Circular nº 280/19
Brasília (DF), 30 de julho de 2019
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN
Companheiro(a)s,
Convocamos Reunião do Grupo de Trabalho Política Educacional - GTPE, a ser realizada nos dias 17 e 18 de agosto, como segue:
Painel: FUTURE-SE ou FATURE-SE? Os impactos para a universidade brasileira. Painelistas: AJN e Coordenação do GTPE.
Data: 17/08
Horário: 9h às 12h
Local: Sede do ANDES-SN (SCS, Quadra 2, Ed. Cedro II, Bloco C, 3º andar – Brasília/DF)
Reunião do GTPE
Data/horário: 17/08 das 14h - 19h
Data/horário: 18/08 das 9h às 12h
Pauta:
1. Informes;
2. Resoluções do 64º CONAD;
3. Atualização da cartilha Projeto do Capital para a Educação;
4. VI Seminário Estado e Educação;
5. Encaminhamentos;
6. Outros assuntos.
As seções sindicais devem confirmar presença e informar a representação até o dia 12 de agosto, por correspondência enviada à secretaria através do endereço eletrônico: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Prof.ª Caroline de Araújo Lima
1ª Secretária
As entidades representativas dos Técnicos-Administrativos, Professores e Estudantes da UFMT vem, por meio desta nota conjunta, se solidarizar com as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da empresa Presto, que prestam serviços de limpeza na UFMT, pelo atraso salarial que os aflige há mais de 30 dias.
Conclamamos toda a comunidade acadêmica, imprensa e sociedade em geral a se somarem na luta em defesa dessas trabalhadoras e trabalhadores, que já possuem salários precários e péssimas condições de trabalho e que ainda estão com atrasos constantes em seus salários.
Em tempos de precarização da educação superior pública e de cortes nos orçamentos das universidades, não podemos admitir que os trabalhadores mais vulnerabilizados sejam vítimas do descaso por parte de quem quer que seja.
Solicitamos, junto à universidade, que sejam tomadas as devidas providências, inclusive na seara administrativa e ou judicial referente a este contrato, de modo que seja normalizada a situação e os salários devidamente pagos.
Neste sentido, nos colocamos em luta na defesa dos pagamentos destes salários atrasados, compreendendo que somos todos trabalhadores e trabalhadoras da UFMT e que, portanto, a universidade precisa encaminhar soluções conjuntas a estes trabalhadores.
Assinam,
Aldi Nestor de Souza – Adufmat-Ssind
Luzia Melo – Sintuf-MT
Fabrício Paz – DCE Cuiabá
Circular nº 273/19
Brasília (DF), 25 de julho de 2019
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN
Companheira(o)s,
Convocamos Reunião Conjunta do GTPFS e GTPCEGDS e, também, Reuniões do GTPFS e do GTPCEGDS, a ocorrerem no dia 29 de agosto, como segue:
Reunião Conjunta do GTPFS e GTPCEGDS
Data: 29/08
Horário: das 09h às 12h
Local: Sede da ASDUERJ, Rio de Janeiro (RJ)
-Pauta:
1. Informes;
2. Paridade de gênero na composição das diretorias das Seções Sindicais;
3. A Lei 12.990/2014: experiências de implantação e debates nos estados;
4. Encaminhamentos.
Reunião do GTPFS
Data: 29/08
Horário: das 14h às 18h
Local: Sede da ASDUERJ, Rio de Janeiro (RJ)
-Pauta:
1. Informes;
2. Resoluções do 64º CONAD;
3. Proposta de curso de formação descentralizada: “Da ANDES ao ANDES-SN”;
4. Proposta de primeiro módulo do curso de formação sindical “Histórias do movimento docente: lutas por autonomia e liberdade, ontem e hoje”;
5. Encaminhamentos.
Reunião do GTPCEGDS
Data: 29/08
Horário: das 14h às 18h
Local: Sede da ASDUERJ, Rio de Janeiro (RJ)
-Pauta:
1. Informes;
2. Resoluções 64º CONAD;
3. Material de combate ao capacitismo;
4. Encaminhamentos.
Solicitamos que as seções sindicais confirmem presença nas referidas reuniões até o dia 19/08, indicando a quantidade de representantes nas mesmas, por meio do endereço eletrônico: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Sem mais para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Jacqueline Rodrigues de Lima
2ª Secretária
Circular nº 274/19
Brasília (DF), 25 de julho de 2019
Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN
Companheira(o)s,
Conforme deliberado no 38º CONGRESSO do ANDES-SN e diante dos inúmeros ataques às IES, em especial via cortes nos orçamentos das instituições e os severos impactos para a carreira docente, a Diretoria do ANDES-SN convoca Seminário Conjunto Carreira e Verbas, nos dias 23 e 24 de agosto e, também, Reunião Conjunta do GT Carreira e GT Verbas, a ocorrer nos dias 24 e 25 de agosto, conforme detalhado a seguir:
Seminário Conjunto Carreira e Verbas
Data: 23 e 24 de agosto de 2019 (sexta-feira e sábado)
Horário: 23/08 - das 16h às 21h
24/08 - das 9h às 12h
Local: Sede da ADUNIRIO Seção Sindical (Av. Pasteur, 458 - Urca, Rio de Janeiro - RJ, 22290-240 - Telefone: 021 38259794)
(A programação completa será informada posteriormente)
Reunião Conjunta do GT Carreira e GT Verbas
Data: 24 e 25 de agosto de 2019 (sábado e domingo)
Horário: 24/08 - das 14h às 19h
25/08 - das 9h às 14h
Local: Sede do ADUNIRIO (Av. Pasteur, 458 - Urca, Rio de Janeiro - RJ, 22290-240 - Telefone: 021 38259794)
Pauta:
- 1. Informes;
2.Análise da conjuntura;
3.Deliberações do 38º Congresso e 64º CONAD;
4.Encaminhamentos.
Solicitamos que as seções sindicais confirmem presença até o dia 16 de agosto de 2019, informando a quantidade de representantes por meio de correspondência a ser enviada ao endereço eletrônico: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Jacqueline Rodrigues de Lima
2ª Secretária
A mando do Exército, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) interromperam, nesta terça-feira (24), uma reunião na sede do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), em Manaus (AM).
Representantes dos setores da Educação e de movimentos sociais organizavam na sede um protesto por ocasião da visita de Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes a Manaus, prevista para esta quinta-feira (25).
Sem mandado judicial e armados de metralhadora, os agentes interrogaram os ativistas a respeito do que estava sendo preparado para a “recepção” do presidente.
Um verdadeiro ataque à livre organização dos trabalhadores!
A PRF não informou qual a motivação ou o embasamento legal da operação, e conforme publicado pela Folha de SP, o Comando Militar da Amazônia afirmou em nota que a informação é “infundada”, e “que desconhece a realização da suposta reunião, bem como não reconhece qualquer ordem oriunda de suas unidades para tal”.
Violação de direitos – Contudo, os representantes do sindicato provam o contrário. Afirmaram que foram cerca de 30 minutos de interrogatório por parte dos agentes. Os ativistas, em maior parte professores, foram questionados a respeito do ato previsto para esta quinta-feira (14), sobre o que pretendiam fazer e quais seriam as lideranças envolvidas na manifestação.
O professor de história Yann Ivannovick, presente no momento da invasão, contou à imprensa que “eles falaram que estavam cumprindo ordem do Exército Brasileiro”, e que “acompanhariam a reunião”.
Yann rebateu explicando aos policiais que o ato era pacífico e teria como pauta manifestações contrárias ao “desmonte da educação”, “pela defesa da Amazônia e da Zona Franca de Manaus”. “Disse aos policiais que o que eles estavam fazendo na sede do sindicato era um ato atípico. E eles responderam que, para eles, o que nós estávamos fazendo é que era atípico”.
Esse ato de intimidação é inaceitável! Fere os direitos fundamentais de reunião e manifestação, bem como de organização e prática sindical, garantidos pela Constituição em um Estado Democrático de Direito.
Não podemos aceitar que nenhum órgão repressor a mando do Estado seja utilizado para coibir ações garantidas por lei aos trabalhadores.
A CSP-Conlutas se solidariza aos companheiros do Sintaem que não se mostraram intimidados e mantiveram a manifestação de recepção a Bolsonaro nesta quinta-feira (25).
Essa não é a primeira ação de censura do governo. Recentemente, o presidente criticou o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) por ter divulgado dados sobre o desmatamento da Amazônia, determinando que o instituto informasse a ele e ao ministro Marcos Pontes, de Ciência e Tecnologia antes de tornar a pesquisa pública. “Eu não posso ser surpreendido por uma informação tão importante quanto essa daí. Eu não posso ser pego de calças curtas por aí, como eu acabei de falar para vocês, né?”, disse Bolsonaro à imprensa.
As reivindicações apresentadas pelos ativistas são, portanto, demandas de toda a classe trabalhadora. Os ataques do governo de Bolsonaro às instituições dos setores de pesquisa, tecnologia, educação e meio ambiente só reforçam a necessidade de apoio aos camaradas de Manaus que demonstrarão publicamente a indignação do povo quanto aos ataques a esses setores.
Não aceitaremos censura, violência e repressão!
Fonte: CSP-Conlutas
Nesta sexta-feira (26), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, editou portaria 666/2019 com teor autoritário e restritivo, digno do que ocorria no período de ditadura civil-militar no país.
Em resumo, a portaria determina que o estrangeiro que tiver praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal, será considerado “pessoa perigosa”, e pode ser impedido de ingressar no país, sofrer deportação sumária ou ter o prazo de estada reduzido ou cancelado.
A portaria de Moro foi publicada no Diário Oficial da União no mesmo dia em que o site The Intercept publicou mais uma reportagem da série VazaJato, que tem divulgado mensagens do ministro, Deltan Dalagnol e outros envolvidos em atos ilegais e imorais na Operação Lava Jato.
Com certeza a medida tem como alvo inicial o jornalista Glenn Greenwald cujos vazamentos divulgados pelo site desmascararam a manipulação espúria, corrupta e seletiva na condução dos processos da Lava Jato pelo então juiz Moro e seus aliados.
Como ministro, Moro se esquivou das provas apresentasadas pelo site e abençoa agora a corrupção exposta no governo de Jair Bolsonaro (PSL), como o caso de corrupção do filho Flávio e o miliciano Queiroz.
Mais grave ainda é que tal medida restringe a liberdade e os direitos civis e políticos de todos os estrangeiros que vivem ou que chegam em território brasileiro. Além disso, poderá impedir a entrada e reduzir permanência de imigrantes e refugiados.
Dá, na prática, aval para que o governo federal expulse estrangeiros suspeitos de ter envolvimento em diferentes tipos de crime. Não há necessidade de condenação, basta ser suspeito, ignorando a lei de migração e os direitos dos migrantes ou refugiados.
Vale lembrar que, para o governo, pessoas que praticam terrorismo são enquadradas conforme regras já estabelecidas pela Lei nº 13.260, de 16 de março de 2014 promulgada durante o governo Dilma Rousseff.
Fonte: CSP-Conlutas
Reunidos em assembleia geral nessa sexta-feira, 26/07, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) rechaçaram o projeto de privatização apresentado pelo Ministério da Educação (MEC) na última semana - intitulado Future-se -, e decidiram realizar uma série de atividades nos próximos dias para pautar a discussão sobre a defesa da universidade pública e gratuita.
As atividades serão fechadas na próxima segunda-feira, 29/07, às 17h, na Adufmat-Ssind, com funções distribuídas entre diretores do sindicato e professores da base. A ideia é realizar debates públicos em locais abertos, diálogos nos departamentos de cursos, elaboração e distribuição de cartilhas, panfletos, cartazes e outros materiais de divulgação.
O sindicato espera que mais docentes se disponham a participar das ações e compareçam na reunião marcada para o final da tarde de segunda-feira.
Uma agenda de atividades também deve ser elaborada em conjunto com as entidades locais e nacionais que representam estudantes e técnicos administrativos.
Análise de conjuntura
Na avaliação dos docentes, o Future-se é o nó que pretende amarrar o projeto de privatização da universidade pública, já encaminhado pelos governos neoliberais que implementaram a terceirização e abriram caminho para o mercado no ensino superior nos últimos anos.
Nesse sentido, os docentes ressaltaram que sempre foram contrários as Fundações que realizam parcerias entre os setores público e privado, à instalação da Ebserh nos hospitais escolas, à forma como se deu a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), porque essas políticas sempre expressaram o modelo de organização capitalista de sociedade.
Para os docentes, a universidade pública só tem razão de existir como parte de um projeto de educação e sociedade voltado para os interesses da classe trabalhadora. Para isso, é preciso que as instituições de ensino superior sejam, no mínimo, financiadas pelo Estado. “Ao final disso tudo, a universidade só terá duas alternativas: ou ela sai fortalecida e assume sua posição na construção de uma sociedade que visa emancipar a classe trabalhadora, ou será subjugada pelo mercado e passará a atender exclusivamente aos interesses do capital”, afirmou a diretora da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda.
Nesse sentido, o diretor geral do sindicato, Aldi Nestor de Souza, afirmou que é preciso ressaltar que os ataques à universidade são os mesmos desferidos à classe trabalhadora como um todo. “A universidade tem de se reinventar e discutir a sociedade de outra forma, porque do jeito que está a sociedade não se enxerga aqui dentro. A defesa da universidade pressupõe uma reinvenção. Por exemplo, nós nunca poderíamos aceitar declarações do tipo ‘ou você tem emprego ou você tem direitos’. Isso é inadmissível”, destacou.
Os docentes criticaram ainda os ataques pessoais à reitora da UFMT, Myrian Serra, após o corte de energia na instituição e as acusações públicas do ministro da Educação. “É estarrecedor pensar que professores, estudantes e técnicos compartilham dessa violência, que nos coloca no nível mais baixo de crueldade. As pessoas não têm nenhuma vergonha de agredir dessa forma. É uma bestialização sem fim, que talvez explique o esvaziamento dos espaços de discussão”, comentou Nestor.
Assim, a categoria avaliou que a lógica de discussão deve ser invertida. Antes de discutir se a universidade pagou ou não energia, ela deve discutir por que a instituição deveria pagar, já que foi o Estado que criou toda a estrutura de distribuição, com o dinheiro do contribuinte; deveria discutir por que o Estado precisa pagar por uma coisa que ele mesmo construiu.
Future-se
Como não poderia deixar de ser, a discussão sobre a proposta de privatização do governo federal se fez muito presente já na análise de conjuntura. Sobre o projeto, no entanto, os docentes destacaram que, para além da ideia de privatização - já conhecida pela categoria -, o Future-se retrata a imposição a uma ditadura do mercado, com ferramentas de controle ideológico.
“Se a questão fosse angariar recursos da iniciativa privada, apenas, o Future-se não seria necessário. Isso já é possível por meio das fundações. Mas o Future-se pretende submeter o financiamento das universidades exclusivamente ao setor privado, e isso é matar qualquer possibilidade de fazer pesquisas que não atendam ao interesse do mercado”, ressaltou a diretora de Imprensa do sindicato, Lélica Lacerda.
Informes
A diretoria abriu a assembleia falando sobre solidariedade. Após ler o manifesto de uma professora da rede estadual de ensino, retratando os ataques do governo de Mato Grosso à categoria que está em greve há 60 dias e, por isso, tiveram os pontos cortados, a diretoria da Adufmat-Ssind informou, também, que as trabalhadoras terceirizadas da limpeza, na UFMT, também estão sem receber desde o mês passado e podem iniciar uma paralisação caso não recebam até a próxima segunda-feira.
A diretoria informou, ainda, sobre a participação no Conselho do ANDES e algumas deliberações (leia aqui). Além disso, o corte de energia e os debates e atividades realizados em decorrência disso também foram lembrados.
A professora Maria Adenir Peraro falou sobre o lançamento do livro sobre os 40 anos do sindicato e sobre a formação de uma comissão de avaliação de gestão de documentos que está sendo formada pelo sindicato.
A professora Lélica Lacerda informou sobre ações de comunicação que o sindicato pretende desenvolver nos próximos dias, envolvendo páginas nas redes sociais, vídeos e podcasts.
O professor José Domingues se inscreveu para destacar o início da nomeação de representantes do governo nas estruturas das universidades, como ocorreu recentemente na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O professor Reginaldo Araújo, diretor do ANDES - Sindicato Nacional, falou sobre a agenda de atividades do sindicato nacional nos próximos dias e informou que o relatório da auditoria das contas da Adufmat-Ssind no Araguaia, solicitado pela diretoria anterior do sindicato para verificar desvios, já foi entregue. O sindicato deverá realizar uma nova assembleia para apresentá-lo.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
O governo Bolsonaro está seguindo à risca seu plano de entregar as empresas públicas para a iniciativa privada. Como parte desse pacote, na última terça-feira (23), avançou a entrega de patrimônio da BR Distribuidora à iniciativa privada e se desfez de 30% das ações que detinha na empresa. Com isso, a Petrobrás ficará apenas com 41,25% da distribuidora.
A venda representa 349,5 milhões de ações, em uma operação de R$ 8,5 bilhões. Há ainda a possibilidade de venda de mais um lote suplementar de 43,7 milhões de ações, que poderá ser vendido até o fim de agosto. Caso aconteça a venda, a participação da Petrobras na BR Distribuidora cairá para 37,5%.
Uma venda a preço de banana. Para ter uma ideia, somente em 2018, o lucro da empresa foi de R$ 3,2 bilhões. Ou seja, além de recuperar o valor gasto na compra de ações em tempo recorde, os acionistas, em sua maioria bancos e fundos estrangeiros como JP Morgan, Bank of America, Merril Lynch, Credit Suisse, Citibank e Xp Investimentos, passarão a ter controle desta empresa que detém cerca de 30% do mercado de combustíveis e lubrificantes no país, com quase 8 mil pontos de distribuição e atuação em 99 aeroportos.
O vice-diretor de comunicação da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), Fernando Siqueira, classificou a venda como péssimo negócio para Petrobrás e país. “A BR é a única distribuidora que leva combustível para os confins do Brasil, como o interior do Amapá e Rondônia. Ela leva inclusive de barco, o que outras empresas não se dispõem a fazer porque não dá lucro. O novo acionista majoritário certamente não vai querer assumir este custo e com isso não atenderá mais a população do interior do Brasil”.
A venda da BR acontece dois anos após a Petrobrás vender as primeiras ações da subsidiária para investidores estrangeiros. Em 2017, um montante de 30% da empresa já havia sido abocanhado por empresários via compra de ações.
O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou de que o governo está proibido de vender estatais sem concordância do Congresso Nacional e sem licitação. Contudo, liberou essa transação em estatais subsidiárias, como a BR Distribuidora. Também foi entregue 90% da participação da Petrobrás na Transportadora Associada de Gás (TAG). Além das subsidiárias, a estatal planeja vender oito de suas 13 refinarias.
As vendas fazem parte de um amplo plano de “desinvestimentos” da Petrobras, em outras palavras, o avanço da privatização da maior e mais estratégica estatal brasileira.
Fernando Siqueira denuncia que a privatização das refinarias ocorre a partir de uma “sabotagem” do parque de refino da Petrobrás, pois as refinarias funcionam com 70% da sua capacidade mesmo com condições de produzir mais e suprir a demanda interna de combustíveis. “Essa venda é um processo de privatização que o novo governo está impondo à nação, campos de petróleo de altíssima produtividade, como é o caso do pré-sal, também estão sendo entregues”, afirmou.
A política privatista do governo Bolsonaro inclui ainda outros cerca de 70 projetos de desestatização de empresas públicas.
“Choque de energia barata”
O mercado de gás natural e GLP (gás de cozinha) também está na mira do governo que planeja fazer a Petrobras se desfazer da participação em 19 distribuidoras de gás no país. Intitulado oficialmente como “Programa do Novo Mercado de Gás”, o discurso é de baratear os preços no país.
No lançamento do programa no último dia 23, o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Décio Oddone, afirmou que o governo estuda permitir a venda fracionada de gás de cozinha aos consumidores e também de botijão parcialmente cheio, além da venda de botijão sem marca de distribuidoras.
A proposta surreal, vendida como solução para baratear o gás de cozinha e favorecer a população mais pobre, é uma verdadeira enganação. Ao invés de tornar mais barato o valor do botijão, o governo reduz a quantidade de produto. Com isso, dá a falsa ideia de que está reduzindo preços, mas na verdade está apenas maquiando os altos preços cobrados pelo produto.
Além disso, a venda fracionada pode resultar em um combustível mais caro por metro cúbico do que na comercialização do tradicional botijão de 13 kg cheio. A medida também deverá demandar a criação de postos de recarga do material, atividade restrita às distribuidoras, que assumem a responsabilidade pela segurança. O manuseio da substância irá representar um risco para a população.
Segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), Eduardo Henrique, o governo Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes e o presidente da Petrobras Roberto Castello Branco usam o falso discurso de que o objetivo é baratear o preço dos combustíveis e do gás de cozinha, mas na prática, trata-se de avançar na política de privatizações e entrega total do patrimônio nacional à empresas privadas, em sua maioria, estrangeiras.
“A greve dos caminhoneiros em 2018 trouxe à tona a revolta popular diante dos altos preços dos combustíveis e gás de cozinha no país, mas também revelou o que há por trás disso, que é a política de preços adotada pelo governo e pela Petrobras, baseada nos preços praticados no mercado internacional e na variação do dólar. Essa é a causa dos altos preços no país e isso não vai mudar com as privatizações. Ao contrário. Vai aprofundar essa política”, explica o petroleiro.
“Como ocorreram em todos os processos de privatização realizadas desde Fernando Collor, eles mentem dizendo que a desestatização vai reduzir preços, sucateiam as estatais e entregam a preço de banana. Só que depois, nas mãos da iniciativa privada, acabam com qualquer possibilidade de haver políticas de interesse público e as empresas passam a oferecer serviços ruins e caros, pois a lógica passa a ser de lucro a qualquer custo”, disse Eduardo Henrique.
“A nossa luta contra o processo de privatização está em curso e combina a mobilização contra a venda das refinarias e subsidiárias, a defesa dos direitos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e dos terceirizados. É preciso construir a Greve Nacional Petroleira no marco da Greve Geral e da luta contra a Reforma da Previdência, pois somente a mobilização da classe trabalhadora pode barrar os ataques desse governo de ultradireita e entreguista”, concluiu.
A CSP-Conlutas defende que é tarefa das centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais lutar contra esse processo criminoso de entrega das estatais do país. Seja da Petrobras, da Eletrobras, dos Correios, dos bancos públicos. É preciso que sejam revertidos todas as privatizações e fazer com que essas empresas sejam estatais e funcionem sob controle dos trabalhadores, única forma de atuarem de fato de acordo com os interesses e necessidades da classe trabalhadora e do país.
Confira matérias do especial contra as privatizações da CSP-Conlutas: http://bit.ly/2ZfffIG
Fonte: CSP-Conlutas
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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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Publicamos a pedido do professor Vinícius Machado Pereira dos Santos.
Em resposta ao espaço aberto que mostra uma foto de um grupo de pessoa em uma plantação de soja celebrando uma visita a uma fazenda de um dos maiores Latifundiários do Brasil, encaminho a Nota do MST em apoio a greve dos Professores do Mato Grosso.
PS: A foto mostra uma plantação de soja bem verdinha, coisa que só se encontra no estado até o final de dezembro, portanto é uma fake news?!
NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO SINTEP MT: QUEM LUTA, EDUCA
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST de Mato Grosso, vem, por meio desta nota, reafirmar apoio e solidariedade aos/as trabalhadores/as da educação pública do Estado de Mato Grosso que estão em luta há quase dois meses, pelos direitos do povo de MT, especialmente da classe trabalhadora, para que se possa ter uma educação pública, gratuita e de qualidade, e para isso é necessário que tenhamos escolas dignas e que os/as trabalhadores/as da educação sejam respeitados/as e valorizados/as.
O Governador Mauro Mendes e seu vice, Otaviano Pivetta, através de suas intransigências e intolerâncias, tem se mostrado verdadeiros protótipos do governo Bolsonaro quando se trata das leis que protegem os trabalhadores/as. A Secretária da Educação, Senhora Marioneide, nada mais tem sido do que “a cereja do bolo” (desde quando estava no governo anterior) servindo apenas de enfeite, pois todos nós sabemos que são os dois Senhores feudais dos tempos modernos que negociam para comandar a pasta da educação, conforme os seus interesses privados, os interesses dos empresários da educação e do agronegócio. Estes Senhores não têm demonstrado nenhuma intransigência quando se trata de conceder e concordar com os privilégios aos privilegiados de Mato Grosso.
Estes Senhores feudais modernos são entreguistas, antipatriotas, capatazes das empresas estrangeiras que levam toda a nossa riqueza, deixando aqui apenas a destruição ambiental, o envenenamento do solo, da água, do ar, da fauna e flora que ainda resistem. E ainda, deixam aqui os miseráveis do campo e das cidades nas filas do desemprego, amontoados em bairros e comunidades rurais precários ou nas cadeias, quando não morrem pelas mãos do agronegócio, do tráfico organizado ou pelas mãos armada do Estado.
Este Senhores feudais modernos do Governo de Mato Grosso têm sido covardes ao usar de recursos públicos para financiar a imprensa, jornais e programas de televisão, utilizando, de forma mais baixa, mentiras relacionadas à greve, a dados de salários dos professores e maquiando as contas públicas para falsear a arrecadação do Estado e dizer que estamos em crise. Este Estado nunca esteve tão bem na economia. O fato é que eles continuam dando privilégios a eles mesmos e seus pares. Continuam sugando os cofres públicos através de incentivos fiscais para os privilegiados, que são as empresas estrangeiras do agronegócio (empresas dos venenos), os fazendeiros (Pivetta, Maggi e outros), as empresas de mineração (Mauro Mendes e outros) e tantos outras empresas que se enriquecem com a exploração do povo mato-grossense e acabando com as nossas riquezas naturais, como o cerrado, a amazônia e o pantanal.
Aos/as combatentes em greve, saibam que estamos orgulhosos de vocês. Estão dando uma das melhores aulas de suas vidas para a sociedade de Mato Grosso, especialmente para os demais servidores públicos que estão na tática de ficar quieto achando que não serão atingidos pelas políticas dos protótipos do governo Bolsonaro.
Nossos/as professores/as estão dando uma bela aula de enfrentamento ao Estado/agronegócio, com as mais variadas formas de lutas na tentativa de sensibilizar este governo que não tem mostrado nenhuma sensibilidade com os/as trabalhadores/as da educação pública e para com todos os estudantes e suas famílias que estão sendo atingidas pela greve devido a arrogância deste Governo de negar direitos adquiridos. Isso é típico de uma burguesia que governa com a cabeça nos EUA e Europa e de costas para o Brasil, fazendo aqui as suas merdas.
Estimados/os companheiros/as, QUEM LUTA, EDUCA, pois coloca a nu os problemas que não são mostrados pela maioria da imprensa mercenária que temos em MT. Uma imprensa que aceita o papel de alienar o povo, colocando cortinas de fumaça para que o povo não veja os responsáveis por sua miséria. Esta é a melhor aula de nossas vidas pois mostra quem de fato oprime o povo.
Conclamamos a toda sociedade mato-grossense a se unir e apoiar a greve dos professores/as e pressionar este governo de Senhores feudais modernos, pois o que está em jogo são os direitos da população mais pobre de MT e os direitos das futuras gerações.
Mais uma vez, o MST reafirma sua total solidariedade ao SINTEP, a todos/as grevistas e a todas as formas de lutas que estão sendo travadas.
Companheiros e Companheiras, o futuro à classe trabalhadora pertence.
Basta de ataques aos/as trabalhadores/as.
Educação não é mercadoria.
Todos juntos rumo ao dia 13 de agosto.
Pátria Livre! Venceremos!
Direção Estadual do MST - MT
Cuiabá, 24 de julho de 2019.
Dois anos de intenso trabalho resultaram na produção do primeiro livro dedicado à Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufmat-Ssind). Na última sexta-feira, 19/07, durante a 6ª edição do Lusco Fusco, a historiadora Maria Adenir Peraro, ex-diretora do sindicato, lançou a obra “Adufmat-Ssind 40 anos – História e Memória”, na qual organiza todas as informações encontradas nos arquivos, desde a fundação da entidade, em 1978, até 2018.
“Esse livro é um primeiro olhar sobre a história da Adufmat-Ssind, uma primeira leitura. Há questões que precisam ser aprofundadas por outros pesquisadores”, afirmou Peraro, destacando a importância política histórica do sindicato, que preserva, desde o início, a sua concepção classista.
A professora iniciou o lançamento agradecendo a todos os envolvidos no processo, desde as diretorias anteriores, passando pelos funcionários do sindicato, as pesquisadoras contratadas para auxiliar no levantamento dos dados e os ex-presidentes que concederam entrevistas.
“O material histórico do sindicato é riquíssimo, pedia um livro, de fato, mas essa proposta já fazia parte do programa apresentado pela chapa da qual eu fiz parte”, disse a historiadora, que foi diretora de Assuntos de Aposentadoria entre 2017 e 2019, durante a gestão “Adufmat de Luta, Autônoma e Democrática”.
As mais de 220 páginas da obra contam a história do sindicato em três partes. Na primeira, a professora explora a fundação da entidade, em pleno período mais duro da ditadura militar, relatando perseguições políticas e barreiras que o movimento docente precisou ultrapassar naquele momento, não só por seus direitos, mas, sobretudo, pela liberdade.
No segundo capítulo, a autora relembra o histórico das 24 diretorias que passaram pelo sindicato - duas delas interinas. Dialogando com a conjuntura em que cada uma atuou, os nomes ressaltaram sempre características como autonomia, democracia, resistência e luta, ou até estabeleceram correlações com elementos fortes e característicos, a exemplo das chapas Diamante e Aroeira.
Por fim, no capítulo três, Peraro traz os perfis dos presidentes. “São homens e mulheres admiráveis, que dedicaram uma parte grande de suas vidas ao sindicato. Muitos permanecem na luta até hoje”, afirmou.
Após as considerações finais, os leitores encontrarão ainda quadros com a relação de todos os funcionários e diretorias do sindicato, além das diretorias da vice-presidência Regional do ANDES-SN, a VPR Pantanal.
A representante da editora responsável pela produção gráfica do livro (Entrelinhas), Maria Teresa Carracedo, também ressaltou a importância histórica do sindicato. “É um orgulho para a editora Entrelinhas ter registrado essa trajetória de 40 anos de luta e de contribuição para a formação da sociedade e da população mato-grossense. Nós nos esforçamos para fazer isso da melhor forma. É uma história muito bonita e muito importante.”
Para o primeiro presidente da instituição, o professor aposentado Waldir Bertúlio, é imprescindível destacar que a história da Adufmat-Ssind é marcada pelo enfrentamento. “A memória é fundamental para esse acúmulo de forças na luta contínua em defesa da universidade pública. Nosso coração sempre bateu em luta, e continua pulsando luta”, afirmou o docente, emocionado.
O último presidente da Adufmat-Ssind – que passou a ter diretoria colegiada em 2019, não mais presidencialista -, Reginaldo Araújo, concordou com Bertúlio, lembrando que o filme do sindicato (assista aqui) se chama “A luta continua” exatamente por esse motivo. “Esse sindicato é construído pelos que foram, os que estão e os que virão”, ressaltou.
A professora Marilda Matsubara, que presidiu o sindicato em 1988, evidenciou que o sindicato surgiu numa conjuntura semelhante a atual. “A Adufmat-Ssind nasceu da luta pela liberdade, pela democracia, contra a censura, como agora. É um excelente momento para rever as primeiras páginas e recomeçar a nossa história”, destacou.
Docentes sindicalizados já podem retirar um exemplar do livro na sede da Adufmat-Ssind, gratuitamente. Ex-presidentes têm direito a dois exemplares. Não sindicalizados também poderão adquirir a obra, a venda por R$ 50,00.
Confira AQUI as fotos do lançamento do livro e da 6ª edição do Lusco Fusco – happy hour cuiabano.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind