Nessa quinta-feira (12), por volta das 14 horas, os estudantes da Universidade de Brasília ocuparam a reitoria da universidade. A ação se deu após o não cumprimento das exigências da ocupação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ocorrida na última terça (10), de realização de audiência pública com o Ministério da Educação (MEC) e com a reitoria da UnB. A ocupação foi decidida em assembleia, com expressiva participação dos estudantes, juntamente com os trabalhadores terceirizados.
Em nota divulgada na página Ocupa UnB, no Facebook, os estudantes apontam que, devido à conjuntura, desde o ano passado, a reitoria da UnB vem aplicando medidas que atacam os trabalhadores terceirizados e os estudantes, especialmente aqueles que dependem de assistência estudantil. “Mesmo com árdua mobilização dos trabalhadores e estudantes desde o início do ano de 2017, com a formação de comissões e ações a fim de impedir a aplicação dessas medidas de austeridade, faz-se necessário essa ocupação da reitoria”, declaram.
“Somos contra a precarização da UnB. Por isso, lutamos e queremos garantir que ocorra uma audiência pública na UnB com participação dos estudantes e trabalhadores, entre MEC e a reitora Márcia Abrahão com a mediação do Ministério Público sobre as contas da universidade. Além disso, exigimos que não haja criminalização nem consequências institucionais dos estudantes e trabalhadores envolvidos na ocupação ou por motivos políticos relacionados ao movimento durante todo o processo, com um documento escrito assinado pela reitoria que garanta isso”, complementam os estudantes na nota.
Confira a pauta do movimento estudantil:
- Contra a demissão dos terceirizados;
- Contra o aumento do RU;
- Pela manutenção das bolsas da permanência estudantil, que afetam principalmente estudantes de baixa renda, negras e negros, indígenas e quilombolas;
- Liberação pelo MEC dos editais de ingresso indígena e quilombola;
- Pela manutenção de todos os estágios remunerados;
- Reestabelecimento dos porteiros da noite;
- Transparência nas contas da universidade;
- Auditoria externa e independente dos contratos, especialmente dos serviços terceirizados;
- Liberação pelo MEC para uso da verba própria da UnB;
- Pela revogação da Emenda 95, do Teto dos gastos;
- Contra a privatização das universidades públicas no Brasil;
- Solidariedade às outras ocupações e lutas que ocorrem nas universidades brasileiras.
*Foto: Mídia Ninja. Com informações da página no facebook OcupaUnB.
Fonte: ANDES-SN