Os trabalhadores e trabalhadores brasileiros vêm realizando uma jornada de lutas que se confirmou nos grandes atos de 3 de julho como terceiro dia de mobilizações da ampla campanha pelo Fora Bolsonaro no Brasil e em outros países. Anteriormente, havíamos tido o 29M e 19J, que levaram centenas de milhares às ruas contra esse governo genocida e corrupto.
Neste dia 13 de julho, categorias específicas como trabalhadores dos Correios e povos indígenas realizam dia de luta em Brasília e outras capitais.
Como foi dito recentemente, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, caiu, mas a boiada bolsonarista continua passando. Apesar de toda a crise enfrentada pelo governo e as denúncias de corrupção, os ataques não param.
Dois temas importantes estão em pauta neste momento: a privatização de 100% dos Correios e a luta por emprego, salários e direitos da categoria e o criminoso Projeto de Lei 490/2007 que trata do marco temporal e prevê que só a demarcação somente das terras indígenas que já estavam em posse desses povos na data da promulgação da Constituição, 5 de outubro de 1988.
Diante de tantos ataques, a luta não pode parar. Por isso, neste dia 13 haverá mobilização nacional contra as privatizações, com Correios na linha de frente dessa luta, e em defesa dos povos originários.
Privatização dos Correios
No caso dos Correios, nunca a privatização esteve tão próxima de se realizar como neste momento. O governo Bolsonaro, o presidente da Câmara Federal, Artur Lira, e a bancada entreguista do centrão, querem destruir uma empresa que ao longo de 358 anos foi construída como bem público, para atender à população em todos os municípios do país, em seus mais de 40 milhões de domicílios e que é fundamental principalmente para os pequenos municípios mais distantes que dependem desses serviços para sua sobrevivência.
O modelo de privatização dos Correios é a venda de 100% do seu capital. A proposta que o Ministério da Economia quer ver aprovada pela Câmara dos Deputados, antes do recesso parlamentar, prevê que a União se desfaça de 100% do capital da empresa.
“Se passar a privatização dos Correios, haverá demissão em massa e vamos engrossar a fila dos mais de 14 milhões de desempregados nesse país, sem contar que a população toda será prejudicada”, salienta o trabalhador da empresa Geraldinho Rodrigues, integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Neste sentido os trabalhadores dos Correios, por meio de seus sindicatos, estão chamando para esse dia 13 de julho um ato em Brasília às 10 horas em frente ao edifício sede da empresa.
PL 490 que acabar com povos originários
Os indígenas vêm travando uma forte luta unificada contra o Projeto de Lei 490/2007, o marco temporal, que além de inconstitucional, é uma sentença de morte aos povos originários de nosso país, uma vez que ficarão a mercê do ataque institucionalizado e ganância do sistema capitalista. O que hoje é ilegal, será legalizado caso o projeto seja aprovado. Terão passe livre para entrar nas terras dos povos originários para a exploração e comercialização de garimpeiros e madeireiros ilegais e do agronegócio. Será a morte de nossos povos.
Em defesa de suas vidas, no dia 8 de junho iniciaram um acampamento em Brasília, o Levante pela Terra, que chegou a reunir mais de mil indígenas representando 45 povos espalhados pelo Brasil. Realizaram protestos em frente à Câmara, à Funai e ao STF (Supremo Tribunal Federal), foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, mas não esmoreceram e continuam em luta.
Há atos marcados em algumas capitais em defesa dos povos originários.
“Essas lutas são mais amplas que as próprias categorias envolvidas, pois é uma pauta da classe trabalhadora como um todo em defesa dos povos indígenas, que estão enfrentando o genocídio por este governo e contra as privatizações no Brasil, que entregam a soberania nacional ao capital privado”, afirma a integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Rita Souza.
A CSP-Conlutas mantém-se como parte dessas lutas e manifesta total apoio e solidariedade.
Aos que participarem dos atos, reforça-se que é preciso usar máscara (de preferência pff2), álcool em gel e manter o distanciamento.
Abaixo, os atos marcados
Alagoas (AL):
Maceió – Centro em Frente ao antigo Produban,15h.
Ceará (CE):
Fortaleza- 15h30- Praça da Bandeira
Crato- 8h- Agência dos Correios
Juazeiro do Norte- 8h- Agência dos Correios-Centro
Distrito Federal (DF):
Brasília – Gramado da rodoviária plano piloto, 16h.
Edifício sede dos Correios, 10h
Espírito Santo (ES):
Vitória – Praça Costa Pereira, 10h.
Goiás (GO):
Goiânia – Praça do Bandeirante, 16h.
Mato Grosso (MT):
Cuiabá – 12 horas – Praça da República.
Minas Gerais (MG):
Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos – 17h
Ribeirão das Neves – Praça de Justinópolis – 17:30h
Uberaba – Praça Henrique Kruger (Av. Fidelis Reis) – 17h
Uberlândia – Agência dos Correios (Av. Getúlio Vargas) – 11:30h
Montes Claros – Praça do Maracanã – 9h
Itaúna – Praça da Matriz – 18h
Itabira – Praça Acrísio Alvarenga – 18 horas.
Mariana – Praça Presidente Tancredo Neves (Centro)
Ouro Branco – Praça Santa Cruz – 15:30H
Poços de Caldas – Praça Pedro Sanches – 17H
Juiz de Fora: Correios, 8.30h
Pará (PA):
Belém – Escadinha da Doca, 17h;
Santarém – Praça São Sebastião, 17h.
Paraíba (PB):
João Pessoa – Praça Cristo Rei, Mangabeira, 09h;
Campina Grande – Praça da Bandeira, 09h;
Patos – Correios, 17h;
Cajazeiras – Prefeitura, 09h;
Paraná (PR):
Curitiba – Praça Santo André, 18h;
Cascavel – Catedral, 17h;
Maringá – Praça da Prefeitura, 18 horas.
Pernambuco (PE):
Caruaru – Março Zero, 16h.
Garanhuns – Colunata, 15h.
Piauí (PI):
Teresina – Cruzamento da Av Serafim com a Frei Rosa, 17h
Rio de Janeiro (RJ):
Rio de Janeiro – 17h Candelária.
7h Hospital Universitário da UFRJ
10h ato da educação em frente a prefeitura.
11h ato Prédio central dos Correios. Cidade Nova
Petrópolis em frente a sede do Correios – Centro 16h
Cabo Frio – Jardim Esperança, 17h
Niterói – Hospital Universitário da UFF, 7h.
Rio Grande do Norte (RN):
Natal – 14:30, Praça do Relógio
Rio Grande do Sul (RS):
Porto Alegre – 18h prefeitura;
Passo Fundo – 18:30 Praça do Teixeirinha;
Pelotas – Mercado Público, 17h;
Guaíba – 17h Largo José Cláudio Machado;
Santa Catarina (SC):
Florianópolis – catedral, 17h.
Balneário Camboriú – molhe da Barra Norte, 19h
São Paulo (SP):
São Paulo – 17h, Teatro Municipal
São Paulo – 12h, Instituto Federal de São Paulo
Campinas – 17h, em frente a Catedral Metropolitana (pça José Bonifácio)
São Vicente – 17h, Praça dos Correios
Sorocaba- Centro 16h
Sergipe (SE):
Aracaju – Calçadão João Pessoa, 16h.
Fonte: CSP-Conlutas