Sexta, 23 Novembro 2018 00:00

 

O Grupo de Trabalho Política de Formação Sindical da ADUFMAT-S.Sind. do ANDES/SN realizará entre os meses de novembro e dezembro/2018 o Curso de Formação Sindical, intitulado “Capital e Trabalho: reforma ou revolução?”, dedicado a analisar as transformações do modelo produtivo, do mundo do trabalho e das relações macroeconômicas e sociais. Este Curso será aberto a docentes, discentes, técnicos, movimentos populares, sociais e sindicais, assim como demais interessados. 

O Curso será realizado gratuitamente nos Campi da UFMT de Cuiabá, Sinop e Barra do Garças/MT, conforme calendário.

Os encontros serão das 08h às 11h30 e das 13h30 às 17h, no sábado, e das 08h às 12h no domingo. 

As inscrições serão realizadas somente pelo site da ADUFMAT.

Calendário do Curso de Formação Sindical

Campus UFMT

Data

Cuiabá/MT

10 e 11 de Novembro/2018 (encerradas/lista de espera)

Sinop/MT

09 e 10 de Fevereiro/2019 (nova data)

Barra do Garças/MT

01 e 02 de Dezembro/2018

Ficha de inscrição

Ficha de inscrição para o Curso de Formação Sindical

Capital e Trabalho: reforma ou revolução?

ADUFMAT – S.Sind. do ANDES-SN

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Segunda, 02 Julho 2018 16:43


Os professores sindicalizados à ADUFMAT-SSind., em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida no dia 26 de junho de 2018, repudiam a postura antidemocrática da Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Myrian Serra, na reunião do Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão, ocorrida no dia 18/06/18. Na ocasião, a reitora desrespeitou o regimento interno do CONSEPE, cerceou o direito à divergência e livre debate, levando conselheiras a entrarem com recurso solicitando a anulação da referida reunião. Entendemos que o difícil momento político que temos passado, no qual as liberdades democráticas têm sido fortemente desrespeitadas, a Universidade deve prezar pela democracia em suas instâncias deliberativas, garantindo o direito à divergência e livre discussão, não sendo admissíveis posturas autoritárias por parte de quem quer que seja, mesmo no exercício do cargo máximo de gestão da UFMT.

Segunda, 02 Julho 2018 16:26


Os professores sindicalizados à ADUFMAT-SSind., em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida no dia 26 de junho de 2018, repudiam a postura antidemocrática da Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Myrian Serra, na reunião do Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão, ocorrida no dia 18/06/18. Na ocasião, a reitora desrespeitou o regimento interno do CONSEPE, cerceou o direito à divergência e livre debate, levando conselheiras a entrarem com recurso solicitando a anulação da referida reunião. Entendemos que o difícil momento político que temos passado, no qual as liberdades democráticas têm sido fortemente desrespeitadas, a Universidade deve prezar pela democracia em suas instâncias deliberativas, garantindo o direito à divergência e livre discussão, não sendo admissíveis posturas autoritárias por parte de quem quer que seja, mesmo no exercício do cargo máximo de gestão da UFMT.

Quarta, 11 Novembro 2015 14:32

O juiz federal Cesar Augusto Bearsi, em decisão proferida pela 3ª Vara da Justiça Federal, determinou a manifestação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) sobre a obrigação de fazer (incorporação dos 28%) no prazo de 15 dias, contando a partir da data de publicação e intimação, respectivamente. 

Conforme o advogado Alexandre Pereira, um dos responsáveis pela ação, a publicação deve acontecer na média de uma semana. Ele aponta que a decisão já era esperada. “Já estávamos aguardando essa decisão. Agora, estamos no aguardo do posicionamento da UFMT”, disse. 

Ele explica que no caso da universidade não acatar a decisão, outras medidas serão tomadas. “No caso da UFMT não acatar a decisão do juiz, entraremos com uma petição requerendo que o juiz determine de imediato a incorporação, obedecendo a decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região”, garante. 

“Se a UFMT cumprir após a manifestação do prazo estabelecido, estará sanado o problema da incorporação”, completa o advogado. 

No mês passado, a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind) repassou nota enviada e assinada pelos advogados Eleni Alves Pereira e Alexandre Pereira, referente ao andamento no processo nº 0011167-24.2015.4.01.0000, correspondendo ao agravo de instrumento por meio do qual se obteve o prosseguimento do processo de execução da obrigação de fazer (incorporação de 28,86%), até então suspenso. 

Nayara Araújo
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 18 Janeiro 2018 16:37

 


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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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JUACY DA SILVA*

 

1. A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

 

Dando continuidade `as reflexões sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano que é a superação da violência, é importante e fundamental que se possa perceber a violência como um fato social complexo, cujas origens, manifestações, formas, causas e consequências diferem histórica, cultural, temporal, econômica, politica e socialmente.

Diante de uma realidade tão complexa, não se pode ter a ingenuidade de que existe uma fórmula mágica para resolver o problema em todas as suas dimensões. É importante que se faça uma análise a partir de cada dimensão e que as ações também sejam realizados de forma coerente, integradas e jamais compartimentadas, isoladas ou de forma descontínua.

Podemos também identificar os espaços ou territórios, para usar uma linguagem atual e muito em voga, onde a violência se manifesta e como esses espaços estão interrelacionados ou superpostos tornando o problema mais complexo ainda, principalmente pelos atores ou agentes envolvidos. Muitas vezes a vítima de uma forma de violência também é agente  que pratica outros atos de violência contra outras pessoas e, desta maneira, se forma uma teia que facilita a reprodução da violência de forma generalizada, o que caracteriza a chamada “cultura da violência”, onde todos estamos inseridos, sem  exceção.

O primeiro espaço onde a violência está presente e , muitas vezes de forma oculta e dissimulada , é a família. Estudos indicam que os índices de violência doméstica é muito maior do que as denúncias feitas perante organismos públicos, principalmente junto aos organismos de saúde, policiais e de defesa dos direitos humanos.

Aqui cabe um destaque, tem muita gente que confunde o conceito de direitos humanos com a defesa pura e simples de bandidos, quando na verdade direitos humanos são os direitos fundamentais de todas as pessoas, incluindo a vida, a liberdade de ir e vir, liberdade de expressão, liberdade de opção sexual, liberdade de crença, liberdade para ter uma vida digna, liberdade de a  pessoa não sofrer discriminação, ser maltratada, liberdade para buscar ser feliz, sem que isto prejudique o próximo. A superação da violência pressupõe a garantia e a defesa integral dos direitos humanos.

Pois bem, a violência doméstica se manifesta na forma como os pais tratam, cuidam e criam seus filhos e filhas. É comum, não apenas no Brasil como também em diversas países, que pais espanquem filhos/as, sejam extremamente autoritários, violentos em suas relações. Existe muita violência tanto dos pais quanto das mães em relação aos filhos, inclusive uma forma dissimulada de violência que é o abandono, a negligência ou até mesmo atos de violência física e psicológica, incluindo assassinatos.

Tais práticas irão moldar o caráter e a personalidade da criança  e adolescente e acompanha-las pelo resto da vida, vários estudos indicam que crianças e adolescentes que sofrem maus tratos, sofrem violência doméstica se tornam adultos também violentos e irão reproduzir os mesmos modelos ou padrões de relações familiares quando adultos; é o que podemos dizer como “reprodução da violência”, culturalmente, geração após geração.

De forma semelhante as noticias e estudos indicam que, no caso brasileiro, por exemplo, existe um alto grau de violência contra a mulher, a chamada violência de gênero, onde boa parte desta violência tem suas raízes históricas e culturais, pelo machismo que está na base da formação cultural de nosso país, onde ao homem, ao marido, companheiro, amante, namorado é dado o direito de posse em  relação `a mulher, inclusive seu corpo. Por muitas décadas ou séculos a sociedade brasileira e ainda isto está presente nos dias de hoje, tolera inúmeros crimes contra a mulher em nome da “defensa da honra”, tanto em relação `a esposa quanto `as filhas.

Essas são as raízes do feminicídio, dos estupros, das agressões, dos assassinatos com requinte de crueldade contra mulheres e meninas indefesas, tanto na dimensão da violência doméstica quanto na violência contra as mulheres em espaços públicos, que é o círculo ampliado do universo da violência.

No contexto da violência doméstica existe também a violência sexual, que não pode e nem deve ser negligenciada, principalmente de pais, padrastos, parentes próximos contra crianças e adolescentes, principalmente contra meninas, as vezes com tenra idade. Há casos de violência sexual até mesmo contra bebes e crianças com menos de quatro ou cinco anos, uma verdadeira aberração em se tratando de violência contra seres humanos indefesos.

Outra forma de violência doméstica muito frequente são as agressões, por vezes até fatais, de irmãos e irmãs entre si ou de filhos e filhas contra pais e mães, inclusive quando esses são idosos e acabam sendo vitimas indefesas de seus próprios familiares, em um ambiente que deveria primar pelo amor, carinho e compreensão mútua entre seus membros.

Portanto, se desejarmos superar a violência precisamos repensar as nossas relações familiares e substituir a brutalidade, o autoritarismo, a perversidade, os maus tratos, as agressões físicas, verbais ou psicológicas pelo diálogo, pela solidariedade, pela compreensão mútua, pelo amor, pelo perdão e pela reconciliação, ensinamentos sagrados constantes, principalmente, do Novo Testamento da Bíblia Sagrada, fonte única da fé cristã.

Não existe sociedade que busque a paz se no seio das famílias existe uma verdadeira guerra que é a violência doméstica, que se manifesta nas formas de violência de gênero, violência contra a mulher e as meninas, violência contra crianças, adolescentes, violência sexual e contra familiares idosos.

No próximo artigo pretendo refletir um pouco sobre a violência no espaço escolar, o segundo território que também  é fundamental para compreendermos a violência em sua plenitude; e nos demais artigos sobre outros espaços como o ambiente do trabalho, a comunidade, o lazer, o esporte, o crime organizado, a politica e o que podemos dizer como sendo um verdadeiro inferno que é o nosso sistema penitenciário, uma verdadeira fábrica de muita violência e crueldade.

*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, revistas, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.Blog www.profesorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

Sexta, 12 Janeiro 2018 17:16
 
 
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Roberto de Barros Freire

Não é qualquer um que pode ser ministro do governo Temer. Os pré-requisitos para ser nomeado não estão acessíveis aos comuns dos mortais. Para ser escolhido é fundamental um padrinho político, basta perceber que 5 dos ministros são filhos de políticos afamados, não por sua boas qualidades políticas ou éticas. Chamam a isso de busca de alianças políticas, o que denomino, de forma mais precisa e honesta, de encontro de cúmplices para realização de atos lesivos ao país e nepotismo.

Para escolher seus ministros, o presidente antes se encontra com condenados pela justiça federal, como Valdemar da Costa Neto ou Roberto Jeferson, nunca com homens honestos ou mesmo razoáveis, que, confesso, ninguém assim vejo perto do presidente. Entre os escolhidos sempre está alguém investigado pela polícia federal ou pelo ministério público, ou senão delatado em algum acordo de delação premiada. Não há ministro que não seja suspeito de algum crime, de participação em organização criminosa, recebedor de benesses estatais, caixa dois (que para os políticos não é um crime, apenas um “deslize” quase inocente ou natural) e regalias diversas.

Portanto, nada mais coerente que o presidente escolha uma pessoa que pública e notoriamente não respeita as leis trabalhistas, condenada que foi em dois processos trabalhistas, e nomeia para o Ministério do Trabalho. Atendeu aos interesses do bandido do pai e nem pensou na necessidade dos trabalhadores. Ela cumpre com todos os pré-requisitos para ministro do Temer: é filha de político desonesto, condenado, foi delatada pela Odebrecht, é política no pior sentido do termo. Teremos uma ministra que nunca trabalhou, vivendo à custa de falcatruas políticas do seu pai desde a mais tenra infância até ingressar na “carreira” política, e que, se conhece, não acha necessário respeitar as leis trabalhistas, e que provavelmente inventará formas de liberar patrões condenados na justiça do trabalho. De fato, as leis, aqui, de nada valem e estão sempre na mão dos governantes do momento interpretá-las da forma mais cômoda para si e mais incômoda para todos nós.

Desde o primeiro momento o presidente sempre mentiu, dizendo que faria um ministério de notáveis, que afastaria todos que se tornassem incriminados pelos organismos públicos, que agiria sempre pensando em primeiro lugar no país. Na verdade, os notáveis o são pela quantidade de irregularidades legais e morais que lhes estão associadas. Quando algum cúmplice, digo, aliado, está sendo investigado, se não tem, logo arruma um foro privilegiado para livrá-los da prisão, dando-lhes ministérios. Jamais se afasta de condenados e suspeitos da justiça federal, recebendo-os em casa. Temer governa apenas para manter seu poder frágil, comprado, submisso ao que há de mais atrasado no país, e o que de pior pode produzir as idiossincrasias humanas.

Um governante que não liga para a opinião pública, que faz e desfaz as coisas de acordo com aquele que exerce mais pressão no momento, que escolhe as pessoas não para resolver os problemas do país, mas os seus interesses políticos miúdos, não merece sequer respeito, pois que desrespeita a todos nós diariamente, na sua obscura busca de arrebanhar maiorias com dinheiro público. É um presidente que dá e dará ainda mais vergonha de nossa história política, que nunca se caracterizou por terem membros com grandes qualidades, mas que também nunca teve uma pessoa com tão poucas qualidades éticas ou políticas.

Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Sexta, 12 Janeiro 2018 17:14

 

 

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JUACY DA SILVA*

Em boa hora a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil definiu que o tema da Campanha da Fraternidade de 2018 seria, novamente, o aprofundamento das discussões, análise e busca de solução ou formas de superação para um dos ou talvez o maior drama que não apenas o mundo em geral, mas o Brasil em particular está enfrentando.

Ao longo das últimas três, quatro ou cinco décadas, portanto, há praticamente meio século a violência tem sido um dos temas mais estudados e debatidos em todos os países, inclusive no Brasil. Em todas as universidades, públicas ou privadas, surgiram e continuam surgindo núcleos ou setores voltados ao aprofundamento deste tema. Com certeza milhares de teses, dissertações de mestrado, doutorado ou monografias em cursos de especialização tem surgido com o objetivo de melhor compreender as origens, a dinâmica, as formas e consequência da violência em nosso pais.

A CNBB, seguindo metodologia própria, destaca três momentos ou três etapas na busca do conhecimento para implementar as ações visando superar ou enfrentar problemas que surgem na sociedade, sempre tendo como parâmetro as sagradas escrituras/Bíblia Sagrada, principalmente o Novo Testamento; a Doutrina Social da Igreja e documentos emanados dos Papas como Encíclicas, Cartas Apostólicas, Exortações e outros mais. O método utilizado pela Igreja  destaca esses três momentos ou etapas: VER, JULGAR  e AGIR.

No Caso presente da CF -Campanha da Fraternidade 2018, em que o tema é a  superação da violência, o VER se desdobra em três dimensões: a) identificar as múltiplas formas da violência no Brasil, a partir da realidade local, das paroquias e comunidades, agregadas, posteriormente, para a realidade diocesana, arquidiocesana e/ou regional; b) a violência como Sistema, ou seja, como historicamente a violência em todas as suas formas tem surgido e evoluído em nosso pais, qual a relação entre violência e os modelos de desenvolvimento pelos quais o Brasil tem passado desde o período colonial, império, república, as formas de ocupação do território e assim por diante; c) a violência no Brasil atual, com destaque nos últimos cinco ou dez anos.

O JULGAR , é o momento em que, de posse das informações, incluindo dados estatísticos, relatos escritos ou relatos orais, tentamos compreender a questão da violência em suas diferentes formas ou manifestações, utilizando, com  certeza, os aportes científicos das diversas áreas do conhecimento como psicologia, psiquiatria, sociologia, direito, antropologia, economia, gestão pública e outras contribuições mais. Todavia, o julgar, no caso da CF e da CNBB, só pode ser a partir do prisma religioso, fundamentado  nos ensinamentos da Igreja, com realce ou destaque  para as três dimensões: paz, justiça, inclusive justiça social e reconciliação.

Finalmente, o AGIR, ou seja, o que fazer para buscarmos a tão sonhada superação da violência que está destruindo pessoas, destruindo lares e famílias, destruindo comunidades e destruindo o país, deixando na esteira desta destruição muita dor, muita angústia, muito sofrimento e muito custo econômico, financeiro, psicológico, humano e a perda de gerações inteiras que vivem  sem esperança de um futuro , um mundo e um país melhores.

Neste aspecto particular do AGIR, é também importante uma visão global e ao mesmo tempo compartilhada, no sentido de que não cabe a Igreja, seja a Católica ou de qualquer outra denominação, pretender ocupar os espaços que cabem, por responsabilidade, ao Estado, aos poderes públicos, às universidades, as demais organizações não governamentais e nem mesmo o papel e o espaço que cabem à família e outras organizações como entidades sindicais ou partidos políticos.

Na busca da compreensão, do aprofundamento das análises e na elaboração dos planos, programas, projetos e ações para enfrentar os desafios das diversas formas de violência que existem em nosso país, é importante que haja integração de esforços, de recursos humanos, econômicos, financeiros e orçamentários para que os resultados sejam alcançados.

A primazia das ações cabe com certeza ao Estado, afinal é o Estado ou seja, os organismos públicos quem tem o chamada monopólio da violência, o poder de policia. É o Estado, através dos poderes legislativos Federal (Câmara Federal, Senado e Congresso), estaduais (Assembleias Legislativas) e Municipais (Câmaras municipais), quem tem o poder de legislar, elaborar, mudar, e criar novas Leis, definindo os limites das ações individuais e as penalidades para quem transgride as leis e normas sociais.

É também o Estado quem cria, aumenta e cobra impostos, tributos, taxas e contribuições para custear as ações públicas e manter em funcionamento seus aparatos repressivos, as forcas policiais e o Sistema judicial e também as políticas públicas. Não tem sentido jogar para os cidadãos a responsabilidade das ações que cabem, precipuamente ao Estado ou seja aos poderes públicos, nas diversas áreas e desafios que o país enfrenta e ao mesmo tempo continuar o Estado abocanhando quase 38% de tudo o que a população produz, para alimentar uma máquina falida, corrupta e dominada pelo fisiologismo e privilégio das elites, donas do poder.

É neste contexto, que precisamos começar a participar, refletir e contribuir para que a CF 2018 possa trazer uma luz a um tema tão atual, tão complexo e que tanto faz a população sofrer.

O assunto continua nos próximos artigos.

JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blogwww.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy


Quarta, 03 Janeiro 2018 14:30
 

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JUACY DA SILVA* 

Este ano a Campanha da Fraternidade realizada anualmente pela Igreja Católica, aprofundará a reflexão e discussão de um tema importante e um dos mais sérios desafios que o Brasil e a população em geral enfrentam neste momento.

O tema da Campanha será: Fraternidade e superação da violência e o lema: Em Cristo somos todos irmãos, realidade esta que deverá ser analisada a partir da Doutrina social da Igreja.

Em 1983, a CNBB também inseriu este mesmo desafio em sua CAMPANHA DA FRATERNIDADE, com o tema “Fraternidade e violência” e o lema: fraternidade sim, violência não. E desde então, a questão da violência esteve presente de forma direta ou indireta em todas as demais campanhas.

Para que este desafio, a onda de violência e de insegurança que assola o país de norte a sul, de leste a oeste, nas grandes metrópoles, cidades médias ou pequenas, possa ser enfrentado com seriedade e de forma eficaz, precisamos estimular a participação das pessoas nesta discussão e na apresentação de propostas concretas que sirvam de base para a ação de governo.

Como a campanha da Fraternidade abrange dezenas de milhares de Arquidioceses, Dioceses, prelazias, paroquias, comunidades locais e milhões de pessoas, além de diversas instituições públicas e organizações não governamentais, este é um momento mais do que oportuno para que este tema faça parte da agenda de discussão de nosso país, a começar pelas paróquias e comunidades de base, onde de fato o povo vive, sofre e esperneia ante o caos dos serviços públicos, como saúde, segurança pública, saneamento básico e educação, dentre  outros.

Além disso, como este será um ano de eleições gerais, para Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados federais e estaduais, todos ávidos por apresentarem seus “planos” e propostas para solucionarem os grandes desafios nacionais, este também é um momento apropriado para que os partidos políticos e os candidatos dediquem uma atenção maior para que a questão da violência seja um ponto central das propostas e sugestões para políticas públicas nesta área.

Só vamos superar a questão da violência quando for feito um correto diagnóstico da situação e elaborados planos nacionais, estaduais, municipais e locais de segurança pública, tendo a integração entre os diversos níveis de poder e de governo e o compartilhamento das responsabilidades e recursos necessários para que o Brasil possa enfrentar de verdade o problema da violência em todas as suas dimensões e variantes.

Portanto, a CAMPANHA DA FRATERNIDADE  de 2018, será um bom momento e uma ótima iniciativa para que população discuta, reflita de forma crítica e criadora e ajude a encontrar as saídas para este desafio.

Não podemos deixar apenas nas “mãos” dos governantes e políticos a solução desses grandes desafios nacionais, principalmente se considerarmos o descrédito, a demagogia, a corrupção e fisiologismo que tem marcado o cenário politico e administrativo de nosso pais, além do preceito constitucional de que o poder emana do povo, ou seja, o povo, os eleitores e contribuintes são a única fonte do poder!

*JUACY DA SILVA, professor universitário, aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

Quinta, 16 Novembro 2017 15:59

Na manhã desta quinta-feira, cerca de 200 trabalhadores e trabalhadoras sem-terra do norte do estado de Mato Grosso, trancaram a BR 163, entre o trecho dos municípios de Nova Santa Helena e Itaúba a 600 km de Cuiabá.

Esta ação faz parte da jornada de Luta dos Acampamentos União Recanto Cinco Estrelas, Irmã Dorothy, Boa Esperanças e Renascer, os mesmos denunciam a morosidade da Justiça Federal e INCRA, sobre os processos de retomada de áreas públicas e desapropriação de terras improdutivas para fins de reforma agrária.

Tal morosidade implica na situação cotidiana de violência que estas famílias vêm vivenciando. A situação de vulnerabilidade que estão sujeitas de baixo da lona preta, devido à espera de uma resposta dos órgãos competentes, geram conflitos e ameaças diariamente, além da fome, sede e miséria que estas mesmas famílias vem passando a mais de 10 anos na luta pela conquista de seus direitos de acesso à terra.

Todos estes impasses, são ignorados pelo juiz Murilo Mendes que a mais de 50 dias, tarda a emissão na posse para assentar 96 famílias em áreas comprovadamente da união, que estão com processo concluso para decisão e com plano de assentamento constituído pelo INCRA. Mesmo caso, acontece com o Juiz Federal Marcel Queiroz que até o momento ignora a manifestação do INCRA e da AGU comprovando que a área da Gleba Gama é de fato da união, fazendo com que, mais de 100 famílias continue embaixo de lona. As famílias reivindicam agilidade, em relação ao processo de suspeição sobre o Juiz Murilo Mendes, que com isso, deixa mais 100 famílias a espera. Além disso, as famílias também cobram do INCRA a vistoria em áreas para fins de desapropriação, que até o momento não cumpriu nenhum prazo estabelecido.

Essa morosidade e falta de interesse por parte do Estado e do judiciário, intensificam os índices de conflitos e mortes no campo no Brasil, chegando a 63 mortes somente em 2017. As Famílias vêm lutando bravamente pelos seus direitos de acesso à terra, terras estas que estão nas mãos do agronegócio e do latifúndio, e também pelo direito a uma vida digna a todas as trabalhadoras e trabalhadores que ali estão vivendo as margens de rodovias e embaixo de lona. 

Via CPT

Segunda, 17 Julho 2017 17:04

 

A Adufmat-Ssind informa a lista de candidatos classificados para entrevista no processo de seleção para assessor sindical 2017.  

As entrevistas serão realizadas na próxima sexta-feira, 21/07, na sede do Sindicato (campus da UFMT em Cuiabá). 

 

Candidatos selecionados para entrevista (ordem alfabética) Horário da Entrevista
Cristiane de Oliveira 9h
Edzar Allen de Miranda Santos 9h30
Érika Aparecida de Oliveira 10h
Gabrielle dos Santos 10h30
Jéssica Carolina Amaral da Silva 15h
Kristielle Regina Dias de Sousa 15h30
Rosana Moreira de Campos Silva 16h
Taynara Morais Humbelino 16h30
Wiviane Santana de Almeida 17h