Quarta, 09 Outubro 2024 16:58

 

Neste 7 de outubro, completou um ano desde o ataque do Hamas a Israel. A ação desencadeou uma resposta militar sem precedentes do governo israelense contra a população palestina na Faixa de Gaza, que tem sido massacrada por operações militares. Além das vidas ceifadas, casas, hospitais, universidades, supermercados e lojas foram destruídos, agravando ainda mais a crise humanitária.

Para contextualizar o conflito, o ANDES-SN lançou a série "Palestina Livre" nesta segunda-feira (7) em seu canal no YouTube, como parte da denúncia do genocídio contra o povo palestino. A série, composta por três vídeos, apresenta entrevistas com a professora da Universidade de Brasília (UnB), Muna Muhammad Odeh, palestina residente no Brasil há 32 anos.

A produção explora a história do território palestino, o impacto do imperialismo no Oriente Médio e a violência contínua que afeta a região, destacando as raízes e as consequências do conflito para a população palestina.

De acordo com dados da Al Jazeera, pelo menos 41.909 palestinas e palestinos foram mortos e 97.303 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza, desde outubro de 2023. Em Israel, 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro e mais de 200 pessoas foram feitas prisioneiras.

O ANDES-SN tem uma longa história de apoio à luta palestina, iniciada em 2003, com ações de solidariedade e boicote ao Estado de Israel. Em 2018, aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). No 42º Congresso, em 2023, aprovou a moção "Não é guerra, é genocídio!", e no 67º Conad decidiu lutar pelo rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

Acesse aqui a série "Palestina Livre"

Leia mais sobre a causa palestina aqui na edição de agosto do Informandes

E também aqui a entrevista com a Muna Muhammad Odeh publicada em 2023 no jornal

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 30 Setembro 2024 15:38

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Valfredo da Mota Menezes*

Deve haver alguma explicação psicológica ou mesmo psiquiátrica para entender o porquê de um grupo étnico, que sofreu racismo, foi humilhado, quase dizimado, conseguir, ao alcançar uma posição de poder, transformar-se em algoz e passar a ter o mesmo comportamento racista e a mesma aspiração supremacista daqueles que o maltratou, repetindo os mesmos atos com outro grupo étnico.
 
Em 1933 a população judaica na Europa era de 15,3 milhões. Desde a invasão da Áustria em março de 1938 até o fim da guerra em maio de 1945 (86 meses), foram mortas, aproximadamente, um milhão de crianças. O massacre de Israel contra o povo palestino repete essas mesmas ações dos nazistas. Acredito que, se for feito um levantamento desde o início, desde a NAKBA e contando apenas com os períodos de exacerbações e ataques gratuitos, como os de Sabra, Shatila e outros, teremos algum número parecido com o do holocausto. Só agora, nesse último ano, e só na Faixa de Gaza, com uma população de cerca de dois milhões, já foram assassinadas, em apenas 11 meses, mais de 40 mil palestinos, desses, cerca de 17.000 eram crianças (mais de 1500 crianças por mês) e 11.088, mulheres. Em dois dias, nessa nova ofensiva no Líbano, foram mortas mais 40 crianças. Esse massacre é cíclico e configura verdadeiramente genocídio. As crianças são as mais afetadas. É um verdadeiro extermínio do futuro. Além das mortas, mais de 27 mil estão órfãs ou desamparadas. Toda a infraestrutura de Gaza foi devastada. “Metade das escolas foi atingida ou danificada, 88.300 casas foram destruídas, 35 hospitais e 55 centros de saúde foram atacados. Não há mais sistemas de esgoto. A falta de medicamentos, alimentos e água provocada pelo bloqueio sionista, põe em risco toda a população”. As Nações Unidas estimam “que mais de 5% da população de Gaza foi morta, ferida ou está desaparecida. Além disso, mais de um milhão de pessoas foram deslocadas internamente, algumas delas forçadas a mudar de residência várias vezes. Estima-se que 75% das vítimas tinham menos de 30 anos e 69% eram mulheres e crianças.  “Entre os mortos, 885 eram profissionais de saúde, 79 membros da defesa civil, 168 jornalistas e 500 trabalhadores da saúde. Além disso, há cerca de 10 mil desaparecidos e 82.627 feridos, dos quais 11 mil necessitaram viajar com urgência para receber tratamento no exterior. Sete valas comuns foram encontradas em hospitais, somando 520 corpos”.

Os ataques israelenses têm sido condenados internacionalmente, sendo considerados crimes contra a humanidade por organizações de direitos humanos e pela ONU. A Comissão de Inquérito das Nações Unidas acusou Israel de usar a fome como estratégia de guerra, além de causar deliberadamente um alto número de vítimas civis.

O exército sionista mantém a ofensiva sem dar nenhuma importância às resoluções internacionais. Sabe que tem o apoio e a cumplicidade dos EUA. Israel parece ser um “estado” dos EUA. O próprio Joe Biden disse: “Se não houvesse um Israel, os Estados Unidos da América teriam que inventar um Israel para proteger seus interesses na região”.
 
A situação em Gaza representa uma das maiores crises humanitária já vivida na historia da humanidade. Estamos assistindo ao vivo. Entretanto, o que tem sido feito por todos os Estados que consideram essa atrocidade um genocídio? NADA. A ONU virou uma piada. Nenhuma retaliação, nenhuma sanção, nenhuma suspensão de relação diplomática, nenhum boicote às atividades comerciais ou esportiva, como por exemplo, foi feito com a África do Sul do Apartheid. O governo brasileiro continua exportando petróleo para Israel. O Ministério da Defesa (...dos militares) continua negociando a compra de tanques (os mesmos que são usados para matar civis) e o ministro diz que suspender a compra seria “uma decisão ideológica”. NÃO! É uma decisão HUMANITÁRIA! Em relação aos eventos esportivos, ao contrário do boicote, todo apoio tem sido dado aos sionistas, até mesmo colocar Israel como “Nação Europeia” na “UEFA EURO”, ou time de Israel fazer parte da Liga Europeia (Maccabi Tel-Aviv FC).  

Nota: a maioria das informações estatísticas relatadas aqui foi buscada em revistas, jornais e/ou “sites” de notícias.

*Médico, professor Associado/UFMT (aposentado), Doutor em Medicina Interna e Terapêutica.

Quarta, 25 Setembro 2024 09:53

 

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, na semana passada, dia 18/09, uma resolução exigindo que Israel “ponha fim, sem demora, à sua presença ilegal” no Território Palestino Ocupado, em até 12 meses. O texto foi aprovado por 124 votos favoráveis, 14 contrários e 43 abstenções em sessão de emergência do principal órgão deliberativo da organização. A resolução contou com copatrocínio e voto favorável do Brasil.

Por meio desta decisão, a Assembleia Geral afirma que a ocupação “constitui um ato ilícito de carácter contínuo”, com implicações para as responsabilidades internacionais de Israel.

O órgão deliberativo da ONU também “exige que Israel cumpra sem demora todas as suas obrigações legais ao abrigo do direito internacional, incluindo as estipuladas pela Corte Internacional de Justiça [CIJ]”. Dentre estas obrigações estão “retirar todas as suas forças militares do Território Palestino Ocupado, incluindo nos espaços aéreo e marítimo”.

O texto baseia-se em um parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judicial da ONU, que, em julho deste ano, considerou que "a presença contínua de Israel nos territórios palestinos ocupados é ilícita". O CIJ determinou que as autoridades israelenses deveriam encerrar essa ocupação o mais rapidamente possível, interromper novos assentamentos e reparar os danos causados ao povo palestino.

Segundo dados da rede de notícias Al Jazeera, divulgados no dia 17 de setembro, mais de 41,2 mil palestinas e palestinos já foram mortos na Faixa de Gaza, desde os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro do ano passado, o que representa cerca de 2% da população palestina. Dessas, mais de 16,5 mil são crianças. Cerca de 95,5 mil pessoas foram feridas e 10 mil estão desaparecidas.

Fim de políticas e revogação de leis

Além de demandar a retirada das forças israelenses dos territórios palestinos em até 12 meses a partir da decisão, a resolução também proíbe novos assentamentos, a devolução das terras e propriedades confiscadas e a possibilidade de retorno da população palestina deslocada, desde o início da ocupação em 1967.

O texto prevê ainda o desmantelamento das partes do muro construídas por Israel que estão situadas no Território Palestino Ocupado e pede a revogação de todas as “legislações e medidas que criem ou mantenham a situação ilícita”.

O Brasil reconhece, desde 2010, o Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital. O Brasil apoia firmemente o pleito da Palestina de tornar-se Estado membro da ONU.

ANDES-SN em defesa do povo palestino

O ANDES-SN tem uma longa trajetória de apoio à luta pela liberdade e autodeterminação do povo palestino, desde 2003, com deliberações que incluem o engajamento em comitês de solidariedade e o boicote ao Estado de Israel. Em 2018, o sindicato aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, incentivando a solidariedade internacional à causa palestina. 

No 42º Congresso da entidade, realizado em 2023, foi aprovada a moção "Não é guerra, é genocídio!", reforçando o apoio à luta palestina. No 67º Conad, ocorrido em julho deste ano, foi decidido que o ANDES-SN lutará pelo rompimento das relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e Israel, destacando a relação entre os acordos militares de Israel e a militarização das periferias no Brasil. Além disso, o sindicato continuará promovendo debates sobre a causa palestina e apoiando aqueles perseguidos por defender essa luta, incluindo a reativação do Comitê da ONU contra o crime de apartheid.

Leia mais sobre a causa palestina aqui na edição de agosto do Informandes. 
 

Fonte: Andes-SN (com informações da ONU)

 

Quinta, 29 Agosto 2024 10:36

 

Trabalhadores da Saúde palestinos foram detidos, arbitrariamente, e torturados pelas forças israelenses. A denúncia é feita pela organização Human Rights Watch (HRW), que divulgou um relatório que documenta os abusos de Israel contra profissionais de Saúde em Gaza, desde outubro de 2023.

A detenção de profissionais de Saúde no contexto dos repetidos ataques militares israelenses a hospitais em Gaza contribuiu para a degradação catastrófica do sistema de saúde do território sitiado.

Médicos, enfermeiros e paramédicos libertados descreveram à HRW os maus-tratos que sofreram sob custódia israelense, incluindo humilhação, espancamentos, posições de estresse forçadas, prolongado uso de algemas e vendas, e negação de atendimento médico. Eles também relataram tortura, incluindo ameaças de estupro e abuso sexual por parte das forças israelenses, negação de cuidados médicos e condições precárias de detenção para a população geral de detidos.

"O tratamento abusivo do governo israelense aos profissionais de Saúde palestinos continuou nas sombras e precisa parar imediatamente", disse Balkees Jarrah, diretor interino para o Oriente Médio da Human Rights Watch. "A tortura e outros maus-tratos a médicos, enfermeiros e paramédicos devem ser investigados a fundo e devidamente punidos, inclusive pelo Tribunal Penal Internacional (TPI)”, afirmou Jarrah.

Entre março e junho de 2024, a organização entrevistou oito trabalhadores da Saúde palestinos que foram levados pelo exército israelense de Gaza entre novembro e dezembro de 2023 e detidos sem acusação por períodos que variaram de sete dias a cinco meses. Seis foram detidos no trabalho, após cercos israelenses a hospitais ou durante evacuações hospitalares que, segundo eles, haviam sido coordenadas com o exército israelense. Nenhum dos profissionais de saúde disse ter sido informado sobre o motivo de sua detenção ou acusado de algum crime. A Human Rights Watch também conversou com sete pessoas que testemunharam soldados israelenses detendo profissionais de Saúde enquanto eles desempenhavam suas funções.

A Human Rights Watch enviou uma carta ao exército israelense e ao Serviço Prisional de Israel com as conclusões preliminares em 13 de agosto, mas não recebeu resposta.

Todos os profissionais de saúde entrevistados forneceram relatos semelhantes de maus-tratos sob custódia israelense. Após estarem em Gaza, foram deportados para centros de detenção em Israel e na Cisjordânia ocupada. Todos disseram que foram despidos, espancados, vendados e algemados por várias semanas consecutivas e pressionados a confessar serem membros do movimento Hamas, sob diversas ameaças de detenção indefinida, estupro e assassinato de suas famílias em Gaza.

Um cirurgião disse que estava "vestindo uniforme médico e Crocs" quando as forças israelenses o detiveram durante o cerco ao Hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, Gaza, em dezembro. "Éramos 50 trabalhadores da Saúde, incluindo enfermeiros e médicos", disse ele. "O soldado no microfone ordenou que homens e meninos com mais de 15 anos evacuassem o hospital... Quando nos tiraram do hospital, nos mandaram despir e ficar de roupa íntima", contou.

O Ministério da Saúde de Gaza relatou que as forças israelenses detiveram pelo menos 310 profissionais da Saúde palestinos desde 7 de outubro. A Healthcare Workers Watch-Palestine, uma organização não governamental, documentou 259 detenções de profissionais da saúde e coletou 31 relatos que descrevem tortura e outros abusos por parte das autoridades israelenses, incluindo o uso de posições de estresse, privação de alimentação e água adequadas, ameaças de violência sexual e estupro, e tratamento degradante. A Healthcare Workers Watch-Palestine ajudou a Human Rights Watch a entrevistar os profissionais da Saúde libertados.

Os relatos dos profissionais de saúde são consistentes com relatórios independentes, incluindo o do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), da mídia israelense e de grupos de direitos humanos, que documentam dezenas de relatos de detidos sobre detenções incomunicáveis, espancamentos, violência sexual, confissões forçadas, eletrocussão e outras torturas e abusos de palestinos sob custódia israelense.

A Human Rights Watch descobriu que as autoridades israelenses há décadas não fornecem responsabilização credível para tortura e outros abusos contra detidos palestinos. Segundo estatísticas oficiais israelenses, entre 2019 e 2022, 1.830 queixas de abuso foram abertas contra oficiais do Serviço Prisional de Israel, sem que nenhuma resultasse em uma condenação criminal. As autoridades israelenses não permitiram que agências humanitárias independentes tivessem acesso a detidos palestinos desde o início da guerra de Israel.

“Os governos devem apoiar os esforços internacionais de justiça para tratar dos abusos israelenses contra detidos palestinos e responsabilizar os culpados. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha e outros países devem pressionar Israel a acabar com suas práticas abusivas de detenção, que formam um aspecto da opressão sistemática subjacente aos crimes contra a humanidade de apartheid e perseguição cometidos pelas autoridades israelenses contra os palestinos”, afirma a HRW.

De acordo com a organização, o Tribunal Penal Internacional está considerando pedidos de mandado de prisão contra altos funcionários israelenses por graves crimes internacionais e deve garantir que sua investigação aborde abusos contra detidos palestinos. Os aliados de Israel devem pressionar o governo a permitir urgentemente o monitoramento independente das instalações de detenção.

“A tortura de trabalhadores da saúde palestinos é uma janela para o problema muito maior do tratamento dado pelo governo israelense aos detidos em geral”, disse Jarrah. "Os governos devem pedir publicamente às autoridades israelenses que libertem os trabalhadores da saúde detidos ilegalmente e acabem com os maus-tratos cruéis e as condições de pesadelo para todos os detidos palestinos”, cobrou o diretor da Human Rights Watch.

Fonte: Human Rights Watch (com tradução e edição do ANDES-SN)

Segunda, 26 Agosto 2024 09:33

 

 

Na quarta-feira (21), representantes da diretoria do ANDES-SN, da Associação de Docentes da Universidade de Brasília (Adunb Seção Sindical) e docentes da UnB participaram de uma reunião na Embaixada da Palestina, em Brasília (DF). O grupo foi recebido pelo Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, para dialogar sobre ações em apoio ao povo palestino.

 

Foto: Eline Luz / Imprensa ANDES-SN

 

O ANDES-SN entregou um documento com uma seleção das principais deliberações do Sindicato Nacional, em solidariedade com a luta do povo da Palestina pela terra, o território, e o direito à autodeterminação. A perseguição política enfrentada por docentes, que manifestaram solidariedade à luta do povo palestino, também foi discutida com o embaixador, além do suporte jurídico ofertado, pelo ANDES-SN e suas seções sindicais, às professoras e professores vítimas desses ataques.

“Fizemos um ato, junto com professores da Universidade de Brasília, de solidariedade com a luta do povo da Palestina pela autodeterminação e repudiar o genocídio que está acontecendo neste momento, em cumprimento com as deliberações do nosso [42º] Congresso e do nosso [67º] Conad”, afirma Luis Acosta, encarregado de Relações Internacionais do ANDES-SN.

Para fortalecer as ações de solidariedade, a Embaixada da Palestina irá traduzir o documento entregue pelo ANDES-SN, para que seja enviado às trabalhadoras e aos trabalhadores palestinos. Também foi solicitado que o ANDES-SN reúna as publicações da entidade sobre a Palestina, para ser traduzido e divulgado junto à classe trabalhadora daquele país.

O Sindicato Nacional também produziu um vídeo de 30 segundos, para ser veiculado curtos em emissoras palestinas. Todos os materiais serão traduzidos pela Embaixada da Palestina.

Clique aqui e confira vídeo com mais informações sobre esta ação.

 

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 19 Julho 2024 13:47

 

O Ministério da Educação e Ensino Superior da Palestina afirmou, nessa terça-feira (16), que 9.241 estudantes foram mortos e 15.182 ficaram feridos desde o início dos ataques israelenses, em 7 de outubro, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. A informação foi divulgada pela Agência de Informação e Notícias Palestina (Wafa).

Foto: Agência de Informação e Notícias Palestina (Wafa)

 

De acordo com o ministério, o número de estudantes mortos na Faixa de Gaza ultrapassou 9.138, e os feridos alcançaram 14.671. Enquanto na Cisjordânia, 103 estudantes morreram e 505 ficaram feridos e cerca de 360 já foram detidos. O órgão ainda informou que 497 docentes e administradores escolares foram mortos e 3.426 ficaram feridos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Cerca de 353 escolas governamentais, universidades, prédios universitários e 65 pertencentes à Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foram bombardeados e vandalizados na Faixa de Gaza, o que levou a danos severos em 139 delas e à destruição completa de 93. Outras 133 escolas governamentais também foram usadas como centros de abrigo na Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, 69 escolas e cinco universidades na Cisjordânia foram invadidas e vandalizadas.

Segundo o Ministério da Educação palestino mais de 620.000 estudantes na Faixa de Gaza ainda estão privados de frequentar suas escolas desde o início da agressão, e 88.000 estudantes também estão privados de frequentar suas universidades. A ocupação também privou 39.000 estudantes da Faixa de Gaza de fazer o exame de conclusão do ensino médio.

Conforme a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados palestinos (UNRWA), desses estudantes, 300.000 eram alunos e alunas da UNRWA antes da guerra genocida.

Autoridades de saúde locais confirmaram que 38.713 palestinos e palestinas já foram mortos devido aos ataques israelenses e 89.166 feridos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças, segundo organizações palestinas e internacionais. Além disso, pelo menos 10.000 pessoas estão desaparecidas, presumivelmente mortas sob os escombros de suas casas em toda a Faixa.

ANDES-SN em defesa do povo palestino

Há anos, o ANDES-SN tem se posicionado em defesa da liberdade e autodeterminação do povo palestino. Em 2018, docentes aprovaram em congresso a adesão à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o Estado de Israel e incentivou as suas bases a prestar solidariedade internacional à luta palestina. Durante o 42º Congresso da entidade, realizado em fevereiro deste ano em Fortaleza (CE), foi aprovada, por unanimidade, a moção de repúdio “Não é guerra, é genocídio!”.

Em diversas situações, o Sindicato Nacional tem se manifestado pelo cessar-fogo imediato, em defesa do povo palestino e pela autodeterminação. E também cobrado a suspensão de relações diplomáticas, comerciais e acadêmicas com Israel e as instituições daquele país.

Fonte: Andes-SN (com informações da Agência de Informação e Notícias Palestina - Wafa).

Quinta, 23 Maio 2024 11:22

 

Cuiabá recebe o jornalista Breno Altman para o lançamento do livro “Contra o Sionismo - Retrato de uma Doutrina Colonial e Racista” no dia 04 de junho, às 19h, no auditório da Adufmat, na UFMT.

Aberto ao público, o evento de lançamento contará com um bate papo sobre o livro e a história do sionismo na Europa e nas terras palestinas, onde a doutrina chegou à sua maior representação: o genocídio em curso do povo palestino.

Com mediação do fotógrafo e jornalista Ahmad Jarrah, a mesa conta com a presença da professora doutora do Departamento de História da UFMT, Ana Maria Marques, e do diretor da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, Assan Salim.

Será uma oportunidade para ampliar os conhecimentos sobre a história da colonização da Palestina pelo estado sionista de Israel, ouvir relatos de quem vivenciou o apartheid na Palestina ocupada, e adquirir uma cópia da obra de Breno Altman.

>>>> Mais informações pelo Instagram @comitepalestinamt

 

Fonte: Divulgação

Terça, 30 Abril 2024 09:18

 

Segundo a ONU, mais de 35 mil palestinos já foram mortos por Israel desde outubro de 2023, sendo a maioria crianças e mulheres

Mais de 800 estudantes e docentes já foram detidos e detidas nos Estados Unidos, em protestos em solidariedade ao povo palestino. Os atos, protagonizados principalmente por estudantes, repudiam o genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza e cobram o fim das relações das universidades com empresas e institutos que apoiam o apartheid contra palestinos e palestinas, o genocídio e a ocupação militar da Palestina. 

Os protestos têm sido reprimidos pelas forças policiais, com a prisão de várias pessoas, o que também contribuiu para ampliar a adesão aos atos. As manifestações tiveram início na Universidade de Columbia, na cidade de Nova Iorque, onde estudantes organizaram um acampamento no gramado em um dos campi da instituição. A polícia foi chamada pela reitoria e deteve mais de 100 estudantes. Essa foi a primeira vez em mais de 50 anos que detenções em massa ocorreram na universidade. 

A indignação se espalhou, resultando em um movimento nacional nem diversas universidades do país. A violenta resposta policial às manifestações fez aumentar o apoio das comunidades universitárias ao protesto. “Divulgar! Desinvestir! Não vamos parar, não vamos descansar!”, lia-se em um dos cartazes de manifestantes na Universidade de Harvard.

“Saudamos esta crescente mobilização estudantil e universitária nos EUA, que denuncia a política colonialista do Estado de Israel e a prática de genocídio que, como aprovado no nosso último congresso, luta por fazer dos campi universitários ‘territórios livres do apartheid, não estabelecendo relações acadêmicas com instituições vinculadas ao Estado de Israel e rompendo com as já existentes’”, afirma em nota a diretoria do Sindicato Nacional. 

Para a entidade, o caminho da luta pelo cessar-fogo e pela autodeterminação do povo palestino precisa ser reforçado e ampliado. As ações dos e das estudantes nas universidades dos EUA são um exemplo a ser seguido para denunciar a prática de genocídio e o apartheid cometidos pelo Estado de Israel, sob o governo reacionário de Benjamin Netanyahu. 

“Redobramos a exigência do imediato cessar-fogo e o ingresso de ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza. Reafirmamos a defesa do povo palestino, da luta pela sua autodeterminação e reconhecimento internacional, e reiteramos NÃO É GUERRA, É GENOCÍDIO!”, conclui a nota.

Acesse o documento aqui.

 

Fonte: Andes-SN (com informação do Mídia Ninja e BBC)

Quinta, 29 Fevereiro 2024 17:28

 

Pelo fim do genocídio do povo palestino e por sua autodeterminação, pelo cessar-fogo imediato, pelo desbloqueio de Gaza e pela ruptura das relações diplomáticas com Israel foram algumas das demandas apresentadas no Ato em Solidariedade à Palestina, que ocorreu no início da tarde de quarta-feira (28), durante o 42º Congresso do ANDES-SN.

 

 

A mobilização reuniu participantes do evento, representantes de entidades locais e da comunidade acadêmica em frente ao Centro de Convivências, localizado no campus Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC).

O ataque à Faixa de Gaza, segundo Francirosy Campos Barbosa, docente da Universidade de São Paulo (USP), é uma barbárie que se iniciou antes do dia 7 de outubro de 2023. “Se a gente for contabilizar, de fato, esses ataques começaram no início do século XX, mais precisamente em 1948, com a Nakba (que em árabe significa “catástrofe” ou “desastre”) com a expulsão de mais de 750 mil palestinos. Aconteceu em 1967, e vem acontecendo ao longo da história da Palestina, e com ela vem um termo que muita gente desconhece, que é a Islamofobia, que é o medo de países da Europa e, principalmente, dos Estados Unidos imperialista, da religião Islã. São países que invadem terras árabes, terras muçulmanas, que tentam colonizar com os sionistas, e fazem muito bem feito, e ninguém se rebela”, criticou.

 

 

Ela também reforçou que 45% dos mortos em Gaza são crianças. “Como eu posso dormir na minha casa, se eu sei que tem criança morrendo?”, questionou a docente, que enfatizou que é preciso combater a islamofobia e o antissemitismo.

A palestina Muna Muhammad Odeh, docente da Universidade de Brasília (UnB), reside no Brasil desde 1992. Ela é uma das sobreviventes do genocídio contra o povo palestino. Aos cinco anos, perdeu seu irmão de nove meses e o seu pai, além de ter sofrido mutilações pelo corpo.

 

 

“O povo palestino está lutando há mais de 100 anos pela sua libertação. É uma relação de colonizador e colonizado e não uma relação de briga entre duas regiões. É uma relação clássica de colonialismo, de roubo de terra, de controle da vida, de tortura, de matança. São 17 mil crianças sem família nenhuma. Isto é uma clássica situação de genocídio”, disse Muna.

A docente da UnB aproveitou para denunciar as fake news publicadas em jornais de renome.  Ela citou a informação que circula de 40 crianças israelenses que foram degoladas e de supostas mulheres israelenses estupradas. “Quando você esconde, não fala, é neutro, você é cúmplice do genocídio. Então, é uma responsabilidade ética e histórica se manifestar”, acrescentou.

Irenísia Torres de Oliveira, presidenta da Associação de Docentes da Universidade Federal do Ceará (Adufc - Seção Sindical do ANDES-SN), organizadora do 42º Congresso, contou que na UFC, a Reitoria cancelou uma parceria com Israel diante da gravidade da situação. 

A docente conclamou as pessoas presentes no ato a chamar atenção da sociedade, das comunidades de suas universidades e exigir o fim do genocídio do povo palestino.

 

 

Luís Acosta, 2º vice-presidente do ANDES-SN e encarregado de Assuntos Internacionais da entidade, avaliou o ato em solidariedade à Palestina como anti-imperialista e de solidariedade internacional. “Esse foi um ato de afirmação do compromisso do nosso sindicato e dos diversos coletivos com a causa da Palestina, dos povos oprimidos e explorados pelo imperialismo. Toda a nossa solidariedade ao povo palestino. Este é um primeiro passo de uma agenda importante de luta. No nosso congresso, vamos debater e votar um texto de resolução que defenda as universidades, que sejam territórios livres do apartheid, para fazer com que as universidades sejam setores verdadeiramente importantes no que diz respeito ao avanço da consciência pública, democrática e antifascista”, acrescentou.

ANDES-SN em defesa do povo palestino

Há anos, o ANDES-SN tem se posicionado em defesa da liberdade e autodeterminação do povo palestino. Em 2018, docentes aprovaram em congresso a adesão à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o Estado de Israel e incentivou as suas bases a prestar solidariedade internacional à luta palestina. Durante o 42º Congresso, na plenária do Tema I, foi aprovada, por unanimidade, a moção de repúdio “Não é guerra, é genocídio!”.

Leia o InformANDES de Novembro de 2023 (acesse o hiperlink), para entender mais sobre as raízes do conflito na região de Gaza

 

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Fonte: Andes-SN

Terça, 20 Fevereiro 2024 14:05

 

Nosso sindicato tem, em reiteradas oportunidades, manifestado apoio à causa palestina, o seu direito à autodeterminação, e de condenação ao massacre e genocídio do povo palestino. Em virtude dos últimos acontecimentos e do agravamento da situação na Faixa de Gaza, reafirmamos a solidariedade com o povo da Palestina e reiteramos nossa condenação ao genocídio que está sendo perpetrado contra o povo palestino pelo governo reacionário do Estado de Israel.

Recentemente, numa ação impetrada pelo governo da África do Sul e apoiada também pelo governo do Brasil, a Corte Internacional de Justiça estabeleceu que há um risco plausível de danos irreversíveis e imediatos à população palestina em Gaza, determinando “que o Estado judeu tome todas as medidas em seu poder para evitar violações da Convenção das Nações Unidas sobre Genocídio, de 1948, e permita a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino”. A ONU define no artigo 2º da Convenção Sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio o genocídio como os seguintes atos, desde que cometidos com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso: “a) Assassinato de membros do grupo; b) Atentado grave à integridade física e mental de membros do grupo; c) Submissão deliberada do grupo a condições de existência que acarretarão a sua destruição física, total ou parcial; d) Medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; e) Transferência forçada das crianças do grupo”. A Corte também determinou uma série de medidas cautelares a serem observadas pelo governo de Israel, enquanto continua com a análise da denúncia apresentada.

Mesmo com esta determinação a agressão do governo de Israel, com o apoio do governo dos EUA e a cumplicidade dos governos da Europa “ocidental”, não tem recuado, e a cada dia avança com novos ataques particularmente à população da Faixa de Gaza. Mulheres e crianças são as principais vítimas desta operação de extermínio. Neste sentido a recente declaração do presidente Lula, no sentido de reconhecer o genocídio do povo palestino da mesma forma que praticado contra os judeus pelo nazismo, não traz imprecisões históricas. Trata-se de um genocídio contra o povo palestino e não de uma guerra. É também louvável a decisão de fazer novos aportes de recursos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) diante do boicote a esta agência que o governo dos EUA e alguns governos da Europa, decidiram em apoio ao colonialismo e apartheid do governo de Israel.

Nosso 42º Congresso será importante momento para que o tema seja colocado em debate e que resoluções acerca da matéria venham a ser tomadas.

Reiteramos, como indicado na Circular nº 376/2023, a convocação para as seções sindicais, com os sindicatos e movimentos sociais, organizarem atos de solidariedade ao povo da Palestina, por um cessar-fogo imediato e o ingresso de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Não é guerra, é genocídio!

 

 

Brasília(DF), 20 de fevereiro de 2024.

 

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional