Sexta, 10 Maio 2024 13:41

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Juacy da Silva*

Recebi um convite de uma Jornalista do Rio de Janeiro, que tem um canal de web TV - no youtube para uma entrevista/LIVE, compartilho com voces o convite: “Olá, prof. Juacy. Está se aproximando a semana Laudato Si, proposta pelo Movimento Laudato Si que reúne católicos do mundo inteiro. Por isso, o tema da gravação que gostaria de fazer com você é "Laudato Si e as tragédias socioambientais. Podemos gravar em algum dia por volta das 18h. Sugiro sexta, dia 17”.

Ja aceitei e estou coletando informações para me preparar adequadamente para a Entrevista, estou com a ideia de escrever um artigo com o mesmo título, para ser publicado também.

Dia 24 de Maio, sexta feira, será o DIA da publicação da Laudato Si, feita em 2015, ou seja, estaremos celebrando nove anos da existencia desta importante e revolucionária Encíclica, quem sabe poderiamos solicitar que a missa das 18:30h na Catedral Senhor Bom Jesus de Cuiabá tenha algo especial relativo a esta data? O que vocês acham?

Além deste dia, na verdade o Movimento Mundial Laudato Si, estará celebrando, entre 19 e 26 de Maio próximos, a SEMANA LAUDATO SI, com um tema/assunto cada dia, conforme consta: Dia 19/05 – Dia de Pentecostes, tema: Conversão ecológica; 20/05 – Transporte sustentável; 21/05 – Alimentação e sustentabilidade; 22/05 – Energia sustentável; 23/05 – Lixo, resíduos sólidos; 24/05 – Questão da água; 25/05 – Catequese e ecologia integral e, no último dia , 26/05 – Por um melhor cuidado com a Casa Comum.

Poderiamos também sugerir ao Pe. Deusdedit, nosso Oreintador Espiritual e Vigário Geral e Dom Mário, nosso Arcebispo, que tem apoiado de forma decisiva a caminhada da Pastoral da Ecologia integral da Arquidiocese de Cuiabá, para que seja feita uma recomendação aos párocos, padres, vigários, religosos, religiosas, escolas católicas que, cada qual em seu "quadrado" (como dizem os jovens) faça algo especial, pelo menos uma referência à Laudato Si.

Se a humanidade, as pessoas, a população em geral, os governantes em todos os níveis e dimensões, o empresariado não despertarem para a gravidade do que está acontecendo com o Planeta, com toda a certeza vamos ver, conviver e viver com uma freequência muito maior, com desastres como o que já ocorreram nesses últimos 12 ou 24 meses com queimadas, secas, ondas de calor e chuvas torrenciais e inundações terríveis.

A natureza está em fúria  quanto à forma como a humanidade a está tratando, ignorando seus limites. Estamos “matando a galinha dos ovos de ouro”, e diante disso precisamos mudar os paradigmas que regem os sistemas econômicos que praticam uma verdadeira rapinagem contra os biomas e ecossistemas.

Creio que todas as Dioceses do Regional Oeste 2 (CNBB/RO2) também poderiam dar um destaque nesta data e Semana Laudato Si, antecipando o esforço que será feito pela CF/2025 cujo tema será “FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL”.

Diante de tantas calamidades, desastres e tragédias ecológicas/socioambientais que estão acontecendo com mais frequência, com maior intensidade, maior número de vítimas e maiores perdas econômicas e sociais, a Igreja tanto sua estrutura eclesiástica quanto seus fiéis, não podem ficar alheia e alheios em sua missão no que concerne à MOBILIZAÇÃO PROFÉTICA, em defesa da Casa Comum, da Mãe Terra.

Esta é a exortação que faz o Papa Francisco quando diz/escreve “O clima é um bem comum de todos para todos... Há um consenso científico, muito consistente, indicando que estamos  perante um preocupante aquecimento do sistema climático... A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam...e suas consequências”. Laudato Si, 23.

Há menos de um ano, por ocasião da 28ª COP, a mensagem do Papa Francisco àquela Conferência do Clima, revestiu-se, novamente, de um alerta e também uma exortação quanto à gravidade deste processo de degradação planetária.

“É possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativa a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos. Isso porque, sempre que a temperatura global aumenta em 0,5 grau centígrado, sabe-se que aumentam também a intensidade e a frequência de fortes temporais e inundações em algumas áreas, de graves secas em outras, de calor extremo em algumas regiões, e, ainda fortes nevascas em outras” Laudate Deum, 5 (04/10/2023).

Só assim podemos entender o “recado” da natureza, da mãe terra como resposta aos danos que a mesma tem sofrido. É neste contexto que precisamos refletir sobre esta calamidade, que não será nem a maior, nem a pior, que está acontecendo no Rio Grande do Sul e tanta comoção tem causado na opinião pública e sofrimento para nossos irmãos e irmãs daquele estado.

Muitos outros desastres e muitas outras calamidades ecológicas ou socioambientais deverão ocorrer nos próximos anos, este será o “novo normal” em que viveremos, a menos que novos paradígmas substituam os atuais paradigmas da ganância, do consumismo, do desperdício, da busca do lucro a qualquer preço, da economia da morte, continuarem a balizar nossas relações humanas/sociais e também nossas relações com a natureza!

Se não cuidarmos da natureza, se não zelarmos pela nossa Casa Comum, pagaremos um preço muito elevado para apenas mitigar os efeitos desta destruição do planeta e tanto sofrimento humano que estamos assistindo no momento!

*Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador (voluntário) da Pastoral da Ecologia Integral. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy

Sexta, 10 Maio 2024 09:51

 

A Adufmat-Ssind convida a categoria e toda a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para a Live "É Greve porque é grave: as razões da greve docente", que será realizada na próxima segunda-feira, 13/05, às 9h, horário de Cuiabá (10h em Brasília).

As convidadas para o debate, que será transmitido pelas redes do sindicato, mas também presencial, na sede, em Cuiabá, são a 1º Teroureira do Andes-Sindicato Nacional e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Jennifer Webb, e a servidora técnica-administrativa da UFMT, Leia de Oliveira. 

O link para acesso direito à Live no facebook é: https://www.facebook.com/adufmat 
O link para acesso direito à Live no Youtube é: https://www.youtube.com/@adufmat/streams  

 

Quinta, 09 Maio 2024 15:27

 

Atendendo à solicitação dos docentes sindicalizados lotados no campus da UFMT Araguaia, a Adufmat-Ssind convocou a próxima assembleia geral, que será realizada na sexta-feira, 17/05, para as 13h em primeira chamada (com a presença de 10% dos sindicalizados) e 13h30 em segunda chamada (com qualquer quórum). Isso significa que, seguindo os parâmetros regimentais, o debate terá início meia hora antes do que é de costume. 

 

A alteração se deu porque o horário de Barra do Garças, onde está a subsede do sindicato, é adiantado com relação ao horário de Cuiabá e, em função disso, alguns docentes não conseguem participar da assembleia até o final. 

 

Sendo assim, a Direção da Adufmat-Ssind entendeu que a modificação no horário será capaz de contemplar a categoria em todos os campi

 

Adufmat-Ssind

Quinta, 09 Maio 2024 14:44

 

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 17 de maio de 2024 (sexta-feira)

Horário: 13h (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 13h30, em segunda chamada, com os presentes.

Pauta única:

1) Informes;
2) Deflagração de Greve.


A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.

 



Cuiabá, 09 de maio de 2024
Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais

Quarta, 08 Maio 2024 08:53

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Juacy da Silva*

Com o objetivo de estimular fiéis das diversas paróquias da Arquidiocese de Cuiabá, a participarem do Curso de Formação de Agentes de  Pastoral, diversas Equipes, integrantes da Coordenação da Pastoral da Ecologia Integral estão visitando as paróquias, principalmente de Cuiabá e de Várzea Grande e, em futuros eventos as Paróquias das demais cidades que fazem parte do território desta Arquidiocese.

A Arquidiocese de Cuiabá tem 31 Paróquias e 310 comunidades em oito municípios da Baixada Cuiabá, onde estão concentrados quase 30% da população do Estado e também onde está a maior concentração urbana de Mato Grosso, constituida pelo Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande, núcleo principal da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

Essas visitas decorrem de uma carta convite do Arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antônio, do Vigário Geral e Orientador Espiritual da citada pastoral, Padre Deusdédit e da Coordenadora da Pastoral, Olindina Bezerra, para que cada paróquia selecione de duas a três pessoas, que, após participarem do referido curso, constituirão as Equipes locais nas Paróquias e deverão atuar na forma de projetos visando o enfrentamento e a superação dos desafios socioambientais existentes nos territórios das diversas paróqias.

Tanto o curso quanto as ações futuras seguem a metodologia da Igreja: VER, JULGAR E AGIR  e têm como fundamentos a Encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, que no dia 24 deste mês de Maio estará completando nove anos, além das exortações apostólicas Laudate Deu, Querida Amazônia e a Doutrina Social da Igreja.

Vale destacar que a Campanha da Fraternidade de 2025, coordenada pela CNBB, terá como Tema: FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL, além de dois outros eventos importantes, para a Caminhada da Igreja, que serão as comemorações do décimo aniversário da Encíclica Laudato Si e a realização da COP 30, a ter lugar em Belém, no Estado do Pará, quando as atenções do mundo inteiro estarão voltadas para o nosso país.

Como bem sabemos o território da Arquidiocese de Cuiabá, comprende, praticamente a maior parte da “area da Baixada Cuiabana ou da Bacia do Rio Cuiabá e está em conexão direta com o Pantanal, bioma que passa por um processo intenso de degradação e destruição e que enfrenta inúmeros problemas e desafios socioambietais, com destaque para a degradação do Rio Cuiabá e todos os seus afluentes, a maior parte dos quais já desapareceram, sendo que o seu principal afluente, o Rio Coxipó também está se transformando em um grande esgoto a céu aberto; além de outros graves problemas ambientais urbanos e rurais, como falta de saneamento básico, lixo urbano, falta de arborização, desmatamento, queimadas, ondas de calor, ocupação das margens dos cursos d’água uso abusivo de agrotóxicos, mineração, poluição urbana, problemas quanto ao uso e ocupação do solo, principalmente nas áreas periféricas urbanas, incidência elevada de pobreza, fome, miséria e outros mais.

Diante das exortações do Papa Francisco, quanto ao papel dos cristãos, tanto católicos quanto evangélicos, é fundamental que as Igrejas, suas lideranças e seus fiéis estejam sempre comprometidos com a defesa da Ecologia Integral, ou seja, da chamada Casa Comum.

 

*Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy 

 
 
Quarta, 08 Maio 2024 07:41

 

O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN definiu uma agenda intensa de mobilizações para esta semana. A segunda-feira (6) foi marcada por reuniões para organização das tarefas e atualização das informações locais sobre a greve nas universidades, institutos federais e cefets. Iniciada em 15 de abril, a paralisação de docentes federais da base do ANDES-SN já ocorre em ao menos 47 instituições.

 

 

A cobrança de nova rodada de negociação, preparação de atividades unificadas entre docentes, técnicas, técnicos e estudantes, bem como a solidariedade com a população do Rio Grande do Sul marcarão a terça-feira (7). Já na quarta-feira (8), será dia de visita ao Congresso Nacional dialogar com parlamentares sobre as pautas da greve da Educação Federal, em especial, sobre a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino (IFE).

Na quinta-feira (9), acontecerá o Dia Nacional de Luta em Defesa das Universidades, Institutos e Cefets com atividades nos estados e no Distrito Federal. O objetivo é dialogar com a população sobre a crise orçamentária das IFE, a importância do fim das intervenções nas universidades e cobrar a paridade entre ativos/as e aposentados/as nas negociações com o governo.

O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN realizará, na sexta-feira (10), pela quarta semana consecutiva, um café da manhã em frente ao Palácio do Alvorada para reivindicar que o Luiz Inácio Lula da Silva receba o movimento grevista.  Já na segunda-feira (13), estão previstos atos públicos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e nas reitorias das Ifes, nos estados, na durante a realização de reuniões com o Ministério da Educação (MEC), quando serão cobrados avanços concretos nas negociações.

 

Confira a agenda:

7 de maio (Terça-feira)
10h – Vigília no MGI para cobrar reunião de negociação com o governo;
4h – Reunião da comissão dos CNGs em greve (ANDES, FASUBRA, SINASEFE e estudantes);
16h – Reunião do CNG do ANDES-SN;
19 h - LIVE Greve solidária com movimento sindical e movimento sociais (MAB, MST, MPA);

8 de maio (Quarta-feira)
9h - Pressão na Câmara dos deputados com entrega de carta aos parlamentares;
9h - Vigília em frente ao Anexo 2 da Câmara dos Deputados;
15h - Atividade conjunta dos CNGs sobre o debate de orçamentos

9 de maio (Quinta-feira)
Dia Nacional de luta nas Universidades, Institutos e Cefets nos locais de trabalho e estudo;
CNG se soma às atividades dos sindicatos e movimento estudantil local em Brasília;
Ações das redes para chamar atenção;

10 de maio (Sexta-feira)
7h - Café com Lula;
9h30 - Reunião do CNG;

13 de maio (Segunda-feira)
Ato em Brasília durante as mesas e indicação de mobilização nas reitorias e envio de mais pessoas dos CLGs.

 

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 07 Maio 2024 16:35

 

COMANDO NACIONAL DE GREVE

 

COMUNICADO Nº 20/2024/CNG/ANDES-SN

 

Brasília (DF), 7 de maio de 2024.

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Comandos Locais de Greve do ANDES- SN.

 

 

Assunto: Greve Solidária - Estado de Emergência Climática

 

Companheiro(a)s,

 

Diante da difícil situação enfrentada pelo Estado do Rio Grande do Sul, o CNG emitiu uma nota de solidariedade por meio do Comunicado nº 19/2024/CNG/ANDES-SN. No entanto, compreendemos que é essencial e urgente realizarmos ações de solidariedade em benefício das vítimas que, neste momento, necessitam de diversos tipos de auxílio, como mantimentos, água, roupas, etc.

Por isso, na noite do dia 06 de maio, o ANDES-SN e as entidades da educação em greve nos reunirmos com representantes dos movimentos sociais MAB, MPA e MST para definir melhores formas de atuar neste momento.

Avaliamos que devemos direcionar nossos esforços para doações financeiras aos movimentos sociais que estão no território, atuando diretamente, sendo eles:

Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB

PIX (CNPJ): 73.316.457/0001-83

Banco do Brasil: 001 Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (ANAB)

Agência: 1230-0

Conta Corrente: 118.806-2

 

Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA

PIX: 33.654.419/0010-07

Banco do Brasil

Agência 1248 - 3

Conta corrente: 55450-2

 

Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra - MST

PIX: 09.352.141/0001-48

Banco: 350

Agência: 3001

Conta: 30253-8

 

Contamos com a sensibilidade e colaboração dos CLGs e das seções sindicais para contribuir com essas campanhas de solidariedade dos referidos movimentos sociais.

Convidamos ainda para que todas, todes e todos acompanhem a atividade conjunta que será realizada amanhã (08 de maio), de forma online:

 

Live: Greve Solidária: Estado de Emergência Climática

Dia: 08/05/2024

Horário: 19h

Local: Youtube do ANDES-SN

 

Com a participação de representantes do MAB, MPA e do MST, apresentando ao debate sobre a situação da emergência climática.

Orientamos, ainda, onde for possível, que no dia 09 de maio durante os atos e mobilizações possamos manifestar nossa solidariedade, realizar campanhas e colocar em debate a situação climática e a relação com a Universidade, os Institutos e CEFETs.

Destacamos que essa atividade é uma ação conjunta com o SINASEFE e a FASUBRA

 

Seguimos na luta!

EDUCAÇÃO FEDERAL EM GREVE

Comando Nacional de Greve do ANDES-SN

 

Terça, 07 Maio 2024 15:21

 

Está chegando a II Mostra de Performances do Cena Livre!

 
No próximo domingo, 12 de maio de 2024, acontece a II Mostra de Performances do Cena Livre, no Teatro da UFMT, a partir das 18 horas.O evento gratuito marca o início do semestre letivo e o novo ciclo do projeto da UFMT. 
 
 
Com a provocação "Eu sou aquilo tudo que consigo ser?" a Mostra de Performance e Teatro Performativo inaugura o novo ciclo extensionista do Cena Livre, realizando um circuito de performances de autoria das/dos participantes do projeto para apresentar, em números solos e em grupos, as ações construídas nas oficinas teatrais do anos de 2023 e 2024. O circuito performativo consiste em programas diversos que acontecerão simultaneamente em todos os espaços do Teatro, onde o público poderá passear pelas diversas instalações, interagindo com as propostas, desde o ambiente externo até o palco.

 

O Cena Livre é um projeto de extensão proposto por um coletivo formado por acadêmicos/as da UFMT, egressos e comunidade externa. Existente desde 2016, este grupo se organiza com foco no estudo, produção, difusão e realização teatral numa perspectiva crítica, articulando discentes, docentes e comunidade em torno do conhecimento sobre o teatro e sua relação com a questão social, formando realizadores e se articulando com grupos e instituições do campo da cultura em Mato Grosso, promovendo oficinas, mostras teatrais, grupos de estudo e outras iniciativas culturais.

 

Após o evento, o projeto coordenado pelo professor Paulo Wescley,do departamento de Serviço Social abrirá vagas para as novas oficinas que irão trabalhar na construção da Mostra Cenas Curtas, a ser realizada no fim do semestre. 

 
 II Mostra de Performance Cena Livre
 
 
 
 
 
????️ 12 de maio
???? a partir das 18h
???? Teatro Universitário da UFMT
???? classificação indicativa: 10 anos
 
 
 

Fonte: Divulgação

Terça, 07 Maio 2024 10:43

 

A dívida é pública, mas os beneficiários são poucos e privados

 

No dia 06/02 deste ano a Auditoria Cidadã, entidade nacional que articula a pressão pela realização da auditoria da dívida, conforme previsto na Constituição Federal de 1988, lançou a “Campanha por Direitos Sociais”, que consiste na reivindicação de melhorias dos direitos constitucionais da população brasileira. A denúncia é clara: o compromisso dos governos com a Dívida Pública é um dos principais entraves às melhorias necessárias no serviço público, incluindo a valorização dos servidores.  

 

Em 2023, a Dívida Pública consumiu 43,23% de todo o recurso arrecadado pela União, que corresponde a R$ 1,9 trilhões. Se comparado ao percentual destinado à Saúde, seguramente a principal demanda da população brasileira, o susto é grande: a Saúde recebeu 3,69%, que corresponderia a cerca de R$ 158 bilhões; a Educação recebeu ainda menos, 2,97%, o equivalente a cerca de R$ 127 bilhões.   

 

É ainda mais assustador quando se pensa quem são os beneficiários da Dívida Pública: grandes bancos e investidores nacionais e estrangeiros. Os nomes desses investidores que abocanham quase metade de todo o recurso arrecadado pela união o Tesouro Nacional se nega a responder em nome do “sigilo bancário” (saiba mais aqui). Em outras palavras, quase 50% dos recursos públicos arrecadados por meio dos impostos pagos por todos os brasileiros vai para o setor financeiro privado. A Auditoria Cidadã da Dívida chama este movimento de “maior esquema de corrupção institucionalizado do país”.

 

 

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

 

E piora. Todas as vezes que os governos propõem cortes de recursos para diminuir os gastos públicos, esses cortes recaem sobre Saúde, Educação, Assistência Social, mas nunca sobre os gastos com a Dívida Pública. E piora: a Constituição Federal de 1988 prevê a realização da auditoria da dívida pública, que poderia reajustar os valores, transferindo boa parte dos recursos aos direitos públicos, mas nenhum governo teve coragem de realizar esta prerrogativa, capaz de fazer toda a diferença. Isso demonstra o compromisso destes governos com o setor privado.

 

Em outros países, foi exatamente isso o que ocorreu. A auditoria das dívidas seculares, assim como a brasileira, demonstrou que os valores repassados aos banqueiros estavam muito acima do que deveriam. Pesquisadores da Auditoria Cidadã afirmam que, no Equador, 70% da dívida foi abatida depois da realização da auditoria, e os recursos foram revertidos para os direitos sociais, erradicando em pouco tempo, a taxa de analfabetismo do país.

 

Maria Lucia Fattorelli, auditora aposentada da Receita Federal e coordenadora do Movimento da Auditoria Cidadã da Dívida no Brasil, foi uma das convidadas para participar da auditoria da Dívida Pública na Grécia. Ela já havia participado, também, da auditoria realizada no Equador. A auditoria grega ainda está em andamento, mas, nas palavras de Fattorelli, já é possível confirmar a utilização de “mecanismos para confundir e dificultar a realização de auditorias”.  Assista aqui a apresentação da auditora ao Parlamento grego sobre este tema.

 

Segundo Fattorelli, o Brasil também utilizou de mecanismos que escondem informações elementares para a realização da auditoria pública. Em outras palavras, há inúmeras fraudes, como a da "Securitização de Créditos Públicos" (entenda aqui), para justificar ações ilegais relacionadas à Dívida Pública. Além disso, o setor financeiro também se utiliza de mecanismos para tornar uma dívida já secular, impagável, forçando, com isso, à implementação da agenda neoliberal. “A dívida pública tem crescido por meio de vários mecanismos financeiros e seu crescimento exorbitante tem sido a justificativa para as privatizações, contrarreformas, cortes de investimentos e gastos sociais, impedindo o desenvolvimento socioeconômico do país”, afirma Fattorelli em artigo publicado no final de 2020.

 

No Brasil, apesar de o Art. 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 prever a realização da auditoria, nenhum chefe de Governo se dispôs a iniciar este processo. Pelo contrário, em 2016, a então presidente Dilma Rousseff vetou o artigo do Plano Plurianual (PPA 2016-2019) que determinava a realização da auditoria da dívida pública no país. Em análise posterior, o Congresso, que poderia ter derrubado o veto, decidiu manter.

 

Por esse motivo, a organização popular em torno desta questão deve permanecer forte. O Andes-Sindicato Nacional assumiu essa luta, e tem sido parceiro da Auditoria Cidadã da Dívida há alguns anos. Em fevereiro, o sindicato nacional esteve junto à entidade no lançamento da Campanha por Direitos Sociais, realizada dentro da Câmara dos Deputados, em Brasília. 

 

“Esta campanha está relacionada também com um fenômeno de luta na Educação. Por isso, é uma campanha que deve enfrentar profundamente as políticas neoliberais. Temos que exigir que nosso Governo rompa com as políticas neoliberais. Temos uma intensa pauta de direitos sociais e estamos agora no pleito por salário, carreira, por condições de trabalho. Estamos em negociação com o Governo, que não anda ou que anda lentamente. É importante lutar por direitos aqui no Congresso, mas é fundamental irmos para as ruas, realizar um grande movimento de massa para pressionar este Congresso para que essa agenda, de direitos, entre na pauta e possamos derrotar o neoliberalismo", declarou, na ocasião, o 2º Vice-presidente do Andes-SN, Luis Eduardo Acosta.

 

Para saber mais sobre a Dívida Pública e suas consequências sociais, acesse o site da Auditoria Cidadã da Dívida: https://auditoriacidada.org.br/.  

 

Leia também:

 

Dívida Pública: discussões sobre o maior esquema brasileiro de corrupção começam a tomar corpo em Mato Grosso

Artigo: Para que tem servido a Dívida Pública no Brasil

Cartilha da Dívida Pública

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 07 Maio 2024 09:12

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Danilo de Souza*

 No cenário atual de discussões acerca da transição energética, os recursos eólicos aparecem com destaque dentre as possibilidades viáveis de complementariedade para produção de eletricidade. A apropriação da energia dos ventos é caracterizada por sua natureza intermitente o que coloca desafios à sua adoção, diferentemente das tradicionais fontes disponíveis de resevas naturais (carvão, gás, petróleo). Para complementar os sistemas de geração de energia elétrica existentes, a energia eólica se apresenta como um vetor importante, sendo considerada promissora no processo de transição energética global, pois utiliza o vento — um recurso natural inesgotável e amplamente disponível — para gerar eletricidade sem emitir gases de efeito estufa.

Atualmente, a integração da energia eólica nas redes elétricas tem se mostrado viável devido a avanços tecnológicos que permitem uma operação mais estável e eficiente. Esses avanços tecnológicos dos sistemas de armazenamento de energia (baterias) e melhorias na previsão meteorológica, tem facilitado a gestão da variabilidade natural da produção de energia eólica.


A principal tecnologia usada para geração de energia eólica são os geradores de imãs permanentes. O elemento químico neodímio é crucial para a fabricação dos ímãs permanentes empregados nos geradores eólicos devido à sua habilidade em manter fortes campos magnéticos, aumentando a eficiência na conversão da energia cinética do vento em eletricidade.


 Ressalta-se que o setor industrial depende fortemente de eletricidade, abrangendo uma ampla variedade de aplicações, como motores elétricos (para movimento de fluidos, processamento de materiais, manuseio, compressores de ar, refrigeração e operações auxiliares de caldeiras), aquecimento e iluminação. Em 2021, os sistemas de motores elétricos representavam cerca de 70% da demanda por eletricidade no setor industrial. Portanto, é crucial implementar estratégias para melhorar a eficiência energética desses sistemas. Além de contribuir para uma indústria mais competitiva, essa abordagem pode reduzir a demanda de eletricidade na rede, aumentando assim a capacidade disponível e oferecendo uma alternativa à criação de novas infraestruturas, que são caras e demandam tempo para implantação.


Os Motores de Indução de Gaiola de Esquilo (MIT), que representam mais de 95% de todas as aplicações de acionamento no setor industrial, apresentam perdas significativas inerentes no seu rotor. Com objetivo de aprimoramento da eficiência dos MIT forma criados índices de eficiência energética adotados em diversos países e no Brasil; estes índices iniciam no numeral 1 e à medida que se alcança a eficiência esperada cria-se um novo índice. Portanto, alcançar o nível de eficiência IE5 é um desafio. Reconhecendo essa limitação dos MITs tradicionais, os Motores Síncronos de Ímãs Permanentes (MSIP) surgiram como alternativas viáveis, oferecendo a possibilidade de aumentar significativamente a eficiência energética e alcançar potencialmente o nível de eficiência IE5, e mais recentemente, IE6. Os MSIP não apresentam perdas de energia no rotor, o que aumenta significativamente a eficiência energética, devido aos ímãs permanentes feitos de neodímio, ferro e boro (NdFeB) em seus rotores.


Nesse sentido, outro uso final de energia em que os motores elétricos são fundamentais, é na mobilidade elétrica. Os motores elétricos de carros podem ser de diversos tipos, mas, os motores de ímãs, produzidos principalmente a partir de neodímio, representam uma parcela significativa do mercado de veículos elétricos. Aproximadamente 90% dos motores de carros elétricos de hoje utilizam ímãs de neodímio devido à maior densidade de potência, reduzindo assim o seu volume, o que é essencial para os requisitos de espaço e peso dos veículos elétricos.


Nos três casos citados: i) aerogeradores; ii) motores elétricos para mobilidade; e iii) indústria (força motriz estacionária), a função dos ímãs permanentes é a mesma: produzir campo magnético de elevada intensidade, a partir do menor volume de material fonte. E nesse sentido, o gráfico mostra que o Neodímio-Ferro-Boro [NdFeB] apresenta produto energético de 60 Mega-Gauss Oersteds (MGOe), sendo o seu melhor concorrente o Samário-Cobalto [SmCo], que com o mesmo volume de material produz praticamente a metade do campo produzido pelo NdFeB.


Destaca-se que as barras na parte superior esquerda da figura indicam de forma visual o volume de material necessário para produzir a mesma intensidade de campo magnético.


Outras observações relevantes sobre a disponibilidade, acesso, uso e descarte de ímãs permanentes que utilizam neodímio são fundamentais, tanto para a indústria quanto para a formulação de estratégias de desenvolvimento regionais e globais. A produção dos ímãs permanentes causa impactos ambientais significativos ao longo do tempo. As etapas de extração e processamento desses minerais são intensivas em energia e resultam em altas emissões de gases de efeito estufa, além de perturbarem os ecossistemas locais com problemas como erosão do solo, contaminação da água e destruição de habitats naturais.


Além destes impactos ambientais, a falta de rotas de reciclagem ou possibilidades de reuso para os imãs permanentes de terras raras pioram significativamente a sua pegada ecológica. Questões de natureza técnica também são fatores importantes a serem analisados. A temperatura de Curie pode ser facilmente superada por alguma condição adversa na utilização do motor, por exemplo. Pulsos de corrente elevada também podem levar à desmagnetização dos imãs, como por exemplo, em um eventual curto-circuito interno na máquina. Estes casos podem levar, a inutilização da máquina com elevados custos de reposição.


Um outro aspecto bastante relevante é a concentração da produção de imãs de terras raras na China, que detém cerca de 90% da capacidade de produção global. Deste modo, existe uma tensão geopolítica sobretudo no ocidente, acerca da dependência chinesa nesse aspecto. Já no início da década passada a China impôs sobretaxas à exportação dos imãs de NeFeB buscando o estímulo à exportação de máquinas prontas, o que é interessante para a economia doméstica chinesa. Essa situação ensejou uma resposta dos países ocidentais que procuraram estimular a pesquisa de máquinas elétricas de alta eficiência que não usem imãs de terras raras. Pode-se destacar ações da União Européia, do Japão e dos Estados Unidos, na busca por motores elétricos de alta eficiência “livre” de metais de terras-raras.


No Brasil, foram mapeados grandes depósitos de minerais de terras-raras em locais como Araxá-MG, Serra Verde-GO, Catalão-GO e Pitinga-AM. As ocorrências brasileiras de terras-raras são predominantemente de monazita, que contém uma alta concentração de terras-raras leves, como neodímio e praseodímio, enquanto em Pitinga-AM se encontram quantidades maiores de terras-raras pesadas, como o disprósio. Essas descobertas são importantes para o desenvolvimento de políticas e estratégias que possam mitigar os impactos negativos e maximizar os benefícios da exploração desses recursos.


Dessa forma, a transição energética para fontes e usos finais mais sustentáveis é um processo complexo, demorado e desafiador, entrelaçado com questões geopolíticas profundas que se assemelham às dinâmicas observadas nos mercados de produtores de petróleo. Essa transição não apenas depende da disponibilidade de questões tecnológicas, mas do desenvolvimento de infraestruturas adequadas, e está profundamente influenciada pelas relações políticas e econômicas globais, especialmente em relação aos países detentores das terras-raras.

 

*Danilo de Souza é professor na FAET/UFMT e pesquisador no NIEPE/FE/UFMT e no Instituto de Energia e Ambiente IEE/USP. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.