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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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Por Roberto de Barros Freire*
Kant na sua pequena grande obra “A paz perpétua” afirma que todos sabemos quando se age com justiça e quando não; todos sabem o que é certo e o que é errado. Se não se pode colocar em público o que pretende realizar ou dizer, é porque é injusto, pois escondemos nossos vícios e deixamos público apenas nossas virtudes. Se uma conversa não pode se tornar pública é porque ela não é honesta, nem visa a justiça.
Ou seja, em público todos se mostram republicanos, mas quando se adentra na vida privada das autoridades públicas, normalmente de forma ilícita, mesmo porque todos fazem questão de a manterem clandestina (e não apenas privada), a vida dos mesmos são bem pouco republicanas.
Todas as conversas gravadas pelos Batistas revelam isso; se as gravações foram desonestas, muito mais desonesto é o que está gravado. Grandes autoridades da república chafurdando no pântano da clandestinidade seus interesses não privados, mas clandestinos. Ou seja, são personagens interpretados na frente das câmeras da televisão, enquanto que longe delas ocorrem toda sorte de negociatas e a defesa de interesses pouco honestos, ou mesmo prejudicial aos demais.
O que ocorreu com a publicização das conversas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, ainda que criminoso, revela um crime ainda pior cometido pelos agentes públicos. Se os supostos hackers agiram de má-fé, mais má-fé se avista na troca de mensagens entre procurador e juiz. Juiz e procurador podem vir a público e mostrar suas indignações diante do ocorrido, o roubo de suas falas, porém mais indigno foi o que realizaram e o que falaram.
Um juiz não pode instruir uma das partes da contenda. Um procurador não pode solicitar tratamento privilegiado de um juiz. Quando um juiz instrui um procurador e o procurador procura argumentos no juiz para vencer no tribunal, a república foi ultrajada, pois que antes de atender ao interesse público, atendeu aos interesses privados de juiz e procurador.
Com isso, não estou afirmando a inocência do Lula, mesmo porque ele foi condenado em outras instâncias, estou afirmando que seus condenadores de primeira instância são tão bandidos quanto ele. Nem melhor, nem pior, apenas que todos são não republicanos, e que se utilizam das leis para benefício próprio e em prejuízo de todos nós.
O fato é que, se formos realizar um julgamento realmente honesto nesse país, as autoridades judiciárias, juízes e procuradores, assim como nossos políticos e governantes, estarão no banco dos réus.
*Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Circular nº 228/19
Brasília (DF), 11 de junho de 2019
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN
Companheira(o)s,
Conforme deliberado no 38º CONGRESSO do ANDES-SN e referendado na última reunião do Pleno do GT Ciência e Tecnologia, ocorrida em março de 2019, diante dos inúmeros ataques às universidades e institutos de pesquisa públicos, incluindo neste cenário os contingenciamentos/cortes nos orçamentos públicos, convocamos a reunião conjunta dos Plenos dos GT Ciência e Tecnologia, GT-Verbas e GT-Fundações, conforme o que segue:
Data: 29 e 30 de junho de 2019 (sábado e domingo)
Horário: Dia 29/06 - Das 9h às 19h
Dia 30/06 – Das 9h às 13h.
Local: Sede do ANDES-SN (SCS, Q. 2, Ed. Cedro II, Bloco C, 3º andar – Brasília/DF)
Pauta Conjunta:
- 1. Informes;
- 2. Análise da conjuntura;
- 3. Deliberações do 38º Congresso; e
- 4. Encaminhamentos.
É de fundamental importância que as Seções Sindicais confirmem a presença até o dia 17 de junho de 2019 (segunda-feira).
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Profª. Caroline de Araújo Lima
1ª Secretária
Clique no arquivo anexo abaixo para ler o documento.
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A Adufmat-Ssind convoca, seguindo a ordem de aprovação, os candidatos classificados para o processo seletivo para contratação de Assessor(a) Sindical, realizado no final de fevereiro de 2019:
Janyne Lourenço Moura |
Sérvulo Del Catilo Raiol Neuberger |
Os convocados acima devem entrar em contato com o sindicato nessa terça-feira, 11/06, por meio dos telefones (65) 3615-8293| 99686-8732 ou diretamente na sede da Adufmat-Ssind, no campus da UFMT em Cuiabá.
Adufmat-Ssind
Desde 1995, o Brasil gerou R$ 1 trilhão em superávit primário. Apesar disso, a dívida interna subiu de R$ 86 bilhões para quase R$ 4 trilhões no mesmo período, denuncia a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli.
A informação foi dada por Fatorelli durante audiência pública, na última quinta-feira (16), na Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados, que debateu a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
Segundo a auditora fiscal aposentada da Receita Federal, essa situação é fruto de uma “crise fabricada” pela política monetária aplicada no país, baseada em elevadas despesas com o pagamento de juros que só serve para favorecer o sistema financeiro.
Demonstrando dados de mecanismos praticados pelo Banco Central e pelo governo brasileiro, Fatorelli comprovou que o sistema da Dívida Pública, ano após ano, gera de forma ilegal e inconstitucional um montante de juros que torna esse montante impagável.
“O déficit das contas públicas não está e nem nunca esteve na Previdência Social. Está nas políticas do Banco Central”, afirmou, completando que os gastos com juros da Dívida consomem mais de 40% do Orçamento do país todos os anos.
De acordo com Fatorelli, a “economia” de R$ 1 trilhão, pretendida pelo ministro da Economia Paulo Guedes com a reforma da Previdência, é apenas um valor que deixará de ser pago em aposentadorias, a maior parte do regime geral da Previdência, no qual nove entre dez aposentados recebem somente até dois salários mínimos.
“Essa reforma não é para combater privilégios; R$ 870 bilhões vão sair dos mais pobres, do Regime Geral da Previdência. Os outros 20% que se pretende economizar vão sair de servidores públicos porque ele pretende aumentar a alíquota”, alertou.
Confira a fala de Maria Lúcia Fatorelli: https://www.youtube.com/watch?v=sP9U8I-b6lA&feature=youtu.be
Fonte: CSP-Conlutas
Polícia Militar usa violência para impedir manifestantes de se protegerem, em prédio público, de temporal que assolou Salvador
Docentes e estudantes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) foram vítimas de repressão policial na quarta-feira (5).
Os manifestantes acampavam em frente à Secretaria de Educação (SEC) quando uma forte chuva assolou, no final da tarde, a cidade de Salvador (BA).
De imediato, um grupo conseguiu se abrigar no saguão da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado (Secti). Logo depois chegou a Polícia Militar (PM) e impediu a entrada dos outros manifestantes.
Durante sete horas, a PM ameaçou docentes e estudantes do uso da força para expulsá-los do prédio.
Os policiais proibiram a entrada de água, comida e o acesso aos banheiros. Após exaustiva negociação, os manifestantes se retiraram do prédio, às 5h, debaixo de chuva, mas com a promessa de reunião no dia seguinte com a Secretaria de Relações Institucionais (Serin) da Bahia.
Na quarta-feira, pela manhã, devido a compromissos na agenda da secretária da Serin, Cibele Carvalho, a reunião foi interrompida. Ela seria remarcada no período da tarde, porém, a pasta não confirmou.
Para Luiz Blume, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN, a disposição dos docentes e estudantes em continuar pressionando o governo teve resultado.
“A partir da entrada, não permitida, no prédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia e também com a negociação da nossa saída do prédio de madrugada foi possível fechar uma reunião com a Secretaria de Relações Institucionais, que não estava confirmada até então. Os estudantes também conseguiram confirmar a reunião deles”, ressaltou.
O diretor do ANDES-SN criticou ainda a forma “truculenta” como o governador Rui Costa (PT) vem lidando com o movimento docente e estudantes nos últimos anos.
Ocupação
Os manifestantes acampavam desde terça (4) a área externa da SEC, após serem impedidos de entrar no prédio para protocolar a pauta de reivindicação. É a terceira contraproposta elaborada pelos docentes.
Greve
Os docentes das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), Sudoeste da Bahia (Uesb), Santa Cruz (Uesc) e da Bahia (Uneb), estão em greve há mais de 60 dias. Ataques à carreira e aposentadoria, arrocho salarial e contingenciamento são alguns dos problemas enfrentados pelos docentes.
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Jair Bolsonaro cortou mais 2724 bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foram afetados programas de pós-graduação de todas as áreas de conhecimento, de instituições públicas e privadas de todo o país. Ao todo, 6198 bolsas foram cortadas desde o início do governo.
As 2724 bolsas deixam de ser pagas já no mês de junho. Programas de pós-graduação que tiveram nota 3 em duas avaliações consecutivas, ou que caíram de nota 4 para nota 3 no último ciclo, perderam 70% das bolsas. A exceção está na Amazônia Legal (região Norte, Mato Grosso e Maranhão). Lá, os programas que se encaixam nos critérios de corte perderam apenas 35% das bolsas.
“Trata-se de um processo de redução dos pequenos programas de pós-graduação. Dos programas que ainda estão em construção e consolidação, que são mais frágeis, e onde a repercussão da produção científica ainda não é tão grande”, avalia Emerson Duarte Monte, 2º vice-presidente da Regional Norte II e um dos coordenadores do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCT) do ANDES-SN.
O docente cita um agravante. Os programas de notas mais baixas, nos quais estão ocorrendo os cortes, estão localizados majoritariamente nas regiões Norte e Nordeste. Os dados são da própria Capes.
“Nessas regiões há uma carência de investimentos para consolidar a estrutura da educação superior e da pós-graduação. São as regiões mais penalizadas historicamente no que diz respeito ao desenvolvimento regional. Vai aprofundar ainda mais essa desigualdade regional que é peculiar no Brasil”, conclui Emerson.
O ataque à educação à ciência e à tecnologia brasileira faz parte de cortes orçamentários mais amplos. Só o Ministério da Educação (MEC) perdeu R$5,8 bilhões em 2019. A Capes já cortou R$300 milhões de seu orçamento, e, segundo previsões do governo, tem que enxugar outros R$519 milhões até o final do ano.
Também foram afetadas 1774 bolsas do Programa Institucional de Internacionalização (Print), para pesquisas no exterior. Elas serão ofertadas apenas em 2022.
Fonte: ANDES-SN
Bolsonaro é inimigo do meio ambiente, e o mundo inteiro está de olho nele por isso. Sua proximidade com o Agronegócio, que resulta nas reclamações acerca da rigidez da legislação ambiental brasileira e, consequentemente, suas investidas para esfarelar o que ele considera “empecilho ao desenvolvimento”, já renderam algumas advertências internacionais e muita revolta popular.
Por isso, no Dia Internacional do Meio Ambiente, 05/06, movimentos sociais fritaram o presidente e sua equipe num ato simbólico realizado em frente ao Restaurante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Fritar os membros do governo foi uma alusão ao aquecimento global evidenciado pela comunidade científica, mas questionado por grupos econômicos que almejam a exploração do meio ambiente com a finalidade exclusiva de lucrar. De acordo com a professora Michele Sato, que participou das atividades na UFMT, apenas 3% dos pesquisadores negam o aquecimento global, porque são financiados especialmente pela multinacional Exxon (dona da Esso), a Koch Industries (dos irmãos estadunidenses Charles e David - que têm forte influência sobre as eleições nos Estados Unidos), e sindicatos patronais.
Além do ato antropofágico, os participantes realizaram debates ao longo do dia para discutir temas como “Dimensões Ambientais”, com a pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA/UFMT) Déborah Moreira, o coordenador do Centro Burnier de Fé e Justiça e membro do Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT), Inácio Werner, além do representante do Grupo Carta de Belém, Pedro Martins.
A mediação do debate foi feita pelo secretário executivo do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Herman Oliveira.
Às 15h, o grupo se reuniu no Fórum de debates socioambientais com os movimentos sociais indígenas, quilombolas, negro, atingidos por barragens, migrantes e LGBTs, mediado pela professora Michele Sato.
Os debates foram realizados no Museu Rondon.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da UFMT
Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, em assembleia geral realizada nessa quinta-feira, 06/06, aderir às paralisações e manifestações convocadas pelas centrais sindicais para a próxima sexta-feira, 14/06. Muitas categorias de trabalhadores e movimentos sociais diversos sinalizam que essa Greve Geral contra a Reforma da Previdência será uma das mobilizações mais fortes da história do país.
“Dia 14 não vai ter ônibus, não vai ter trem, não vai ter banco. O Brasil vai parar. Centenas de categorias estão decidindo isso. Então, nós viemos aqui discutir a conjuntura em assembleia, mas somos apenas uma parcela, e a Greve Geral independe da nossa vontade. Ela vai acontecer e vai ser muito forte”, disse o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza.
De modo geral, os docentes entendem que os atos realizados nacionalmente em 15 e 30/05 foram muito expressivos, mas também destacaram que as avaliações mais sombrias acerca do autoritarismo do governo Bolsonaro começam a se materializar, como reação a crescente organização popular. As agressões a sindicalistas dos Correios em Mato Grosso, que ocorreram esta semana, evidenciam isso.
Outro fato que despertou a atenção da diretoria, devido à conjuntura, e foi levado à categoria na assembleia dessa quinta-feira, foi a solicitação da administração da universidade para que a Adufmat-Ssind envie um relatório sobre as atividades realizadas na área do sindicato. “Nossa sede é um espaço público por onde passa diariamente a comunidade universitária, principalmente docentes e estudantes, para fins diversos”, disse o professor Maelison Neves.
Docentes lotados nos campi da UFMT no interior também avaliaram as manifestações de maio de forma positiva, ressaltando o papel central dos estudantes. “No Araguaia nós tivemos uma adesão grande de professores, estudantes e técnicos. Foi muito importante dialogar com as pessoas na rua, demonstrando como o trabalho realizado na universidade é importante”, disse o docente Sérgio de Oliveira.
Para a professora Gerdine Sanson, de Sinop, as manifestações surpreenderam de forma positiva, sim. No entanto, alguns colegas que atuam no interior do estado ainda relatam o receio de se expressarem de forma mais incisiva por conta do conservadorismo e da intolerância.
Após o debate, a categoria avaliou que a adesão à convocação das centrais para construir a Greve Geral em 14/06 é fundamental. Assim, a maioria dos presentes na assembleia, realizada simultaneamente em Cuiabá, Sinop e Araguaia, votou pela paralisação. O dia 14 de junho foi escolhido pelas centrais porque o governo indicava que faria a votação da proposta de (contra)reforma da Previdência nesta data.
A diretoria da Adufmat-Ssind informou que, a exemplo das mobilizações anteriores, já estão sendo confeccionados mais cartazes, panfletos, camisetas, faixas, adesivos, jornais, bandeiras, além de artes para outdoor e busdoor, que deverão ser entregues e/ou circular nos próximos dias, na capital e no interior. Os jornais já estão sendo entregues pessoalmente pelos diretores.
64° CONAD
A pedido do professor Tomas Boaventura, a categoria incluiu um ponto de pauta para discutir a participação da Adufmat-Ssind no 64º Conselho do ANDES Sindicato Nacional, que será realizado em Brasília, entre 11 e 14/07. O docente explicou que há uma demanda importante dos aposentados que deverá ser apresentada ao Sindicato Nacional.
Após discussão ficou decidido que haverá uma assembleia geral para discutir o formato de um Texto de Resolução que deverá fazer parte do caderno de textos do 64º CONAD, apresentando propostas para acabar com disparidades entre professores ativos e aposentados. Para além da assembleia, que deverá ser realizada antes de 23/06 para que seja possível inserir o texto no caderno, a discussão também será realizada pelo Grupo de Trabalho de Assuntos de Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA) da Adufmat-Ssind.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind