Quinta, 08 Dezembro 2022 13:13

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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Por Vicente Machado de Avila*

Professor aposentado da UFMT

 

 

 

                       I.            FUNDAMENTALISMO ou IGNORÂNCIA?

Tentei, mas não consegui, ficar fora dessa praia. Nela pretendo caminhar sem levar vaia. Estou fazendo agora o que deveria ter feito antes, recorrendo ao notório saber da psicanalista Denise Deschamps (*). Bolsonaro não se vacinou e levou muitos seguidores para sepultura. Isso é uma verdade nua e crua.
 

                    II.            CEGUEIRA, FANATIZAÇÃO E ALIENAÇÃO: Responder a essa pergunta seria um coisa muito boa. Até onde vai a capacidade de alienar as pessoas? Primeiro ele as retira do normal; depois as transfere para o mundo irracional. Ele não se vacinou e recomendou tomar cloroquina, dizendo que vacina faz mal.

 

                 III.            NÃO ADIANTA DISCUTIR: Com bolsonarista não adianta discutir – ele não se convence de nada – só sabe incutir. Só 10(dez) derrotas farão eles voltar a si. Muitos interlocutores que encararam as feras estão de baixo da terra. Bolsonaro é um fenômeno que, pela psicanálise não foi decifrado: primeiro ele ficou contra as urnas e agora está contra os resultados.

 

                 IV.            GOLPE GORADO?  No palácio do planalto ele se encontra amuado.

 

                    V.            CONTRIBUIÇÃO DA PSICANALISTA DENISE DESCHAMPS: “Necessário boletim, muito bom! Para entender um pouco do complexo fenômeno que nos assola neste momento só com uma leitura multidisciplinar”. O restante da fecunda contribuição da psicanalista Denise será exposto no Triálogo 10-B.



Cuiabá, 22/11/2022

JANJALINDA BRASUCA
BRASILINO SABETECO
LULAHUMANO DA SILVA

Quarta, 07 Dezembro 2022 08:20

 

 

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Por Vicente Machado de Avila
Professor aposentado da UFMT

 

 

 

                       I.            DEMOCRATA OU GOLPISTA?

JANJALINDA: BOLSONARO é democrata? BRASILINO SABETECO: Desde 2018 ele está agredindo o STF, TSE e as urnas eletrônicas. Agora, no pós-eleição, juntamente com os caminhoneiros, ele está tentando impedir o ir e vir e assediando os quartéis.  Com esses dados, fica fácil entender o babado– ele é um golpista cínico e descarado.

                    II.            NAS REDES SOCIAIS

Pelas redes sociais, 24 horas por dia, ele e sua turma, põem “gosto ruim” em tudo que é bom para o Brasil. Quando um político assume que só ele sabe governar, a gente tem tudo para dele desconfiar. Na política, quando alguém não tem proposta, fica só instigando a população a se revoltar.

                 III.            GOLPE MILITAR? Nos anos 1980 – “a década perdida” – a inflação e a deflação trouxeram a ditadura para o chão. Aí vieram as Diretas, Já - com força, fé e paixão e puseram a última colher de terra no caixão. Também para os militares esclarecidos, ditadura é aberração.

                 IV.            O GRITO DAS RUAS

E é bom que ele sossegue o facho e fiquem na sua. Antes de ecoar um grito nas ruas: “É hora... É hora... É hora deJÁ – IR EMBORA”.

 

Cuiabá, 20/11/2022
JANJALINDA BRASUCA
BRASILINO SABETECO
LULAHUMANO DA SILVA

Segunda, 05 Dezembro 2022 10:43

 

 

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Por Vicente Machado de Avila

Professor aposentado da UFMT

 

 

                       I.            UM RISCO PARA A HUMANIDADE

JANJALINDA: A humanidade estará em risco? DEMOCRATINO CONSCIENTE: ELE, um perigoso cidadão norte-americano está anunciando sua candidatura para 2024. A eleição d’ELE traz o risco da guerra atômica. Não interessa se haverá chuva, trovoada ou corisco. O importante é alertar para o grande risco. A invasão do capitólio foi um ato brutal e perverso, imagine uma besta humana comandando do maior arsenal bélico do universo.

                    II.            JOE BIDEN

Ainda que BIDEN seja limitado, inteligente ou gênio o importante é que ele pronunciou a frase do milênio: “Se houver guerra atômica, não haverá vencedor”.

                 III.            POVOS DO MUNDO INTEIRO, UNI-VOS!

Que ninguém caia na besteira de achar que aguerra atômica respeitará alguma fronteira. Quem não morrer das bombas ou das balas, com certeza vai morrer da atmosfera envenenada que dos céus cairá.

                 IV.            CAPACIDADE CARETA

Só as armas atômicas existentes da Alemanha bastam para destruir 39 (trinta e nove) vezes o planeta.

                    V.            A PAZ TRIUNFARÁ

A fé remove tiranos antes de remover montanhas.
 


Cuiabá, 19/11/2022
DEMOCRATINO CONSCIENTE
LULAHUMANO DA SILVA
JANJALINDA BRASUCA

 

Quinta, 01 Dezembro 2022 10:19

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá
Dr. em Ciências da Comunicação/USP

 

            Em 1970, no auge dos crimes da ditadura militar, imposta a nossa democracia pelo golpe de 64, Miguel Gustavo compôs a canção “Pra frente Brasil”, cantada pelo Os Incríveis, que virou tema da Seleção Brasileira de Futebol, tornada tricampeã no México. De lá para cá, essa canção-tema, dentre as outras compostas para os mundiais subsequentes, é a mais resgatada de nossas memórias, seja por qual motivo for.
           Naquele momento, nossa população era de 90 milhões, dado inserido no 1º verso daquela canção. Na sequência, como forma de desconsiderar o presente vivido sob as crueldades dos ditadores militares contra os que se opunham ao regime, geralmente rotulados de comunistas, mesmo que não fossem, a ufanista canção ordenava o olhar para o futuro; daí o título “Pra frente, Brasil”, inserido em seu2º verso, e repetido inúmeras vezes. Dali em diante, eis o que segue no texto:
           “(...) Todos juntos, vamos,/ pra frente Brasil/ Salve a seleção!/
De repente é aquela corrente pra frente,/ parece que todo o Brasil deu a mão!/ Todos ligados na mesma emoção,/ tudo é um só coração!
 (...)”
           Por décadas, a esquerda, antes de aceitar a cartilha do neoliberalismo, em 2002, denunciou usos e abusos que o poderio militar exerceu sobre a Seleção, visando à “manipulação das massas”. Muitas vezes, a esquerda incentivou, sem sucesso, boicotes aos jogos das copas, realizadas, quadrienalmente, desde 1930. Aquela antiga “razão” da esquerda sempre foi goleada pela emoção que o futebol exerce por aqui, em maior ou menor intensidade, a depender da conjuntura do momento.
           Por ironia das coisas e causas da política, em 2014, a copa ocorrida justamente no Brasil –sob um governo, considerado, ainda por muitos, de esquerda –foi a que menos envolveu a torcida brasileira. Naquele ano, por razões óbvias, a dita “esquerda” não incentivou o boicote; contudo, com diversos movimentos sociais pulverizados no tocante às demarcações do campo político, cujo ápice se deu em 2013, não faltavam denúncias de corrupção, também – mas não apenas – nas obras projetadas diretamente para a Copa.
           Na lógica da “vida que segue”, quatro anos depois, a Seleção permaneceu sem o hexa. Agora, eis-nos no início da Copa de 2022, que se realiza no Catar, um país riquíssimo, mas tão autocrático quanto preso a práticas inconcebíveis, se vistas sob as perspectivas de direitos humanos e da legislação trabalhista. As denúncias são de causar repugnância. Pior: as tentativas de manifestações, por parte de atletas, estão sendo dificultadas, quando não proibidas sumariamente. Só para lembrar, as sociedades não democráticas são assim!
           Paralelo a isso, como sempre ocorre, temos o nosso contexto político influenciando mais uma edição da copa; e este momento traz peculiaridades inusitadas, pois, após a derrota de um grande disseminador de ódio e de fakenews que este país ainda tem como presidente até o final deste ano, é a extrema direita, sempre mais ufanistas do que a razão deveria permitir, que tenta desestimular o interesse pelo jogos do Catar; aliás, desde a derrota dessa extrema direita, muitos de seus signatários continuam bloqueando estradas; outros ainda estão na frente de quartéis, pedindo, criminosamente, por um novo golpe militar.
           Em contrapartida, aproveitando-se desse atordoamento desses golpistas, a centro-esquerda do lulo-petismo, em união estável com a centro-direita de Alckimin, “todos juntos” e misturados com outros partidos de tendências diversas, tenta – quem diria? –resgatar o verde-amarelo de nossa bandeira, subtraída pelos extremistas da direita; e isso está sendo feito justamente na carona de nossa Seleção. Para marcar esse resgate, muitas bandeiras nacionais trazem a inscrição “É pra Copa”.
           E parece que tudo conspira a favor do resgate em pauta no cenário hodierno, do qual apresento os seguintes destaques:
           a) a Seleção– com foco no atacante Richarlison, o “pombo” que, conscientemente, tenta disseminar a paz e a leveza em nosso país dividido– já está classificada para a próxima etapa;
           b)a lúcida postura política, novamente, de Richarlison, que se sobrepõe à de Neymar, que teria dito que, se fizesse um gol, homenagearia o presidente derrotado nas urnas eletrônicas, aliás, desde sempre, inquestionáveis quanto à segurança que oferecem;
           c) as vinhetas e enunciados da Rede Globo – como o “Tamos juntos pela Copa”, repetido várias vezes pelos narradores – que ajudam na tentativa de fazer o país suplantar este difícil momento político, recheado de discursos de ódio e de ameaças golpistas;
           d) algumas das publicidades dos patrocinadores da Seleção, auxiliadas por intervenções dos narradores das partidas e de diversas reportagens da mesma emissora, bem como de matérias de outros espaços na programação da rede, dentre outras coisas, exaltam a volta da churrasqueira, numa evidente analogia do discurso político de Lula, que não perde a chance de lembrar dos saudosos churrascos em família e entre amigos, quando de seus governos num passado recente;
           E assim, salvo pontualidades estarrecedoras, como o ataque de um jovem nazista a duas escolas no Espírito Santo e as ofensas verbais a Gilberto Gil, em um dos estádios do Catar, parece que a tendência é a de termos dias menos tensos, pois a cada vitória da Seleção, o povo brasileiro poderá ver arrefecida essa divisão, entre nós, produzida pelos odiosos golpistas de plantão, que são pouquíssimos, mas barulhentos e perigosos. Talvez, até as famílias, estupidamente esfaceladas por antagonismos políticos, possam ir se reconstituindo em bases fraternas; quiçá, a belicosidade ceda lugar à delicadeza perdida.
           Enfim, por ora, e por uma das mais retumbantes ironias do destino, a melhor aposta, ou a postura política mais humanizada, com ou sem o hexa, é torcermos para os versos de 1970 surtirem algum efeito em 2022:
           “...De repente é aquela corrente pra frente,/ parece que todo o Brasil deu a mão!/ Todos ligados na mesma emoção,/ tudo é um só coração”.
Para o jornalista Pedro Vedova, o Brasil já avançou na simbologia das mãos dadas, pois já nos abraçamos. Consoante sua bela matéria no Fantástico/Globo, do último dia 27, “...foi o movimento de capoeira que fez o Brasil se abraçar”, numa pertinente referência ao segundo gol de Richarlison contra a Sérvia.
           Seja como for, depois da copa, que continuemos a lutar pela não disseminação do ódio, das fakes, e sem os extremismos, da direita ou da esquerda; e de preferência, com muitos voleios, ou danças... de capoeira, do pombo...

Terça, 29 Novembro 2022 14:22

 

 

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Por Vicente Machado de Ávila




 

                       I.            A GRANDE CONTRIBUIÇÃOJANJALINDA: Não encontrei nada de contribuição do governo Bolsonaro.

DEMOCRATINO: Você tem razão. Porém, de um negativista só se pode esperar negacionismo. A contribuição de Bolsonaro foi ensinar como NÃO governar e perder as eleições. JANJALINDA: vamos recordar como ele governou?
DEMOCRATINO: Fez várias inversões de valores: 1º em lugar de amor ele usou o ódio, 2º em lugar da transparência e da verdade ele usou as expertises, 3º em lugar de vacina ele receitou a cloroquina, 4º ao invés de propostas ele hostilizou o adversário (inimigo), 5º ao invés da segurança ele liberou a compra de armas, 6º quebrou o estado LAICO, introduziu o partidarismo religioso e está atrapalhando o ecumenismo em busca da paz, 7º se ele continuar fazendo política à base de chutes e murros e cometendo erros absurdos, sua candidatura não vai passar do primeiro turno, 8º falta verdade e expertise tem de sobra. No governo Bolsonaro as finanças públicas estão sendo geridas como se faz “na casa da sogra”, 9º é o relatório do TCU que traz essa dica: na gestão de Bolsonaro existem 29 áreas criticas, 10º se ele prosseguir agredindo as autoridades e desacreditando as urnas eletrônicas, com certeza, vai provocar descrença crônica, 11º desativou os órgãos ambientais e a Amazônia está entregue a madeireiros e garimpeiros ilegais . 


 

Cuiabá, 17/11/2022

JANJALINDA BRASUCA
DEMOCRATINO CONSCIENTE
LULAHUMANO DA SILVA

Quinta, 24 Novembro 2022 11:36

 

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá
Dr. em Ciências da Comunicação/USP

 

          Dias atrás, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal foram assediados em Nova York, onde participavam de um evento. As abordagens foram feitas por brasileiros inconformados com a derrota de Bolsonaro para Lula. Um deles, enquanto filmava sua “entrevista”, questionou se Barroso iria “...responder às Forças Armadas”; se deixaria “...o código fonte (das urnas) ser exposto”. De chofre, Barroso voltou-se para o “repórter” e disse: "Perdeu, mané. Não amola".
          Depois disso, antes que o arrependimento de Barroso – embora desnecessário – se tornasse público, não demorou para que o enunciado ganhasse incontáveis memes, vindos da oposição ao golpismo de bolsanaristas, que não aceitam a derrota nas urnas, aliás, seguras, auditáveis, exemplares e tudo o que se quiser apontar de positivo sobre elas.
          Do lado dos derrotados, recebi o texto apócrifo “Nós, os manés”, onde é dito que foram acordados “de uma letargia”; por isso, não aceitam mais “mentiras e falsidades...”; que os “manés” descobriram “... os verdadeiros amigos” e tiraram “as máscaras dos inimigos”; que encontraram “um líder” que lhes “fez ver o perigo que corriam”.
          De minha parte, limito-me a dizer que, se neste momento pós-moderno, como cada um vê o que quer e da forma como quer, fazer o quê se essas pessoas pensam que não aceitam “mais mentiras e falsidades”? Alguém há de convencê-las se disser que todos os inconformados estão atolados em fakenews? Que não enxergam um palmo à frente do nariz? Que são nutridos por mentiras repassadas ininterruptamente pelas redes sociais?
          Não, até porque essas criaturas não querem ser convencidas de nada que lhes possa tirar do conforto das mentiras que se lhes abatem. E o mito, a quem chamam de líder, é mesmo um líder, mas em disseminar mentiras e desavenças entre nós, brasileiros.
          Mas sigamos. No final do texto em questão, depois de alguns palavrões contra os ministros do STF, o autor anônimo registra que “...com sorrisos debochados, nos jogam na cara (no caso, Barroso) a fala do ladrão quando nos rouba... “Perdeu, mané!”.
          O restante do texto é recheado de pragas. Bobagens. O que me interessa é a afirmação de que “perdeu, mané” refere-se à “fala do ladrão”, quando anuncia um roubo.
          Até pode ser mesmo, mas antes de ser uma expressão apropriada por ladrões, “mané” vem dos morros cariocas; vem, portanto, das camadas populares, que não podem ser confundidas com ladrões por conta de seu registro linguístico.
          Para ilustrar, resgato o samba “Linguagem do Morro”, composta em estrofe única de dezessete versos por Padeirinho, gravada por Jamelão em 1961.
          Logo após ser dito que “Tudo lá no morro é diferente”, e que “Daquela gente não se pode duvidar”, o eu-poético, no sétimo verso, passa a falar da “linguagem de lá (no caso, do morro)”. Eis uma parte do “dicionário” própria de várias comunidades cariocas:
          “Baile lá no morro é fandango/ Nome de carro é carango/ Discussão é bafafá/ Briga de uns e outros dizem que é burburinho/ Velório no morro é gurufim/ Erro lá no morro chamam de vacilação/ Grupo do cachorro em dinheiro é um cão/ Papagaio é rádio/ Grinfa é mulher/ Nome de otário é Zé Mané”.
          Mais recentemente, em 2000, a “malandragem artística” de Bezerra da Silva especifica o significado de “mané”, mas sem o “Zé” da música de Padeirinho/Jamelão. Isso ocorre na canção “Malandro é Malandro e Mané é Mané: o poeta falou”.
          Como estou a comentar sobre o “mané”, deixarei para a curiosidade de cada um o que o eu-poético de Bezerra diz sobre o “malandro”, e já recorto os versos que definem o “mané”:
          “...o mané, ele tem sua meta/ Não pode ver nada/ Que ele cagueta/ Mané é um homem/ Que moral não tem/ Vai pro samba, paquera/ E não ganha ninguém/ Está sempre duro/ É um cara azarado/ E também puxa o saco/ Pra sobreviver/ Mané é um homem
Desconsiderado/ E da vida ele tem/ Muito que aprender
…”
          Salve, Bezerra! Esse é o retrato do “Mané” enunciado por Barroso: de alguém que, no mínimo, precisa aprender muito da vida. O resto, sem contar o preconceito linguístico por trás de determinadas afirmações, é chororô de inconformados.
          Já o “não amola”, pedido de Barroso ao “mané” de Nova York, faz parte dos “Termos e expressões do coloquial do cotidiano da zona rural no Brasil central no século XX”, título da obra de Ismael David Nogueira, que, a quem quiser, pode ser assim encontrada na própria internet.
          Portanto, Barroso, ao dizer “Perdeu, mané. Não amola”, foi ao falar mais popular possível. Claro que, com isso, ele causou estranheza, posto transitar sempre na expressão erudita, nas sessões do STF, que, aliás, poucos são os brasileiros que conseguem acompanhar sua linha de raciocínio, principalmente quando se põe a tratar da importância de envidarmos todos os esforços para a manutenção do nosso estado de direito. Isso, sim, é o que deveria importar a todos, manés e malandros, deste país tão dividido.

 

Terça, 22 Novembro 2022 10:10

 

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Texto enviado pelo Prof. VICENTE MACHADO DE AVILA.




                       I.            FUTUROLOGIA

JANJALINDA: 2026 é agora? Quem será o(a) novo(a) presidente?
DEMOCRATINO: Se as eleições fossem hoje, considerando que LULA não será candidato, venceria uma das seguintes chapas:

a.       ALCKMIN – TEBET b. TEBET – ALCKMIN c. JANJALINDA – ALCKMIN d. ALCKMIN – JANJALINDA.

Por que? Primeiro, as três figuras tiveram papel fundamental na campanha de 2022; segundo, estão ocupando posições estratégicas na transição; terceiro, com certeza, desempenharão papel relevante no governo LULA. Quarto, a expectativa do sucesso do governo LULA está baseada no desempenho passado e pelo compromisso de melhorar a vida dos pobres e projetar o país social e economicamente no cenário internacional. Quinto, a sofrência trazida pelo BOLSONARO permite comparar governo popular e inclusivo com governo antidemocrático e negacionista. Sexto, o neoliberalismo bolsonariano é excludente e está em baixa no mundo. Sétimo, BOLSONARO está mais queimado que a floresta amazônica brasileira. Oitavo, os avanços na educação, na cultura, na ciência, etc, elevarão o nível de consciência política. Nono, expressivas lideranças do conservadorismo estão apoiando a governabilidade. Décimo, o Brasil está entrando numa onda de fé, esperança e otimismo.
 

                    II.            Como prosseguir em nossa missão/construção? “...caminhando, cantando e seguindo a canção...”

 


Cuiabá, 13/11/2022
DEMOCRATINO CONSCIENTE
JANJALINDA BRASUCA
LULAHUMANO DA SILVA

Segunda, 21 Novembro 2022 07:48

 

 
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Texto enviado pelo Prof. Vicente Machado Ávila.



               

I.            BOLSONARO FORA: JANJALINDA: Bolsonaro voltará?

                DEMOCRATINO: nananinanão. Por que?

               1º Ele é da direita, que está em queda no mundo (vide EUA).
               2º Ele faz um governo rico em malefícios e pobre ou nulo em benefícios.
               3º Ele defende as forças que o Lula combate (madeireiros incendiários, garimpeiros burraqueiros/venenosos e milicianos armados e donos de cemitérios clandestinos).
               4º A direita não vai bancar candidatos com esse perfil.
               5º O sonho de governar com uma ditadura militar foi descartado em 2022.
               6º Faz uso da MENTIRA como forma de fazer política e já ganhou do eleitorado o merecido troco.
               7º O capital político do Lula agigantou se nas últimas eleições é está só crescendo. Lula compõe com todas as forças vivas (inclusive com o LIRA). Bolsonaro contra                       Lula é a luta do mal contra o bem é isso a população já percebeu.
               8º Agora que o Bolsonaro foi mandado para os quintos, Lula é paz/harmonia e comida para os famintos.
               9º Ao invés de fofocas e intrigas, Lula está visitando e dialogando com os poderes Legislativos e Judiciários.
               10º A transição do mal para o bem está inteligente e acelerada. Do bolsonarismo vai restar nada.

 


Cuiabá, 10/11/2022

JANJALINDA BRASUCA
DEMOCRATINO CONSCIENTE
LULAHUMANO DA SILVA

Quinta, 17 Novembro 2022 11:21

 

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá
Dr. em Ciências da Comunicação/USP
Professor de Literatura Brasileira


            Pelas múmias do Egito! Eu não acredito!
            A viagem de Lula ao Egito, onde se realiza a COP27,já mudou a rota, pelo menos da intenção inicial deste artigo, que era tratar de cenas brasileiras pós-eleição presidencial; e eu faria isso com base em “Camisa Amarela”, música de Ary Barroso, de 1956.
            Naquela canção, aliás, interpretada magistralmente por Gal Costa, falecida há poucos dias, a voz poética é cedida a um eu-lírico feminino, que relata ter encontrado seu “pedaço (seu homem) na avenida/ De camisa amarela/ Cantando a ‘Florisbela...”, que é uma marchinha carnavalesca de Nássara e Frazão, lançada por Silvio Caldas em 1939.
            Logo no início da “Camisa Amarela”, é registrada a embriaguez do “pedaço”: “...O meu pedaço na verdade/ Estava bem mamado/ Bem chumbado, atravessado/ Foi por aí cambaleando/ Se acabando num cordão/ Com o reco-reco na mão...”.
            Lembrei dessa música quando passei por um desses bloqueios de golpistas, que se instalaram em frente de áreas militares de algumas cidades, pedindo a volta da ditadura. Mesmo não identificando, ali, bêbados, pelo menos não no sentido literal do termo, eu reflexionaria sobre um tipo de inebrio coletivo que tem feito muita gente viver a realidade política paralela, vestir-se de amarelo e sair por aí, infelizmente, não de “reco-reco na mão”, mas muitos portando, sim, algo bem menos divertido, socialmente falando...
            Esses brasileiros de camisas amarelas que estão, há dias, praticando crimes contra a democracia, posto estarem embriagados de fake news até não ter mais como – chegam ao cúmulo de cantar, ajoelhados no asfalto e ao redor de um pneu de caminhão, p. ex., não as antigas e populares marchinhas carnavalescas, mas o pomposo Hino Nacional!
            Mas como eu disse no início, a viagem de Lula à COP27 mudou a rota deste texto; e mudou não tanto pela importância de Lula fazer o Brasil voltar a discutir as questões climáticas de maneira menos fictícia, mas pela forma como ele – cheio de convites honrosos para encontros bilaterais e, por consequência, cheio de si –voou para a terra sobre a qual, no passado bíblico, foram lançadas dez terríveis pragas. Mau presságio?
            Antes, porém, de pontuar os problemas de logística que envolvem a viagem de Lula, passo a transcrever um fragmento do artigo “Avisos e sinais de um tempo difícil”, publicado no Mídia News, de 21/10/22, onde justifico o meu voto crítico no 13:
            “...Por conta de uma montanha de aberrações da extrema direita, das quais destaco a constante ameaça de golpe, portanto, ao regime democrático, mesmo ciente de que Lula e Bolsonaro se igualam no compromisso de aprofundamento do neoliberalismo, votarei no 13, não sem registrar que a aposta desse agrupamento político, em disputar o atual pleito, de forma direta, com Bolsonaro, é de altíssimo risco e exposição do país a uma incerteza institucional que, desde 2018, poderia ter sido evitada...”.
            Como no mesmo artigo antecipei minha oposição ao lulopetismo, pois sou um dos que não comemoraram “a vitória do vencedor, mas, sim, a derrota do perdedor”, já lanço meu primeiro alerta; e o faço com muita preocupação com o futuro. Lula jamais poderá repetir as promiscuidades do passado. Se isso acontecer, as dez pragas do Egito serão café pequeno perto do que poderá o correr no país, talvez, mesmo antes de 26.
            Dito isso, declino de falar do conteúdo que Lula possa exporem diferentes momentos na COP27, como o discurso de hoje (16/11), até pela obviedade de sua importante presença por lá, e me junto aos que já estão questionando a carona que o presidente recém-eleito recebeu para chegar no Egito. Para isso, destaco quatro das várias manchetes da mídia sobre a questão:
            a) “Alckmin diz que Lula foi ao Egito de carona em jatinho de empresário” (Metrópoles);
            b) “Júnior da Qualicorp’ leva Lula de carona em jato privado” (Poder 360);
            c) “Deputado bolsonarista pede a Aras investigação da viagem de Lula em jato de empresário” (Lauro Jardim: O Globo);
            d) “Lula no Egito: Relatório do TSE vê ‘irregularidade grave’ em doação de dono de jato ao PT” (Malu Gaspar: O Globo).
            Ainda que não haja crime na viagem de Lula, Alckimin já teve de justificar politicamente o injustificável. Mau começo. No Egito, Lula já transita sobre o primeiro desconforto, ainda que a mídia televisiva lhe esteja sendo complacente. Até quando?
            Seja como for, mais cedo ou mais tarde, o fato é que alguém terá de pagar, ou o pato ou pelo jantar, posto que no capitalismo, é sabido queas graças não saem barato, muito menos de graça. Será que o velho Lula continua o mesmo velhaco, sempre grudado em amigos-empresários que o levaram e, alguns, até foram juntos à prisão?
            Pelo sim, pelo não, ainda regados por incontáveis fake news e, paradoxalmente, com muito ódio em seus corações “terrivelmente cristãos”, zumbis e “manés” de amarelo, em portões de quartéis, continuam tocando corneta se cantando, não a “Florisbela, mas o “Hino Nacional”. Vida que segue...

Quarta, 09 Novembro 2022 09:48

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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Texto enviado pelo Prof. VICENTE MACHADO DE AVILA.

 

 

  1. I.               IDEOLOGIAS (2)

JANJALINDA: Ideologias – quero mais.

DEMOCRATINO: No Reino Unido (Inglaterra) o parlamento se divide em duas classes: câmara dos lordes e câmara dos comuns. Os lordes sentam-se do lado direito e os comuns do lado esquerdo da mesa diretora. Na pratica os direitistas (bolsonaristas) defendem os ricos e os esquerdistas defendem os pobres.

 

JANJALINDA: O que é alienação política?

DEMOCRATINO a pratica da alienação política ocorre quando eleitores de uma classe social votam nos candidatos da outra classe social. Exemplo: trabalhadores assalariados votam no candidato assumido da direita (Bolsonaro).

 

  1. II.                  GOLPE NAS ESTRADAS

Após dois dias de boca calada esperando a sua tropa ocupar as estradas, Bolsonaro liberou o ir e vir na pátria amada, e no STF ele declarou que as eleições já estavam acabadas.

JANJALINDA: E o Lula?

DEMOCRATINO: Lula ignorou as provocações dos golpistas vagabundos. Em silêncio profundo ela curtia os afagos que vieram da ONU e de todas as partes do mundo.

E os quartéis? Também foram chamados para golpear. Não deram ouvidos. Por isso recebem o grito Viva a nossa força militar!

 

 

Cuiabá, 08/11/2022

 

JANJALINDA BRASUCA

DEMOCRATINO CONSCIENTE

LULAHUMANO DA SILVA