lélica Lacerda.
Sinop
Sinop também marcou o período de mobilização com a presença do diretor do ANDES – Sindicato Nacional, Amauri Fragoso, que refletiu sobre a carreira docente, na quarta-feira, 06/12.
Veja mais fotos do Dia de Mobilização em Defesa da Universidade na Galeria de Imagens abaixo.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind