Em assembleia geral realizada nessa quinta-feira (05/05), os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) debateram, de acordo com a pauta proposta pelo sindicato da categoria (Adufmat – Seção Sindical do ANDES): informes gerais, informes sobre o processo dos 28,86%, PLC 247/16 e as implicações aos docentes, e avaliação de conjuntura.
Durante os informes, o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, registrou diversas questões. Uma delas foi a renúncia da profa. Alair Silveira do Conselho Fiscal da entidade. A plenária decidiu que nova assembleia geral deve ser realizada para avaliar a questão, pois há dúvidas sobre os procedimentos que devem ser adotados para completar o grupo, formado por três pessoas.
Outra questão deliberada pela assembleia foi a retomada do prof. Evandro Soares como diretor de Imprensa do Sindicato. Ele pediu licença para disputar a vice-reitoria da universidade na chapa 4, UFMT Diálogo e Ação. O pleno entendeu que é natural a permanência do docente na diretoria até a nomeação para o cargo de vice-reitor, que deve ocorrer em outubro.
Mais informes foram dados sobre eventos que tiveram a participação da Adufmat-Ssind ou que serão realizados nos próximos dias, sobre atividades do Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) e sobre as eleições para Diretoria do ANDES-SN nos dias 10 e 11/05. Ficou decidido que nova assembleia geral também deve contemplar uma discussão sobre a dinâmica dos Grupos de Trabalho (GT’s) da Adufmat.
Sobre os 28%, um dos advogados responsáveis pelo caso, Alexandre Pereira, falou sobre os últimos trâmites do processo e respondeu algumas perguntas. Ele afirmou que a universidade deve cumprir a decisão judicial, conforme o divulgado, pois os gastos totais com multa pelo descumprimento passariam de R$ 300 mil. Ele esclareceu que o valor implementado não será mais o calculado em 2014, pois deve ser atualizado com base nos ganhos dos últimos anos.
Pereira afirmou ainda que o valor incorporado será sempre reajustado com os ganhos salariais dos próximos anos, que não há prescrição de valores retroativos devido ao tempo do processo – cada docente terá o cálculo feito a partir do seu ingresso na universidade, e que a determinação judicial sobre o pagamento dos valores retroativos deve sair entre 2017 e 2018.
O presidente da Adufmat-Ssind esclareceu outras questões. Informou que nova assembleia será convocada para a próxima quinta-feira (12/05), para aprofundar o debate sobre os 28% e aprovar o método de pagamento dos honorários. “A Adufmat-Ssind adquiriu dívidas com assessoria jurídica e trabalho pericial para beneficiar todos os docentes da universidade, não só os sindicalizados. Mas a diretoria decidiu que novos esforços referentes ao pagamento dos valores retroativos só serão feitos para os professores sindicalizados”, pontuou o docente.
O professor Roberto Boaventura quis registrar sua satisfação com relação a vitória do Sindicato acerca do processo dos 28%, não só por tê-lo iniciado em sua gestão na Adufmat-Ssind, em 1994, mas por ter presenciado, em uma das últimas reuniões do CONSUNI, uma provocação da reitora. Ela afirmou que somente sindicato teria ciência desse processo, insinuando que o pagamento seria fantasioso. “Ela não ofendeu a mim. Ela ofendeu o Sindicato e agora obteve a resposta”, disse.
Conjuntura
No início da assembleia, foi proposta, e aprovada a inversão dos pontos de pauta sobre o PLP 257/16 e avaliação de conjuntura.
Durante a avaliação de conjuntura, os docentes registraram preocupação com o cenário político do país, em especial as manifestações violentas contra movimentos sociais, além da atuação do Judiciário e do Ministério Público Federal em determinados estados (há registro de casos em GO e MG) cerceando o direito de discussão e tomada de posição política acerca do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Muitos docentes lamentaram que, após os informes sobre o processo dos 28%, boa parte dos presentes deixou a assembleia. “É difícil pensar que professores de uma universidade não estejam interessados na discussão política, mas apenas nos informes sobre valores a serem recebidos”, disse a professora Alair Silveira.
Para o professor Dorival Gonçalves, o momento é favorável a reflexão e formação política dos trabalhadores. Ele acredita que as reações violentas sempre fizeram parte de segmentos sociais, em especial aqueles que não têm espaço de reflexão política.
A assembleia concluiu que o lugar do Sindicato é, como tem feito, ao lado dos movimentos de trabalhadores, e deliberou que nova assembleia deve ser realizada para voltar ao debate e analisar a possibilidade de assumir posição pública sobre os fatos.
Com relação ao PLP 257/16, que retira direitos dos servidores públicos como pagamentos de benefícios, incluindo a Retribuição por Titulação (RT), ficou decidido que uma comissão deve ser formada para estudar o assunto e fazer o diálogo direto com o Sindicato Nacional. O ANDES-SN tem um extenso calendário de atividades de luta para tentar barrar o Projeto de Lei. Colocaram-se a disposição para formar a comissão os professores: Vanessa Furtado, Meire Rose Oliveira, Maelison Neves, Maria Luzinete Vanzeler e José Airton de Paula.
Também foi aprovada na assembleia a participação dos professores Maelison Neves e Maria Luzinete Vanzeler na atividade do Comando Nacional de Mobilização do ANDES-SN entre os dias 09 e 13/05, e que a Adufmat-Ssind abrirá diálogo com a reitoria da universidade sobre o caso dos trabalhadores terceirizados, que estão enfrentando novos problemas com a empresa Luppa Administradora de Serviços.
Na próxima segunda-feira (09), um dos membros da chapa Unidade na Luta, candidata a diretoria do ANDES-SN, estará na Adufmat-Ssind para uma roda de conversa com os docentes da universidade. O professor Alexandre Carvalho, da UESB, é terceiro secretário da atual diretoria do Sindicato Nacional. Fica o convite.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Aqueles que se encontrarem fora da sua Instituição poderão votar em trânsito em qualquer seção eleitoral
Na próxima semana, nos dias 10 e 11, o ANDES-SN realiza o processo eleitoral para a diretoria que estará à frente do Sindicato Nacional durante o biênio 2016-2018. A votação se dará em todo do território nacional, nos diversos campi das Instituições Federais e Estaduais de Ensino Superior, bem como nos Instituto Federais onde há docentes sindicalizados ao ANDES-SN. Aqueles que se encontrarem fora da sua zona eleitoral poderão votar em trânsito em qualquer seção eleitoral. O processo eleitoral tem uma chapa concorrente. Confira a nominata.
Podem votar os docentes sindicalizados até o dia 12 de fevereiro de 2016 e que estiverem em dia com suas contribuições financeiras junto à Tesouraria Nacional até 7 de março deste ano. Os docentes que votarão em trânsito ou em locais onde a eleição está sendo organizada pelas secretarias regionais devem apresentar documento de identidade e contracheque. Já aqueles que votarão em suas seções sindicais, basta apresentar documento de identificação.
Na última semana, a diretoria do Sindicato Nacional encaminhou circular às seções sindicais e secretariais regionais ressaltando a importância de mobilizar os docentes e ampliar a participação no processo eleitoral, diante de tantos ataques aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos, em especial à Educação.
“A eleição direta para próxima diretoria do Sindicato Nacional que ocorre nos próximos dias 10 e 11, em todo país, é um acontecimento político da mais alta relevância para os docentes das instituições de ensino superior, no sentido de fortalecer seu, cada vez mais necessário, instrumento de organização e luta. Neste sentido, conclamamos as seções sindicais a envidarem esforços para a mobilização dos professores para esta eleição e, nesse processo, intensificarem os debates sobre os sentidos contidos dos projetos que nos retiram direitos”, ressalta a circular.
Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, reforça que a intensidade dos ataques aos direitos sociais, em específico, à educação pública, com projetos que atacam desde a gratuidade da educação superior, até a carreira dos docentes e a liberdade de expressão em sala de aula exige um grande esforço para a defesa e o enraizamento do Sindicato Nacional, para que este continue atuando de forma independente em defesa da categoria.
“A profundidade das pretendidas ameaças aos direitos dos trabalhadores exige quebrar a capacidade de luta da classe, o que indica a intensificação da criminalização dos movimentos sociais e dos ataques às organizações independentes e de luta, porque são importantes instrumentos para a resistência, o que demanda, desde já, um grande esforço de defesa e de fortalecimento dessas organizações, nas quais se insere o ANDES – Sindicato Nacional. E o fortalecimento dá-se pela base, com democracia e participação”, completa, conclamando todos os sindicalizados às urnas na próxima semana.
Processo eleitoral
A eleição se dará nos dias 10 e 11 de maio, em todo o Brasil. Docentes fora da sua zona eleitoral poderão vota em trânsito em qualquer seção sindical do ANDES-SN. A apuração se dará nos dias 12 e as comissões eleitorais locais têm até às 16 horas do dia 13 (sexta) para encaminhar por meio eletrônico o resultado da eleição na sua respectiva seção sindical.
Posse da diretoria
A diretoria que estará à frente do Sindicato Nacional durante o biênio 2016-2018 será empossada durante o 61º Conad do ANDES-SN, que acontecerá em Boa Vista (RR), entre os dias 30 de junho e 3 de julho.
Acesse aqui os materiais e circulares referentes ao processo eleitoral.
Confira entrevista com a candidata à presidência do ANDES-SN biênio 2016-2018
O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias ainda prevê congelamento do salário mínimo e suspensão de concursos públicos para o ano que vem
O governo federal enviou ao Congresso Nacional, no dia 15 de abril, o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017. Em tempos de crise, o governo prevê um superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e definiu que a meta de resultado primário para a União (Orçamento e Seguridade Social) no próximo ano, será igual a zero. Para 2018, a equipe econômica projeta superávit de 0,8% do PIB e, para 2019, de 1,4% do PIB. O déficit nas contas públicas em 2017 poderá chegar a R$ 65 bilhões.
“Diferente do PLDO de 2016, o projeto deste ano propõe um resultado primário igual a zero e já prevê um déficit de até R$ 65 bilhões, o que coloca em perspectiva mais cortes orçamentários na execução para o ano que vem. Enquanto isso, o pagamento dos juros da dívida pública está garantido, pois com o sistema da dívida não se mexe”, critica Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN.
Junto com as previsões e metas, o governo também apontou no PLDO um “rombo” para a Previdência Social em 2017, que sairia da casa dos R$ 85,8 bilhões em 2015 para R$ 167,62 bilhões em 2017. Segundo o presidente do Sindicato Nacional, o governo já indicou que o grande alvo do ajuste fiscal no próximo período será a Previdência Social. “Há uma pressão muito grande para ter uma Reforma da Previdência, muito em conta da falácia do rombo da Previdência, de que ela seria deficitária. Tivemos no ano passado cerca de R$ 23,9 bilhões de superávit na previdência, segundo dados da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil)”, argumenta.
Salário Mínimo e concurso público
Além dos ataques a Previdência, o governo ainda anunciou medidas que recaem diretamente ao trabalhador, como o congelamento do salário mínimo. Pela Lei 13.152 de 2015, o salário mínimo é corrigido pela inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, mais aumento real de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como em 2015, o PIB ficou em - 3,8% e a estimativa para 2016, é que o PIB seja negativo, apenas em 2018 o governo trabalha com meta de superávit consolidada de 0,8% do PIB, o que significa que o salário mínimo ficará sem ganho real até 2020.
O projeto ainda define limite de despesas e contratações de servidores por concurso público, com exceção dos editais publicados até 31 de agosto de 2016. “Em 2017 não terá concurso público, apenas para militares das Forças Armadas, pessoal dos Tribunais Regionais Eleitorais, entre outros. E esse é o principal problema que iremos enfrentar, pois não teremos reposição do quadro, o que significa trabalhar mais. Como faremos para repor as vacâncias por aposentadoria, motivos de saúde, etc.?”, questionou o docente. O PLDO prevê também o congelamento do valor do auxilio alimentação ou refeição e da assistência pré-escola, caso o valor, recebido seja superior ao valor per capita pago pela União em março de 2016.
CPMF e Taxa Selic
Paulo Rizzo explica que o governo defende a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) - imposto extinto em 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde-, como uma forma de aumentar a arrecadação. Com a medida, o governo esperar arrecadar R$ 33,2 bilhões. Outra medida anunciada é a redução da taxa Selic (índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelos bancos no Brasil se balizam) para 12,75%, o que representa uma queda de 2,5%, com relação ao ano anterior.
“As formas que o governo pretende aumentar a arrecadação é a de gerar mais um imposto sobre as operações financeiras, que aumenta a carga tributária, ou reduzindo muito pouco a taxa Selic, que continua sendo alta. Portanto, continuamos com um sistema que mantém os lucros do capital financeiro e com o Estado pagando juros exorbitantes e mantendo intocada a injustiça fiscal no Brasil”, disse.
Para o presidente o ANDES-SN, em tempos de recessão econômica, o governo não prevê nenhuma medida de solução para os problemas fiscais, como a auditoria da dívida pública, a taxação de grandes fortunas e heranças, e os lucros do capital financeiro. Pelo contrário, o projeto prevê que o trabalhador pague a conta da crise com a Contrarreforma da Previdência, o congelamento do salário mínimo e do quadro dos servidores públicos.
“A ideia que eles querem passar é a de que enfrentamos uma recessão e que para superá-la precisamos adotar essas medidas de ajuste fiscal, assim teríamos crescimento de 1%. Enquanto o governo anuncia medidas de Contrarreforma da Previdência, congelamento de salário mínimo, suspensão de concursos públicos para servidores, ele mantém as transferências de verbas ao setor privado, no caso, as Organizações Sociais (OS), para o Sistema S (Sesi, Sesc, Senac...), Oscips, entidades filantrópicas, e entidades privadas sem fins lucrativos, e ainda aumenta o orçamento impositivo dos parlamentares de 1% para 1,2% para fazerem politicagem em um momento de retração orçamentária”, disse.
O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias planeja e dá suporte à construção do orçamento anual, estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser encaminhada ao Congresso no dia 31 de agosto. Os parlamentares têm o prazo para aprovação do projeto com todas as alterações até o dia 17 de julho.
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Fórum dos Servidores Públicos intensifica luta e atividades contra PLP 257/16
Fonte: ANDES-SN
(Foto: Eblin Farage, candidata a presidência do ANDES-SN)
A eleição para diretoria do ANDES – Sindicato Nacional, biênio 2016-2018 será nos dias 10 e 11/05. Esse ano, três professores da UFMT fazem parte da chapa nacional, única inscrita para o pleito. Eles serão responsáveis, junto a docentes do Mato Grosso do Sul, pela coordenação da Vice Presidência Regional (VPR) Pantanal.
A candidata à presidência pela chapa “Unidade na Luta”, Eblin Farage, destaca a importância de representantes regionais para fortalecer o trabalho de base do sindicato nacionalmente. “O ANDES tem uma estrutura que privilegia essa representação. O trabalho das regionais é essencial para a organização das seções sindicais de base, para dar andamento as deliberações do ANDES, para articular com outros movimentos sociais e segmentos do serviço público”, pontua a docente da Federal Fluminense.
Esse diálogo, de acordo com Farage, é indispensável para a defesa do projeto de universidade e de educação do ANDES-SN: pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
A professora Vanessa Furtado (Cuiabá) é um dos nomes da representação regional. Ela explica que uma das preocupações da chapa foi tentar contemplar o máximo possível dos estados, e aponta como principais desafios as lutas contra a PLP 257/16 e outros projetos de lei que atacam o serviço público. “Essas propostas decorrem de um projeto iminente de destruição do serviço público, à exemplo do que tem sido feito em outros países da América Latina”, afirma.
Outra preocupação do grupo está relacionada à saúde do trabalhador. “Quando a gente pensa em precarização do trabalho não é só falta de estrutura. Há também muitos casos de doenças provocadas pelas atividades docentes e pela falta de condições de trabalho.” De acordo com a professora, a chapa é formada por muitos docentes que iniciaram recentemente sua vida funcional, e estão dispostos a aumentar o contato com a base.
Junto a Vanessa, os professores Maria Luzinete Vanzeler (Cuiabá) e Maurício Farias Couto (Sinop), representam Mato Grosso na chapa.
Professores da UFMT que compõem a chapa Unidade na Luta, candidata à diretoria do ANDES-SN, da esquerda para a direita: Vanessa Furtado, Maria Luzinete Vanzeler e Maurício Couto.
Mais informações sobre as eleições do Sindicato Nacional e a chapa Unidade na Luta, nos sites do ANDES-SN e da Adufmat-Ssind
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Foi publicado hoje (4) no Diário Oficial da União decreto que institui o Programa de Prorrogação da Licença-Paternidade para servidores públicos federais, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
De acordo com o texto, a prorrogação da licença será concedida ao servidor público que requerer o benefício no prazo de dois dias úteis após o nascimento ou a adoção e terá duração de 15 dias, além dos cinco dias comumente concedidos.
As mudanças também são aplicáveis a quem obtiver guarda judicial para fins de adoção de crianças com idade até 12 anos incompletos. O decreto prevê ainda que o beneficiado pela prorrogação da licença não poderá exercer qualquer atividade remunerada durante o período.
“O descumprimento do disposto neste artigo implicará o cancelamento da prorrogação da licença e o registro da ausência como falta ao serviço.”
Alair Silveira
Depto. de Sociologia e Ciência Política
Membro do Grupo de Trabalho de Política & Formação Sindical – FGTPFS/ADUFMAT
Nos dias 23 e 24 de abril/2016, na ADUFEPE, no Recife/PE, ocorreu a primeira etapa do Curso Nacional de Formação Política e Sindical do Sindicato Nacional, conforme deliberação do 35º Congresso Nacional do ANDES/SN.
Ministrado pelo Prof. Dr. Marcelo Carganholo, da Universidade Federal Fluminense, o Curso dedicou-se a compreender não somente a lógica e a dinâmica das relações econômicas de produção e circulação do capital, mas a dimensionar o alcance da crise a partir da consideração das tendências estruturais dessas relações.
Centrado na compreensão dos vários desdobramentos que envolvem a teoria do valor (valor de uso e valor de troca), o Curso avançou para a discussão da atual crise, considerando, portanto, a dinâmica cíclica das crises do capital, assim, como a forma de dominância contemporânea: o capital financeiro. Para compreendê-las, por óbvio, é necessário contemplar a dinâmica destrutiva do capital fictício.
De acordo com Marcelo Carganholo, a predominância do capital financeiro não implica independência do capital em relação à extração de mais-valia, nem tampouco do desemprego estrutural. Trata-se, sim, de compreender o crescimento proporcional do desemprego, articulado à absorção de trabalhadores em outros postos de trabalho. Muitos deles precarizados.
Em consequência, o crescimento da composição orgânica do capital combina-se tanto com a extração de mais-valia absoluta quanto relativa, assim como o aumento da intensidade do trabalho, isto é, da porosidade do tempo trabalho, que permite produzir mais no mesmo tempo de trabalho.Não por acaso, o crescente registro de adoecimento e suicídio de trabalhadores sob o estresse do trabalho.
Desta forma, a acelerada redução do tempo da rotação do capital permite não apenas a crescente intermediação do capital comercial, mas o processo de valorização do capital a partir de si mesmo e, assim, avançar para uma espécie de “descolamento” do capital fictício em relação à economia real. Mas, cujo desabamento daquele incide diretamente sobre a realidade desse, com todos os custos sociais que conhecemos.
Na perspectiva de Marcelo Carganholo, a atual crise que eclodiu em 2007, particularmente nos países centrais, através do subprime, ainda não manifestou toda a sua destrutividade social. Não apenas porque as condições que a geraram não foram alteradas, mas porque a atuação do Estado combinou indiferença quanto à ausência de qualquer regulação sobre a ação do capital, da mesma forma que injetou generosas somas públicas para o socorro aos mesmos capitais que promoveram e “socializaram” os custos sociais da sua lógica de “jogatina”. Para além dessas ações – que se inscrevem em perfeita sintonia com o projeto neoliberal hegemônico – os trabalhadores pagaram em triplicidade: pelo dinheiro público que socorreu aos seus algozes; pelo desemprego e perda e/ou corrosão de direitos trabalhistas e sociais; e, por último, pelo crescente sentimento de instabilidade e ansiedade que caracterizam nosso tempo. Tudo em perfeita sintonia com as diretrizes da agenda neoliberal nacional e internacional.
A segunda parte do Curso será ministrada em Porto Alegre/RS, no primeiro final de semana de junho/2016. Só pela qualidade do primeiro, é de esperar o mesmo padrão de qualidade e alargamento dos horizontes de compreensão desses tempos difíceis, assim como das lutas necessárias para o seu enfrentamento.
Cerca de 4 mil trabalhadores se reuniram na avenida Paulista, centro de São Paulo, no ato que marcou o 1º de Maio – dia internacional de luta dos trabalhadores, na manifestação chamada pelo Espaço de Unidade de Ação, composto por entidades de movimentos sindicais, sociais e populares , entre elas o ANDES-SN e a CSP-Conlutas.
Caravanas de cerca de vinte estados brasileiros trouxeram suas bandeiras para Avenida Paulista e deram ao ato um tom classista, independente e internacionalista. Entre as diversas categorias presentes estavam petroleiros, bancários, servidores públicos, estudantes e professores de escolas em luta, metalúrgicos, químicos, operários da construção civil, motoristas, aposentados, juventude, os que lutam contra opressões e outros.
O ajuste fiscal e os ataques aos direitos dos trabalhadores promovidos pelos governos federal, estaduais e municipais foi criticado por inúmeras entidades, assim como o corte de direitos, as demissões, as terceirizações e a reforma da previdência. Movimentos sociais como Luta Popular, Mulheres em Luta, Quilombo Raça e Classe, Moquibom, Assembleia Nacional dos Estudantes Livre também marcaram presença.
Internacionalismo
O ato na avenida Paulista lembrou ainda que não é só no Brasil que direitos históricos dos trabalhadores estão sendo atacados. A reação à tentativa de reforma trabalhista na França, com diversas categorias nas ruas, ocupando praças foi destacada nas manifestações das entidades.
A presença de dirigente sindicais de entidades representativas dos trabalhadores de telemarketing de Portugal e as mensagens vindas de entidades da Itália, Espanha, Paraguai e Inglaterra lembraram que aquele era um ato internacionalista, resgatando a unidade da classe em todo o mundo. Além disso, as bandeiras e falas também trouxeram a defesa do povo palestino que luta contra o genocídio cometido pelos judeus sionistas, assim como do povo sírio contra a ditadura de Bashar al-Assad.
De acordo com Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN que esteve na manifestação em São Paulo, o ato na capital paulista foi uma grande e importante manifestação, pois marcou a posição dos trabalhadores contra a retirada de direitos sociais que vem sendo promovida pelo governo Dilma, e a possibilidade de aprofundamento dos ataques com a entrada de Michel Temer na presidência.
“Foi um ato de denúncia dos ataques aos trabalhadores e contra a ofensiva conservadora presente em vários projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, sinalizando a construção da greve geral como alternativa de barrar esses ataques”, contou Rizzo.
Segundo o presidente do ANDES-SN, o ato teve um caráter internacionalista que deve ser destacado e ainda apontou a disposição dos trabalhadores e da juventude de dar continuidade à luta contra os ataques do governo Dilma e também contra as ameaças apresentadas no plano “Ponte para o Futuro”, de um possível governo Temer.
Música na rua
Banda Záfrica e o hip hop, Nãnãna, da Mangueira, com o samba de raíz, e a Banda Rock.com marcaram presença na Paulista descontraindo os que estavam no ato e animando o dia de luta dos manifestantes.
Continuidade na luta
Nesta segunda-feira, a atividade foi avaliada na reunião nacional do Espaço de Unidade de Ação, que sinalizou a necessidade de avançar na luta para organizar uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre no Brasil. “O ato foi avaliado como muito positivo pelas entidades presentes à reunião. Foi apontada também a necessidade de intensificar as ações de ampliação do Espaço de Unidade de Ação”, contou Antônio Libério de Borba, 1º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN, que esteve na reunião.
Fonte: ANDES-SN
Benedito Pedro Dorileo
Observando a etimologia da palavra sinestesia procedente do grego, temos a informação de ato de perceber uma coisa ao mesmo tempo que outra, a percepção simultânea para combinar sensações diferentes numa só expressão.
Afirmam os estudiosos que a sinestesia desempenha fino papel na literatura, como se tem notícia no século XVIII com Filinto Elísio estudando a cor dos vocábulos, chegando a suscitar a loura alegria e a pálida morte. Da palavra para a arte plástica, o poder da imaginação pode colocar no cinzel o valor sinestésico. Auguste Rodin, o escultor, afirma estar a beleza em toda parte, salientando que não é ela que falta aos nossos olhos, mas os nossos olhos que deixam de percebê-la. E proclama o corpo humano como a força máxima do caráter na natureza a retratar o belo: “em um momento assemelha-se a uma flor, a flexão do torso imita a haste, o sorriso dos seios, a cabeça e o brilho da cabeleira respondem pelo desenvolvimento da corola”. Ainda possível a silhueta do dorso que se afina na cintura e alarga-se nas ancas figura um vaso, a ânfora que repousa em seus flancos a vida do futuro. Victor Hugo arrebenta a onda da sensualidade assim concebendo: “o que adoramos no corpo humano é, ainda mais do que a sua forma tão bela, a chama interior que parece iluminá-lo por transparência”.
Imagine tudo isto no prodígio da sala de aula, a pequena e grande assembleia do conhecimento, banca de troca de ideias em que professor e aluno se realizam em plenitude. Certo dia abordando a Estilística, uma aluna surpreendera com o grito de aleluia, fazendo-me colocar no bolso o plano de aula – a ideia superou. Foi o bastante para o formidável interesse de todos: da ressurreição ao arrebatamento, do ascendimento do espírito a uma braçada de flores sensoriais do encanto. E choveram ofertas sinestésicas de conquista, ventura, céu aberto, mística, beatitude, deleite, êxtase, luz, animação, paraíso, glória. Quantos verbos: alegrar-se, usufruir, regalar-se, banhar-se em água lustral. Um sonho pode encerrar fato sinestésico: viver em uma nação encantada, onde as pessoas se irmanam indistintamente sem divisão de classe social, jamais dividindo nós e eles, com troca do alimento sem nenhum fruto proibido.
Revejo um plano de aula em ficha amarelada e encontro outra graça de confronto do prazer com a dor. Dos prazeres sensuais, materiais e dos sentidos: da sensualidade à luxúria, da voluptuosidade aos acúleos da carne, do ardor fogoso ao leito de rosas, do estalar os lábios ardentes ao beijo do amor seráfico. E a dor nas aflições que nos mordem, como a amargura e a tortura, a miséria e a agonia. O traspasso do padecimento das vítimas dos enlouquecidos do poder: do holocausto hitleriano à morte soviética massificada nas geleiras siberianas. Execrável tudo por completo em campos opostos – incompatível de imitação. A volta à calma em minhas aulas de Educação Física transportada para a sala, respirando fundo lentamente, findamos não com o dilacerar, todavia com a dor sublime dos mártires que nos legaram liberdade; e então, relaxamo-nos entre o tórrido e o gélido, conquistando o lugar comum. Era a mística em festa sinestésica da sala de aula que jamais a máquina consumirá.
Benedito Pedro Dorileo é advogado e foi
Reitor da UFMT
A marcha para marcar o aniversário de um ano do episódio de violenta e desproporcional repressão da Polícia Militar (PM) do Paraná no qual 213 manifestantes saíram feridos de um protesto de servidores públicos estaduais, levou 25 mil pessoas às ruas de Curitiba na sexta-feira (29). As estimativas são do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), um dos organizadores do ato.
A manifestação teve início pela manhã, com concentrações nas praças Santos Andrade, Rui Barbosa e Tiradentes, no centro da cidade, e confluiu perto das 12h para uma grande marcha até a Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. Professores das universidades estaduais paranaenses, bem como de 29 regionais da APP-Sindicato espalhadas pelo estado participaram no ato. Dez estados brasileiros estavam representados na manifestação, por meio de integrantes de sindicatos estaduais da educação ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
O Fórum de Lutas 29 de Abril, composto por movimentos populares e entidades sindicais e criado logo após o massacre, também participou da organização do ato. A palavra de ordem "Fora Beto Richa" se intercalava aos pronunciamentos e às músicas dos carros de som. "Para nós, a palavra luto é verbo, é resistência, e por isso estamos fazendo a denúncia do que aconteceu, mas também seguimos lutando por nossos direitos", garante Walkiria Olegário Mazeto, integrante da diretoria da APP-Sindicato.
“Hoje nós estamos aqui para relembrar esta data, para que ela não caia no esquecimento. […] Para que a gente se mantenha unido contra todo e qualquer tipo de governo truculento”, afirmou Gizele Cristiana, professora da rede estadual de educação ao Brasil de Fato, que viveu na pele a violência do dia 29 de abril de 2015.
Muitas pessoas, em sua maioria professores e servidores, ficaram feridas naquele dia pela chuva de bala de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo promovida pela Polícia Militar, com a autorização do governo Beto Richa (PSDB). A PM atirou, naquele dia, 3223 balas de borracha e lançou 1413 bombas contra os manifestantes.
Mobilização dos docentes universitários
Mary Falcão, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, ressalta que os docentes universitários estaduais participaram em peso da manifestação, assim como os docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e dos Institutos Federais do estado. “Temos a tarefa de não deixar que esse massacre caia no esquecimento. Foi uma atrocidade contra a educação, contra os professores, contra os servidores estaduais. O 29 de abril deve ser lembrado como um grande dia de resistência à política nefasta do governo estadual”, comenta a docente.
De acordo com a diretora do ANDES-SN, diversas seções sindicais organizaram atividades locais para marcar a data. A Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Adunioeste – Seção Sindical do ANDES-SN) realizou panfletagem, debates, passeatas e uma concentração no campus de Cascavel, com bandas de rock e exibição de vídeos sobre o dia 29 de abril. A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná (Sindunespar – Seção Sindical do ANDES-SN) participou de uma mesa no Instituto Federal do Paraná, em Paranaguá, sobre a repressão policial de 29 de abril. O Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg – Seção Sindical do ANDES-SN) e a Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Centro Oeste (Adunioeste – Seção Sindical do ANDES-SN) também realizaram atividades em suas instituições para lembrar o 29 de abril.
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Informações de Brasil de Fato. Imagens de Apufpr-SSind.
Fonte: ANDES-SN
Desde que teve início a tramitação do processo de impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados, com a instalação da Comissão especial que deveria examinar a denúncia e elaborar o relatório que deveria ser apreciado pelo plenário daquela Casa de Leis, Dilma, Lula, o PT, PCdoB, PDT vem insistindo na tese do Golpe.
Após ter transformado o Palácio do Planalto em um palanque permanente para seus discursos inflamados, pelos aplausos da militância, dos bajuladores e pelegos dos movimentos sociais e sindical, Dilma parece um tanto fora de órbita e quase alucinada porque em seu círculo íntimo deve saber que sua sorte já está lançada e dificilmente escapará do afastamento temporário por seis meses e, posteriormente, do afastamento definitivo do cargo de Presidente da República.
Mesmo que os fatos e denúncias apresentados como justificativas para o seu afastamento estejam calcados na pedaladas fiscais e os famosos decretos, na verdade, Dilma cometeu não apenas aqueles crimes de responsabilidade, mas seu governo, marcado pela corrupção, pela incompetência, pela mentira e pelo descaso com a sorte e situação do povo brasileiro, a presidente e todo o seu séquito que ao longo de anos, desde o início do Governo Lula, aparelhou a administração federal, transformando o governo em mero apêndice do PT e em parceria com empresários corruptos e outros setores e partidos, transformaram o país em uma figura caricata do que um dia imaginou-se poderia ser um projeto de governo , substituído por o que alguns analistas denominam de “projeto criminoso de poder”. Faltou a Lula e ao PT a competência para criar um projeto nacional ao redor do qual o país pudesse realmente ser mobilizado.
Como soe acontecer, todo governo autoritário, opaco, corrupto, sem princípios éticos, sem planejamento e incompetente tende a levar o país e sua população para a bancarrota, o fundo do poço, o desastre econômico, fiscal, financeiro, gerando o caos social e alimentando as crises institucionais.
Antes Dilma e seus apoiadores tinham um discurso agressivo, prepotente, manipulador, alimentado por um marketing de fachada e escudado na mentira que em meio ao aprofundamento da crise, principalmente depois que a Câmara Federal aprovou por maioria esmagadora a admissibilidade do impeachment e que o processo deveria ser realmente julgado no Senado Federal, Dilma aos poucos baixou o tom de seus discursos e fala em conciliação, em diálogo, em entendimento como forma de salvar os dedos quando os anéis já se foram. Mas agora é tarde, “agora Inês é morta”.
A instalação da comissão especial no senado demonstrou que aos poucos o apoio a Dilma vem minguando e dentro de poucos dias ela deverá ser julgada e afastada por seis meses, tempo suficiente para desmontar todo o aparelhamento que o PT e seus aliados fizeram com a administração federal, incluindo dezenas de milhares de cargos comissionados, esquemas de financiamento de movimentos sociais, esquemas de corrupção em todos os ministérios e estatais e diversas outras manipulações.
Mesmo que a crise continue, pelo menos muita coisa ilegal, mal feitos e mais corrupção e crimes contra a administração deverão ser descobertos , determinando o fim de um ciclo na política nacional. Tanto a operação lava jato em Curitiba quanto a outra lava jato que está a cargo do STF deverão continuar, pois este é o desejo do povo, deverão ajudar o Brasil ser passado a limpo, mesmo que outras cabeças coroadas possam rolar neste processo, este é o momento de ir mais a fundo neste processo de limpeza ética.
O Governo Temer que também carrega este pecado original de ter estado , juntamente com seu PMDB e outros partidos que pularam do barco ante o naufrágio do projeto de poder, de ter estado associado a LULA/DILMA/PT por longos 14 anos, corre o risco de sucumbir neste processo, seja pela tramitação do pedido de cassação da chapa Dilma/Temer, bem como da situação periclitante de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, próximos na linha sucessória, acusados de corrupção. Ou seja, os quatro na linha de sucessão: Dilma, Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros não tem respaldo popular e nem legitimidade para apontarem o rumo para um projeto de salvação nacional, sua biografias continuam manchadas também.
Em torno dessas figuras muitas outras estão afundadas na lama da corrupção ou sendo investigados por tais práticas, como consta os que fazem parte da LISTA DO JANOT. Com uma elite política como esta o Brasil não vai sair da crise tão cedo e o povo vai continuar ocupando as ruas, protestando contra esta situação vergonhosa em que estamos vivendo.
Na verdade o povo deseja mesmo é que todos os envolvidos em acusação de corrupção sejam afastados de seus cargos públicos, que a impunidade e os privilégios sejam combatidos e banidos de fato e as gavetas dos palácios e do Congresso sejam esvaziadas e limpas, para que um recomeço seja possível antes que seja tarde demais!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy