Quarta, 12 Fevereiro 2020 08:42

 

No século XIX, o autor de “Os Miseráveis” e “O Corcunda de Notredame” dizia: quem abre uma escola, fecha uma prisão. Se entendermos que o contrário também pode ser verdadeiro temos que, mais de um século depois de Victor Hugo, sociedades continuam cultivando a violência, trocando o conhecimento por uma arma na mão.

 

Para evitar essa falta de perspectiva entre mais jovens mato-grossenses, cerca de 30 estudantes ocuparam a Escola Estadual Professor Nilo Póvoas em  Cuiabá, na tarde dessa segunda-feira, 10/02, e de lá só sairão quando o governo do Estado voltar atrás na decisão de fechar uma das unidades de ensino mais conhecidas da capital, que atualmente tem 126 estudantes de ensino integral matriculados.

 

O governador Mauro Mendes e sua equipe alegam que a escola tem poucos estudantes, e que tanto os alunos quanto os trabalhadores poderiam ser transferidos “sem prejuízos” para a escola Antonio Epaminondas, que fica num bairro próximo a onde está localizado o Nilo Póvoas. No lugar da escola, segundo os gestores públicos, passaria a funcionar um Centro de Referência de Educação Inclusiva.  

 

A comunidade escolar, no entanto, rechaça a ideia. “Ocupar foi o último recurso que utilizamos. Nós já tentamos conversar, fizemos manifestação, mas eles não estão abertos ao diálogo”, disse uma estudante que participa da ocupação.  

 

A professora Lilian Novaki Silva fez um longo relato nas redes sociais refutando um a um dos argumentos utilizados pelo Governo. Além da ausência de diálogo na tomada de decisão, a professora afirma que o bom rendimento dos alunos e a boa condição da escola deveriam fazer o governo trabalhar para atrair mais estudantes até a escola, e não fechá-la.

 

“Por que a SEDUC agiu sem comunicar? Medo da mobilização da comunidade? Aqui estamos nós! Determinados a lutar e desejosos de ser ouvidos e proporcionar um diálogo transparente e respeitoso entre pessoas que se definem profissionais da educação e comunidade escolar. Queremos explicações, queremos respeito, queremos expandir o número de estudantes da nossa escola ofertando o ensino fundamental, queremos continuar nosso trabalho de referência nas escolas integrais. Políticas de educação precisam ser para revitalizar escolas e não para fechar. A EE Professor Nilo Póvoas fica no centro de Cuiabá e pode atender estudantes de todos os bairros de Cuiabá.
Queremos o Nilo Vivo!!!”, concluiu a professora.

 

Várias entidades de trabalhadores organizados manifestam solidariedade aos estudantes e repúdio à determinação do Governo de fechar a escola. O coletivo Mulheres na Luta é um deles. Em nota, o grupo afirma: “Ao fechar escolas, o governo de Mauro Mendes demonstra sua falta de interesse em trabalhar para a qualidade da Educação; em vez de pensar e construir políticas públicas ou alternativas para a escola Nilo Póvoas, o governo se apega a números e opta pelo fechamento que atinge diretamente alunas/os, trabalhadoras/es da Educação, famílias”. O Mulheres na Luta encerra o manifesto afirmando que é contrário ao fechamento de qualquer escola.

 

A diretoria da Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN também manifestou repúdio à iniciativa da Secretaria Estadual de Educação. “Entendemos que o fechamento desta instituição que oferta educação em tempo integral aos filhos da classe trabalhadora significa um ataque severo ao direito à educação de centenas de estudantes, comprometendo sua formação escolar e desenvolvimento. Exigimos que a decisão seja revertida e que se discuta com a comunidade escolar qualquer mudança na oferta de vagas”.

 

Ainda não há informações sobre qualquer disponibilidade do Governo em rever sua decisão. Enquanto isso, os estudantes aguardam o início das negociações com a secretaria de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, realizando atividades diversas, como limpar e organizar a escola – pela manhã, e debater diversos temas sociais e políticos em aulas públicas com quem se dispuser a fazê-lo – no período da tarde.

 

A Adufmat-Ssind deverá fazer um debate com os estudantes na próxima segunda-feira, 17/02.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Segunda, 10 Fevereiro 2020 16:05

 

Clique no Arquivo Anexo abaixo para ler o documento. 

Segunda, 10 Fevereiro 2020 13:38

 

A economia no país segue aos trancos e barrancos nesse desgoverno de Jair Bolsonaro. Entre os diversos índices adversos desta política que deixa o pobre mais pobre e o rico mais rico,  está o fato de que o número de pessoas que vivem apenas com o salário mínimo aumentou.

 

Essa situação é fruto de projetos que rebaixam direitos dos trabalhadores, com vagas precarizadas e salários menores. A política de Bolsonaro de garantir “ou emprego ou direito”, os dois seria impossível, está sendo aplicada a ferro e fogo e penaliza o trabalhador.

 

O desemprego e o trabalho informal aumentaram, e o salário mínimo se tornou o maior ganho que parte dos trabalhadores conseguem para sobreviver.

 

De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua),  entre o terceiro trimestre de 2014, meio milhão de trabalhadores passaram a ganhar o mínimo. Se comparado o ano de 2019 com 2015, o aumento é de quase 2 milhões de pessoas. Em setembro de 2019, 27,3 milhões estavam recebendo até um salário mínimo.

 

O aumento da informalidade é causado por medidas como a MP 905, da Carteira Verde Amarela, a Reforma Trabalhista, a terceirização, projetos que fomentam esse tipo de contratação, com menores custos para o empregador e precariedade para o trabalhador.

 

No terceiro trimestre de 2019, eram 20,9 milhões de informais ganhando até R$ 998 por mês — ante 6,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada que tinham essa remuneração no mesmo período.

 

A partir do mês de fevereiro o salário mínimo passa a ser de R$ 1.045. No entanto, segundo aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), para despesas básicas, em uma família com quatro pessoas, esse valor deveria ser de R$ 4.400.

 

Em entrevista para o portal UOL, a pesquisadora do IDados Ana Tereza Pires avaliou que “o aumento da informalidade realmente levou mais trabalhadores no mercado a ganhar menos. As pessoas perderam a proteção que o mínimo representa e, por sobrevivência, aceitaram qualquer oportunidade.”

 

Vem de outros governos

Essa desvalorização da força de trabalho tem sido potencializada no governo de Bolsonaro, mas vem de outros governos, como o do PT.

 

Desde o início da crise econômica, em meados de 2014, mais pessoas passaram a ganhar até um salário nas regiões Sudeste e Norte. Por volta de 55% dos trabalhadores de dessas regiões recebem um salário mínimo.

 

Também em entrevista pra o Portal Uol, o ex-diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, destacou que mesmo com as pessoas voltando ao mercado formal em 2019, houve uma precarização. “Sem um compromisso com o crescimento do País e políticas de inserção, o engenheiro vai continuar dirigindo Uber”, concluiu.

 

Fonte: CSP-Conlutas (com informações são do jornal O Estado de S. Paulo e do Portal Uol)

 

Segunda, 10 Fevereiro 2020 13:38

 

A economia no país segue aos trancos e barrancos nesse desgoverno de Jair Bolsonaro. Entre os diversos índices adversos desta política que deixa o pobre mais pobre e o rico mais rico,  está o fato de que o número de pessoas que vivem apenas com o salário mínimo aumentou.

 

Essa situação é fruto de projetos que rebaixam direitos dos trabalhadores, com vagas precarizadas e salários menores. A política de Bolsonaro de garantir “ou emprego ou direito”, os dois seria impossível, está sendo aplicada a ferro e fogo e penaliza o trabalhador.

 

O desemprego e o trabalho informal aumentaram, e o salário mínimo se tornou o maior ganho que parte dos trabalhadores conseguem para sobreviver.

 

De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua),  entre o terceiro trimestre de 2014, meio milhão de trabalhadores passaram a ganhar o mínimo. Se comparado o ano de 2019 com 2015, o aumento é de quase 2 milhões de pessoas. Em setembro de 2019, 27,3 milhões estavam recebendo até um salário mínimo.

 

O aumento da informalidade é causado por medidas como a MP 905, da Carteira Verde Amarela, a Reforma Trabalhista, a terceirização, projetos que fomentam esse tipo de contratação, com menores custos para o empregador e precariedade para o trabalhador.

 

No terceiro trimestre de 2019, eram 20,9 milhões de informais ganhando até R$ 998 por mês — ante 6,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada que tinham essa remuneração no mesmo período.

 

A partir do mês de fevereiro o salário mínimo passa a ser de R$ 1.045. No entanto, segundo aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), para despesas básicas, em uma família com quatro pessoas, esse valor deveria ser de R$ 4.400.

 

Em entrevista para o portal UOL, a pesquisadora do IDados Ana Tereza Pires avaliou que “o aumento da informalidade realmente levou mais trabalhadores no mercado a ganhar menos. As pessoas perderam a proteção que o mínimo representa e, por sobrevivência, aceitaram qualquer oportunidade.”

 

Vem de outros governos

Essa desvalorização da força de trabalho tem sido potencializada no governo de Bolsonaro, mas vem de outros governos, como o do PT.

 

Desde o início da crise econômica, em meados de 2014, mais pessoas passaram a ganhar até um salário nas regiões Sudeste e Norte. Por volta de 55% dos trabalhadores de dessas regiões recebem um salário mínimo.

 

Também em entrevista pra o Portal Uol, o ex-diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, destacou que mesmo com as pessoas voltando ao mercado formal em 2019, houve uma precarização. “Sem um compromisso com o crescimento do País e políticas de inserção, o engenheiro vai continuar dirigindo Uber”, concluiu.

 

Fonte: CSP-Conlutas (com informações são do jornal O Estado de S. Paulo e do Portal Uol)

 

Segunda, 10 Fevereiro 2020 13:35

 

Os trabalhadores dos Correios estão em luta contra aumento no plano de saúde, por isso, decidiram por greve nacional a partir do dia 3 de março. Uma assembleia ocorre no mesmo dia, antes da deflagração do movimento, para preparar essa importante mobilização.

 

 

A categoria reclama da porcentagem alta de coparticipação nos procedimentos médicos e os gastos com internações. Muitos vão abrir mão do convênio, porque não terão mais condições de pagar.

 

Esses trabalhadores seguirão o exemplo dos petroleiros que estão há mais de uma semana em greve contra ataques a seus direitos.

 

“É importante nesse momento unificar as lutas (…). Nós, trabalhadores dos Correios, já agendamos uma data unificada e nacional, terá também, em 8 de março, o ato das mulheres, dia 18 de março um dia de paralisação e mobilizações convocado pelas centrais rumo à greve geral, para atacarmos o governo Bolsonaro. É  nas ruas que vamos derrotar esse governo”, disse o trabalhador dos Correio Heitor Fernandes em vídeo gravado durante um protesto dos trabalhadores petroleiros.

 

Unificar contra a privatização

Essa greve ocorrerá em meio às tentativas do governo de Jair Bolsonaro em privatizar a empresa. Portanto, luta em defesa da estatal dos Correios também integra essa greve.

 

O enxugamento do quadro de trabalhadores será parte das ações para preparar a empresa para a privatização. Pelo menos 40 mil pessoas vão perder o emprego, já que governo não pretende absorver os demitidos.

 

O secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar informou à grande imprensa no começo do ano o projeto chamado “fast track”, com mecanismos para tornar mais rápida a venda dos Correios. Outras empresas estatais também estão nesta lista.

 

Ainda não foi revelado quais estatais que serão alvo da venda, mas existem fortes chances do governo de entregar para a iniciativa privada a Casa da Moeda, a Hemobras, os Correios e a Eletrobras.

 

Os trabalhadores da Casa da Moeda chegaram a ocupar a sede no Rio de Janeiro  no início do ano e seguem mobilizados em sua luta. A ação foi contra a política do governo Bolsonaro para o setor, que retira direitos assim como sua tentativa de privatizar a empresa.

 

Esse projeto faz parte do plano de desinvestimento e desestatização do governo de Bolsonaro, que não avançou como o desejado em 2019, mas promete ser retomado com força em 2020.

 

Ainda assim, no ano passado o governo já aprofundou perdes de importantes estatais com a venda de ativos que estavam nas mãos dessas organizações. A Petrobras é o exemplo mais simbólico, tendo se desfeito de R$ 50,4 bilhões em ativos.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Sábado, 08 Fevereiro 2020 11:04

 

Construir uma greve do Ensino Superior no primeiro semestre de 2020. Essa foi uma das orientações aprovadas no Plano de Lutas do 39º Congresso do ANDES - Sindicato Nacional, que está sendo sediado pela Universidade de São Paulo (USP) essa semana. Desde a terça-feira, dia 04/02, docentes de todo o país dialogam sobre as formas de reagir aos ataques dos governos à educação, às universidades, aos servidores públicos, aos trabalhadores em geral.

 

A categoria entende que somente uma greve forte, com mobilização nas ruas, tendo a participação efetiva de todos será capaz de barrar as políticas de destruição que incluem cortes de recursos, militarização das escolas, ameaças de redução de salários e jornada de trabalho, suspensão de concursos, além das perseguições ideológicas e evidentes tentativas de desqualificação dos trabalhadores públicos, utilizando, inclusive, a divulgação de notícias falsas e caluniosas.

 

No calendário de lutas aprovado em plenária nesta sexta-feira, 07/02 (disponível abaixo), após muita discussão, os docentes do ensino superior decidiram orientar as Seções Sindicais a discutirem a construção de uma greve de setor ainda no primeiro semestre, tendo como marco a Greve Geral da Educação de 18/03. Também haverá mobilização para a construção do Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras (8 de Março) e o Bloco na Rua em defesa da Educação Pública de 21 a 25/02 – período que antecede o carnaval.    

  

Confira o calendário de lutas aprovado no 39º Congresso do ANDES-SN:

 

 

Conad Extraordinário

 

O 39° Congresso do ANDES-SN aprovou a realização de um Conselho Extraordinário do ANDES-SN (Conad) no segundo semestre de 2020 para avaliar a filiação do ANDES-SN à Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas). A categoria se divide nas críticas, pontuando algumas posições políticas ou a metodologia de trabalho da central para a tomada de decisões.

 

Os diretores da Adufmat-Ssind que se manifestaram na plenária defenderam a permanência na CSP-Conlutas, de forma crítica, sim, mas sem a realização de Conad Extraordinário.

 

 

 

“Nós queremos construir uma greve em 2020. Alguém aqui tem dúvida de que será uma greve dura e possivelmente longa? Faz sentido envidar esforço e recursos para realizar um Conad Extraordinário? Ainda mais para fragilizar politicamente uma entidade que está ao lado dos trabalhadores? Essa proposta é perigosa e irresponsável”, disse a professora Alair Silveira.

 

O professor Tomás Boaventura também apoiou a permanência na Central. “Avaliação da CSP nós fazemos sempre, todos os momentos. Nós temos é que cumprir as decisões recentes, trabalharmos nas nossas seções sindicais e construirmos essa Central, que é uma coisa boa, arejada, nova para nós que dizemos ser, também, trabalhadores”.

 

 

 

Para a diretora da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda, estar na CSP-Conlutas representa a possibilidade efetiva não só de derrotar as políticas que flagelam os trabalhadores, mas transformar, de fato, a sociedade. “Por mais que o ANDES-SN seja um sindicato aguerrido, ele não consegue sozinho ter a capilaridade necessária para que a gente possa construir as nossas pautas. Nós precisamos mais do que a Greve Geral. Nós precisamos virar o Chile. Nós precisamos sacudir esse país. E no chão da CSP-Conlutas há movimentos sociais e também populares, por isso ela é instrumento potente, do qual nós não podemos abrir mão. Apresenta problemas, mas nós somos um dos maiores sindicatos dentro da CSP, temos que ir para cima, disputar a metodologia do Congresso para conseguir avançar”.

 

A votação que garantiu a permanência na CSP-Conlutas foi expressiva – 255 a 142. No entanto, o Conad Extraordinário poderá apontar ao 40º Congresso do ANDES-SN a necessidade de discutir uma possível desfiliação.  

 

Neste sábado, 08/02, último dia do evento, os docentes ainda debatem e deliberam em plenário os temas “Questões organizativas e financeiras” e “Plano de lutas para os setores”. A estimativa é que o evento seja encerrado até às 23h59.  

 

Confira aqui a GALERIA DE IMAGENS

  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 07 Fevereiro 2020 15:34

A Adufmat-Ssind e o Fórum de Luta por Direitos e Liberdades Democráticas convidam toda a comunidade acadêmica para o ciclo de debates “América Latina Insurgente: um panorama da luta de classes”, que será realizado nos dias 14 e 17/02, sempre às 19h, no auditório do sindicato. Serão dois dias de reflexões a partir das provocações do professor convidado, Osvaldo Coggiola, da Universidade de São Paulo - USP.

 

Doutor em História, Coggiola lecionou na Universidade Nacional de Córdoba até junho de 1976, quando foi expulso por intervenção militar devido à sua atuação política. Foi reincorporado por meio de resolução do decano normalizador em 1984, mas em 1985 iniciou seu vínculo ao Departamento de História da USP. Em seu currículo são registrados trabalhos e conferências em diversos países do mundo, que o tornaram referência internacional para debates acerca dos temas Capitalismo, América Latina e Educação, sempre inspirado pela metodologia de análise marxista.

 

Na sexta-feira, dia 14/02, o professor fará um diálogo sobre as transformações das relações humanas na história das sociedades, tema do seu livro “Do Moderno ao Contemporâneo: uma história do mundo na Era do Capital” (2019), que será lançado na Adufmat-Ssind na ocasião.

 

Também são de autoria de Coggiola os títulos “Marx e Engels na História”, “América Latina: encruzilhadas da História Contemporânea”, “O Capital contra a História”, “Governos Militares na América Latina”, entre outros.  

 

Na segunda-feira, 17/02, o diálogo será sobre o tema do ciclo de debates - “América Latina Insurgente: um panorama da luta de classes”.

 

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados. Haverá certificação.   

 

 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 06 Fevereiro 2020 09:52

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN está selecionando estagiário de Publicidade e Propaganda. Confira, abaixo, as informações do processo:

Calendário:

- Envio de currículo para o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. até dia 09/02/20.
- Entrevistas dia 11/02/20.
- Resultado dia 11/02/20.
- Data de início do trabalho 12/02/2020.

Disposições gerais:

- Trabalho em equipe para realização e gestão multimidiática de conteúdo.
- Ter experiência é um diferencial, mas não é obrigatório.
- Estar cursando do 4º ao 7º semestre.
- Bolsa: R$ 500,00.
- Carga horária: 20 horas semanais, segunda à sexta, 13h30 às 17h30.
- Período de 6 meses, com possibilidade de renovação.

Atribuições:

- edição de imagens e diagramação
- gestão de mídias sociais
- elaboração de campanhas multimidiáticas

Mais informações pelos telefones (65) 99686-8732| (65) 3615-8293

Quarta, 05 Fevereiro 2020 09:12

 

As intenções entreguistas do governo Bolsonaro/Guedes entram em fevereiro com resposta a altura dos trabalhadores. Paralisações, greve nacional e protestos têm se ampliado em órgãos públicos e empresas estatais.

 

Greves na Petrobras, Dataprev e Casa da Moeda. Não é pouco!

 

No final de semana que passou, as unidades da Petrobras começaram uma a uma a paralisar as atividades. Essa será uma greve nacional em defesa da estatal e contra as demissões e o plano de privatização.

 

Nesta segunda-feira (3/2), os trabalhadores da Casa da Moeda cruzaram novamente os braços, pois já haviam paralisado e ocupado a empresa no início de janeiro para impedir o programa de demissões que pretende preparar a privatização da Casa.

 

Na Dataprev, uma greve começou em 31 de janeiro em resposta às informações sobre a privatização e demissão de 494 trabalhadores.

 

A política de privatização e destruição das empresas

 

Desde que efetivou a lista de 17 estatais que seriam privatizadas, o governo federal vem aplicando uma política de total desvalorização dessas empresas, precarização do trabalho e demissões.

 

Para tal vem trocando os cargos de chefia e direção para que novos capachos cumpram com a destruição das estatais brasileiras para entregá-las ao capital privado e internacional.

 

Entre as empresas que estão na lista de privatização há Petrobrás, Correios, Serpro e Telebras, Dataprev, Casa da Moeda, Lotex, Trensurb e Eletrobras.

 

Petrobrás

 

Contabilizada inicialmente em dez estados, a greve na Petrobras vem ganhando força e se expandindo a cada dia. Plataformas, refinarias, terminais e escritórios. Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Rio de Janeiro e Norte Fluminense (RJ), Paraná e Rio Grande do Sul. São vários estados em mobilização, em 30 unidades da empresa, organizados pela FUP (Federação única dos Petroleiros) e FNP (Federação Nacional dos Petroleiros).

 

Mesmo após a determinação do TST (Tribunal Superior do Trabalho), via o ministro Ives Gandra Martins Filhos, que obriga que 90% dos trabalhadores mantenham produção habitual, a categoria permanece mobilizada.

 

Eduardo Henrique, da Federação Nacional dos Petroleiros e da CSP-Conlutas-RJ, defende: “Esta luta, que não é somente dos trabalhadores, mas é de toda população brasileira, seguirá firme em defesa de direitos, contra as demissões e a privatização da Petrobras”.

 

Dataprev

 

Na Dataprev, o governo federal anunciou demissão de 494 dos 3,36 mil funcionários. A greve, que começou nos 20 escritórios ameaçados pelo fechamento e com as demissões, cresceu e a empresa amanheceu parada no dia seguinte (28/1), de norte a sul do país.

 

A direção da empresa não contava com a coragem e disposição de luta dos trabalhadores que não aceitam vê-la sendo destruída para ser vendida a preço de banana aos empresários amigos da presidente da empresa, Christiane Edington, e do conjunto do governo de Bolsonaro.

 

Há pressão, assédio moral, criação de listas com nome dos grevistas e outras artimanhas, mas a greve continua.

 

O Dataprev é uma empresa pública responsável pela gestão de sistemas de políticas sociais do Estado brasileiro, incluindo dados do INSS. Foi incluído no programa de privatizações do governo federal. A medida descabida acontece justamente no momento em que o INSS está um caos sem conseguir atender aos processos que aguardam análise da Previdência Social.

 

Os grevistas querem que os desligados sejam remanejados para o INSS. É justo, uma vez que há déficit de funcionários no órgão e Bolsonaro anunciou a contratação de cerca de 7 mil militares da reserva para assumir o serviço no instituto.

 

Casa da Moeda

 

Na Casa da Moeda, funcionários fizeram greve de advertência de 24 horas e paralisaram a produção de passaportes. Eles protestam contra a proposta de privatização da empresa e discordam de mudanças feitas pela direção em benefícios da categoria.

 

Não houve renovação do acordo coletivo de 2019. O processo chegou a ser mediado sem sucesso pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). No início deste ano a empresa anunciou o corte de benefícios enquanto o dissídio não é julgado pelo tribunal.

 

 

 

Os trabalhadores estão desde dezembro sem receber salário devido a mudanças no calendário de pagamento e desde 1º de janeiro não recebem seguro de vida e vale-alimentação, além da direção da empresa ter aumentado o desconto do plano de saúde de 10% para 50%.

 

O sindicato diz que os cortes representam perda salarial média de R$ 2.500 e que parte dos funcionários virá com contracheque zerado no fim do mês. Eles rejeitaram proposta de acordo provisório com vigência até o julgamento.

 

A política de destruição de direitos está diretamente ligada ao plano de privatização da empresa.

 

Unificar as greves e as lutas é a saída

 

O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes defende a unificação das lutas contra as privatizações e demissões. “O caminho é o das ruas, das lutas e das greves. É uma necessidade para derrotarmos os planos privatistas de Bolsonaro, Mourão e Guedes”.

  

A CSP-Conlutas está diretamente envolvida nas greves que estão acontecendo. “É o momento de juntar servidores em estatais, iniciativa privada, juventude e o povo pobre, porque só com a Petrobrás 100% é possível garantir o preço do gás e do combustível para toda a população”.

 

De acordo com a CSP-Conlutas, é necessário unificar as lutas com os atos do INSS contra o desmonte da Previdência Social, 8 de março – Dia Internacional das Mulheres, e 18 de março, Dia Nacional de Mobilização em defesa do serviço público e das empresas estatais.

 

“É possível retomarmos a preparação da Greve Geral”, reforça Atnágoras.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Terça, 04 Fevereiro 2020 19:31

 

A desafiadora São Paulo recebe, a partir dessa terça-feira, 04/02, docentes do ensino superior de todo o país no espaço deliberativo de maior importância para a categoria. O 39º Congresso do ANDES – Sindicato Nacional, organizado este ano pela Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp-Ssind), é o maior da história, com a participação de 81 seções sindicais, sendo 442 delegados, 166 observadores, 34 diretores e 12 convidados. No total, 654 pessoas estão envolvidas nos debates que servirão de base para as lutas de 2020.

 

O aumento do número de participantes nos congressos do ANDES-SN, ano a ano, se deve à conjuntura cada vez mais acirrada entre trabalho e capital. Os ataques aos direitos causados pelo aprofundamento do neoliberalismo, nesse momento amparado por uma plataforma política neofacista, têm provocado cada vez mais preocupações entre os trabalhadores.

 

Os docentes reunidos no 39° Congresso do ANDES-SN, no entanto, entendem que é preciso ampliar a mobilização da categoria, construindo, ao mesmo tempo, a unidade entre trabalhadores dos setores público e privado para barrar os ataques.

 

Nessa terça-feira em que a categoria iniciou os trabalhos, temas como as reformas Administrativa e Tributária programadas pelo governo federal para este ano, a possibilidade de redução de jornada e de salário por meio da chamada PEC Emergencial (PEC 186/19), e a organização de sindicatos e movimentos sociais na CSP-Conlutas apareceram entre os mais comentados. A construção de uma greve geral foi uma das principais propostas apresentadas pelos participantes para resistir a esses ataques.

 

O presidente do ANDES-SN, Antônio Gonçalves, iniciou seu discurso na abertura do evento saudando os petroleiros, que estão em greve, e destacando os movimentos paredistas da categoria em 2019. “As greves dos docentes do Paraná e da Bahia sinalizam a luta e organização dos professores do ensino superior num momento de amplo ataque à classe trabalhadora”, disse o docente, elencando outros desafios que precisam ser enfrentados, como os sucessivos cortes de recursos e nomeações de representantes conservadores e até criacionistas para cargos importantes do setor.    

 

Durante a tarde, os docentes apresentaram leituras acerca da conjuntura política nacional e internacional, destacando as mobilizações dos países latinos, que têm demonstrado a disposição dos trabalhadores para a luta em defesa dos direitos. Os textos de conjuntura também têm a finalidade de analisar acertos e erros da categoria.

 

A Adufmat-Ssind participa do evento com 15 representantes, entre delegados e observadores.

 

Já há indicação de ao menos duas datas próximas para mobilização: Dia Internacional das Mulheres (08/03) e uma greve geral no dia 18 de Março. As deliberações do Congresso, no entanto, só serão feitas nas plenárias que serão realizadas a partir da quinta-feira, após as discussões detalhadas nos grupos mistos.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind